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[Kath] - A Luz e a Escuridão

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Mensagem por Hurricane' Seg 01 Ago 2016, 19:39

"Ela simplesmente desapareceu...

Por mais que eu tenha evitado, lembrar daquele dia se tornou algo tão rotineiro e incomodo. É como se meu cérebro estivesse programado para retomar essa lembrança sempre que fecho meus olhos para dormir ou meditar. Ainda consigo sentir os calafrios, a dor constante que perpetuava em meus ouvidos e corria pela minha cabeça, as luzes fortes que pareciam incendiar minha face e cegar-me com tamanha frequência... CHEGA! Eu estou farta! Tenho que passar por isso sempre que me vem a imagem dela na minha mente? Tenho que carregar mais este peso em minha vida? Até quando? Quando poderei sentir novamente a alegria irradiar o meu ser contemplando aqueles olhos negros que brilhavam na luz do luar, ou aquele sorriso tímido mas que me acalentava como as estrelas do céu, se no mínimo esforço que faço só sinto dor e desespero?

Engana-se quem pensa que nunca mais irei vê-la novamente... Minha luta deixou de ser algo inteiramente focado no meu eu, a vida tratou me dar este acréscimo e eu vou vencer, mesmo que custe a minha integridade... Mãe, eu verei as estrelas contigo de novo."






Erobring City, 18:00h
Clima ameno, céu nebuloso...


O dojo dos meus avós fica a alguns quilômetros de distância de Erobring, diria na parte mais isolada da cidade. De uns meses pra cá tenho evitado estar lá, acusam-me de estar diferente, principalmente meu avô que insiste em dizer que fui corrompida e que preciso manter a calma. Eu sou calma. Mas depois de tudo o que passei, não tem como evidenciar mais isso com tanta clareza. Como estou afastada de lá, acabei por deixar a minha avó com saudades, ainda mais porque eu lhe fazia uma boa companhia... mas ela também não escapa das acusações sem fundamentos. Foi no dojo onde eu aprendi as coisas do mundo e principalmente a controlar o meu eu, a manter a tal 'calma' que meu avô refuta em cobrar. Bom, talvez esteja na hora de colocar o aprendizado em prática.

Sem meus pais e também sem o apoio de meus avós, não há mais dúvidas de que estou só. Minha casa é num bairro onde moram muitos comerciantes, assim como minha mãe era. Não tenho mais razões para ficar aqui, as respostas não virão a mim. Todo aquele papo de "busque no seu interior" já não faz mais sentido algum! A solução se dá com um esforço concreto, e não abstrato. Talvez eu coloque a casa a venda, não vai ter mais serventia daqui por diante. Não é um imóvel tão ruim, assim como os demais dessa região, possui inspirações do japão feudal, dois andares, três quartos, sala de estar, cozinha e dois banheiros. Há um quintal também, mesmo pequeno, cercado com tábuas cheias de limo pelo tempo. Banhei-me, sentei diante a penteadeira e deixei minha mochila aberta junto a um monte de roupas e acessórios sobre a cama. Penteei meus cabelos, vesti o conjuntinho 'colegial', arrumei algumas roupas e acessórios necessários na mochila. Desci. Na sala de estar peguei uma fotografia de família onde estou eu, meu pai e minha mãe, e outra fotografia só de minha mãe. Peguei as chaves de casa e parti pelas ruas de Erobring.

Nunca fui de reclamar do lugar onde moro, na verdade nunca tive motivos para criticar, não reparava nela como a vejo agora... uma cidade completamente sem vida, com pessoas sem perspectivas e esperanças nulas de que prosperarão por aqui.

Tolos...

Meu pai costumava me comparar com o aspecto daqui. Ele dizia que sou como essa cidade, propensa a oferecer luz quando quero, ou em momentos difusos, ou seja, raramente. Na época eu ficava encantada com o "elogio", era só mais uma moradora daqui; mas hoje... hoje vejo o quanto faz sentido, e não, nunca foi um elogio e sim uma mensagem. Já minha vó tentava me persuadir com os "ensinamentos de Arceus", nunca dei muitos créditos e atualmente me vanglorio disso. Sejamos realistas, Arceus é a grande piada para a humanidade, ela ainda abria a boca com os dizeres "reze a Arceus para que traga sua mãe de volta", isso me deixava louca! Não que eu seja cética, só não acredito no fato de um Deus "trabalhar" de graça. Bem se vê que o nosso mundo está afundado em desespero, tanto quanto aquele ao qual meus familiares relutaram para que eu não sucumbisse.

