Pokémon Shinki Adventures RPG
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O avanço para uma nova vida: Stylist

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Mensagem por Emme Roinuj Sáb 06 Jul 2013, 12:33

Ela estava do lado de fora, eu tinha acabado de completar 18 anos, não tinha pokémon algum, me sentia inútil, desprezível, um idiota. Ela me viu pela janela que dava para o quarto de minha mãe, eu sentado na cama dela, olhando para seu retrato. Lágrimas rolavam pelo meu rosto. A Comandante Tompson entrou em minha casa, silenciosa, com seu Persian ao lado e sentou-se ao meu lado. Suas palavras ecoaram em minha mente.

- Não chore, sei que é difícil e ela era sua única família, mas não se deixe abater pela maldade dos outros. Levante-se e lute, vá atrás de crescer na vida. Deixe que logo mais encontraremos a sua mãe.

Depois disso ela levantou-se e se foi, sem dizer mais nada.

Essa era a lembrança que eu tinha de Angela Tompson. Já fazia um ano que eu não a via, nem possuía nenhuma notícia de minha mãe e agora eu iria vê-la e perguntaria a ela a verdade. Custe o que custar.


Já estava bem próximo á Academia de Polícia, meu coração já batia descompassadamente, só de imaginar ter que encarar uma série de perguntas da Comandante Tompson, meu corpo estremecia constantemente. Eu sou um dos poucos descendentes legítimos da antiga Sinnoh, cresci com fotos e vídeos da minha avó, Dizzia Roinuj, uma das maiores Top Coordenadores de Sinnoh, e meu desejo de ter o mesmo prestígio que minha avó tinha, fazendo combinações e explorando os poderes dos pokémon de forma bela e coordenada cresceu dentro de mim. Por isso quero me tornar um Stylist.


Estava tão perdido em pensamentos que nem notei que já me encontrava na entrada da Academia. Entrar lá era primeiro passo, o próximo era encontrar a Comandante Tompson. Subi as escadas como me explicou um dos Cadetes que estavam no térreo. Caminhei em direção à sala dela e nem precisei bater na porta, ela já tinha sido aberta por uma garota que passou correndo chorando, esbarrando em mim. Gelei. Uni forças e entrei na sala.
Emme Roinuj
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Mensagem por Alice Ter 09 Jul 2013, 20:35

off: Serei sua narradora, espero que se divirta ;)


O jovem entrava na academia, preparado para enfrentar a temida comandante Angélica Thompson, a mulher mais assustadora segundo alguns e a mais valente segundo outros. Pontos de vista controversos, mas nem por isso impossíveis de coexistir em uma mesma mulher. Entretanto os boatos não impediram o jovem Emme de ir atrás de seu sonho, seguindo um conselho da própria comandante.

Após algumas informações, o aspirante obteve informações sobre onde ficava a sala da comandante. Distraído, chegou até o local, porém uma garota saia da sala chorando em pânico e esbarrando no jovem. Possivelmente alguém reprovado. Muitas pessoas saiam daquela sala chorando compulsivamente.

Emme respirou fundo, o corredor longo tinha poucas cadeiras e muitos cadetes circulando com documentos importantes. Meowths passeavam em maior número do que pessoas. Um taillow passou quase acertando a cabeça de Emme e pousou na fechadura da porta, pedindo que a mesma fosse aberta. O pássaro possuía um tubo nas costas, talvez algum relatório de missão. Sem pestanejar, Emme atendeu ao pedido da ave e abriu a porta. O pokémon logo voou para dentro e o garoto aproveitou para olhar pela primeira vez em mais de 1 ano para Angélica. Porém não era ela lá dentro e sim um homem velho e barbudo.

- Hein? Já tem um relatório Taillow?

Emme entrou na sala, mas o homem ainda não tinha reparado no garoto e continuava lendo o relatório. Dez minutos se passaram enquanto o cadete de idade lia o relatório, ignorando Emme por completo.
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Mensagem por Emme Roinuj Qua 10 Jul 2013, 01:37

Fiquei espantado com tanta correria no corredor, homens e pokémon se aninhavam-se em um corredor longo e com poucas cadeiras. Reparou na quantidade exorbitante de Meowths no local. Ao se aproximar da sala daquela que definiria meu futuro e que poderia me dar algumas respostas, um Taillow passou derrapando por minha cabeça, saltei para a esquerda, assustado, e logo vi que o pássaro havia pousado na maçaneta da porta e fitou-me seriamente.

No início não entendi por que me olhava tanto, logo, ele mexeu um dos pés, como se dissesse "Abra a porta pra mim!", e assim fiz como o entendido. Ao abrir a porta o Taillow seguiu viagem rumo à mesa da Comandante Tompson, espiei para saber se ela já havia notado a minha presença, quando escuto uma voz grave e rouca.

- Hein? Já tem um relatória Taillow?

Entrei na sala, tímido e desconfiado, perguntando-me todo o tipo de coisa, dentre elas "Quem é esse homem? O que faz aqui? Onde está a Comandante Tompson?" fiquei me perguntando e reparei que o antigo Cadete ainda não tinha reparado que eu me encontrava na sala. Esperei o senhor me notar, passaram-se longos 10 minutos e ele já havia lido todo o tal relatório e ele nem tinha dirigido um único olhar para mim. Percebi que estava sendo ignorado e arrisquei uma pergunta.

- Com licença, onde está a Comandante Tompson? Gostaria de iniciar meu teste.



Última edição por Emme Roinuj em Qua 10 Jul 2013, 11:58, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Alice Qua 10 Jul 2013, 10:13

O jovem perguntava com cautela sobre a localização da comandante, conquistando finalmente a atenção do velho cadete. O emblema no peito revelava muitas estrelas, deixando óbvio que aquele homem executara muitas missões com sucesso. Só de estar naquela sala era óbvio que Angélica confiava no estranho.

- A comandante esta fora em missão. Estou cuidando de assuntos burocráticos em sua ausência, mas infelizmente não tenho autorização para realizar os testes.

Após essas afirmações, o aspirante a stylist sentia suas forças se esvaindo. Sua jornada terminaria tão cedo assim? Sem nem ao menos a chance de começar?

- Mas, você é um garoto de sorte...

O velho cadete se inclinava na cadeira da comandante deixando uma barriga protuberante a vista. Aquela barriga sim contrastava com as estrelas. Certamente as missões de sucesso haviam ocorrido há muito tempo...

- Esse taillow me trouxe o relatório de Lady Angélica e fiquei sabendo que ela já retornou a cidade. Você pode sentar e aguardar seu retorno.

