Allez . Première aventure.

Off: E você tem jogado na forca Pokémon e jogo da memória? Isso dão pontos que você pode trocar por itens no jogo ^^

Bem, parecia que era uma senhora comum, na verdade, a mãe de Thompson. Mienshao parecia gostar da presença da mais velha e isso poderia significar a confiança que ele tinha, comprovando que de fato era a mãe da ex-comandante. Isabelle colocava as coisas no lugar como podia. Endireitava os móveis colocado de forma nada organizada, e catava fraudas e brinquedos, como chocalhos, do chão. Limpava um pouco de papinha no sofá e do leite que Growlithe havia derramado no sofá com a própria frauda de Layla.

A mulher ouvia tudo com calma e parecia não se espantar por uma mulher ter entrado na casa e cuidado de sua neta com cautela, mesmo em tempos de crise como aquele. A matriarca da família Thompson continuava a ajudar Isabelle. Parecia achar a história normal, diferente de Mienshao, que quando a senhora virava, mostrava o punho cheio de veneno para Isabelle, quase que dano um aviso para ela.

- É a cara de Gregory fazer isso... Obrigada por cuidado da Layla.

A senhora se sentia muito agradecida, mas parecia que Mienshao só crescia sua raiva. Por respeito à sra. Thompson, o Pokémon se mantinha longe, com a cara fechada, mas nada que Isabelle pudesse se preocupar.

- Angélica? Ela sumiu há alguns dias... Por isso a casa está assim e Gregory está no hospital tentando salvar a Hondoom da minha filha, que sofreu muito ao ataque. Queria saber por onde Angélica está.

Angélica parecia não estar ali. A casa estava sem a principal suspeita de Isabelle. Yasmin continuava nas mãos de Miya. Gregory ocupado. A Ruiva estava de volta ao começo do caminho.

O comportamento de Mienshao incomodava a ruiva. Mesmo depois de tudo o que Isabelle fez, Mienshao continuava com o olhar torto para ela, preparando um Poison Jab a cada movimento que a gladiadora fazia. Mesmo com Layla nos braços, toda limpa e alimentada, Mienshao era duro de se convencer. O Pokémon continuava encarando a vigarista, ignorando o comentário que ela tinha feito sobre tudo.

- Oh, querida, não se preocupe com ele... – a senhora ria tanto de Mienshao quanto da menina ali – Não o culpe... Foram momentos difíceis que ele passou... É muito responsável e só conhece o treinamento militar que Angélica passou, embora esteve ajudando muito na casa esses últimos dias. É um estrategista do time da minha filha e sempre anda alerta.

A mulher parecia confortável em tentar criar um laço de união entre os dois ali. Mas o que dizia fazia sentido. Pouco menos de um mês Mienshao tentou defender a filha de sua mestra e falhou, sobrando apenas a mais nova para garantir segurança. O Pokémon estava em extrema vigilância e não espantaria ninguém pensar que ele não falharia dessa vez. O Pokémon era muito instruído, mais do que muitos cadetes.

- Acho que você ajudou muito hoje. Gregory não conhece muito bem a palavra responsabilidade, mas é um bom homem... Espero que ele e Angie não briguem depois que tudo isso acabar.

A fala da senhora era diferente do que se esperava de uma avó cuja neta foi raptada. A senhora Thompson parecia mais calma que tudo, como se tivesse extrema fé que sua neta iria voltar. Ela parecia encarar uma fortaleza ao seu redor, pronta para defender sua família, mas ao mesmo tempo, parecia confiar que tudo daria certo no final. Seus olhos pairavam sobre o sofá.

- Você aceita um café? O mínimo que eu poderia fazer depois de ter cuidado de Layla. Ela é um amor, não é? Mas o que você tinha que falar com minha filha? É particular?

Mesmo tentando se desculpar com Mienshao, o Pokémon lutador ignorava de antemão, até balançar a cabeça de forma negativa. Bem, era um primeiro passo... Isabelle estava agora com a mãe de Thompson. Tinha algumas perguntas, mas a ex-comandante não se encontrava. Mienshao sabia e parecia que Isabelle estava entrando em uma briga que poderia custar seu trato gastrointestinal. Não se importava, desde que obtivesse as informações...

