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[The Gray Cat in Hell Controlled] - Police Academy -

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Mensagem por Érica Qui 04 Jul 2013, 19:33

O desejo de tirar, pelo menos, 90% de toda a prova, fazia com que Haineko tivesse necessidade de não errar as próximas questões. Não tinha pressa e avaliava com calma a pergunta. As informações deixavam claro qual era a resposta correta. A pergunta parecia exigir menos que as outras.

Seu orgulho estava afetado, ferido após tantas ofensas em poucos minutos. Angélica intrigava o aspirante a gladiador, parecendo saber o que se passava em sua mente, por mais imutável que fosse sua expressão. Como se fosse capaz de ler seus pensamentos e emoções. Necessitava conhecer mais sobre a oficial, que assim como ele, não deixava transparecer nada além de frieza.

Haineko, apesar de hesitante, terminava de responder a questão, embora mais calmo. Os olhos que lembravam pétalas de sakuras cobertas de sangue avaliaram a resposta.

-Com esta questão, você já tem o mínimo de pontos para ser aprovado. – Tompson dizia, pegando alguns documentos e abrindo a porta, chamando outro cadete. O homem se aproximava, se colocando em posição de sentido. – Ele irá levá-lo para fazer a tatuagem e escolher seu inicial. Agora... Deem o fora da minha sala!

Ordenava, firme, rígida, séria. Outro candidato já se aproximava, estando trêmulo. O cadete se retirava do local, fazendo sinal para o moreno acompanhá-lo. Aparentemente, o tempo com a comandante havia terminado, não permitindo Haineko obter muitas informações sobre a mesma.
Érica
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Mensagem por Shianny Sex 05 Jul 2013, 01:10

Mesmo que sua mente estivesse preparada para que as questões prosseguissem, o moreno acabou por ser, mentalmente, surpreendido pela interrupção provinda da própria Tompson. Ele observou-a enquanto a Comandante remexia uma de suas gavetas, separando alguns poucos documentos e caminhando a passos firmes até à porta que há pouco servira de ponto de encontro para ambos ali presentes.

Haineko não ouvira direito o tom que Angélica utilizara, no entanto, tinha quase a certeza de ter ouvido um grito escapar da garganta da mulher. Em questão de segundos, um homem postava-se à frente da Comandante, com expressão séria e postura ereta, com braços colados na lateral do corpo.

Por alguns segundos, ele questionou-se o que aquele possível Cadete fazia ali. Não precisou esperar por muito tempo antes de descobrir; Tompson explicara que aquele seria praticamente seu guia no local.

Muito adoravelmente - sintam a ironia -, a morena mandou-lhes sair da sala, afinal, ainda haviam outras pessoas que ansiavam por seu teste.

- Foi um prazer conhecê-la, Senhorita Tompson - Minazuki comentou antes de por fim abandonar a sala, com um pequeno sorriso de canto. Aquilo não poderia ser julgado um desacato, afinal, apenas atirara na cara que ela não o incomodava de maneira alguma. Não conquistara nenhum medo da mulher, porém, estaria mentindo se falasse que obtivera alguma empatia pela mesma.

Um outro rapaz se aproximava, e era visível seu tremor. Indiferente, Haineko revirou suavemente os olhos, tendo a consciência de que ninguém o vigiava... Ao menos, ninguém em suas proximidades. Aquele garoto iria sofrer muito ali dentro... Que a bênção do antigo Arceus estivesse com ele, afinal, se já estava com medo antes mesmo de iniciar o teste... Iria virar uma poça de água assim que percebesse o que teria de enfrentar.

Ignorando por completo as coisas em volta, o moreno seguia os passos do servente de Tompson, silencioso. Ele retirou uma pequena flor - meio azulada, porém, de tonalidade incrivelmente semelhante com o cinza claro - da parte de dentro de seu kimono, passando-a suavemente por perto de seus canais ligados às vias respiratórias e admirando-a por algum tempo.

Desviando um pouco o olhar em direção à uma janela, ele questionou-se se não haveria algum tempo nublado naquela... Calorenta... Morna... Enfim, naquela cidade.

Tornando a guardar a pequena plantinha, focou-se ao caminho que o subordinado traçava na Academia de Polícia. Nunca se sabe quando alguém necessita retornar de onde viera, não é verdade?