Emme sorria aliviado. Era só uma questão de tempo até que seu teste se iniciasse agora. Angéllica havia retornado a cidade e em pouco tempo estaria na academia realizando os testes.

- Como você é malvado Joel. Você sabe muito bem que a Srta. Thompson pode levar dias antes de voltar a academia após uma missão.

Uma mulher, aparentemente jovem, entrava na sala. Seu persian se aproximava de outro deitado embaixo da mesa de Angélica e até então desconhecido para o aspirante. Os gatos se farejavam e ronronavam como velhos amigos. Tal demonstração de afeto pelos felinos era raro de ser presenciado.

- É melhor ele sentar e esperar do que ir atrás dela Juliette. Você conhece o humor da Lady quando volta de uma missão.

- Pode até ser, mas acho que o garoto merece o direito de escolha. Ele vai ter que enfrentar o teste dela de qualquer jeito... E nunca vou entender por que você a chama de Lady... Sabe que ela ficaria furiosa se soubesse.

Os dois cadetes debatiam com o tom entre o amigável, irônico e implicante, mais uma vez ignorando Emme. Os persians, deitados lado a lado, ignoravam seus cadetes e aproveitavam o momento para cochilar.

- A situação é a seguinte garoto. - Juliette de repente mirava Emme. Seu cabelo encaracolado e ruivo não saia do lugar não importando o movimento que ela fizesse, dando a ela uma expressão angelical e travessa ao mesmo tempo. - Srta. Angélica retornou da missão há pouco. Obviamente ela vai passar no hospital antes. Ela sempre fica por lá até seus pokémons estarem totalmente recuperados. Depois ela vai para casa e fica de descanso por 3 dias exatamente, para que ela se recupere da exaustão. Joel espera que você fique aqui sentado todo esse tempo. Ou você espera, ou vai atrás dela. Eu ainda não sei como foi a missão. Se foi um sucesso, ela estará mais agradável, ou seja, suportável. Se não, ela estará com o pior dos humores. Pela cara do Joel, acho que é a segunda alternativa. Se for atrás dela, pode tentar convencê-la a aplicar o teste em qualquer lugar. Ela sabe as perguntas de cor e as respostas também. A escolha é sua. A garota que saiu correndo antes estava aqui há mais de 1 semana quando percebeu que o teste ia demorar pra ser realizado. Duvido que ela passasse de qualquer jeito, era meio lerdinha...
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Mensagem por Emme Roinuj Dom 14 Jul 2013, 15:12

Estava estático, as notícias chegavam como um furacão que derrubava todos os alicerces que sustentavam minha vontade de vencer. Saber que ela, a Comandante Tompson, não poderia fazer o meu teste agora, teria que esperá-la, me encheu de tristeza e medo. Olhei para Juliette, que continuava me encarando com um sorriso debochado, e encarei-a firmemente. Medo? Para quê? Angélica Tompson não temia nada, encarava todos até a morte, não podia vacilar.

- Estou indo para o hospital. Ela vai ter que fazer o meu teste, por bem ou por mal! Eu estudei muito para isso...

Depois de dizer isso, saí correndo para fora da sala, atravessei o corredor como um vulto e saí da Academia de Polícia. O céu estava escuro já, não sabia que tinha-se passado tanto tempo. Corri pelas ruas até me aproximar do Hospital. Meu corpo tremia.

O Hospital era uma estrutura imponente, bonita e bem humorada, muitos treinadores se concentravam na porta de entrada para conversar enquanto esperavam pela recuperação dos seus pokémon. Entrei e a claridade excessiva do Hospital cegou momentaneamente meus olhos, demorei uns 3 minutos para recuperar a visão e olhei direto para o balcão. Logo avistei uma mulher fardada exatamente como um Cadete, aproximei-me mais e logo percebi que não era Angélica, perguntei à uma Enfermeira sobre o paradeiro da Comandante e ela informou-me que a Comandante Tompson estava na sala do 1º andar. Suei frio e subi as escadas, meu corpo tremia, mas eu tinha que encará-la. Era tudo ou nada.
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Mensagem por Alice Dom 14 Jul 2013, 18:26

off: acho que me empolguei XD


Emme corria para o hospital, disposto a ter seu teste realizado naquele dia, não importando o custo. Foram muitos anos de estudo para não ter o direito de ao menos tentar. Os cadetes mal perceberam o garoto que passava correndo pela recepção da Academia e para as Ruas de Nyender, praticamente voando rumo ao Hospital. Juliette continuava na sala de Angélica, sorrindo para Joel.

- Pobre garoto. Você não tem pena, não é Ju?

- Ora essa Joel, ele tem fogo. Não é qualquer um que sai correndo assim para enfrentar a Srta. Angélica. Aposto 50Pk$ que esse passa no teste.

- Muito bem, aposta feita.

Os dois cadetes apertavam as mãos, confirmando a aposta sobre o futuro do jovem que saíra correndo há pouco.
Emme teve sorte de não sofrer nenhum acidente. Corria pelas ruas com o mínimo cuidado, se arriscando a ser atropelado. A noite se aproximava e o dia morria. O corpo do garoto tremia em expectativa. Quando finalmente avistou a grande construção branca, os olhos do garoto brilharam de emoção. A grande hora finalmente chegara. Sem reduzir a velocidade, o menino entrou no hospital, sendo cegado momentaneamente pela claridade do local. O lugar estava cheio, com pessoas conversando tranquilamente na porta enquanto outras choravam em um canto mais escondido, lamentando alguma perda ou pelo medo do desconhecido.

Após recuperar a visão e se informar do paradeiro de Angélica, o jovem correu pelas escadas até a sala 1 do segundo andar. Com a mão na maçaneta, Emme respirou fundo, tentando recobrar a compostura, antes de falar com a temida Comandante. Porém, a porta se abriu com tanta fúria que o aspirante voou para longe, batendo as costas na parede em frente à porta.

As cenas passaram em câmera lenta naquele instante e o jovem conseguiu ver cada detalhe. Uma maca era empurrada por enfermeiras que corriam apressadas. Na maca, o famoso Persian de Angélica, desfalecido. O sangue escorria e deixava uma trilha no chão branco. O pelo branco estava manchado e escurecido. O peito do Pokémon felino não se mexia. Um pequeno soro se mantinha no ar, nas mãos de uma enfermeira, enquanto a maca era levada para o Centro Cirúrgico.

- Não se preocupe Angie, farei de tudo para salvá-lo.

O som do que parecia um apelido para o nome Angélica chamava a atenção do garoto que mirava a porta. Por um segundo ele visualizou algo raro: o olhar de Angélica estava fragilizado. A visão durou tão pouco que Emme se questionaria se foi real quando relembrasse a cena. A mulher logo retomou seu ar sério tradicional e a postura que todos conheciam.