A gladiadora seguia para cozinha, dedicando-se a fazer o café. A senhora mais velha havia achado a ação gentil. Primeiro Isabelle cuidava de Layla, depois arrumava a casa do seu jeito e agora se dedicava ao café, sem ter responsabilidade de tudo isso. Era bem diferente do que a senhora Thompson estava acostumada com os atuais jovens, então a senhora resolvia aproveitar.

- Você fez muito mais do que você deveria, flor. Olha essa casa? Gregory não saberia colocar no lugar, mesmo que tivesse ao seu lado.

A senhoria ria, enquanto ela e Mienshao seguia atrás de Isabelle. As janelas que davam para o quintal eram cobertas por cortinas e mesmo nas frestas que formavam não era possível ver Mudkip ou o canino bebê. Na cozinha, a ruiva tinha uma visibilidade melhor para o quintal, mas via seu Pokémon, embora os latidos de Growlithe indicavam que estavam ali e estava bem.

Na cozinha, Mienshao puxava uma cadeira para a mais velha. Seguia na frente pegando tudo o que Isabelle precisava para o café. Colocava tudo em cima da pia, de forma organizada e era mais ágil do que um humano seria para pegar os utensílios.

- Angélica saiu sem dá informações para onde ia... Temo que você não terá uma boa conversa com ela. Na verdade, nessa parte de temperamento ela puxou o pai, que era o comandante antes dela. – dizia a senhora, começando a olhar para o nada e parecia lembrar do seu esposo. Não precisava nem perguntar para saber que ele já não estava mais com a sra. Thompson. – Mas agradeço seu apoio. Mas como você poderia ajudar?

Naquele momento a cozinha da casa dos Thompsons se tornava um lugar de combate. De um lado, Mienshao, prendendo a informação que Isabelle jurava que ele tinha. Do outro, a ruiva que não desistiria até conseguir uma ajuda no que ela estava planejando. Um lado perderia e Isabelle não queria ser esse lado. As coisas andavam mal em Shinki e uma gladiadora queria ajudar.

Na cozinha, Isabelle colocava a água para esquentar, enquanto Mienshao ainda fazia pose de durão. A senhora Thompson era muito mais maleável, mas parecia não saber mesmo do paradeiro de sua filha. Ela queria ajudar também. Era um castelo armado, a idosa, por aguentar tudo tão bem e sem reclamar.

- Acho que você não conseguirá muita coisa com ele. – começava a senhora, apenas observando como Isabelle era cuidadosa ao preparar o café. Mienshao ignorava o pedido de ajuda da ruiva. A água fervia e Isabelle começava o passo a passo de um bom café.

- Mienshao, como os outros Pokémons da Angie, foram treinados para reter informações mesmo sobre tortura. Eu não sei onde ela está, mas admiro a sua coragem de querer ajudar. Sabe, toda Nyender se sensibilizou com o rapto da Yasmin, mas ninguém moveu um dedo sequer para ajudar e acho que Cornélios está sendo muito lento para fazer alguma coisa... Não me espantaria Angélica ir atrás de sua filha sozinha... Afinal, assim as mães agem.

O ponto de vista da mulher carregava muita sabedoria. Ela sabia que quando a prole precisava, a mãe sempre estaria pronta para atacar. Mas enfrentar Miya mais um bando de armagedons? Talvez seria loucura... A reação de Isabelle foi de concluir o café quente.

- Realmente Gregory foi muito irresponsável por confiar na primeira pessoa que via, mesmo você sendo de bom coração... Mas sei que Mienshao seria o primeiro a defender a casa, caso precisasse. – sorria a mulher, talvez pensando em como Mienshao livraria de um bandido qualquer. Embora não conseguiu livrar Yasmin da garra de Miya.

A conversa na cozinha chegava a outro nível. Mienshao ignorava a fala de Isabelle, tentando mostrar maturidade, enquanto na sua face estava nítido que ele só não acabou de vez com a ruiva por estar ao lado da mãe de Angélica. Não iria permitir que a senhora visse uma cena daquelas. Ignorava o café, que logo era recolhido pela vigarista, que bebericando o líquido, ia tomando a forma mais pensativa. A senhora Thompson se sentia confortável.