Não que o pretendesse... Quer dizer, vai que acabasse preso... Seria melhor infringir alguma lei bem longe daquele local, se é que acabaria realmente por fazê-lo.

Agora, outra questão roubava-lhe os pensamentos: Tatuagem.

Uma marca eterna, que possivelmente o assombraria pelo resto da vida. Contendo um baixo suspiro, passou a tentar definir onde poderia optar por fazer tal imagem em seu corpo...

E, de preferência, em um local onde ele próprio não tivesse a capacidade de visualizar.
Shianny
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Mensagem por Érica Sex 05 Jul 2013, 18:07

Embora preparado para mais perguntas, o moreno era surpreendido pela comandante. O teste havia finalmente encerrado, sua mente e pulso agora poderiam descansar. “Adoravelmente”, Angélica “pedia” para que ambos se retirassem.

A dupla se retirava, não antes de Haineko demonstrar que não havia se incomodado, ou se intimidado com a mulher, mas também não existia alguma empatia. Cadete e rapaz seguiam, mantendo-se em silencio o tempo todo. O cadete caminhando calmamente, enquanto o futuro gladiador recordava-se de seu verdadeiro lar.

Ao olhar por uma janela, viu o sol forte, como se o dia estivesse esquentando, para sua infelicidade. O mais velho abria outra sala, indicando para que o rapaz entrasse. Em seu interior, o responsável pela tatuagem, limpando uma ferramenta.

-Veio fazer a marca? Onde vai querer?
Érica
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Mensagem por Shianny Sáb 06 Jul 2013, 13:06

Alguns minutos se passaram antes que por fim estancassem em frente à uma porta amadeirada. Ele respirou profundamente, afinal, possuía a certeza que seria o inferno se livrar da possível marca que teria. Além disso, nem deveria tê-la. Quer dizer, não deveria tirá-la... Enfim, era melhor parar com esse tipo de pensamento, antes que acabasse perdendo o real foco das coisas.

Ele fitava a mão do Cadete percorrer o traçado da postura até a maçaneta da porta, ouvindo o ranger desta última após sua abertura ser firmada. Percorrendo os olhos pela sala, onde um rapaz aguardava pacientemente, cercado de instrumentos e bancadas, Haineko assentiu suavemente com a pergunta.

Também fitando os constantes movimentos do tatuador, o moreno pôde tentar ao menos constatar que os acessórios seriam limpos. Não seria nada divertido marcar seu corpo, ainda mais se a ocasião exigisse a paciência de aturar objetos que possivelmente estivessem completamente sujos. Aí sim, sairia correndo do lugar...

Hesitou por alguns segundos antes de adentrar o local, refletindo sobre a segunda pergunta do homem. Pouco tempo se passou antes do garoto tocar suavemente a manga esquerda do kimono, retirando sua parte superior.

- Nas costas, um pouco abaixo do pescoço - Falou pacientemente, ainda que um tanto desgostoso quanto a ideia de trazer consigo uma imagem artificial em um corpo nunca tocado para modificações.

Enfim, se era o jeito... Como poderia negar?
Shianny
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Mensagem por Érica Seg 08 Jul 2013, 17:58

A ideia de ter uma marca permanente em seu corpo, sem poder tirá-la, ainda soava desagradável na mente do moreno de pele alva. Respirava profundamente, optando por parar de permitir que tais pensamentos continuassem vindo até si, seria melhor não pensar.

O equipamento limpo servia de algum consolo, não seria divertido ter tais instrumentos tocando na superfície de sua pele, seria o pesadelo se não estivessem, no mínimo, passado por uma limpeza básica. Ter a paciência de aguardar o processo, que seria realizado com equipamentos imundos, já era exagero.

Dizia o local onde teria que ter a marca. Bem longe do alcance de seus olhos, mas ainda presente. Sentiu a superfície do equipamento sobre o local, começando a desenhar a marca. O processo dolorido iniciava e prosseguia, durando algum tempo Um pano anteriormente branco era utilizado para limpar o sangue do gladiador, enquanto o tatuador resmungava, dizendo que aquilo dificultava sua tarefa, soltando um pequeno “hic”. O homem parecia ter tomando alguns drinques enquanto estava só.

O silencio continuava imutável no local, parecendo interminável. Após alguns minutos daquele sofrimento, o tatuador se afastava.