- Se me chamar assim novamente, será preso por desacato, Doutor.

Gregory riu alto, para mais uma surpresa do garoto. Esse era um costume que o médico realmente não tinha, se bem que o riso não parecia ter graça ou divertimento, mas sim desafio.

- Você não fará isso. Yasmin choraria.

Dizendo isso, o médico caminhou para a sala de cirurgia, onde Persian o aguardava entre a vida e a morte. Antes, porém, o médico pegou seu Pager e bipou algum assistente.

- Houndoom, acabei de mandar um médico para a sala 7, nesse mesmo andar. Vá para lá que ele irá cuidar de sua pata. Enfermeira! – Gregory chamava a única no corredor. -  Tire aquele moleque do corredor. Esse lugar não é para descanso. – O homem ordenava, já com sua carranca famosa e sua amabilidade de sempre, falando de Emme como se fosse somente um inconveniente que ele teria de se livrar.

O Pokémon de fogo ganhou sua vez aos olhos do garoto, que só pela primeira vez o notou. O canino não estava em melhores condições que o felino. Enquanto se afastava, ficava claro que mancava de uma pata. O chifre esquerdo estava quebrado pela metade e as marcas no peito pareciam ser profundas. A missão de Angélica mais parecia ter sido uma guerra.

Ainda sentado no chão, o jovem olhou a comandante se afastar, o ignorando por completo. Seu semblante era cansado, seu uniforme estava sujo e coberto de sangue, possivelmente de Persian. A aura da comandante era a pior possível. Mais uma vez, Mina Yushiram fugira de suas mãos. A batalha havia sido cruel. Um gangster quase tivera sucesso em tirar a vida da comandante, mas, para decepção do mesmo, Persian se adiantara e se usara como escudo, salvando a vida de sua cadete e agora correndo risco de vida. O homem não tivera tempo de pedir clemência, antes de ser baleado pela mulher. Outros gangsters capturados estavam agora chegando a Academia, para interrogatório.

- Você esta bem garoto? Pode se levantar? – A enfermeira questionava, ajoelhada ao lado de Emme, que observava Angélica quase no final do corredor, em estado de choque devido às cenas presenciadas.
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Mensagem por Emme Roinuj Dom 14 Jul 2013, 19:22

Estava caído no chão e vi tudo aquilo acontecer, estava ainda pensando no medo que vi estampado no rosto da Comandante Tompson, nunca imaginei ser possível algo desse tipo acontecer. Escutei alguém falar algo mas não prestei muita atenção, estava perplexo vendo-a caminhar com um semblante que pairava entre o medo e o desconforto.

Assim que a Comandante sumiu no corredor, recobrei os sentidos, vi que a enfermeira estava ajoelhada ao meu lado a espera de alguma resposta. Apenas acenei positivamente e levantei-me com a ajuda dela, agradeci e virei-me para o corredor e disse à enfermeira:

- Preciso achá-la. Você não vai escapar de mim.

Perguntei à enfermeira pra onde a Comandante Tompson seguiu e ela me informou que foi para a sala de espera. Agradeci e corri sem parar até a tal sala de espera, meu coração batia descompassadamente, estava com frio, com medo e com receio de como eu iria olhá-la. "Cara, como vai ser? O Persian dela quase morrendo e ela aplicando um teste para mim? O que será que ela vai fazer comigo?" eram as perguntas que rondavam minha mente quando eu cheguei à porta da Sala de espera e a vi sentada, impaciente, em uma cadeira. Estava sozinha e toda suja de sangue, engoli em seco e entrei... O que fiz, foi o mesmo que ela fez comigo um ano atrás, sentei ao lado dela e disse:

- É complicado saber o que você sente, nunca tive o prazer de ter um pokémon ao meu lado para amar, mas eu perdi uma mãe e eu a amava muito, muito mesmo. A senhora, um ano atrás, me disse para seguir em frente que a senhora e seus Cadetes cuidariam de tudo, mandou eu me levantar e lutar. E é isso que estou fazendo aqui. Sei que isso é incomum e que estás muito tensa, posso dizer que é o seu melhor amigo, mas tudo irá se resolver. Acredite. Só quero que a senhora me ajude a ser o orgulho da minha mãe e que eu possa ter o mesmo que a senhora tem para com o Persian, que eu possa ter uma carreira na vida e que eu possa te agradecer mais uma vez.

Depois de dizer isso, olhei para ela e sorri, esperando uma bofetada ou um grito, mas eu continuaria ali, sentado ao lado dela, até isso tudo acabar...
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Mensagem por Alice Seg 15 Jul 2013, 00:50

Levou algum tempo para o jovem acordar do choque que a cena inteira lhe causara, mas logo que o fez, voltou a procurar Angélica. A enfermeira avisou do possível paradeiro da Comandante, na sala de espera, como era tradição quando ela retornava de missão. O medo e a dúvida batiam no peito do garoto, temendo o que a mulher faria com seu teste no atual estado em que se encontrava, com seu amado Persian entre a vida e a morte. Ao chegar, Emme viu a comandante sentada, impaciente, coberta de sujeira e sangue. Sentado ao lado dela, ele tentava consolá-la, lembrando-se do que ela fizera um ano antes, quando perdera sua mãe.

A comandante ficou em silêncio, mirando a parede, enquanto o garoto falava. Quando ele se silenciou, a mulher seguiu parada. Após alguns instantes, ela se levantou graciosamente e se dirigiu à máquina de café, pegando um expresso puro e sem açúcar. Nenhuma palavra ainda, o que deixava o garoto ainda mais impaciente e angustiado.

- Um belo discurso. A julgar pelas palavras escolhidas, diria que quer se tornar Stylist. – A mulher comentou, ainda concentrada em seu café. – Entretanto você não conseguirá me convencer a aplicar seu teste aqui com bajulação. Meu Persian é um guerreiro. Já passou por situações piores e não será a última vez que quase perde a vida. – A mulher era dura em suas palavras, recusando o consolo anterior. – Agora diga-me, por que eu deveria aplicar o teste na presente situação?

