Um Passo Para Mais Longe...

A captura era bem sucedida e o sapo ia para o Storage. Depois a rosada voltaria para New Nyender, onde treinaria e conheceria os novos seres que capturou, algo que ainda poderia demorar algum tempo...

Com tudo organizado, o grupo seguia o caminho indicado pelo Pokémon Water, mas a caminhada longa e se afastando muito do lago, Fleur começou a se questionar se estavam indo para o lugar certo, ou se haviam sido enganados pelo sapo. No entanto, logo alcançavam uma árvore repleta de frutas.

Na primeira vista, Fleur pensou em Oran Berry, mas logo percebia que eram frutas diferentes. Oran Berry não tinha um aspecto arroxeado e nem parecia repleta de gomos. A falta de Pokémon também era estranha, afinal o local não parecia ter muitas árvores frutíferas. Seria uma fruta venenosa?

-O que acham?

A rosada perguntou, mirando Alakazam. O psíquico também avaliava as frutas, tendo a mesma dúvida sobre o quão seguro era comer aquilo. A Gladiadora se aproximou e pegou uma fruta. O sapo parecia travesso, mas não parecia mal ao ponto de indicar uma árvore com frutas venenosas. Algumas coisas começavam a serem arrumadas para o almoço. Quando a rosada notou, Dedenne já comia uma das frutas novas, o que foi o suficiente para ela achar ser seguro.

A dúvida sobre o quanto as frutas que de longe se assemelhavam a Oran Berrys eram seguras era persistente na mente de Fleur. Enquanto a Gladiadora avaliava os recursos que possuía para o almoço, anotando mentalmente mais uma vez que deveria comprar uma toalha na próxima vez que passasse por New Nyender, mirava a fruta colhida, tentando se decidir entre prová-la ou não.

A árvore carregada oferecia uma ótima sombra e Alakazam reparava que não haviam frutos caídos ao redor do tronco, nem mesmo cascas velhas, indicando que esses deviam ser consumidos rapidamente.  Quando se virou para tentar mostrar o fato para Fleur, reparou que Dedenne já comia a fruta colhida e parecia se deliciar com ela. Percebendo que a Gladiadora já percebera que a fruta não era venenosa, o psíquico usou seus poderes e desceu 20 frutas da árvore. Não passou desapercebido para a rosada que ele não pegara todas as maduras, sendo assim, caso quisessem, poderiam colher mais antes de partir.

O saco com 5Kgs de carne de Skiddo assada era retirada da carroça, bem como os pratos, os talhares e os cantis de água. As 20 frutas ao lado da carne que Typhlosion esquentava. Fleur decidia quantas picar para o almoço quando percebeu Dedenne se aproximando de forma um pouco trôpega e pegando mais uma. Quando ele abriu a boca, a jovem reparou que a língua, os dentes e todo o interior da boca do pokémon estavam completamente azuis. Na carroça as outras 19 frutas brilhavam com suas cascas roxas, a espera da decisão da gladiadora. Os meninos somente espiavam por trás da jovem, tentando não ceder à curiosidade.

A falta de frutas no solo ajudava a ter um pouco mais de segurança, visto que poderiam ser consumidos rapidamente, animando um pouco mais a rosada. Uma grande quantidade de frutas eram colhidas, podendo se pegar mais depois.

Decidindo por picar uma fruta e entregar aos meninos, para que estes provassem, Fleur também provava, entregando cinco frutos para cada touro. Parte da carne era colocada nos pratos, enquanto Typhlosion e Liepard se serviam do resto. As outras frutas eram divididas entre a rosada, os trigêmeos, Alakazam e algumas eram separadas para depois.

Os trigêmeos não demonstravam tanto interesse na fruta azulada, comendo apenas a carne e rindo um pouco do roedor. A Gladiadora estranhou o comportamento de Deddene, mas talvez ainda estivesse sonolento... Continuou suas anotações enquanto comia.