Já estou caminhando faz alguns minutos e não sei ao certo para onde vou. Chegava a Rua do Canto, saquei meu celular e de forma involuntária busquei uma mensagem um tanto recente. Era de algum parente meu, daqueles que tenho pouco contato. Acho que é o irmão de meu falecido pai, talvez, enfim, ele me mandou um presente adiantado que deveria ser buscado na Estação de Trem.

-- Presente é?

A estação não ficava muito longe dali, bem, este seria o meu destino antes de sair dessa cidade. Claro que no caminho, a cada passo que eu dou penso se estou fazendo a coisa certa, se estou agindo com coerência. Até que de repente um calafrio percorreu minha espinha, meus passos ficaram mais devagar a ponto de parar e observar o que estava ao meu redor. A minha frente estava a Travessia da Escuridão e mais ao fundo já podia ver aquela estrutura tão misteriosa que é o Templo de Giratina. Lembro que minha mãe costumava frequentá-lo a um tempo e me proibia de ir ao mesmo, talvez seja por isso que minha curiosidade sempre se instiga quando passo por perto. Ela nunca foi de comentar nada sobre a sua posição religiosa, eu também nunca tive interesse em perguntar, até porque nos víamos poucas vezes por semana.

-- Acho que a Estação pode esperar... -- Disse, guardando lentamente e involuntariamente meu celular. Dessa vez não estava mais tão travada, voltei meus passos em direção a travessia das sombras e caminhava de modo avaliativo. -- Espero não estar perdendo meu tempo... -- Concluí em pensamento.
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Mensagem por Henri Sollari Ter 02 Ago 2016, 00:45

Off: Olá Rawk ^^ Estou assumindo sua rota! Espero que se divirta o/

Era incrível como alguns segundos podem mudar toda uma história. Segundos estes que foram brevíssimos, mas com sequelas quase que eternas. As luzes, o sentimento de dor, os calafrios, a impotência... as lembranças do dia em que perdera sua mãe eram bem vivas na mente da jovem de cabelos platinados. Os passos seguiam despreocupados pelas ruas úmidas de Erobring. Hora ou outra os pensamentos viajavam nas recordações de seu pai e de como este se comparava àquela cidade. As cobranças dos avós por senti-la estranha ou até mesmo corrompida não afetavam a jovem.

Os passos pararam ao receber uma notificação pelo celular. Um parente... nada muito sério. Mas um presente aguardava a jovem na estação de trem da cidade. Kath levantou o olhar e avistou um casal de purrloins que disputavam restos de comida e acabavam fazendo demasiado barulho. Apesar do Sol já ter encontrado seu ocaso, muitas pessoas ainda transitavam pelas ruas. A maioria caminhava apressada sem ao menos olhar para os lados e perceber a existência de outras pessoas; enquanto outra parte tentava aproveitar o máximo das ruas antes do toque de recolher. A jovem guardou o celular e seguiu caminhando em direção à estação.

Enquanto seguia seu caminho ao lugar que seria o último a receber sua visita antes de deixar a cidade, Katarina sentiu um calafrio subir por sua espinha enquanto começava a parar lentamente. O frio trazido pelo inverno não fora o causador de tal sensação, já que a jovem já estava acostumada com o mesmo. Ao olhar para o lado, um grande templo se erguia de forma majestosa e ameaçadora. A arquitetura do lugar era semelhante à das outras construções da cidade, mas algo ali despertava o medo na maioria das pessoas. Lembranças da mãe surgiam em sua memória despertando uma certa curiosidade sobre o que haveria ali dentro. Decidida, a jovem caminhou para a entrada.

A grande porta de ferro, toda entalhada com imagens de Giratina e pokémons sendo sacrificados, estava apenas encostada como se o próprio lugar a convidasse a entrar. Katarina empurrou a porta lentamente fazendo-a emitir um leve barulho devido à ferrugem em suas dobradiças. O primeiro passo era dado e a atmosfera ali dentro parecia mudar como se diversos olhares a estivessem fitando.

O templo era amplo e pouco iluminado. Diversas velas espalhadas pelas colunas tremulavam ao próprio sabor. Para surpresa da jovem, o templo parecia estar vazio, o que tornava a sensação de ser observada ainda mais estranha. Caminhando um pouco mais para dentro, Kath avistou uma grande pedra de formato paralelepipedal. Sua superfície era escura se comparada ao resto da pedra e aparentava estar assim devido ao sangue que sempre era derramado sobre ele. Um pouco atrás do altar, um cálice dourado com a imagem do rosto de Giratina sustentava o fogo dentro de sim. As chamas tremulavam com mais imponência do que as das velas. Por um breve momento, a jovem acho ter visto o rosto de Giratina no fogo.