-Pronto. Está acabado.

Era direto, tirando uma garrafa de bebida debaixo da mesa, começando a beber distraidamente. O cadete olhou, não aprovando tal atitude, mas logo saia do ambiente.

-Já escolheu seu Pokémon?

Perguntava, se pronunciando pela primeira vez provavelmente. Aguardava pacientemente a resposta do mais novo, retomando a caminhada e indo para o segundo andar, parando diante de uma sala grande. Um vidro permitia a visualização interna da mesma, sendo possível ver diversas criaturas. Eram quinze ao todo, das mais diversas formas e temperamentos. Brincavam e socializavam. Uma jovem se encontrava junto com os pequenos seres, o cabelo branco como a neve, liso, emoldurando a face delicada. Os olhos azuis focaram brevemente na dupla, curiosos, aguardando algum gesto.
Érica
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Mensagem por Shianny Qua 10 Jul 2013, 18:31

Seu sangue fervia a cada toque do maldito equipamento em sua pele. O rapaz sentia diversas expressões de ódio se entalarem em sua mente, ao passo que fazia o máximo de si para permanecer imutável. Porém, ter a consciência de que aquele parasita miserável provavelmente se embebedara ao ver-se sozinho apenas atiçava ainda mais sua sede de vingança. Por muito, muito pouco não acabara se revoltando com o homem, e não podia ser negada para si a razão. Afinal, aquele era o trabalho dele. E ainda estava na Academia de Polícia. Eles deveriam ao menos ter um pouco de respeito com as pessoas, principalmente as que tanto os sustentavam em um maldito pilar ilusório!

Enfim, após uma quase infindável tortura, aquela etapa inútil se findara. Mal tal ato fora concluído, uma garrafa de sabe-se lá o que fora retirada de baixo do balcão e virada na garganta no homem pelo próprio. Haineko encarou aquilo por alguns segundos, enquanto o cheiro de álcool dominava seus pulmões e seu olhar se estreitava com suavidade.

Irresponsável. Você ainda há de pagar por isso.

Tal frase ecoou em um murmúrio em sua mente, enquanto o rapaz limitava-se a desviar o olhar e acompanhar o subordinado de Tompson que o guiava por já há algum tempo. Ele compreendeu o questionamento feito pelo homem, mas optou pelo silêncio. Que importava, exatamente, se havia ou não escolhido? Não seria encaminhado para o local onde tais seres estariam enclausurados de qualquer modo?

Ele também ignorava se o Cadete permaneceria calado durante todo o trajeto, ou se falaria aos quatro ventos. De todo modo, não pretendia desferir qualquer resposta, afinal, não seria louco de correr o risco de alguma palavra desrespeitosa. Isso poderia comprometer todo o avanço que obtivera até o momento, e não poderia dar-se ao luxo de cometer tal tolice. Principalmente tendo aquela marca ridiculamente nojenta em sua pele.

Permanecia com a parte superior do Kimono dobrada e apoiada em um de seus ombros. Não pretendia o trajar agora, visto que a dor da tatuagem ainda fazia-se presente em suas costas. Enfim, o que realmente importa em nossa simples narrativa é a chegada dos dois rapazes que dirigiam-se à colheita dos jovens animaizinhos iniciantes. O par de passos ecoavam pacientemente pelo longo corredor, antes de estancarem frente à uma parede recortada por um vidro em formato retangular e transparente.

Por meio segundo, seu fôlego se perdeu, e não foi por culpa dos curiosos espécimes que interagiam e divertiam-se naquele espaço enorme, se comparado ao local que se encontrava no momento. Seu olhar não gozava da imagem alegre formada pelos jovens monstrinhos, mas sim da única espécime equivalente a sua que ali se erguia. Quase em hipnose, suas orbes acinzentadas brincavam de admirar aquela mulher, não, não, aquela imagem que poderia assemelhar-se à beleza de uma deusa mitológica. Era Afrodite que ali estava? Bem seria capaz, pois seu coração lentamente inflou-se e aderiu a retumbantes batidas quase descompassadas e completamente incoerentes com seu ritmo habitual. Seus cabelos lisos e esbranquiçados, em semelhança tonalidade com a própria neve, fisgava a atenção do rapaz, assim como seus olhos de profundidade azulada. Ele questionava-se, no momento, como poderia existir alguém com tal combinação incrível e chamativa em sua aparência física, assim como se o que sentia era uma paixão temporária ou uma simples atração incrível pelas cores que brincavam com o corpo daquela garota. Ignorando completamente tudo que acontecera consigo até o momento, o rapaz permitiu-se dar um curto sorriso, talvez o primeiro desde que pisara naquele maldito inferno secreto, cumprimentando-a com um tênue e sutil balançar de cabeça.