- Shinki precisa de mais pessoas como você, minha flor. Calma, amáveis, solidárias. Se fosse assim, o mundo não estaria hoje do jeito que está.

O olhar da mulher parecia um pouco vazio, mas o sorriso era verdadeiro. Diante de tudo, a gladiadora arrumava a louça, enquanto guardava tudo. Apesar das poucas informações, em síntese Isabelle sabia que Angélica Thompson estava desaparecida. Mienshao não falaria. Haltz estava ocupado demais para poder responder alguma coisa. Isabelle tinha que prosseguir.

A despedida de Mienshao fora fria, até porque o Pokémon queria manter sua pose de durão. A stra. Thompson sorria e pareceu ser calorosa na despedida. Contrariando o Pokémon ao lado. Fora da casa, Mudkip estava exausto, sendo levado nos braços de sua gladiadora. Growlithe continuava correndo ao redor da casa, quase como um ser com energia infinita. Aos poucos o sol parecia perfurar as nuvens grossas de Nyender, informando que o tempo estava perto para mudar. Seria um bom presságio para Isabelle?

As despedidas começavam a se tornar comuns na vida de Isabelle. A gladiadora fazia uma grande referência do seu interesse em ajudar Angélica com o que tinha que fazer. Ela mal soube o que estava acontecendo em Nyender e já queria salvar toda Shinki. Nesse meio tempo, as coisas ficavam mais estranhas ao seu redor. Mas no fim, deixava seu contato com a longeva e agradecia por tudo. Mienshao sorria, depois de tudo, ao ser desafiado para uma batalha futura. Talvez aquele sorriso de deboche fosse a primeira fora do Pokémon abrir espaço para confiar em Isabelle.

Com Mudkip exausto dentro de sua Pokébola, a ruiva se dirigia para o centro da cidade, sempre aquecida pelos raios solares que insistiam em furar as nuvens para poder aquecer a menina. Era como uma lareira em um frio congelante de Ragnarok. O problema de Isabelle era claro. Ela não tinha dinheiro nem para sair direito de Nyender. Era incrível como ela estava ali na cidade não fazia nem dois dias e já precisava de dinheiro. Viver na capital não era barato, mas sempre tinha os albergues e a igreja para poder pedir ajuda (embora não fosse muito o estilo da garota).

No centro da cidade o movimento era maior. Várias pessoas continuavam caminhando de um lado para o outro, cada um com sua obrigação para cumprir. Um camelô corria com vários controles remotos presos em seu corpo, atrás, uma cadete e seu Meowth exigindo a licença de venda ali. As pessoas ao redor ignoravam, e a imagem logo sumia da frente de Isabelle. Ela procurava um emprego e no centro seria a oportunidade perfeita. E engraçado era que desde que ela saiu da casa de Thompson, ela jurava que tinha alguém a seguindo, mas sempre que procurava, se via no meio de muita gente e nenhuma olhando especificamente para ela.

Sem querer, e já distraída com o grande número de lojas que se encontravam ali (banco de Shinki, restaurantes e o Shopping) ela, sem querer acabava ouvindo a conversa de dois rapazes. Eles caminhavam pouco à frente de Isabelle e um era alto e magro, careca, com brinco de argolas em suas orelhas, enquanto o outro era do mesmo tamanho, mas detinha de uma grande cabeleira avermelhada, com o penteado de moicano.

- O que mais um gladiador faz para ganhar dinheiro? Batalha, claro! – dizia o careca.
- Mas isso depende muito da sorte, você sabe, né? Ontem mesmo eu não ganhei quase nada na aposta, mas na semana passada eu ganhei tanto dinheiro que eu fiquei hospedado no hotel de luxo. – respondia o do moicano.
- Nokori Hotel?
- Esse mesmo, cara.

Parecia que dinheiro não era um problema só de Isabelle, mas de gladiadores em geral. Era engraçado como ela conseguia justamente o que queria: formas de ganhar dinheiro sendo gladiadora, mas seria seguro para ela seguir um caminho desses? Ela tinha uma licença de gladiadora, tinha um olhar preconceituoso sobre ela, mas seria aquilo tudo necessariamente o móvito para ela entrar no mundo dos vigaristas?