Emme teria preferido que ela continuasse mirando o café e não o encarasse com aquele olhar frio. Não parecia a mulher que tinha ido a sua casa quando sua mãe morrera, nem a que prometera cuidar de tudo, para que os responsáveis fossem devidamente penalizados. Ela demonstrava força e, principalmente, fé em seu Pokémon. A confiança com a qual falava não deixava duvidas de sua crença de que, em poucos dias, ela e seu gato estariam rastreando Mina e Miya novamente. Tanta força não poderia existir se houvesse espaço para as dúvidas e os receios. Essa conclusão acalmava, estranhamente, o garoto. Mais do que nunca ele tinha certeza, aquela mulher não pararia enquanto não prendesse as líderes das gangues, assim como não pararia enquanto não prendesse o responsável pela morte de sua mãe. Agora a questão era: que motivo seria nobre o suficiente, ou convincente o suficiente, para que ela aplicasse o teste, coberta de sangue e fuligem, na sala de espera do hospital enquanto Gregory opera seu Persian?
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Mensagem por Emme Roinuj Seg 15 Jul 2013, 12:56

A pergunta martelava minha mente, eu pensei que já havia deixado bem clara a minha situação e vontade de fazer o teste naquele momento, havia esperado tanto... Não sabia o que dizer, estava encarando-a e percebi seu olhar me estudar minuciosamente, como uma excelente Comandante faz, percebi que uma simples resposta não iria convencê-la, precisava vir do coração, com mais paixão ainda.

Levantei-me e dirigi-me à máquina de café, peguei um copo e reparei que estava tremendo e minha garganta estava seca. Concentrei-me e bebi um gole de café, senti o líquido quente descer por minha garganta e me acalmar um pouco mais. Virei-me na direção da Comandante e disse, demasiado relutante:

- Eu... Eu não compreendo muito a vida de um Cadete, muito menos de um Comandante, mas sei que eles estão sempre prontos para se sacrificar e se aventurar em uma missão, ajudar os civis e manter a ordem. Minha mãe era uma Stylist de sucesso e eu pude ter o prazer de acompanhar o seu último show, antes do meu pai morrer, pude presenciar a alegria das pessoas e o olhar encantado das crianças quando viram minha mãe subir ao palco junto de seu pokémon, cantando e dançando graciosa e magnificamente. Eu quero trazer esse sentimento de volta em meio a tanto caos, essa alegria que não conseguimos mais enxergar, a esperança de que todos os crimes cometidos por esses Gângsters e Exilados sejam retirados de Shinki, quero trazer a beleza da Coordenação do passado para o presente, quero transformar o modo de pensar de muitos... Quero combater o crime com simples movimentos, mas para isso, preciso do meu primeiro pokémon, preciso do meu teste, preciso da sua ajuda, Comandante. Quero ser um Stylist e servi-la como quiser...

Depois dessas palavras, esperei a resposta da Comandante que me encarava, séria e pensativa.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Alice Seg 15 Jul 2013, 22:56

Angélica observava o garoto se levantar nervoso. As mãos do jovem tremiam enquanto ele pegava um café e bebia o líquido quente. Emme se concentrava na resposta, tentando mostrar seu coração nela e seu desejo, esperando assim poder realizar o teste. Um pouco mais calmo graças ao café, Emme começou a falar tudo o que tinha em mente. A comandante bebeu mais um gole de café e analisou o garoto com os olhos. Seu olhar não perdeu o tremor nas mãos do jovem.

- Uma resposta típica. Sinto lhe falar, mas como Stylist você não me tem utilidade nenhuma. Você não terá condições de prender algum criminoso e trazer segurança para qualquer um. Entretanto, aplicar um teste pode ser uma distração interessante enquanto espero Gregory encerrar com Persian. Um toque a mais a situação será o fato de que você não terá papel e caneta para desenvolver suas respostas.

A comandante olhava para o telhado, refletindo sobre a distração que adquirira momentaneamente. Aparentemente a mulher decidia como tornar o teste interessante.

- Infelizmente, testes deixam de ser interessantes depois da primeira pergunta. Enfim, seu teste será composto de 3 conjuntos de 3 perguntas. Será exclusivamente oral, sem direito a pesquisa nem nada do gênero. Não fale mais comigo, a não ser que seja para dar uma resposta. Caso eu mude de ideia no meio do teste e resolva fazer mais ou menos questões, dificilmente você será avisando antecipadamente, mas imagino que já sabia disso.

A comandante voltava para a poltrona mais afastada da sala de espera e sentava-se com tanta naturalidade que parecia estar em sua sala. Com um dos braços cruzados sobre o peito e o outro segurando o café perto do rosto, ela olhava para o líquido, relembrando o rol de perguntas que costumava dispor para o teste.

- Pergunta número 1: Que tipo de pokemon você usaria na Arena de Erobring City? Pergunta número 2: É um movimento do tipo grama, capaz de curar problemas de status de vários. Alguns Pokémons que aprendiam este movimento por egg move são as extintas: chansey, clefairy e hoppip. Diga que movimento é esse; 3 Pokémon, não extintos, que aprendem por nível e pelo menos 1 inicial Stylist que o aprenda por nível ou egg move. Questão 3: Em que cidade se localiza o maior cemitério do continente? Faça uma breve descrição desta cidade.

A comandante ditava uma pergunta atrás da outra, desafiando o garoto a memorizá-las e respondê-las corretamente. Após encerrar, bebia mais um gole de seu café e aguardava pelas respostas.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Ter 16 Jul 2013, 09:40

Estava inquieto, não tinha conseguido convencê-la com minhas palavras, mas mesmo assim ela iria aplicar o teste. As perguntas voavam na minha cabeça, revirando as páginas de estudo, sabia de todas as respostas, precisa manter-me firme e tranquilo, como se nenhuma delas me abalasse.

- Bem, lá vão as respostas. Primeiro, eu não usaria nenhum pokémon nas Arenas por que Stylists não competem e nem participam de tal carnificina, preferimos os teatros. Segundo, o movimento é Aromatherapy e pokémon que ainda não foram extintos que aprendem o movimento são Chikorita, um dos iniciais Stylist, Vileplume e Roselia. Terceiro, a cidade em que se localiza o maior cemitério do continente é Ragnarok City, uma cidade no estilo oriental, moderna, coberta por neve e gelo e castigada o ano todo com tempestades de neve rigorosas. As casas de Ragnarok são quentes e aconchegantes, propiciando assim, um conforto maior dentro de casa para os moradores e visitantes. Essa foi fácil, quero ver aquelas que me levem a pensar bastante. - rebati à Comandante Tompson, que manteve-se sentada na poltrona mais afastada da sala de espera.

Depois de responder, esperei ansiosamente as próximas perguntas e a confirmação de que minhas respostas estavam corretas.
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Mensagem por Alice Ter 16 Jul 2013, 15:43

A comandante não demonstrou nenhum sorriso. Somente observou o garoto e tomou mais um gole de seu café. Sua expressão facial não demonstrava nenhuma emoção perante as respostas do garoto.