O moreno apenas aguardava a permissão para adentrar aquele cômodo, enquanto buscava retornar à sua tão conhecida e acalentadora impassibilidade. Aí sim, poderia escolher seu tão estimado companheiro e, quem sabe, descobrir um pouco mais sobre albina de olhar curioso que ali permanecia...
Shianny
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Mensagem por Érica Qui 11 Jul 2013, 19:02

O sangue fervente do rapaz dificultava a tarefa de parecer neutro. Dificultava muito. Cada toque do aparelho era torturante para o mesmo, exigindo um tremendo esforço para manter a expressão. Pretendia um dia se vingar, vontade não faltava! E o cheiro de álcool que saia da boca do homem, indicando que havia bebido, fazia a vontade crescer. Provocava e atiçava a sede de sangue do rapaz pálido.

Quando a “tortura” finalmente se encerrou, mentalmente, Haineko fazia uma jura de vingança, voltando a seguir o cadete que o guiava pelos corredores, mantendo-se em silencio durante todo o trajeto. O homem também permanecia em silencio, percebendo que não obteria uma resposta e optando por não insistir.

Normalmente, ficar frente a frente com quinze seres que possuíam poderes, podendo escolher um para si, tirava o fôlego de qualquer um. As criaturas curiosas e diversas eram fascinantes, roubando a atenção de quem olhasse. Com Haineko, entretanto, foi diferente. Seus olhos se fixavam na jovem, que parecia ter 16 ou 17 anos, quase na idade certa para tirar uma licença.

Ao ver do jovem gladiador, a desconhecida se comparava a uma deusa, capaz de fazer seu coração assumir outro ritmo. O cabelo que lembrava a neve, os olhos que lembravam o céu noturno e limpo. A combinação das cores naquela jovem, despertava a atração de Haineko. Um pequeno sorriso surgia na face do moreno, cumprimentando-a com um aceno de cabeça.

A garota sorriu suavemente, retribuindo o cumprimento com um movimento da cabeça. Os olhos azuis logo se voltaram para o cadete, que fazia um gesto, permitindo-a abrir a porta. A moça logo se aproximava, abrindo a porta cinzenta, permitindo a entrada de ambos. Estando mais perto, Haineko pode ver que a pele da jovem era tão clara quanto a sua. Usava trajes simples, uma camisa azul realçando os olhos em conjunto com uma calça jeans escura.

-Parabéns pela aprovação. Já escolheste teu inicial? Temos Charmander, Cyndaquil, Torchic, Chimchar e Tepig do tipo fogo. Bulbasaur, Chikorita, Treecko, Turtwig e Snivy do tipo grama. Squirtle, Totodile, Mudkip, Piplup e Oshawott do tipo água.

Ela se pronunciava suave e delicadamente, educada e formal, indicando cada um dos monstrinhos presentes na sala, aguardando alguma resposta.
Érica
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Mensagem por Shianny Qua 17 Jul 2013, 01:08

Seus olhos voltaram-se para o plano que lentamente abria-se acompanhado de um rouco e suave rangido. Sem o vidro, com aquelas milhões de partículas minúsculas de sujeira invisível a olho nu, o moreno agora observava a jovem que há pouco protegia-se dentro daquela salinha onde diversas criaturas interagiam entre si pacificamente. Livre de obstáculos, a captação de suas retinas deslizou pacientemente até o solo. Poderia até dizer que admirava os animais ali presentes, no entanto, aquele mover de suas orbes acinzentadas eram apenas desculpa para captar a aparência completa da albina.

Admirava-se com a combinação presente em suas roupas, visto que eram praticamente idênticas a suas escolhas habituais. Compartilhavam dos mesmos gostos? Seria uma coincidência incrível. O tecido que delineava com delicadeza as curvas suaves da garota quase o arrancaram um novo sorriso. Porém, contendo-se, recuou o olhar para a face da adolescente, visto que esta já o chamava a atenção com algumas frases. Simples e direta, além de delicada e gentil. Sinceramente, estava realmente começando a gostar daquela garota. E podia apostar qualquer coisa que não era apenas por sua aparência angelical.