Mais confiante pela falta de frutas no chão, Fleur preparava o prato de cada um. Os meninos optavam por comer somente a carne, não gostando muito da fruta que lhes era oferecida. Typhlosion e Liepard também comiam só carne. Bunnelby, apesar de apavorada, Deddene, os dois Tauros, Flabébé, Alakazam e ela comiam principalmente as frutas.

Sentada com as costas recostadas na árvore, a gladiadora via os dois bovinos começarem a se balançar de um lado para o outro, mas sem sair do lugar e sem parar de comer. A fruta era doce e causava uma sensação quente no estômago, tornando-a de certa forma viciante. Após comer uma, parecia ser impossível não comer outra.

Os meninos, Liepart e Typhlosion pareciam curiosos com a mudança de comportamento nos demais integrantes do time. A letra de Fleur começava a não acompanhar as linhas do caderno e a ficar pouco legível, porém a rosada parecia não notar o fato. Quando um dos Tauros caiu no chão, roncando, Fleur se preocupou. A garota tentou se levantar para ir ver se o bovino estava bem, mas ao se erguer, sentiu o mundo girar e caiu sentada.

Typhlosion se aproximou preocupado e se assustou ao reparar que a garota ria descontroladamente por ter caído sentada no mesmo lugar. Ela ria tanto que parecia ter ouvido a melhor das piadas. Alakazam também ria, meio caído já e pegando mais uma fruta para comer. Uma de sua colheres ficava flutuando a sua frente e ele cutucava o cabo dela, fazendo-a girar em torno de si mesma, para logo depois voltar a rir.

Dos galhos altos da árvore, algo se mexeu e desabou sobre a cabeça de Typhlosion. O fire se preparou para atacar, mas parou ao se deparar com um pequeno ursinho que ria quase tanto quanto Fleur e Alakazam. Confuso, o inicial viu Liepard se aproximar e farejar uma das frutas. Após um tempo de analise, o felino que antes vivera nas ruas de Nyender, identificara que o cheiro se assemelhava em parte às bebidas que humanos tomavam em festas e contou o que sabia das tais bebidas para Typhlosion. O efeito de embriaguez era muito parecido e segundo Liepard ele varia de humano para humano.

Fleur já estava abraçada ao estranho urso, contando para ele sobre os empregados da casa e o pequeno parecia muito interessado. A gladiadora falava como se entendesse o que o urso comentava, embora tudo o que ele disse na realidade fosse: quero mais frutinha.

O fruto doce era agradável, esquentando por dentro. A rosada pensou que também fosse picante. O gosto viciante a fazia comer mais frutas, esquecendo-se um pouco da carne. Os outros integrantes do time, que também comiam as frutas, se portavam de forma estranha, a letra da Gladiadora parava de acompanhar as linhas e ficava torta, mas isso parecia não ser notado pela jovem.

Fleur mirou preocupada o touro caído, mas o mundo girou ao seu redor e ela caia sentada, ficando confusa, mas acabou rindo. Riu alto, de forma descontrolada, como a muito não fazia. Ria da colher flutuando e girando de Alakazam, da expressão de Typhlosion, de si mesma por ter caído. Tudo era motivo para rir.

A Gladiadora não reparava na conversa entre seus dois Pokémon sóbrios, nem na expressão de pânico de seu inicial, sua atenção estava voltada a afofar um fofo ursinho enquanto contava a história de sua vida.

-Pois é Ted Fofinho, e também, quando eu tinha 12 anos, meus pais estavam ainda mais histéricos só porque eu sorri pra um dos filhos da dona Marta, até ameaçaram demitir ela se ela continuasse a estimular uma amizade. - Fleur ria alto, mas logo desatava a chorar. - Ele era tão gentil, que mal faria se eu ficasse com ele?

Typhlosion se aproximava preocupado, mas a Gladiadora voltava a rir e pegava mais frutas para comer, mirando depois Alakazam e tocando na pedra do Mega Ring, o Mega Evoluindo. Após uma exclamação de surpresa, e do psíquico mirar as várias colheres com adoração, ela desfazia a mega evolução, começando a rir disso como se fosse uma piada engraçada. Alakazam já olhava ao redor, procurando as colheres.