- Suas respostas estão satisfatórias. Segundo grupo de questões. Esteja preparado garoto. Pergunta 4: Diga se cada frase está correta ou errada e, nesse caso, diga a correção. Frase 1: Wurmples, assim como suas evoluções, existem em igual proporção no meio selvagem. Frase 2: O estômago de um Snorlax pode digerir qualquer alimento que possua algum tipo de veneno sem causar-lhe danos. Frase 3: Magikarp é um dos pokémons mais raros de ser encontrado em Shinki. Pergunta 5: Um pokémon extinto que é afetado pelo clima, soltando faíscas sempre que uma tempestade se aproxima. Seu corpo também vai brilhar com chuveiros de faíscas em épocas de ar especialmente árido. Aconselham escova-los com frequência. Que pokémon é? Pergunta 6: Disserte sobre 3 pokémons diferentes, do tipo normal e extintos na região.

A mulher falava tudo com o tom de voz constante e sem emoção. Emme ainda estava em pé, de frente para a comandante, sem saber se poderia se sentar ou não. A velocidade das perguntas exigia toda a concentração do garoto, mas, para sua tristeza, alguém bateu na porta, chamando sua atenção preciosa.

- Com licença? Srta. Angélica, trouxe Houndoom para a senhora.

Angélica acenou com a cabeça e o canino entrou mancado, mas com a pata enfaixada, na sala. Lentamente o pokémon deitou-se aos pés de Angélica, sem demonstrar dor. Pokémon e cadete eram semelhantes. Ambos possuíam a face neutra. A comandante não permitiu que a chegada de seu cão interferisse o teste.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Ter 16 Jul 2013, 19:27

Pergunta 4: Diga se cada frase está correta ou errada e, nesse caso, diga a correção. Frase 1: Wurmples, assim como suas evoluções, existem em igual proporção no meio selvagem. Frase 2: O estômago de um Snorlax pode digerir qualquer alimento que possua algum tipo de veneno sem causar-lhe danos. Frase 3: Magikarp é um dos pokémons mais raros de ser encontrado em Shinki. Pergunta 5: Um pokémon extinto que é afetado pelo clima, soltando faíscas sempre que uma tempestade se aproxima. Seu corpo também vai brilhar com chuveiros de faíscas em épocas de ar especialmente árido. Aconselham escova-los com frequência. Que pokémon é? Pergunta 6: Disserte sobre 3 pokémons diferentes, do tipo normal e extintos na região. escreveu:

As perguntas pairavam no ar e eu sabia que tinha que estudar as perguntar e responder todas minuciosamente. Queria pedir à Comandante para repetir a pergunta, mas não queria parecer lerdo ou retardado. Bebi um gole do meu café e comecei a responder, as palavras saiam trêmulas de minha boca.

- Não, as evoluções de Wurmple são 100% macho (Cascoon e Dustox) ou 100% fêmea (Silcoon e Beautifly) enquanto que os próprios Wurmples são 50% macho e 50% fêmea; Sim, o estômago do Snorlax pode digerir todo tipo de veneno; Sim, um Magikarp é igualmente raro a um Lapras, com 5% de chance apenas em Arima. O pokémon da pergunta 5 é Electrike.

Parei um momento para respirar e prestar atenção na hora de responder a próxima pergunta, bebi mais um gole do café e continuei.

- É muito difícil para mim falar de pokémon tipo normal extintos, pois eram os que minha mãe mais amava e cuidava. Vou começar com Chansey, o pokémon Ovo. Chansey era um pokémon grande, rosa e dizem que, quando capturado, trazia muita felicidade ao seu treinador e era um pokémon de bom coração, sempre compartilhava o Ovo que carregava com pokémon machucados e estava sempre feliz. O próximo que irei falar é Cleffa, o pokémon Forma de Estrela. Cleffa era o pokémon que só era encontrado em regiões Montanhosas, como no Monte Coronet, antiga Sinnoh. Cleffas adoravam dançar e eram vistos com muita facilidade durante as chuvas de meteoros que ocorriam, enquanto a chuva de meteoros ocorriam, dançavam a noite toda. O último pokémon que escolhi para falar é Stantler, o pokémon Grandes Chifres. Stlanter era o pokémon que podia distorcer a realidade e criar ilusões com seus chifres, estes eram muito cobiçados para ser um artefato de decoração nas casas de pessoas abastadas o que quase levou os levou à extinção antes mesmo da Grande Guerra.

Terminei e esperei qualquer palavra da Comandante, seus olhos estudavam-me o tempo todo e assim que parei de olhar e respirar, ela voltou seu olhar para seu Houndoom. Eu suava frio.
Emme Roinuj
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Alice Ter 16 Jul 2013, 20:24

Angélica aguardou as respostas do garoto e as ouviu atentamente, sem nunca desviar os olhos. Quando ele finalmente encerrou, ao invés de dar uma resposta, ela mirou seu Houndoom, que repousava a seus pés, tranquilamente. Era evidente a exaustão do pokémon e que ele estava quase adormecido. Parecia até satisfeito de dormir fora da pokébola, aos pés da cadete.

- Muito bem garoto. Último grupo de questões e poderei questionar Gregory o motivo da demora. Questão 7: “Um jovem enigmático e exótico. Severo e cruel, ??? não se importa com questões sociais ou com a bondade e justiça, a ele só importa a vitória e o castigo para quem perde. Além de ser irredutível, é conhecido por ser oportunista e muito, muito ganancioso. É o homem mais rico da cidade.” Dada as informações, diga quem é, de qual cidade é e o que faz. O que se ganha ao derrotá-lo? Questão 8: Existem diversos status negativos, alguns causam danos, outros não. Existem diversos itens específicos para curar estes status. Cite uma Berry ou item natural que cure cada um dos status negativos, bem como o item medicinal correspondente nos mercados. Questão 9: Um stylist caminhava por uma rota acompanhado de seu pokémon. Outro Stylist, ao passar perto desse pokémon e sentir seu cheiro, sentiu o desejo de batalhar, ao que o primeiro aceitou. O stylist 1 usou o pokémon que caminhava consigo, já o stylist 2 usou um pokémon que costuma se alimentar do ferro contido nas rochas. O pokémon do stylist 2 usou um golpe do tipo normal com power 90 e com efeito secundário. Entretanto, graças a habilidade do usuário, esse efeito foi neutralizado. O pokémon do stylist 1 sobrevive ao ataque e revida com uma combinação forte de 2 movimentos. O primeiro alterando a condição climática e ativando assim sua habilidade, o que evitará qualquer mudança de status. O segundo golpe, graças a utilização do primeiro, dispensará o turno de recarga necessário. Diga os pokémons, os golpes e as habilidades.