Infelizmente, uma única coisa ainda fazia-lhe hesitar um pouco e também cercava predatoriamente sua mente com diversas dúvidas. Estando ali, seria ela uma Cadete? Como tal corporação ditatorial poderia domar uma deusa como aquela? Um anjo que viera do céu para iluminar caminhos iniciantes? Não queria confiar que estaria ali por livre arbítrio, optando apenas por mentalmente crer que um forte motivo atava a pobre garota a vagar por aquele enorme edifício de aparência morta, onde o demônio-mor, Angélica Tompson, seria livre para praticar quaisquer atos que lhe viessem à mente, podendo chegar até a rasgar profundamente a alma de inocentes aspirantes a classes do Novo Mundo. Quem a impediria? Quem seria louco, quem poderia ter a chance de fazê-lo? Infelizmente, suas forças atuais o barravam de cometer tal feito - talvez suicida -, mas, sempre há um futuro... Bastava apenas que sua vida se prolongasse até que a chance caísse por sob seu colo como uma pluma, então necessitaria esforçar-se para alcançar tal almejo próximo, de realização distante.

Balançando a cabeça com sutileza, o rapaz procurou livrar-se dos pensamentos quase estúpidos que ocupavam sua cabeça. Haviam coisas melhores para realizar no momento, não deveria permitir que tais asneiras impossíveis o dominassem, ainda que momentaneamente.

- Obrigado... - Ele murmurou, ainda que seu olhar começasse a lutar para desviar-se dela. E assim o fez, pois sentia que a melanina passaria a reagir em sua face caso insistisse em fitar aquela beleza sedutora, e necessitava evitar tais fatos a qualquer custo.

Se havia escolhido seu pequeno companheiro? Oras, mas é claro que sim. Ainda que pretendesse demonstrar o oposto, tinha a consciência que o melhor a fazer seria fugir dali imediatamente. Suas orbes de brilho neutro percorriam o apoio plano que os pés de todos podiam desfrutar de sustento contra uma queda livre em direção ao solo. Buscava com insistência o pequeno monstrinho que trazia consigo uma pequena concha amarelada. Praticamente, o pequeno animal semelhante a um urso filhote, mas que em breve poderia metamorfosear-se em um perfeito...

Seus pensamentos foram cortados ao sentir um impacto leve contra uma de suas pernas. O rapaz guiou a direção de captação de área para o local onde o choque de matérias havia sido concluído, podendo encontrar um pequenino pinguim com tonalidades contrastantes de azul e branco, além das partes amareladas, que destas seu bico arredondado poderia apresentar-se como exemplo sutil. Ele observou a profundidade azulada dentro dos olhos daquele frágil espécime, sem que nenhuma alteração facial fosse ocasionada em si próprio. Viu as quase inexistentes nadadeiras guiarem-se para cima, como uma criança a pedir colo à mãe ocupada. Um baixo som característico da raça partiu de dentro da garganta oculta pelo pico existente onde deveria existir a inclinação básica de suaves lábios pequenos.

Não soube por que e nem como, no entanto, ao finalmente aperceber-se dos próprios atos, já estava erguendo-se do trajeto contra o solo para receber aquele animal curioso em seus braços. Sem opção, fitou a pequena criaturinha que agora encolhia-se no local onde supostamente seria aninhada, escondendo o rosto por entre o tecido enegrecido apoiado por sob um dos ombros de Haineko, abraçando aquele pedaço de pano macio e suave.

Para qualquer um, impossível agora seria decifrar os sentimentos do rapaz, que mesmo com aqueles feitos do dócil Piplup, permanecia indiferente com o mundo a sua volta, pelo menos em expressões corporais. Parecia que apenas aquela albina pudera chacoalhar o peito que acolhia um coração de gelo, e apenas ela fora capaz de trazer-lhe um sorriso verdadeiro para emoldurar os lábios finos e pálidos. Foi algum tempo de silêncio que seguiu-se no lugar, antes que este incômodo ilusório finalmente fosse quebrado pelo próprio moreno que ali estava e ali permanecia.