Fleur se esquecia completamente da carne, comendo cada vez mais do fruto doce e quente. A risada era cada vez mais fácil e seu braço se fechava se forma protetora ao redor do ursinho desconhecido. Typhlosion tentava achar uma maneira de deixar sua Gladiadora normal novamente, porém Liepard lhe informava que só o tempo poderia resolver o problema.

Nos braços de Fleur, Pancham comia os frutos com ela, enquanto a garota ria e chorava contando suas histórias do passado. Alakazam, por sua vez, parecia mais interessado na colher flutuando a sua frente e, vendo tal cena, a rosada não resistiu a tocar no mega ring e mega evoluir seu pokémon. O psíquico parecia fascinado com as colheres que surgiam a sua frente, procurando-as por todos os lados quando elas sumiam por Fleur ter desfeito a mega evolução.

A rosada ria alto, até soluçar pela falta de ar. Pancham ainda estava preso em seus braços, rindo com ela e pedindo por mais frutinhas. Animada, Fleur mega evoluía seu pokémon mais uma vez bem na hora que ele procurava pelas colheres embaixo do próprio pé. O surgimento de várias colheres parecia alegrar o psíquico, que se jogava no chão as olhando flutuar e dançar em frente seus olhos. Novamente Fleur desfazia a mega evolução e mais uma vez Alakazam voltava a procurar pelas colheres.

Determinado a manter Fleur afastada das frutas do mal, Typhlosion pegou as sobressalentes e queimou todas sem que sua dona percebesse. Quando viu que não tinha mais frutas, Fleur se ergueu, querendo buscar mais no topo da árvore. Liepard a encarava se agarrar na árvore com braços e pernas, para só depois escorregar e cair sentada no chão.

O fire estranhou a ausência de som e se aproximou da rosada, constatando que ela adormecera agarrada na árvore. Pancham, ainda agarrado, dormia entre Fleur e a árvore e nenhum dos pokémons queria saber como ele não se machucara quando a rosada tentou escalar a árvore feito um gato de rua.

Os meninos, estranhamente, estavam comportados. Eles comiam toda a carne que tinha disponível sem tirar os olhos de Fleur, rindo vez ou outra do que a gladiadora fazia ou falava. Quando o inicial se virou para pedir ajuda para o pokémon psíquico, se deparou com este roncando e com direito a algo que parecia uma bolha de ranho em seu nariz. Typhlosion fez cara de novo e se sentou ao lado de Fleur, querendo garantir sua segurança enquanto ela não acordava. Perto das carroças, os Tauros estavam deitados com as patas para o ar, roncando alto.

Fleur ria de Alakazam, enquanto ainda abraçava "Ted fofinho" e comia fruta atrás de fruta. O mundo ao seu redor girava, mas isso não importava, sendo mais um motivo para rir. Infelizmente, Typhlosion queimava as frutas que ainda estavam ao alcance da Gladiadora embriagada.

Caminhando normalmente, a rosada se aproximava da árvore e tentou escalar, mas não obteve sucesso, ficando sentada no chão e abraçando o tronco com braços e pernas. Sem perceber, dormia ali mesmo, com o ursinho ainda em seus braços de certa forma. Alakazam e os Tauros também dormiam pesadamente. O roedor elétrico estava praticamente desmaiado dentro da carroça.

Os trigêmeos se divertiam com o "show", enquanto Typhlosion tentava tirar Fleur de perto da árvore, mas falhando miseravelmente. A rosada, embora inconsciente, se agarrava ao tronco com força, não deixando outra opção para o Fire, a não ser aguardar pacientemente pelo despertar da jovem.

As horas transcorriam lentamente. Liepard cochilava enquanto abraçava a coelha. Os meninos brincavam com os carrinhos. Typhlosion vigiava. Os outros dormiam. Após três longas horas, o grupo que estava embriagado começava a despertar aos poucos. Fleur massageava as têmporas, sentindo a cabeça latejar, estranhando o motivo de abraçar uma árvore e se perguntando de onde veio o ursinho que estava entre ela e o tronco.