― É sagrado o modo como cada um é chamado por ele. ― Uma voz calma surgia por detrás da jovem de passava por ela seguindo em direção ao cálice com o fogo e acendendo um incenso de forte odor. A jovem possuía uma aparência meiga, mas ao mesmo tempo assustadora. Os longos cabelos negros e lisos percorriam seus ombros e caíam pelas costas. Os olhos rubros iam ao encontro dos olhos de Katarina e os fitavam como se lesse sua alma. O silêncio mantido ali sem que ninguém falasse era perturbador. ― Conte-me o que procura...
Henri Sollari
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Mensagem por Hurricane' Ter 02 Ago 2016, 21:10



Não tinha mais como voltar atrás...

Meus olhos iam de encontro aos olhos dela, pareciam disputar qual era o mais rubro dos dois. Ficamos assim por uns instantes, momento em que sua fala ecoava em minha mente e num estalar fazia-me acordar. Eu precisava ser rápida numa resposta, afinal, minha curiosidade foi além do permitido e bem, eu teria que ter algum propósito por ali.

Ela dizia sobre como o chamado dele é sagrado, deduz-se Giratina, claro. Mas eu não tinha certeza se de fato correspondia a essa premissa. Minha mão direita foi de encontro aos óculos que teimavam em deslizar sobre o nariz, ajustava e proferia uma resposta.

-- Soluções. É isso que procuro, mas não sei se estou no caminho certo... -- Disse, um pouco relutante, ocasionalmente dava passos para trás. O que há comigo? Eu não sou de sair correndo ou tremer na base! Existe algo naquela mulher que me deixava completamente sem jeito. Talvez seja aquele cabelo... Lembra muito o da minha mãe. Voltei em mim subitamente; firme. -- Você falou de chamado... Bom, quem sou eu para negar? Mas veja, se de fato foi um chamado, teria 'Ele' algum propósito para mim? -- Dei uma leve pausa na fala, espero não ter soado tão irônico. -- Porque eu já não sei mais onde buscar refúgio...

Concluí, dessa vez mais séria. Tentava manter minhas vistas no alcance da moça, não sabia de sua índole e certamente que as aparências podem enganar.
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Mensagem por Henri Sollari Sáb 06 Ago 2016, 01:36

Katarina não tinha muito certeza se estava ali devido a um suposto chamado como afirmara a estranha jovem. Sem demora, logo afirmava estar atrás de soluções e questionava a mulher sobre o suposto chamado e o propósito que a entidade teria para a vida dela. A própria Kath não sabia, mas seu corpo recuava involuntariamente. Definitivamente, a mera semelhança entre o cabelo da mulher com o de sua mãe já despertava lembranças. A giratinista ouviu tudo sem interromper a fala da jovem. A morena se ajoelhou frente ao altar de sangue e fitou o cálice em chamas.

― Todos buscam respostas, mas são poucos aqueles que possuem a coragem de abraça-las e aceitá-las. Nem sempre o que se procura satisfaz nossas expectativas. Na verdade, na maior parte das ocasiões, as pessoas se frustram. Você pode se perguntar se o erro está nas respostas ou nas próprias pessoas que saíram frustradas. Dependendo de como você se responde a esta pergunta, você saberá que tipo de pessoa você é. ― Por um momento as chamas no cálice tremularam de forma mais intensa e viva. Katarina sentiu algo passar por ela e logo avistou um Claydol parar ao lado da jovem. Hurricane não saberia dizer se o pokémon chegara naquele momento ou estava por ali há algum tempo. ― Quanto ao propósito do senhor do submundo em sua vida, nada posso lhe dizer. Somente você será capaz de descobrir isso. O primeiro passo foi ele quem deu ao chamá-la aqui esta noite. Você pode responder a esse chamado, ao procurar o propósito de estar aqui, ou não. ― A voz macia da jovem era hipnotizante e confortável. Um boneco de pano repousava nas mãos da giratinista e era acariciado de forma quase que reverencial. Com um pronunciar de algumas palavras, que foram inaudíveis para Kath, Claydol usou o psychic no boneco e o levou lentamente até o cálice de fogo deixando-o queimar em seu interior. Por uns milésimos de segundo, as chamas ganharam um aspecto azulado e, mais breve ainda, Katarina podia jurar ter visto o rosto da mãe nas chamas. Mas tudo ali era incerto. O odor forte do incenso, o silêncio do cair da tarde, o tremular das chamas, a voz macia da giratinista... o ambiente parecia favorecer a imaginação de coisas.
Henri Sollari
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Mensagem por Hurricane' Sáb 06 Ago 2016, 22:14

Tudo parecia correr de modo tão melancólico... Talvez aquele ambiente estivesse me inspirando a ter pensamentos quase oníricos. A fala da mulher soava como uma flauta doce, somado aos mistérios do momento, fazia o mesmo calafrio anterior voltar. Fiquei tentada a despertar, por um instante voltei minha face para o chão buscando uma resposta prática em minha mente. Poderia 'Ele' trazer a minha mãe de volta? Afinal, ela era sua devota... Frequentava o templo e assim. E se o sumiço dela fosse uma chave para que eu entrasse nesse caminho?