- Ele... - Murmurou com simplicidade. Se algo mais deveria ter saído de sua garganta, nunca alguém teria a capacidade de desvendar, se não vasculhando a memória do pobre Gladiador. Seu timbre era baixo, mas dava a sensação de que a escolha por fim jazia nos braços do garoto, em sepulcral e dócil silêncio.

Eis a pergunta que ficaria no ar;
Poderia ser ele, ainda que secretamente, um simples e misterioso coração amanteigado?

Bem, isso, sinceramente...
Apenas o tempo poderia dizer, não é verdade?
Shianny
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Mensagem por Érica Qui 18 Jul 2013, 18:30

Os olhos de Haineko, agora, podiam admirar de perto a jovem pálida. Sem obstáculos, podia visualizar de cima a baixo a garota de nome ainda desconhecido. Pareciam compartilhar de gostos semelhantes, visto que as vestes simples da garota eram semelhantes as vestes do recém formado gladiador. Sentia vontade de sorrir, mas se continha. A moça conquistava aos poucos o jovem.

Uma duvida cercada o rapaz: seria a jovem uma cadete? Pouco provável, já que a garota parecia nova demais para se quer ter uma licença. Talvez houvesse algum outro motivo para estar lá, algum parente que trabalhasse ali ou não houvesse outro local para ficar.

Buscando livrar-se dos pensamentos, balançou a cabeça suavemente. Havia algo mais importante para se preocupar no momento. Agradecia, recebendo um sorriso afável como resposta, tornando a tarefa simples de Haineko, de simplesmente desviar o olhar, mais complicada.

As orbes vasculhavam o cômodo, em busca do pequeno ser que iria acompanhá-lo em sua jornada. Tinha um em mente, mas desviou seus pensamentos ao sentir algo colidir suavemente com sua perna. Observou o pinguim azul, que pedia alguma demonstração de carinho e afeição, sendo atendido, embora Haineko não soubesse bem o motivo de sua reação.

Escolhia seu primeiro Pokémon. A jovem albina pegava uma esfera vermelha e branca, alcançando-a para Haineko, junto com alguns documentos. A licença que comprovava que era um Gladiador aprovado na academia.

-Aqui está a Pokébola do Piplup. Boa sorte em sua jornada.

A garota dizia simpática. Quando um canto alto vinha do corredor. Em frente a sala, passava o tatuador, cantando, extremamente embriagado. A garota olhou em choque para o homem, depois para o cadete, estando irritada.

-Usagi, não é minha culpa se seu pai achou mais bebida. – A garota balançou a cabeça negativamente, repreendendo pelo olhar o homem, que aparentemente, devia manter o outro longe do álcool. – Rapaz, já pode se retirar.

O cadete guiava Haineko para fora, enquanto Usagi corria atrás do homem embriagado, para impedi-lo de se meter em encrencas.


Print: https://i.imgur.com/OhnNdKB.png
Narre saída da academia. em breve tua ficha, grupo e pontos serão atualizados.
Érica
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Mensagem por Shianny Sex 19 Jul 2013, 22:39

A mente do rapaz apenas retornou à realidade quando as mãos alvas da albina tocaram-lhe a própria pele, pousando sob sua mão livre o pequeno objeto tricolor, que reluzia em duas metades, uma de suave cinza claro, próximo ao branco, e a outra que brilhava em vermelho, este último de cor tão pura quanto o próprio sangue. Uma faixa suave de preto - ou cinza escuro, quem sabe? - dividia o item ao meio, também envolvendo uma pequenina porção circular meio prateada no centro daquela... Como poderia dizer? Moradia temporária? Estava valendo. Foi necessário equilibrar pokémon, pokébola e também documentos. Sinceramente, era algo meio atrapalhado, mas permanecia indiferente... Ou, pelo menos, tão indiferente quanto possível.

Confusão era o que roubava os pensamentos do moreno. O que estava acontecendo? Por que aquele ato ocorrera, se tampouco falara sua verdadeira escolha? Vidente a jovem não era, e isso tinha consciência até mesmo pelo simples fato de aquela esfera ser claramente do pinguim que jazia em seus braços. Fora o que a albina falara, não é verdade? “A pokébola do Piplup”. De quem mais poderia ser, que não do animal ali presente?