-O que aconteceu?

A pergunta direcionada a qualquer um capaz de responder. Os trigêmeos começavam a encenar o que havia acontecido, mas ainda tonta, a Gladiadora distinguia pouca coisa. O psíquico nem tentou prestar atenção, revirando os suprimentos e pegando vários remédios para dor de cabeça, alcançando um para Fleur, um para cada touro, um para o urso que resmungava e ficando com outro para si. O roedor continuava dormindo e demoraria para acordar. Fleur ainda tentava entender o que os meninos "diziam" entre as risadas, mas quando apontaram para a árvore, ela mirou as frutas.

-Devemos levar mais frutas?

A pergunta inocente fez Typhlosion surtar, queimando a árvore agora que sua senhora estava mais afastada. Fleur mirou confusa a irritação de seu inicial, mirando depois as crianças e vendo-as darem de ombros, sem entender o motivo do Pokémon odiar tanto a árvore. A Gladiadora suspirou, optando por aguardar a cabeça melhorar antes de organizar tudo e seguir em frente, sem reparar que ainda abraçava o Pokémon desconhecido.

Fleur despertava diversas horas depois, muito confusa e com muita dor de cabeça. Assim como sua dona, o psíquico parecia protestar pelo latejar na cabeça, indo buscar os comprimidos. Os Tauros se apoiavam um no outro e pareceram aceitar de muito bom grado o remédio que lhes era oferecido, assim como a Gladiadora e o urso que ainda carregava.

Os meninos tentaram explicar o que havia acontecido, porém a jovem não conseguia se concentrar. Quando perguntou se deviam levar mais frutas, o fire enfurecido colocou fogo em toda a árvore, deixando claro seu ódio pela frutinha roxa.

Após cerca de 30 minutos, a cabeça das vítimas das frutinhas roxas pareceu começar a colaborar e a raciocinar. O relógio no celular de Fleur indicava que eram cerca de 16h da tarde, horário para um suposto café da tarde.

Os Tauros estavam já atrelados na carroça e Typhlosion aguardava em pé ao lado da mesma, aparentemente mandando Fleur subir na carroça. Era claro que o pokémon não queria ficar perto da árvore carbonizada. Já os meninos não percebiam nada, correndo de um lado para o outro e usando pedras e raízes de árvores para simular uma cidade onde corriam com seus carrinhos.

Fleur ainda se decidia pelo que fazer, carregando no colo o ursinho desconhecido. Após ceder aos chamados do fire e colocar o trio de ruivinhos na carroça, a rosada tomou seu lugar, porém o pequeno urso assumiu as rédeas, conduzindo os Tauros por conta própria e dando um leve tapinha no focinho de Typhlosion, quando este rosnou para o gesto.

-5 Remédios Para Dor De Cabeça Leve

Levou alguns minutos até o remédio começar a fazer efeito, amenizando a dor de cabeça que o grupo sentia. A hora demonstrando que a rosada estava explorando bem menos do que gostaria, mas por outro lado já era hora do café da tarde das crianças.

Typhlosion acabou dando um "empurrãozinho", convencendo a Gladiadora a seguir jornada. Com tudo organizado, a carroça avançou. O urso preto e branco guiando os touros, embora o Fire não gostasse muito da situação, a rosada não se importava e folheava suas anotações, ficando desgostosa com a letra torta, optando por fazer um relatório definitivo mais cedo.

-Para onde estamos indo?

Fleur perguntou ao urso, um pouco curiosa. Alakazam dormia mais um pouco no interior da carroça, Liepard nem ao menos despertou. Os trigêmeos continuavam brincando, mas agora com os baralhos.

Relatório escreveu:
A floresta é bem iluminada, com árvores bem espaçadas entre si. Necessita de algum cuidado, as árvores são muito semelhantes e pode-se perder. As raízes são grossas e se alastram por cima da terra, dificultando o avanço de carroças e outros veículos. Há pequenos lagos espalhados e córregos. Pouca relva, as árvores frutíferas ficam afastadas uma da outra.