Somente o enunciado das questões já eram suficiente para embaralhar a mente de qualquer aspirante quando lidas no papel. Ditadas da forma que foram, a situação de Emme tornava-se delicada. Angélica desviava os olhos de Houndoom e volta a mirar o garoto, enquanto tomava seu café. Mesmo coberta de sujeira e sangue, sua força ainda intimidava. Entretanto, esse era o último grupo de questões. Logo Emme estaria livre do teste e, se acertasse, poderia buscar seu pokémon e pegar sua licença. Seu sonho estava a 3 perguntas de ser realizado.
Alice
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Mensagem por Emme Roinuj Ter 16 Jul 2013, 23:04

Esperei as perguntas terminarem de martelar minha mente, este bloco estava bem difícil, não me recordava de ter lido algo sobre o homem mais rico de Shinki e estava com medo, não queria errar, não queria perder a única oportunidade que tinha, mas as outras duas perguntas eu conseguiria responder. Bebi o último gole do meu café, caminhei até a lixeira e joguei o copo no lixo. Virei-me para a Comandante e disse:

- Eu não me recordo de ter estudado algo sobre o homem mais rico de alguma cidade em Shinki, por isso vou para a próxima questão. O status negativos são os seguintes:
1. Burn - Burn Heal - Rawst Berry
2. Frozen - Ice Heal - Aspear Berry
3. Paralyzed - Paralyze Heal - Ceri Berry
4. Sleep - Awakening/ Blue Flute - Chesto Berry
5. Poison - Antidote - Pecha Berry
6. Confusion - Yellow Flute - Persin Berry

Respirei fundo, não podia errar. Parei por uns segundos e dei a última resposta que podia.

- O Stylist 1 tem um Lefeon e o Stylist 2, um Lairon. O Stylist 2 ataca com Take Down e a habilidade do Lairon é Rock Head, o que não o faz ter efeito secundário nesse tipo de movimento (sem danos). O Stylist 1 usa Sunny Day e ativa a habilidade Leaf Guard de seu Lefeon que atac com Solarbeam sem haver necessidade de "recarregar", esperar um turno pra atacar, por causa do Sunny Day.

Terminei de responder e sentei, sabia que levaria gritos por não saber a sétima pergunta, estava aflito, desolado, a falta de conhecimento da resposta poderia levar minha licença para o túmulo. Tremi, aguardando a Comandante falar algo, exprimir alguma reação... Eu estava tenso.
Emme Roinuj
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Mensagem por Alice Qua 17 Jul 2013, 00:19

Angélica mirou seu café antes de encerrá-lo em um só gole. Com calma, levantou-se e, passando por Houndoom, saiu da sala, obrigando o aspirante a segui-la. No corredor, o passo era calmo, como se a comandante não tivesse pressa. Já o garoto se angustiava com a demora, queria saber se fora ou não aprovado no teste.

- Você deixou uma pergunta em branco e errou algumas coisas nas outras duas. Blue Flaute e Yellow Flaute são itens inexistentes na atualidade. Já o pokémon não era leafeon e sim bayleaf, cuja fragrância da folha estimula treinadores a batalharem.

A comandante listava os erros no último bloco de questões e únicos cometidos durante todo o teste com a voz gelada e sem emoção. O jovem se desanimava, acreditando ter sido reprovado por alguns pontos, já que o tom de voz não levava a outra conclusão. Pelo menos ela não estava gritando com ele... Talvez estivesse cansada demais para isso, ou talvez estivesse respeitando o lugar... Mais provável que simplesmente ignorasse a situação e ele como um todo, achando perda de tempo erguer sua voz e falar mais do que o estritamente necessário. Na recepção a comandante pegou um panfleto azul em que se lia "Seja um médico!" e, no verso, rabiscava algumas palavras antes de assinas com uma caligrafia forte e marcante.

- Entregue isso para Fernando na Academia e ele providenciará o que falta para sua licença.

Sem mais nada a dizer, a mulher deixou o garoto na recepção, parado em frente o balcão de atendimento, segurando o panfleto nas mãos e a aprovação nas entrelinhas. Tinha conseguido e agora era só buscar seu pokémon inicial, fazer a marca dos Stylist e receber a licença. Tinha passado. O desejo era de gritar e comemorar, mas tudo que conseguia fazer era sorrir sem jeito para o papel. A comandante sumia nas escadas, voltando para a sala de espera e para Houndoom. Sem despedidas, sem incentivos. Fria e rigorosa como sempre. Agora, era hora de falar com Fernando, seja ele quem for...
Alice
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Qua 17 Jul 2013, 14:19

A aprovação veio como uma maré de boas novas. Sorri, um pouco descontente por ter errado as questões mas estava feliz por ter passado e estar a um passo de ser um Stylist oficialmente. A euforia tomou meu corpo.

Com o panfleto em mãos, esperei a Comandante sumir de minha vista para poder me retirar. Ela foi fria e horrívelmente seca, mas eu sabia que ela amava o que fazia. Sai do Hospital e corri até a Academia para completar a primeira parte de minha vida, meu primeiro pokémon. Já estava escuro e fiquei com medo de continuar correndo, pois a noite as ruas de Nyender são muito perigosas. Um ônibus que passava em frente à Academia de Polícia passou e pedi parada para entrar, paguei a passagem e acomodei-me próximo a saída.

A viagem até a Academia demorou cerca de 30 minutos e, assim que desci, corri para a entrada da contrução cinza que era pouco iluminada, dando às estátuas um aspecto tenebroso. Entrei e pedi para falar com o Fernando, indicaram-me a sala dele e segui pelo corredor. Sua sala ficava na terceira porta à direita do corredor, parei em frente a ela, respirei fundo e bati na porta. Não houve resposta. Bati novamente e escutei algo parecido com um grunhido, girei a maçaneta e me apresentei:

- Olá, sou Emme Roinuj e estou aqui para pegar meu primeiro pokémon, um Torchic. Tenho comigo uma ordem, assinada pela Comandante Tompson. - a sala estava escura e atrevi-me a acender a luz - Olá?

Parei, o homem estava deitado no sofá, completamente sem roupas e dormia um sono pesado. Corei, tinha o corpo muito bonito e dormia como um anjo sexual, com firmeza e sutileza. Ao sentir o brilho da luz, o homem levantou de um salto assim que abriu os olhos e me viu no canto da sala, pegou uma almofada e cobriu as partes.

- É... E-Eu gostaria de pe-pegar meu Torchic. Por favor. Bati na porta e não houve resposta, atrevi-me a entrar. Perdão. - disse rapidamente.

