Tsumi no City: Giratinistas a Caminho da Ilha Misteriosa

Vendo Rellis voltar da pequena viagem ate o mar Galatea sorriu, a jovem separou o pokemon abelha dos demais dizendo:

- Vamos voltar para o barco, amanha poderemos tentar a sorte novamente!

Dizia a garota dividindo os pokemons com a companheira para que nenhuma das duas ficasse sobrecarregada demais.

Por fim Galatea sorriu ao ver o pequeno chaveiro, pegando Romeu no colo a jovem acariciou o gamba deixando que Nicole a guia-se de volta ao barco.

Com um dos Pokémon separado dos outros, ambas dividiam os seres que em breve seria sacrificados. Com os itens guardados, a dupla começou a voltar para o barco que abrigava procurados e gangsteres. O Pokémon venenoso no colo de Galatea, satisfeito com o carinho, Nicole mais a frente servindo de guia.

Diversas curvas e ruas tortas seguiam, até finalmente visualizarem a embarcação. A serpente marinha vigiando, mostrando-se atenta, mas não ameaçou as duas religiosas e permitiu que entrassem. Duas redes eram ocupadas pelas duas garotas, que logo adormeciam.

O sol novamente raiava. Nicole era a primeira a acordar, se espreguiçando e afastando o sono. Galatea despertava pouco depois, bocejando e se erguendo. A noite passou tranquila e sem grandes acontecimentos. Outros marinheiros continuavam dormindo, até a chegada da capitã que os despertava de forma "carinhosa", desamarrando um dos lados de algumas redes.

A noite de descanso fora boa para ambas as Giratinistas, apenas o acordar fora um pouco turbulento demais, mas nada que não se resolvesse com um bom gole de cafe.

Galatea sorriu para Nicole dizendo:

- Você me arranja uma caneca de cafe? Preciso ir no porto enviar algumas coisas e te encontro aqui!


Deixando a companheira ainda no navio a jovem correu para o porto enviando o Inkay sem o Luck Egg mais a Purrloin e uma Ampharosite para Cristiana Tavares em Chermont.

Ansiosa por um café, Galatea pedia para a morena providenciar uma xícara da bebida. Nicole trançava o cabelo, bocejando mais uma vez, gesto imitado por Stunky.

-Sem problemas.

A voz ainda era sonolenta, mas após a afirmação da jovem, Galatea saia do navio e se dirigia até o porto. O local desorganizado, repleto de caixas e pouco movimento. A giratinista encontrou um suposto trabalhador cochilando em cima de uma das caixas, fazendo-o acordar para a atender. Protestando um pouco, o homem pegava os itens e colocava numa caixa, esta que ia para um barco e seguia para Shinki.

Os itens eram enviados e Galatea retornava para o barco. Viu Nicole sentada em um barril, usando-o de cadeira, enquanto uma caixa relativamente grande servia de mesa. Frutas estavam disponíveis para os marinheiros que trabalhavam, mas o que mais chamou a atenção da religiosa foi a xícara de café a esperando.

Fazendo o envio a jovem não perdeu tempo em voltar para o barco, Galatea ficou surpresa ao ver a caneca do liquido quente a sua espera, sorrindo para Nicole a religiosa mais velha cheirou a bebida perguntando em tom de brincadeira:

- Você não colocou pimenta né?!

Recebendo uma bela bagunçada de cabelo da mais alta Galatea deu seu primeiro gole de cafe liberando seus pokemons para aproveitar o cafe da manha.

Por fim Galatea guiaria Nicole ate o local escolhido para os sacrifícios, era um passo para a mais nova que deveria ser dado por si mesma.

Com Pokémon e item enviado, Galatea sorria ao ver a xícara de café, brincando um pouco com Nicole. Ambas interagiam, conversando brevemente enquanto aproveitavam o breve café da manhã. Os monstrinhos de bolso também comiam, aproveitando cada pedaço do que estava disponível para eles.

Com todos alimentados, aguardaram mais alguns minutos, até a comida se acomodar, antes de Galatea guiar a morena até o local onde havia sido feito os sacrifícios no primeiro dia. Rellis voava com ambas nas costas, deixando a cidade para trás e chegando na praia.

A estrela ainda estava intacta, os corpos exatamente onde haviam sido deixados. O sangue, já seco, deixava a areia avermelhada. O mar parecia não querer chegar até o local, como se temesse ofender Giratina.

Antes de guiar Nicole ate a grande estrela de sangue e corpos, Galatea recuperou o único pokemon de seu interesse do antigo bêbado, recuperando Beedrill a jovem o guardou junto com seus companheiros.

O voo sobre as costas de Rellis foi rápido e calmo, pousando por fim perto da estrela avermelhada Galatea liberou cada pokemon numa das pontas estrela marcando um novo sacrifício em cada ponta, o restante seria solto no centro da mesma.