Obs.: Presença de Berries com teor alcoólico.

O urso simplesmente ergueu a mão para Fleur, pedindo um pouco de tempo. Apesar de ser selvagem, parecia aceitar bem a carona e o fato de não ter de caminhar até seu objetivo. No interior da carroça, os meninos brincavam, enquanto Alakazam, Liepard e Dedenne dormiam. Ao lado da gladiadora, Typhlosion ainda rosnava para o ursinho, voltando a receber um tapinha em seu focinho, ato que o irritava ainda mais.

Fleur voltava a ler o relatório, dando-se por satisfeita e encerrando aquele momento. A quantidade ed folhas gastas com riscos ilegíveis (se é que eles deveriam ser legíveis) a desagradava, porém não havia nada que pudesse fazer a respeito, a não ser tentar evitar a fatídica berry.

Logo o pequeno urso parou a carroça e Typhlosion mirou chocado uma nova árvore igual a anterior e tão carregada quanto a anterior. Pancham já tratava de escalar a árvore, em busca das frutas potencialmente perigosas, enquanto o fire mantinha-se boquiaberto.

-10% de caneta azul.
- 7 folhas do caderno.

A rosada ficava curiosa, parecendo se esquecer que o Pokémon era selvagem, ou simplesmente não se importando de que era um Pokémon selvagem que guiava a carroça para um destino desconhecido.

Enquanto os Tauros se encaminhavam para o local, a rosada descartava as folhas rabiscadas de forma. O desperdício de folha era algo realmente desagradável, Fleur tentava se recordar como fizera aquilo, mas optou por tentar se lembrar disso depois, prestando atenção no local quando sentiu a carroça parar.

Novamente encontrava uma árvore carregada de frutas, exatamente igual a anterior. Pancham já escalava, enquanto a rosada descia da carroça e colhia as frutas. Se usasse o que sobrou de carne, aquelas frutas, e tivesse sorte de encontrar alguns tomates e cebolas, poderia fazer uma sopa. Typhlosion, no entanto, claramente não gostava de ver sua dona colher os malditos e viciantes frutos.

O pokémon selvagem guiou Fleur exatamente para o lugar que Typhlosion menos queria. A Gladiadora, por sua vez, parava de tentar descobrir como acabara riscando 7 folhas do caderno sem nenhuma informação, reparando nas novas frutinhas.

A rosada logo começava a colher e constatava que aquela árvore tinha um nível de produtividade muito acima da média, situação que a impressionava. Ao final da colheira, 35 frutas descansavam no interior da carroça, todas incrivelmente maduras e prontas para serem comidas.

Antes de voltar a caminhar, contudo, Fleur reparou que Pancham já estava caído ao lado da árvore, com a língua totalmente azul e aparentemente chorando e rindo ao mesmo tempo de algo desconhecido. O celular já indicando que eram 17h. Logo começaria a escurecer e avançar seria perigoso.

+35 Bluk Berry.
Ficha atualizada

Muitas frutas eram colhidas, surpreendendo a rosada. Havia alguma outra árvore que produzia tanto assim? No entanto, Fleur logo se distraia, mirando o urso preto e branco que a acompanhava. Caído e agindo de forma aleatória, sendo confuso. Parecia muito alguns civis de Tsumi no City.

Pegando uma esfera vazia, a Gladiadora tocava a Pokébola no urso de língua azulada, desejando capturá-lo. Nunca vira um Pokémon como aquele em Shinki e desejava conhecer mais o potencial dele depois. Verificando a hora, notando que não demoraria para escurecer, a rosada mirou o Pokémon Fire e o psíquico.

-Vamos começar a preparar o acampamento. Typhlosion, Liepard, cacem. Alakazam, me ajude a arrumar tudo.

O felino era despertado pelo inicial e ambos partiam na caçada. Enquanto isso, Fleur e Alakazam preparavam a barraca e uma fogueira. A TM Rain Dance era ensinada para o touro da Gladiadora.