O homem ficou me encarando enquanto eu corava mais e mais.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Alice Qua 17 Jul 2013, 23:47

Emme não sabia para onde olhar na situação constrangedora em que se envolvera. O garoto tentava olhar para o chão e evitar o homem que ainda estava no sofá, nu e somente com uma almofada tapando as partes íntimas. O teste tinha sido cansativo e o retorno para a academia demorado para o ansioso aspirante. Só falta Fernando para guiá-los nas etapas finais.

- AHHHH!!!

O grito veio do nada e o jovem saltou no lugar assustado. Para seu desespero, o estranho (ainda nu) tinha se levantado e o abraçava. As bochechas do homem estavam vermelhas e seu hálito carregado pelo cheiro de álcool.

- Cê sabe amiguinhoooooooooo... hip Fixei sapendo que a Angieliica xepo hojie... hip Diai eu comemorei um poquitcho... hip

Era claro o estado de embriaguez do oficial. Emme nunca imaginou que fosse encontrar algo assim na Academia. Também nunca imaginou que sua aprovação estaria escrita atrás do panfleto de propaganda da profissão de Médico... Ou que seu teste seria feito pela comandante coberta de sangue pokémon na sala de espera do hospital... Em resumo, nada no dia estava acontecendo como imaginara, por que sua tatuagem teria de ser diferente?

- Xê paxou no teste né? hip... Vamux comerar hip

O homem cambaleava até uma mesa e pegava uma garrafa vazia. Ele devia ter um fornecedor ilegal pela quantidade de garrafas espalhadas na sala, afinal Angélica fechara os bares da cidade quando foi promovida a Comandante.

- Diaxo, ta facia... hip... Já xei! Vem comigu!

Fernando pegou a mão de Emme e começou a puxá-lo corredor a fora, ainda nu, parando ocasionalmente para soluçar. Estranhamente ele caminhava rápido e sem cambalear para um bêbado. A caminhada foi curta e, em poucos minutos, ambos estavam parados olhando para o armário de vassouras. Três vassouras e um balde, além de alguns panos e outros itens ocupavam o interior. Fernando parecia estar em dificuldade para reconhecer àqueles simples itens. Alguns Meowth se assustaram com a visão e fugiram, já os outros cadetes ignoraram por completo. Tirando algumas piadinhas e alguns conselhos de "Pega leve Fernando, logo a chefe ta de volta", nada de anormal aconteceu enquanto Emme era guiado por um homem nu pela academia até aquele armário.

- Éhhhhhhhhh... Achu que num é aqui naum que taum as bepidas... Che tem xerteja do lugar?

O cadete perguntava para o aspirante. O homem  que guiou o caminho inteiro e simplesmente não sabia onde estava, perguntando para o mais jovem. Emme olhou para o rosto do homem, tentando decidir o que fazer. Precisava da tatuagem, mas não queria aquele homem manipulando os equipamentos.

- Olha só quem voltou Joel. Acho que ganhei a aposta!

A voz de Juliette chegou aos ouvidos de Emme como um grito de salvação. Talvez ela pudesse assumir a situação. Ao olhar para o lado Emme viu Joel entregando 50Pk$ para Juliette e a ruiva comemorando. Eles haviam apostado se o garoto passaria ou não no teste e, para tristeza de Joel, se ele estava ali era porquê passara. A ruiva olhou para o garoto e reconheceu nos olhos do menino o pedido de ajuda.

- Só lamento que o outro Tatuador esteja de férias garoto. Fernando é o único com autorização e conhecimento para fazer isso...

- Tatuuuuuuuuuuuu? Ah! É mermo.... hip Voxê paxou no texxxte... Vamus facer a tatuuuu! hip - Fernando gritava animado e voltava a olhar o armário de vassouras. - Uééé! Minha xala num é aqui? É?

Outra pergunta estúpida. O sofrimento de Emme parecia não ter fim.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Qui 18 Jul 2013, 01:27

Muitas coisas passavam por minha mente agora, como um homem bêbado iria fazer a tatuagem? Como eu iria pegar meu primeiro pokémon, meu tão sonhado Torchic? O que eu tinha feito para merecer tudo aquilo, toda essa situação? Estava para desistir quando olhei para Juliette com o olhar de quem não sabe o que fazer naquela situação. Ela me informou que Fernando era o único com licença para tatuar e que o outro tatudador estava de férias, ela não podia fazer nada. Ainda eram 20:00 horas e eu tinha que ter a tatuagem em meu corpo. Decidi tomar uma atitude drástica.

- É o seguinte, Cadete Juliette e Cadete Joel, eu quero essa tatuagem no corpo hoje! Tive que passar a tarde toda com a Comandante Tompson cheia de sangue e ter minha aprovação nesse panfleto de hospital. Quero que levem esse homem nú e bêbado até a sala dele e fiquem com ele até eu voltar, vou comprar uma sopa pra ver se ele recupera os sentidos.

Juliette e Joel trocaram alguns olhares. Eu me virei e corri até um restaurante que ficava a 2 quarteirões da Academia. Pedi uma sopa de carne e esperei cerca de 10 minutos, paguei e caminhei pela rua escura até a Academia, por sorte nao fui assaltado. Entrei mais uma vez no salão principal, já tinha decorado o caminho, subi as escadas, peguei o corredor, terceira porta a direita. Orei à Arceus para que o homem estivesse lá dentro.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Alice Sex 19 Jul 2013, 20:59

off: desculpa a demora e o post pequeno =( se entrar amanhã de tarde, encerramos a rota ;D


Emme estava determinado a conseguir seu Torchic naquele dia. Não desistiria só porque um cadete se passara na bebida. Ao entrar mais uma vez na academia, os cadetes já nem perguntaram quem era ou o que desejava, parecia até que Emme trabalhava lá pelo comportamento dos outros.

O jovem subia as escadas com calma para não derramar a sopa de carne que levava para Fernando. Uma comida de sal e quente no estomago possa ser o o que falta para acabar com o efeito da bebida. Ao chegar na dita sala, Emme teve mais um de inúmeros choques: Juliette e Joel bêbados com Fernando. A boa notícia? Fernando estava de cueca.

- Ah! Sopa! - Joel se aproximava meio tropego e pegava a sopa, sentando-se na mesa ao lado e começando a comer.

Emme observava em choque. Aquilo não podia estar acontecendo.

- Calma garoto. Não precisa ficar olhando assim. Mesmo não aceitando ordens de outros, trouxemos ele pra sala como pediu. - Juliette, que apesar das bochechas rosas não perdera a eloquência, falava tentando animar o aspirante. - Além do mais, se tivesse perguntado, saberia que Fernando já fez tatuagens em condições piores. A bebida afeta a língua dele, mas as mãos não.