Dando o primeiro passo em direção de um dos caídos a jovem olhou para Nicole dizendo:

- Cada morte, cada sacrificio retira o fardo dos ombros de Giratina e coloca nos nossos...

Ainda olhando a companheira a Adaga de lamina negra afundou na carne do pokemon de encontro ao coração da criatura, Galatea esperou que a jovem seguisse o exemplo da mesma.

Roubando a esfera da abelha para si, obtendo assim mais um Pokémon, Galatea voltou a prestar atenção no caminho que Skarmory seguia. O voo rápido e calmo, com o sol levemente coberto pelas nuvens brancas, antes das duas religiosas voltarem para o chão.

Se aproximando da estrela, a jovem de cabelo azulado soltava os novos sete sacrifícios, posicionando-os em seguida. Marill, Voltorb, Timburr, Oddish, Woobat, Scraggy e Mantyke, todos ainda desacordados após a batalha da noite anterior.

Galatea se aproximava, a adaga afundando no corpo da primeira Pokémon, atingindo o coração da roedora e terminando com a vida da mesma. Os orbes vermelhos miravam a morena, que observava a própria adaga. O Stunky ao lado da mesma, a observando, até que Nicole se aproximou de Voltorb e, assim como a outra, cravava a lâmina negra no corpo esférico.

O olhar da morena deixava claro que havia alivio ali, enquanto os dedos se manchavam de vermelho e murmurava uma oração, assim como Galatea. Ambas continuavam os sacrifícios. A mais nova sacrificando Oddish e Scraggy, cada um na ponta da estrela, enquanto Galatea sacrificava Timburr, Woobat e Mantyke, terminando as pontas e sacrificando os que estavam no centro. A areia mais uma vez se manchava de sangue fresco.

Vendo o alivio no rosto da mais nova irma Galatea sorriu, uma lagrima calma e silenciosa singrou o rosto da jovem que enterrava sem medo a adaga nos corações dos pokemons destinados ao sacrifício.

Por fim quando as pontas foram completadas Galatea se aproximou do centro deixando com que o ultimo sacrifício fosse feito por Nicole, ver a estrela novamente tingida de sangue fez com que um alivio crescesse no coração da Giratinista.

Sorrindo para Nicole a jovem não disse nada ao se afastar da estrela indo se sentar de frente para o mar, em muito tempo havia paz no coração de Galatea...

A lágrima discreta e solitária escorria pelo rosto de Galatea, antes de se juntar ao sangue que escorria dos corpos dos Pokémon. As adagas perfuravam coração atrás de coração, tornando a estrela mais uma vez vermelha, o cheiro de sangue fresco impregnado no ar e se misturando com o aroma do mar.

Quando os sacrifícios terminaram, ambas as jovens pareciam ter tirado algum peso dos ombros. Um alivio que era difícil de descrever. Ambas com a expressão calma e espírito leve, mirando o mar pacifico e quase sem ondas, a brisa leve acariciando o rosto das religiosas, enquanto atrás delas mais sete Pokémon não respiravam mais.

Sem que elas notassem, o sangue parecia transbordar levemente, começando a escorrer para fora da estrela e percorrer a areia, passando entre elas e alcançando o mar. Um sinal de que ambas deveriam continuar aquele caminho.

O momento calmo e sereno era apreciado por ambas as religiosas, cada uma perdida em seus próprios pensamentos e sentimentos. A brisa marítima acariciava as faces, cada uma com o inicial da outra nos braços. Os dois Pokémon sorriam um para o outro, enquanto recebiam demonstrações de carinho das duas jovens.

Os olhos avermelhados miravam o sangue, enquanto os dedos da religiosa alisavam o pelo do Pokémon venenoso. Nicole também mirava o liquido escarlate, que perdia um pouco da tonalidade conforme se misturava a água salgada. A morena acariciava a cabeça da fantasma, que limpava a si mesma e sorria.

A mais nova passou a observar o céu, pensando por alguns momentos, enquanto Galatea fazia algumas encomendas no nome falso que iria retirar na cidade em construção.

-É tão raro ter paz na Tsumi, mas não podemos ficar sentadas o dia todo, né?

Nicole respondia, mirando mais um pouco as nuvens.

-Para aonde você quer ir?

A morena perguntou, mirando Galatea e esperado uma resposta. Ambas sabiam que deviam seguir em frente, mas o barco ainda não estava pronto. Faltava mais dois dias antes de poderem seguir o caminho que desejavam.

Galatea concordou com as palavras de Nicole com um leve menear de cabeça, a mais velha colocou Romeu ao seu lado esforçando-se para ficar de pé, olhando a sua volta com interesse Galatea deu de ombros ao falar:

- Que tal voltarmos para a cidade a pé?! Talvez tenhamos sorte com alguns selvagens...

Estendendo a mão para a companheira a jovem esperou que esta se levantasse para completar:

- No mais um pouco de dinheiro não nos faria mal!