-- Que coisa! -- Sussurrei baixo para mim. Não que houvesse algum mistério nisso, mas as peças meio que se encaixavam. Voltei-me para a moça de cabelos negros, tentava desviar meu olhar daquela chama no cálice. -- Pode parecer devaneio meu, mas já fiz tudo o que estava ao meu alcance. De toda a ajuda que pude ter, não recorri a espiritual. Talvez... -- Dava novamente uma pausa na minha fala. Respirava fundo. -- Talvez eu devesse dar a chance a este 'chamado'. Nada é por acaso... Se 'Ele' for o meu guia para achar a minha mãe, que era sua devota, então estou disposta a entregar-me ao seu caminho.

Minha fala foi mais firme no final. Eu de fato estava disposta. Minhas mãos cerradas em punhos estavam tão firmes quanto minhas palavras. Aproximava-me da mulher agora sem receios.

-- Me diga, como posso provar o meu valor? O que devo fazer para ser aceita? -- Disse, um pouco ansiosa e desesperada -- Eu sou capaz de tudo para que ele possa me ajudar a encontrar minha mãe.
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Mensagem por Henri Sollari Ter 09 Ago 2016, 10:31

Todo aquele clima despertava pensamentos fantasiosos e certos calafrios. Kath se questionava sobre a capacidade de Giratina em ajudá-la com sua mãe. A resposta parecia se óbvia já que a mulher que desaparecera era serva de tal entidade. Mas ao mesmo tempo, nada ali parecia trazer a certeza e segurança de nada. Ao final de tudo, uma busca daria lugar a outra. A giratinista ouvia as palavras da jovem, mas continuava com o olhar fixo no cálice.

― Giratina irá provar o seu valor. ― A voz da mulher continuava calma e serena em contraste a voz ansiosa e desesperada de Katarina. Os olhos de Claydol adquiriram um tom azul e uma pokébola surgiu flutuando à frente de Kath. ― “Em uma noite escura, de amor e vivas ânsias inflamadas. Oh! Ditosa ventura! Saí sem ser notada. Já estando minha casa sossegada. Buscando meus amores, irei até onde a vida é encerrada.” ― As palavras proferidas pela mulher soavam quase como um canto devido ao seu ritmo. Era estranho aquele uso de palavras de forma tão inesperada e sem saber qual seria o motivo ou seu uso. A esfera bicolor ainda flutuava diante a jovem Hurricane quando ouviu a mulher mais uma vez. ― Agora vá e retorne com a resposta.
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Mensagem por Hurricane' Ter 09 Ago 2016, 22:54

[Kath] - A Luz e a Escuridão FDy1wSL Minha reação após resolver a charada...



Meu coração estava acelerado. Aquela mulher... Aquele Pokémon misterioso... Tudo parecia tão instigante. Deu meu último suspiro, o necessário para que meu coração se acalmasse. Estendi minha mão e agarrei a esfera bicolor que estava a minha frente; assenti com a cabeça e retirei-me do templo sem mais palavras.

Enquanto caminhava pela rua, meu olhar refletia na Pokéball que segurava um tanto receosa, ele estava num tamanho pequeno e para ativá-lo seria necessário acionar um botão. Mas por hora preferi mantê-lo escondido entre meus seios, é o mais seguro no momento, ainda mais com todo o holocausto que o mundo se encontra. Sim... Eu percebo o mundo ao meu redor, ainda que esteja 90% mais preocupada com o 'meu' mundo.

-- Respostas... -- Proferi, imaginando como as conseguiria. Talvez tudo o que aquela moça dissera fosse uma grande metáfora. Em algum momento eu precisaria confiar 100% em suas palavras, e no chamado de Giratina, mas a garantia disso seria encontrar-me neste caminho. Levei minha mão ao queixo enquanto caminhava pela calçada. Os dizeres da sacerdotisa ecoavam em minha mente, fazia-me lembrar dos provérbios que minha avó dizia. Parei por um momento.