A fala dela não fazia sentido, já que Fernando estava encarando a máquina de tatuar e sua mão tremia freneticamente.

- Vai lá menino. Só mostra onde quer sua tatuagem e Fernando fará a mágica.

- Máxica? - O outro perguntava com o olhar sonolento.

A realidade é que a bebida não era pior do que o dia que, após 36h acordado de tocaia, o cadete voltará para a academia exausto da perseguição e tivera de fazer 10 tatuagens praticamente dormindo em pé. Depois daquele dia, suas habilidades com o equipamento ficaram famosas.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Sex 19 Jul 2013, 22:21

Meio desconfiado e inquieto, aproximei-me de Fernando e sentei-me na cadeira de tatuar. Joel tomava a sopa freneticamente, o que levava a crer que estava gostosa, enquanto Juliette encarava-me com um sorriso debochado e segurava uma garrafa de cerveja que de instante em instante fazia questão de virar na boca. Já estava sentado quando arregacei as mangas de minha camisa.

- Quero que me tatue aqui, no pulso, bem centralizado. Pode ser? - pedi, ainda desconfiado e com a voz trêmula.

Fiquei observando Fernando, com a mão trêmula, aproximar-se dos equipamentos para iniciar a tatuagem. Minha garganta estava seca e eu suava frio. "Espero que isso termine logo...", pensei.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Alice Sex 19 Jul 2013, 22:31

Emme optou por fechar os olhos logo que a máquina se aproximou de seu pulso. O medo era indescritível, afinal carregaria aquela marca para o resto da vida. Se a mão de Fernando falhasse, esse erro permaneceria vivo, lembrando Emme daquele triste dia.

A região era dolorosa e a tatuagem era complexa com suas matizes de cores, fazendo o processo demorar mais de 1h. Período todo que o garoto só ouvia Fernando soluçar devido a bebida, Juliette rir às vezes de algo que Joel falava, às vezes de nada aparentemente (seria da tatuagem?). Os minutos finais se arrastaram quando o garto sentiu um plástico enrolar seu pulso e Fernando bater em seu ombro.

- Ixtá ponto!

O cadete falava ainda com o sotaque bêbado, se debruçando sobre o garoto e deixando aquele hálito horroroso impregnar a narina do garoto. O jovem abriu os olhos assustado e olhou a tatuagem. O sangue ainda estava visível, normal. O plástico que cobria seu pulso, protegendo a tatuagem, acumulava o sangue, fazendo-o coagular e com a tonalidade preta devido ao fato, normal também. Abaixo de tudo isso, o símbolo dos Stylist brilhava aos olhos do aprovado. Lindo e delicado como sempre em sua perfeição. Nenhuma linha torta. Um milotic no centro. Tudo perfeito.

- Fico bibito né?

Emme sorriu e olhou ao arredor. Juliette dormia na cadeira e Joel babava em cima da mesa onde antes comera a sopa. Todos tranquilos e satisfeitos com o retorno de sua comandante.

- Potche i minino. Nu final du covedor tem uma xalá cuns pokémão. Ixcolhi bem hein?
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Sex 19 Jul 2013, 22:55

Depois de ver o bom trabalho que Fernando havia feito. Levantei-me e vi a cena: Joel dormindo e babando em cima da mesa, Juliette dormindo esparramada noa cadeira próxima a Joel e Fernando agora acomodava-se no sofá para descansar. Sorri e sai da sala. Peguei o corredor e segui para a porta indicada por Fernando. No meio do caminho meu pulso latejou um pouco e eu parei e olhei para a tatuagem. Ela estava perfeita, sem nenhum risco fora do lugar, o Milotic estava cada vez mais cintilante. Continuei a andar e entrei na sala no final do corredor.

A sala era pequena, tinha um balcão, umas cadeiras em frente ao balcão e um Cadete repousava atrás do balcão. Eu me aproximei e o Cadete logo despertou, eu apenas entreguei o papel que a Comandante Tompson me dera e disse:

- Gostaria de pegar como primeiro pokémon um Torchic.

Dito isso, esperei o Cadete dizer algo. Estava com medo que não tivesse nenhum disponivel. Tremi.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Alice Sex 19 Jul 2013, 23:16

Logo após fechar a porta da sala de Fernando, os roncos começaram a ser ouvidos... O tatuador dormiu rápido e o barulho logo acordaria Juliette, era melhor correr... Ansioso, o garoto avançou para a sala onde pegaria seu Torchic, seu amado primeiro pokémon. Um cadete repousava atrás de um balcão, com uma xícara de café. A bebida lembrou o garoto de tudo que passara para chegar até aquele momento.

- Gostaria de pegar como primeiro pokémon um Torchic.

O jovem falou entregando o panfleto dos médicos com a assinatura da comandante. O cadete pegou o panfleto e analisou com calma, bocejou, voltou a analisar, tomou café, analisou mais uma vez.

- Fazia tempo que a comandante não aplicava um teste fora da Academia, mas a assinatura é dela mesmo. Reconheceria essa caligrafia em qualquer lugar. Um minuto, sim.

O velho cadete sumiu das vistas de Emme por uma porta lateral. A demora angustiava o garoto. A noite era visível pela janela e o relógio estava para dar o badalar da meia noite a qualquer momento. O ponteiro dos segundos deslizava sem impedimentos no relógio, sendo vigiado intensamente pelo Stylist. Nada do cadete retornar... Teriam acabado os Torchic? Quando a porta se abre, Emme quase pula de seu lugar. O cadete voltou e trazia nas mãos uma pokébola, era seu Torchic.

- Você teve sorte garoto. Era a última. Aqui está. Boa sorte com ela, tem temperamento forte essa daí.

Agora era um Stylist completo. De tatuagem no pulso e pokébola na mão, o jovem saia da Academia vitorioso daquele longo e cansativo dia.

Sorteio aqui


off: Narre sua saída da academia e te colocarei no grupo dos Stylist ^^
off2: ficha atualizada
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

Mensagem por Emme Roinuj Sáb 20 Jul 2013, 09:50

Assim que peguei Torchic em minhas mãos, senti uma adrenalina inundou meu corpo e eu já nos imaginei nos apresentando nos teatros de Shinki. Mas ainda tinhamos que treinar muito. Agradeci ao Cadete e me dirigi a saida da Academia.

Já era meia noite e eu havia pego o último ônibus para a minha casa, que ficava próximo à Rota 1. Observei a Academia sumir a medida que o ônibus afastava-se. Agora estava concretizado, eu sou um Stylist.
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O avanço para uma nova vida: Stylist Empty Re: O avanço para uma nova vida: Stylist

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