Off: Tranquilo, não daria tempo de pegar em tsumi por isso mandei pra la =P

Após concordar com as palavras da amiga e deixar o gambá de lado, a jovem se erguia, observando brevemente os arredores e fazendo uma sugestão. Nicole assentia com um leve mover da cabeça, aceitando a ajuda e se erguendo também, batendo de leve nos trajes para tirar o excesso de areia.

-É mais raro encontrar alguém pelas praias, mas geralmente ou estão terrivelmente bêbados sem dinheiro, ou vitimas sem um centavo, ou ladrões.

A morena informava, mirando desta vez o caminho que ambas seguiriam. Galatea avaliou as possibilidades e imaginou se os ladrões teriam tanta experiência quanto o outro homem, mas ao perguntar, Nicole não soube dizer.

Galatea deu de ombros, sabia que andar pela orla da praia acabaria na infame cidade de novo mas de qualquer forma ainda estariam presas em Tsumi por mais 2 dias, isso se nada atrapalhasse o concerto do barco:

- Nao temos muito o que fazer, e uma caminhada seria boa!

Dizia a garota sorrindo, ja na mente da mais velha a simples ideia de ter que se disfarçar de Amanda Flores novamente era enjoativa e chata demais, embora soubesse que New Nyender provavelmente estivesse tomada por Cadetes e que o disfarce era a melhor opção para não ser descoberta.

Olhando para Nicole meio sem jeito e um pouco envergonhada Galatea perguntou:

- Você conhece alguém que possa fazer uma tatuagem pequena?

Sabendo que ainda levaria dois dias para o barco ficar pronto, e que cedo ou tarde teriam que voltar para a cidade confusa, Galatea se pronunciava e sorria. Nicole concordava, sorrindo levemente também, embora a mais velha não estivesse muito feliz com a ideia de se disfarçar de Amanda Flores novamente, mas não possuía muitas opções. Com o cartaz de procurada, indo para uma cidade repleta de cadetes, o disfarce era essencial.

Um pouco envergonhada, Galatea perguntava se havia um lugar onde pudesse fazer uma tatuagem. Nicole refletiu por alguns minutos, tentando se recordar de algum.

-Acho que o lugar mais confiável fica na Rua Um Cornélios Incomoda Muita Gente, quase na Jackito Fofo. Nicolau faz um ótimo trabalho.

A morena informava, embora os nomes das ruas fossem estranhas para a mais velha. No entanto, antes que a jovem pudesse perguntar, ambas ouviram alguns sons de batalha mais adiante, oculta por alguns rochedos. Nicole aguardou a decisão da outra religiosa, para ver se continuariam caminho ou se iriam ver o que estava acontecendo.

Ao ouvir os nomes das ruas Galatea não conseguiu segurar o riso, e antes mesmo que Galatea tivesse tempo de perguntar quem dava os nomes as ruas de Tsumi o som da batalha se fez presente.

Ouvindo os sons a religiosa tentou identificar se viria de uma batalha entre selvagens, não tendo muita sorte na tentativa Galatea resolveu que seria melhor ir ver quem estava batalhando. Um ultimo olhar para a grande estrela fez com que a garota sorri-se, sabendo que ninguém ousaria tocar no local de Ritual.

- Percebe-se que Cornélios não é bem visto aqui não?

Dizia a garota com um leve sorriso.

Os nomes das ruas eram estranhos e cômicos, fazendo Galatea rir, mas a religiosa não teve tempo de perguntar quem deu os nomes para as ruas da cidade. O som da batalha chamava a atenção.

Tentando identificar o som e deduzir se era uma batalha entre selvagens ou treinadores, mas falhando, a jovem de cabelo azulado optou por se aproximar e ver melhor a situação, conversando ainda com a morena enquanto ambas se aproximavam.

-Cornélios é bem visto por alguém?

Nicole perguntou, soltando uma leve risada, mas silenciando-se em seguida. A dupla se escondia entre as rochas, observando melhor o combate e notando que não era uma batalha entre Pokémon Selvagem.

Uma mulher, com roupas chamativas e vulgares, comandava uma Staryu que encerrava com um Krabby. O homem derrotado protestava, mas logo era nocauteado por um Heracross. A vencedora, sem qualquer receio ou remorso, roubava a carteira do homem inconsciente, contando as notas e cantarolando alegremente.

Outra vez Galatea concordou com as palavras de Nicole, era certo que Cornélios era uma pedra no sapato de todos e o fazia por merecer o nome da rua e a fama que tinha.

Por de trás das pedras Galatea não ficou surpresa com a cena, ao parecer da jovens os homens de Tsumi eram presas fáceis para alguém mais sóbrio e decidido.

Enquanto a mulher contava o dinheiro a Religiosa arriscou uma aproximação, quando chegou ao lado do homem caído esta sorriu de forma gentil dizendo:

- Nao é feio roubar de caídos?