-- Uma charada! -- Disse, com um sorriso fraco. Minha mente trabalhava a mil para descobrir a resposta dessa questão. Analisar os fatos e as entre linhas nunca foram um problema para mim, visto que desde muito jovem a única coisa que venho buscando são: Respostas. Tentava me concentrar no único 'eu' ativo, essa Katarina que possui habilidades dedutivas tão frequentes e que não age pela emoção. Quando dei por mim, já estava na Rua Lapras. Eu podia muito bem seguir direto e ir para a Estação de Trem buscar minha encomenda, no entanto, meu corpo e minha mente trabalhavam na dedução daquela charada. Desloquei-me para o sul encostando num dos poucos postes mal distribuídos pela cidade. A luz era até forte, uma coisa tão incomum por aqui.

-- Onde a vida se encerra... -- Fitei o horizonte ao sul da Rua Lapras. Neste exato momento a minha mente clareava tão forte quanto a luz que estava sobre mim. Sorri orgulhosa dessa vez e comecei a dar meus primeiros passos em direção ao...

-- Cemitério!

Vejamos o que Giratina está tramando...
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Mensagem por Henri Sollari Qua 10 Ago 2016, 09:58

Off: Meme da Gretchen <3 Melhor reação ever )o)

Katarina alcançou a pokébola que levitava à sua frente e deixou o templo munindo do enigma dado pela sacerdotisa. Ao invés de respostas, a jovem encontrara mais questionamentos. Os passos eram dados de forma esporádica pelas ruas de Erobring. A esfera fora guardada entre os seios da jovem para não atrair pequenos ladrões ou cadetes enxeridos. Kath seguia pensando em tudo o que ouvira da mulher no templo e, por mais que aquelas palavras soassem fantasiosas ou metafóricas, eram a única coisa em que a jovem podia se agarrar no momento.

A mente trabalhava para resolver o enigma. A mensagem parecia se referir a algum lugar o onde deveria ir. Desse modo, a resposta do enigma era fundamental para continuar suas buscas. Encostada a um dos poucos postes da cidade, a jovem repassava o verso em sua mente e analisava as possibilidades de forma dedutiva. A resposta talvez fora dada pelo próprio Giratina que a guiou até ali. Ao levantar o olhar, viu o cemitério da cidade. O cemitério, e tudo o que ele representa, tinha muita relação com a última parte da charada. “Buscando meus amores, irei até onde a vida é encerrada.” Convicta de ter encontrado a resposta, a jovem seguiu para o cemitério.

O lugar era silencioso. O movimento dos vivos ali era raro, mas era possível ver alguns idosos prestando seus respeitos aos entes queridos. Os túmulos se estendiam por uma longa distância. Alguns jazigos de pedra se erguiam de forma imperiosa e assustadora. Uma leve neblina ficava próxima ao chão e o frio era mais intenso. Katarina caminhava por entre os túmulos olhando aos arredores e imaginando o que deveria fazer ali. O enigma não dizia mais nada além do local onde deveria ir.

Katarina parou próxima a um túmulo de mármore e olhou ao redor em busca de algum sinal de Giratina. Um pouco mais à frente, um homem um pouco mais velho estava caminhando lentamente empurrando um carrinho de compras velho repleto de quinquilharias. Pelo lado esquerdo, um jazigo de mármore negro, e maior que os outros ali presentes, muito bem trabalhado com detalhes em dourado parecia estar com a entrada ligeiramente aberta. À direita, um grande sabugueiro de quase onze metros de altura se erguia e exibia seus galhos já sem as flores de outrora. Abaixo dele, alguns pokémons brincavam entre si. Três possibilidades de iniciar suas buscas estava diante da jovem.
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Mensagem por Hurricane' Qua 10 Ago 2016, 21:52



Honestamente, não sei como seria o tal "sinal de Giratina". Talvez fosse algo mais metafórico que a própria charada da moça no Templo. Talvez não seja algo a ser esperado, como uma encomenda por exemplo. Fitava aquele ambiente um tanto sombrio, algumas possibilidades pareciam surgir a minha frente. Mas pra que? Por que fui enviada pra cá? Qual a minha missão aqui? Bom, estava na hora de obter respostas na marra.

Aquele velho senhor passando mais a frente me despertava curiosidade, talvez não mais do que o jazigo semi aberto próximo dali. Saí de onde estava e fui em direção ao velho só para colher algumas informações. Lógico que eu não sabia se adiantaria ou não, mas arriscar era crucial.