Sequer teve chances de abrir a boca para interrogar a senhorita sobre tal equívoco, pois uma cantoria alta, incômoda e desafinada ecoou pelo corredor. Seu olhar virou-se na direção do vidro transparente no exato momento de ver o bêbado tatuador cambaleando com um dos maiores sorrisos que já vira. Sem reação, apenas viu o desenrolar daquela loucura, visto que poucas palavras foram trocadas a partir dali, provindas apenas do jovem cadete. Infelizmente, teve de observar a albina que ateara-lhe fogo ao coração sair correndo daquela sala lotada – isso se fosse considerar tanto animais quanto humanos – atrás do homem embriagado.

O rapaz estreitou o olhar com extrema sutileza antes de meramente desviá-lo em impacto contra o chão. Sentia-se sufocado, mas o ar corria livremente por suas traqueias. Era incrível. Em menos de uma hora, aquele homem destruíra diversas coisas em seu conceito. Pior: A adolescente adorável que encontrara era sua filha, seu sangue, sua genética. Com um incômodo terrível na garganta, viu-se apenas engolir a seco. Guiado agora era em direção à saída, com o nome que ecoava em sua mente. O nome atrelado à flecha que transpassara seu coração.

Usagi.

Agora, seus passos não eram mais determinados, mas sim, hesitantes e receosos. Uma aura quase sombria envolvia-lhe mente e alma. Como poderia permitir-se simplesmente desistir de algo... Alguém... Que tinha praticamente a certeza de ser a fatia que faltava em suas memórias? Inconscientes, seus dentes claros impactavam com suavidade a inocente carne interna das bochechas do moreno, que sentia um suor frio – apesar de imaginário – escorrer lentamente por sua face. Não sentia a criaturinha azulada em seus braços, ainda que ela claramente ali estivesse. Haineko apenas moveu parte de seu corpo para resguardar os documentos que há pouco recebera na bolsa que carregava – ou pasta, mochila... Para ele, não era isso que agora importava – e logo apertava com sutileza a esfera bicolor na mão que em breve estaria livre, observando-a encolher-se na própria palma antes de guardar o objeto em um dos bolsos de sua roupa.

Sem prestar atenção em nada ou ninguém a seu redor, o ecoar rouco dos passos do moreno se confundiam com as vozes dos – quem sabe? – futuros iniciantes em uma nova classe, em uma nova vida. Dentro de sua mente, o desespero tentava fazê-lo livrar-se da imagem perfeita daquela doce dama que agora ficava para trás, junto de seus mais profundos desejos, fossem estes quais fossem. Seu olhar era vítreo, e não alterava a direção do piso concreto e acinzentado do solo. Tudo que a partir dali enfrentaria... Como poderia prosseguir com esse empecilho bobo? Urgentemente, necessitava livrar-se daquelas sensações que aos poucos buscavam domar o cérebro que antes permanecia plenamente focado em um único objetivo. Ainda era inacreditável pensar que esta simples linha reta havia bifurcado-se em menos de cinco minutos.

Rapidamente, Haineko balançou a cabeça. No que raios estava se metendo? Não, não. Aquilo agora era e deveria ser tratado como passado. Não importava a grande proximidade que o presente detinha sob este. O mais puro ar encheu seus pulmões, que aos poucos tornavam lentamente a esvaziar-se como um saco vazio aberto no deserto. Ele, por fim, notou onde encontrava-se no momento. Agora, abandonava os degraus cinzentos que permitiam-lhe acesso ao edifício da Academia. Neste momento, seu corpo relaxava, abandonando o nervosismo que há pouco rasgava a própria essência do rapaz ao meio. Ainda que certas partes fizessem-lhe falta, ele questionava-se se realmente poderia haver um Deus-mor, que tudo criara, de tudo cuidara. Afinal, não deveriam existir Anjos e Demônios? Eis uma prova disto: Em meio às labaredas do Inferno, de um maldito Inferno Controlado, as asas de uma Anja acalentaram seu coração e também sua mente, trazendo paz à uma alma perturbada. A pureza aparente daquela doce voz que o encantara e seduzira havia acendido, ainda que inconscientemente, um brilho novo no olhar daquele atrevido felino acinzentado. Não sabia se um dia o destino o agraciaria ao ponto de topar novamente com aquela dama misteriosa, porém, eis uma verdade: Talvez, em parte, poderia estar preparado para tal possível encontro. Não eram muitos motivos que dominavam o rapaz a ponto de tantos pensamentos se voltarem em direção de uma única pessoa que não pudera interagir sequer por míseros quinze minutos, no entanto... Não era a razão que o guiava, mas sim o coração e os sentimentos. Possuía aquilo? Sinceramente, era algo novo até mesmo para o próprio jovem, que fazia o possível para refutar tal ideia quase absurda em sua mente. O gelo era frio, e seu psicológico era submetido ao gelo e baixas temperaturas. Não devia sentir-se aquecido, não queria aquelas sensações incômodas. Aquilo que, de algum modo, era desconfortavelmente confortável. Tantas contradições em simples palavras... Bem, nada mais poderia fazer no momento, não é verdade?