Com o estranho ursinho capturado e o dia se encerrando, Fleur liberava Typhlosion e Liepard para caçarem, enquanto Alakazam começava a montar o acampamento e ela ensinava Rain Dance para o Tauros.

O bovino parecia não dar muita importância para o golpe aprendido, revirando a terra em busca de raízes e algo que pudesse saciar sua fome, porém a floresta parecia não fornecer o suficiente para a dupla de Tauros.

Quando a barraca ficou montada e os meninos começaram a desenhar no caderno de Fleur, os dois caçadores voltaram, carregando dez aves abatidas. Fleur mirava o estranho pokémon, sem reconhecê-lo. Não lhe agradava comer um pokémon que não tivera a oportunidade de capturar e estudar um pouco mais, mas aquelas aves nada poderiam lhe contar naquele momento.

Fleur mirou desgostosa o solo. A falta de grama era algo que a preocupava, talvez devesse ter cortado parte da grama alta da Route A e secado, seria útil naquele momento. Infelizmente, parecia que não teria muitas escolhas, a não ser oferecer a ração Pokémon. Agradecia mentalmente por ter comprado, caso o contrário a situação seria ainda mais delicada.

Com a barraca pronta, diversas aves eram trazidas para a rosada. Aquele Pokémon ainda era desconhecido, mas no momento não poderia contar nada para ela, então só lhe restava aproveitar bem a carne.

Deixando três aves para Liepard e três para Typhlosion, Fleur e Alakazam começavam a preparar as outras para o resto do grupo. Uma panela com água era fervida, sendo colocadas as novas berries, junto com a carne e, após verificar o livro sobre plantas comestíveis, se houvesse alguma por perto, seria adicionado algum tempero. O psíquico era o principal responsável pela sopa que era preparada, em quantidade o suficiente para o grupo afim de evitar desperdícios.

Graças ao livro, Fleur identificou 3 plantas que serviriam bem como tempero para o jantar. Enquanto a rosada colhia as ervas para adicioná-las na sopa, Alakazam usava a faca para limpar as aves e cortar a carne em pedaços menores, adicionando à sopa também.

Os meninos se divertiam desenhando, porém quando o cheiro começou a subir, a fome bateu e os três ficavam espiando por cima do ombro da Gladiadora, claramente querendo jantar logo. Os bovinos pareciam não reclamar da ração, embora claramente preferissem o pasto e berrys.

As quatro aves estavam no cozido e Fleur se admirara com a pouca carne que ofereceram. Com três berries e as ervas, a janta não seria tão carregada, mas ainda assim parecia apetitosa. Na memória e com os poucos dias longe da cidade, a mente sonhava com jantares mais substanciais, com carne assada, arroz, salada e um bom suco.

Quando o ensopado ficou pronto, o grupo se reuniu ao redor da fogueira, jantando. Cozidas, o sabor das Berries ficava mais suave e Typhlosion agradecia por aparentemente não fazer o efeito que fazia quando consumida em seu estado normal. O sol já havia sumido no horizonte, oculto pelas árvores, porém sua luz ainda os alcançava. O tempo de claridade era pouco e logo o grupo se reuniria para dormir.

-3 Bluk Berry
- ração pokémon

A rosada ficava feliz por ter comprado aquele livro, satisfeita quando encontrava algumas ervas que poderiam servir de tempero. A sopa era preparada, o cheiro já atraindo as três crianças, que olhavam a panela e esperavam a comida ser terminada.

Apesar de estar longe da cidade há poucos dias, sentia falta de alimentos mais preparados. Uma cama era bem melhor que o saco de dormir, mas apesar de tudo, era divertido. O ensopado tinha um sabor agradável e estava em contato com coisas novas.

Após todos terminarem de comer, seria hora de limpar e guardar tudo, para depois se preparar para dormir. Mais uma vez a rosada ficava feliz pelos livros, os contos para dormir ajudariam com os trigêmeos.