-- Com licença. Senhor, Boa noite. Poderia me dar uma informação? -- Indaguei com meu semblante vago. Apontei para o jazigo luxuoso e complementei: -- Tu sabes quem jaz naquele túmulo?

Existia algum motivo para aquele túmulo estar daquele jeito. Pode ser que seja pelo fato dele ser luxuoso perante aos demais. Talvez se eu souber quem jaz ali, possa constatar alguma coisa. Mas minha curiosidade ia muito além daquele túmulo.
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Mensagem por Henri Sollari Qui 11 Ago 2016, 09:40

Katarina analisou as opções que se descortinavam e optou por seguir em direção ao homem com o seu carrinho enferrujado. O homem trajava roupas velhas e muito desgastadas. Uma longa barba desgrenhada cobria seu rosto. Um gorro laranja e velho ocultava seus cabelos e protegia sua cabeça e orelhas do frio. O carrinho enferrujado estava repleto de coisas velhas e aleatórias: pedaços de papelão e metal, tecidos velhos, alguns eletrodomésticos velhos e alguns livros. Dentre eles, a jovem conseguiu identificar parte do título.

título do livro escreveu:Sob ... olh... de ...tin...

No demais, o homem parecia ser um morador de rua. Ao ouvir a pergunta da jovem, ele olhou para o jazigo e abriu um sorriso bem aberto e contente pela curiosidade da jovem.

― É raro jovens como você se interessarem pelos antepassados... ― A voz era um pouco esganiçada e engraçada. ― Aquele lugar ali ― apontava para o jazigo com o olhar ― pertence a uma família muito conhecida aqui em Erobring: os Havelle. ― Subitamente, o homem mudava o tom de voz em uma tentativa um pouco falha de trazer mistério ao caso que iria contar. ― A filha deles foi desaparecida e, dizem as más línguas, que ficou louca devido a algo que ocorreu na floresta negra. A jovem não parecia não ter sentimentos, emoções, vida. Coisa estranha, viu! Mas é uma moça muito bonita. Dizem que ela voltou para casa e já está bem, mas eu ainda não vi, então não posso confirmar nada. Sabe o que eu acho? Que tudo isso é castigo porque a jovem se entregou pra servir aquela seita estranha. ― O homem olhava para cima meio pensativo como se quisesse lembrar o nome da seita. ― GIRATINA! É isso! Lembrei! Pois é... acho que é castigo de Arceus. Agora, ― falou cochichando ― não imagino porque aquele jazigo está aberto. Se eu fosse você, iria pra casa. Se tiver alguma coisinha para comer, eu aceito também.
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Mensagem por Hurricane' Qui 11 Ago 2016, 19:16

Todo o relato daquele velho soava-me muito familiar. No exato momento minhas pupilas expandiam-se conforme meu coração acelerava. Nessa hora meu interior só queria segurar aquele homem à força contra a parede e fazê-lo confessar tudo o que sabe, mas do que ia adiantar? Seria até grosseria de minha parte, afinal, ele nada tem a ver com isso. Essa mesma parte de mim calava-se e parecia não apreciar a minha calma. Meus punhos antes cerrados, relaxavam.

Respira...

-- Castigo? -- Disse, vaga, enrolando uma mecha de cabelo rente a face. -- Já pensou na possibilidade de Giratina tê-la salvado? E como dívida, ela entregou-se a sua palavra? ... -- Fazia uma pausa e suspirava. -- É comum as pessoas condenarem o que não conhecem. Enfim, cada um com a sua forma de pensar, não é mesmo?

Não me reconheci, admito. Por toda a minha vida nunca pendi para religiões, mas naquele momento eu estava defendendo uma ideologia que acabara de conhecer. Sou leiga ainda, pouco sei a respeito... mas seria aquela uma outra forma de Giratina se manifestar? Seria um sinal de que estou no caminho certo? Pela primeira vez os questionamentos deixavam-me esperançosa. Não foi por acaso que vim aqui, encontrei este velho senhor, e ele me veio com um conto semelhante ao que aconteceu com minha mãe. Em Giratina nada é por acaso!

Suspira...

-- Me diga, estais faminto, certo? Penso que poderia dar de comer pra ti. Mas com algumas poucas condições. -- Apontava o livro de modo a deixar evidente meu interesse. -- Troco alimento por este livro. O que me diz?