Um movimento extra em seus braços o fizeram retroceder novamente à sua realidade. Minazuki desviou o olhar para o pequenino espécime que o fitava pacientemente, e logo perdeu-se naquela profundidade azulada. Desviando a direção de suas retinas, ele respirou profundamente. Sinceramente? Aquilo era... Um fardo. Como poderia pensar de outro modo? Aquele animal estava consigo por mero acidente! Porém, não seria uma atitude inteligente demonstrar ódio ou desgosto. Não era uma pessoa de muitas afeições, mas agora precisava do auxílio deste curioso e desastrado pinguim. Seus pés lentamente retornaram a um ritmo constante e lento, ao passo que as folhas rosadas de cerejeiras rodopiavam no ar, embaladas por um suave e delicado vento que roçava-lhe a pele e brincava com seus cabelos enegrecidos. Ele também notava com facilidade o erguer de nadadeiras que o inicial realizava, tocando levemente uma das folhas que por ali passavam. Um som baixo, característico da raça, escapou por seu bico amarelado, antes de seu foco retornar ao pálido rapaz que o fitava com certo receio. Não tinha a consciência da força daquele bicho, portanto, seria melhor não subjuga-lo antes de conter a certeza de sua inutilidade... Se é que essa poderia fazer-se presente.

- Kazuo – Foi a palavra que partiu de sua garganta, baixa e calma. O pequeno pinguim inclinou suavemente a cabeça, o observando em clara confusão – A partir de agora, atenderá por Kazuo. És o primeiro, e também pacífico. Teu nome não vem em contraste com a personalidade, porém, assim provavelmente será comparado com tua origem natal. – Ele concluiu por fim. Não tinha certeza sobre o que o brilho difuso no olhar do espécime indicava, porém, considerou aquela passividade uma reação positiva quanto ao novo nome de seu novo companheiro.

Com aquelas palavras, não apenas seu corpo, mas o de um – quem sabe? – potente aliado cruzava com paciência as grades acinzentadas do portão aberto do lugar. Seguindo pela estrada, ainda perseguido por aqueles olhos felinos e ameaçadores da estátua que aos poucos era passada para trás, apenas uma certeza cruzava sua atual existência:

Um garoto passou por estes portões. Um garoto que passara por rápida metamorfose sob a eterna vigilância e garras dos impiedosos ditadores do Continente. Um garoto, que pretendia seguir seus sonhos e provar sua verdadeira capacidade para os que ali residiam. Antes, um eterno escravo das leis que seguiam para os cidadãos comuns da cidade. Apenas um garoto... Que fora destruído em simples minutos corridos em um estágio do Inferno.
Uma perda e, ao mesmo tempo, uma possível mudança no mundo.


Aqueles tempos complicados eram abandonados em memórias sujas e apagadas. Ao finalmente ultrapassar e deixar para trás aqueles minutos infindáveis que lentamente recaíam como grãos de areia em uma eterna ampulheta nomeada de Vida da Alma, ele sabia.

Deus o presenteara com tal possibilidade. Era hora de agradecer e mostrar-se capaz, não é verdade? Aquela era a hora de início de uma retribuição com grandes possibilidades de padrões exagerados.

Era sua chance de recomeçar sua vida e, desta vez, a seu próprio modo e desejo.
Afinal, de que adiantaria as Cinzas do Inverno, se não existisse um aprendiz para espalhá-las ao mundo?
Shianny
Shianny


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Mensagem por Érica Sex 19 Jul 2013, 22:54

Rota encerrada.
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Érica
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