A noite logo chegava e, enquanto tinha os últimos raios de sol, Fleur aproveitava para ler para os meninos, tentando ensinar a eles o nome de algumas letras e algumas palavras. A brincadeira de desenhar o A, E, I, O, U foi divertida, apesar de pouco produtiva. Fleur reparava que os meninos eram inteligente, porém se dispersavam muito rápido e pareciam não gostar de se concentrar em algo que não fosse engraçado, entediando-se com certa facilidade.

Quando o sol sumiu por completo, a gladiadora já estava no interior da barraca com as crianças e do lado de fora seus pokémons dormiam. Os bovinos pareciam tranquilos dormindo ao ar livre, enquanto o fire dormia com a dona, aquecendo o interior da barraca e só não tornando o espaço muito pequeno pelo fato dos meninos serem pequenos. Do lado de fora, Liepard fazia a guarda.

Na manhã seguinte, enquanto o felino bocejava já sonolento, Fleur acordava e percebia a falta dos meninos. Preocupada, a rosada correu para o lado de fora, sendo seguida por Typhlosion, porém nenhum dos três estava ao alcance de seus olhos. A barraca quase caiu com a velocidade que a gladiadora saiu do interior, determinada a brigar com Liepard e questionar Alakazam da localização do trio ruivo, quando os viu correndo por entre as árvores em sua direção.

Fleur suspirou aliviada ao reparar que os três estavam bem, contudo eles pareciam agitados, apontando para as árvores e puxando sua mão, como se quisessem mostrar uma descoberta importante.

A Gladiadora tentava ensinar algumas palavras para os meninos, desenhando com os mesmos as vogais, mas embora se divertisse, não era produtivo. O trio era esperto, mas se entediava com facilidade e se dispersavam. Teriam hiperatividade, ou déficit de atenção? A rosada não sabia dizer.

A noite foi tranquila, sem qualquer imprevisto, pelo menos até o despertar. A falta dos trigêmeos fez Fleur se apressar, saindo da barraca as pressas, mas se acalmando quando as crianças apareciam novamente. Um suspiro de alivio surgia, mas logo um olhar atento. Os três pareciam agitados e apontavam para um lugar.

-Liepard, pode descansar. Tauros, cuide do acampamento. Typhlosion, Alakazam, venham.

Dando alguns comandos e deixando o acampamento com alguma vigia, a rosada acompanhava as crianças, para ver o que eles haviam encontrado.

Fleur ficava aliviada ao ver que os meninos estavam bem, apesar de logo a estarem chamando para algum lugar mais distante. Um comando rápido e Liepard pulava para o interior da carroça, abraçando a coelha e já adormecendo, com a velha mochila servindo de travesseiro. Os bovinos assumiam a guarda, enquanto Alakzam e Typhlosion acompanhavam o grupo.

A gladiadora ainda bocejava, o hálito matutino e a vontade de escovar os dentes querendo guiá-la para o outro lado, diretamente para o lago. O cabelo ainda estava emaranhado e a ela ainda estava de pijamas, porém os meninos pareciam ter tanta pressa que a rosada não se atreveu a pedir que esperassem.

Mais a frente, uma grande árvore com berrys semelhantes a da Route A estava iluminada pelos raios de sol. Contudo não eram as frutas maduras que ganharão sua atenção, mas os diversos casulos que terminavam de abrir e as diversas e coloridas borboletas que passavam voando, se afastando do grupo. O show de cores atraiam o olhar de Fleur e de repente a gladiadora nem ao menos piscava.

Na árvore, os casulos velhos e vazios, bem como alguns insetos em estado larval. Seriam a forma primaria das coloridas borboletas? As larvas eram iguais, porém as borboletas possuíam diferentes padrões...

Após deixar o felino repousar e deixar os touros vigiando o acampamento, a rosada seguiu na direção que os meninos tanto indicavam. Desejava ir escovar os dentes e organizar as coisas, seguindo seus rituais de toda manhã, mas o trio parecia apressado, então poderia ser importante. A troca de roupas e o café podiam esperar.