Caso ele viesse a aceitar, pediria que o mesmo esperasse um pouco na entrada do cemitério, logo acompanharia-o até minha casa. Neste meio tempo, tentaria averiguar qual é a do jazigo semi aberto.
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Henri Sollari Sex 12 Ago 2016, 10:21

Katarina ouvia atentamente as palavras do homem. As informações vindas dele pareciam verídicas pois o caso da menina Havelle era cochichado pelas pessoas. O desejo da jovem era o de pressioná-lo para que contasse mais, mas Kath repudiava tal pensamento por ser grosseria de sua parte. Ela relaxava e começava a dar uma outra visão à situação apresentada pelo homem. Ele apenas fez uma expressão confusa, talvez por não ter o costume de ver pessoas defendendo o lado de Giratina.

A própria Katarina não se reconhecia ao se ver defendendo uma religião que acabara de conhecer. Talvez a própria entidade tenha colocado no coração da jovem tal sentimento. Uma faísca de esperança surgia na mente da jovem.

Ao oferecer a troca do livro por um prato de comida, o homem abriu um sorriso largo revelando a falta de alguns dentes. Sem ao menos pensar na resposta, ele lançou mão do livro e o entregou à jovem dizendo que “esse troço estava aí sem nem ter percebido”. Com a troca parcialmente efetuada, o homem seguiu empurrando o carrinho para fora do cemitério. Katarina virou o livro e leu o título completo. O coração parecia ter sido envolvido por um calor semelhante ao efeito do vinho. Tudo parecia estar se encaixando aos poucos.

Título do livro escreveu:Sob o olhar de Giratinha

Ao manusear melhor o livro, percebeu que o mesmo era muito antigo devido às suas amareladas e praticamente todas estavam soltas. Folheando, encontrou uma página que parecia conter outro enigma. O enigma possuía duas estrofes, mas Katarina conseguiu ler apenas a primeira, pois, antes que pudesse ler a segunda, um vento forte passou pela jovem e arrancou boa parte das folhas, dentre elas a que chamara a atenção da jovem. As folhas foram sendo arrastadas pelo vento, mas a atenção de Katarina estava naquela em particular. A folha passou pela fresta do jazigo ficando fora do alcance da visão da jovem.

Primeira Estrofe escreveu:
Entrou, enfim, a Esposa
No porto ameno por ela desejado
E a seu sabor repousa,
O colo reclinado
Sobre os braços dulcíssimos do Amado.
Henri Sollari
Henri Sollari


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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Hurricane' Sex 12 Ago 2016, 18:57

[Kath] - A Luz e a Escuridão B4c793baebad010271ad207599803f067ac615fdc241be691d572229f939eb72
Mais um enigma... Hmmmm



O velho aceitava a minha proposta sem pestanejar. Após entregar-me o livro, foi para a entrada do cemitério para me esperar. Felizmente o livro tinha alguma relação com Giratina, como suspeitei... no entanto, não consegui ler tudo o que podia, pois o vento carregava as páginas velhas, mantinha-me centrada numa página específica que por ventura entrava na fresta do jazigo. Dirigi-me até ele.

O fato é que aquela parte soava como um enigma, instigando-me a decifrá-lo. Precisava ver as duas estrofes completas. Ao chegar diante do jazigo, olhava para os lados, retirava a Pokeball de meus seios e acionava a mesma.

-- Vejamos quem cá está. -- Proferi, liberando a criatura do interior da esfera. Quem quer que fosse, seria útil para me ajudar a empurrar a entrada, pois sozinha não sei se conseguirei.
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Henri Sollari Sáb 13 Ago 2016, 18:24

Off: Giratina também é cultura XD
Off²: Baltoy está no lvl 8. Pode checar os moves na shinkidex ;D

Katarina se via diante de outro enigma, só que incompleto. A jovem já pretendia investigar o jazigo. O fato de uma página do livro ter entrado em seu interior era apenas mais um motivador. Parada diante a entrada da construção, a jovem se certificou se realmente estava sozinha ali e retirou a esfera bicolor de entre seus seios. A esfera dobrou de tamanho e emitiu uma luz rubra liberando um pokémon. Baltoy se curvava levemente cumprimentando a jovem. Ao perceber o que ela queria, os olhos do pokémon ganharam uma tonalidade azul clara e logo a porta à sua frente era aberta através dos poderes psíquicos. Realmente ele se mostrara útil para a jovem.

Kath adentrou o jazigo com cautela. O lugar estava escuro ganhando um pouco de iluminação graças ao luar. O interior do jazigo era igualmente belo e luxuoso. As paredes eram repletas de “gavetas” onde se encontravam os ancestrais da família. No centro do jazigo, um túmulo em mármore negro se destacava. Devido à escuridão, não era possível distinguir o nome, mas não parecia ser algo relevante. Katarina procurou pelo chão e não encontrou folha alguma. Baltoy chamou pela sua provisória dona e apontou para o chão do lado direito do túmulo. Era possível perceber marcas no chão como se algo pesado fora empurrado para o lado. Investigando um pouco mais, viu que debaixo do túmulo havia um espaço onde facilmente a folha poderia ter entrado.