Ao chegar no local, Fleur reparou na árvore frutífera, mas o que realmente chamou sua atenção foram os casulos que se abriam. Diversos Pokémon, semelhantes as Butterfrees e Beautiflys, passavam voando. A rosada se viu em meio a um mar de cores e padrões diversos. Quantos seriam? Um sorriso surgia em seu rosto, estava simplesmente maravilhada com o que via.

-Typhlosion, Swift nas larvas, quero capturá-los. Alakazam, pegue as frutas.

A Gladiadora comandava, querendo capturar cada Pokémon que estava ali. Iria descobrir mais sobre aquela espécie e cada padrão de cor que existia.

Typhlosion mirava Fleur, achando que cinco insetos eram demais, mas como o comando era claro, o fire lançou suas estrelas, derrubando todos os oponentes com muita facilidade. Logo Fleur era dona de cinco larvas. Em sua mente a Gladiadora tentava recordar o número de padrões que vira, constatando que foram pelo menos uns oito diferentes.

De pé no chão ainda, a rosada olhava para a floresta, depois para a direção do acampamento. Ainda não escovara os dentes, nem o cabelo, tampouco tomara café. Por outro lado precisava de mais insetos para descobrir quantos padrões de borboletas existiam...

Alakazam, por sua vez, aguardava a decisão com 6 Mago Berry nos braços. Typhlosion parecia mais interessado em voltar para o acampamento, enquanto os meninos pareciam querer tentar escalar a árvore frutífera, ainda de pijamas.

+6 Mago Berry
- 5 Pokébolas
+ 5 Scatterbugs

+ 5 de Exp para Typhlosion
+ 1 de Exp para cada pokémon dos trigêmeos

A rosada tentava recordar os diversos padrões de cores que havia visto, imaginando qual seria a condição para obter cada um. Havia visto mais ou menos uns oito padrões de cores, mas seriam só aqueles? Ou teria mais?

Por mais que quisesse capturar mais insetos, tanto ela quanto os meninos não haviam nem mesmo tomado o café da manhã, então optou por retornar ao acampamento onde, após se trocarem e escovarem os dentes, iriam comer alguma coisa.

Fleur lembrava dos vários Pokémon que possuía no storage, que ainda não tivera oportunidade de conhecer. A vontade de continuar explorando e a vontade de conhecer as criaturas capturadas colidindo uma com a outra. Pensar em como treinaria tantos seres era algo nada convidativo, mas que teria que ser feito em algum momento...

-Depois do café e organizar as coisas, vamos voltar para New Nyender com Teleport.

Fleur decidia por controlar o impulso de capturar mais insetos, retornando para o acampamento. Tanto ela quanto os meninos precisavam de café da manhã e, principalmente, realizar a higiene matinal.

Alakazam levava as Berrys, sendo seguido primeiramente pelos trigêmeos, depois por Fleur e por fim por Alakazam. No acampamento, Liepard dormia abraçado à coelha que tremia freneticamente. Como o felino merecia descansar, a gladiadora optou por só chamá-lo quando o café estivesse pronto, não dando muita atenção para o medo da Bunnelby.

Após o café, que teve uma rápida participação de Liepard, Fleur lavou a louça no lago e se preparou para partir em direção a New Nyender. Era hora de conhecer seus monstrinhos capturados e treiná-los um pouco, além de, quem sabe, adquirir mais alguns itens para a viagem?

Com tudo guardado no interior da carroça, Alakazam ficava sentando ao lado de Fleur e teleportava tudo e todos. Quando Fleur percebia, sua carroça e seus pokémons estavam nos portões da cidade. Ao lado dela, um banco estava virado e um cadete reclamava do susto enquanto se levantava.

- 1 rolo de papel higiênico
- 1/2 sabonete
- 1/2 pote de shampoo
- 10% de condicionador
- 30% de pasta de dente
- 5% de fio dental
- 4 cotonetes
- 50% de lata de leite em pó
- 30% de chocolate em pó
- 20% de ração pokémon