Mais uma vez as habilidades psíquicas de Baltoy eram de grande utilidade preservando a jovem de ter que usar de força ali. O grande túmulo fora empurrado para o lado revelando escadas que levavam para o subterrâneo. A princípio, era meio desconfortável imaginar descer escadas que pareciam guiar somente às trevas. Baltoy não esperou pela decisão da jovem e desceu as escadas. Talvez não houvesse mal algum em descer aquelas escadas, já que o próprio Giratina a guiara até ali. Quando deu o primeiro passo para descer o primeiro degrau, Baltoy já retornava com um pedaço de papel em mãos.
Segunda Estrofe escreveu:
Sob o pé do sabugueiro,
Ali, comigo foste desposada
Ali te dei a mão,
E foste renovada
Onde a primeira mãe foi violada.
Henri Sollari
Henri Sollari


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Mensagem por Hurricane' Sáb 13 Ago 2016, 22:06

Off: Malz o post pequeno x.x



Baltoy, o pokémon que me foi entregue para guiar-me nessa primeira etapa da aceitação, mostrou-se bastante útil ajudando-me com suas habilidades psíquicas. Graças a ele consegui reaver a página antes perdida, e também aliviar a curiosidade do que havia naquele mausoléu. Juntava as duas estrofes e começava a pensar sobre do que se tratava aquela charada.

-- Talvez o sabugueiro lá fora... -- Sugeri a mim mesma. Logo fitei as escadas e imaginei se não seria proveitoso investigar mais a fundo aquele ambiente. Assim, acompanhada de Baltoy, guardei as páginas em minha bolsa, e desci as escadas para averiguar onde isso ia dar.
Hurricane'
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Mensagem por Henri Sollari Ter 16 Ago 2016, 11:03

Off: Sem problemas ^^
Off²: Desculpa e demora =x


qui, 7h20

Com a segunda parte da estrofe em mãos, a jovem começava a tentar interpretar o novo enigma. A vista do sabugueiro do lado de fora, era um convite à investigação, mas, naquele exato momento, o novo lugar que era revelado a Katarina pelas escadas, era muito convidativo. Curiosa para explorar o novo local, a jovem desceu as escadas.

O subsolo do jazigo estava completamente tomado pelas trevas. Baltoy seguiu a aspirante e localizou um candelabro para ela. Katarina pegou um fósforo e acendeu as velas. Com o lugar parcialmente iluminado, ela pode identificar que o subsolo eram catacumbas. Diversos túmulos se estendiam lado a lado, mas, devido talvez à sua antiguidade, era impossível identificar os caracteres talhados neles. Levantando o candelabro para iluminar mais à frente, a jovem viu um túnel que parecia se estender quilômetros adentro. Acima do túnel havia uma imagem bem rústica que se assemelhava ao rosto de Giratina, mas era difícil ter a absoluta certeza. Acima da imagem, havia uma inscrição um pouco legível.

Inscrição escreveu:
Da morte à vida

Caberia à jovem decidir o que faria primeiro: investigar o sabugueiro ou o túnel.
Henri Sollari
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Mensagem por Hurricane' Ter 16 Ago 2016, 20:53

O candelabro fornecia-me luminosidade para o caminho. A cada passo o ambiente ficava ainda mais sombrio, no entanto, eu não tenho medo. Baltoy também não parecia temer, sempre tomava a dianteira.

Fiquei um tanto instigada com todo aquele clima. Tudo bem que há registros de Giratina por aqui, o que me leva a deduzir de que aparentemente toda a família Havelle fosse/seja Giratinista? Bom, o túnel revelado deixava-me ainda mais curiosa, não hesitei em começar a explorá-lo segurando bem o candelabro e estando atenta a tudo, tanto que avanço em passos lentos.

-- Baltoy, faça a guarda por favor. Não hesite em atacar quem nos ameaçar.
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Mensagem por Henri Sollari Qui 18 Ago 2016, 15:13

qui, 20h20

Ao analisar a catacumba, Katarina criava hipóteses sobre o perfil da família Havelle. Porém, era difícil afirmar se a família tinha ligação direta com aquele local, ou se ele já existia antes da criação do jazigo. Ao final, tudo não passava de meras especulações. O túnel que se estendia até se perder de vista (ou as próprias trevas ocultarem o que tinha mais à frente) despertava o interesse da garota. Decidida no próximo passo que faria, rumou túnel adentro.

A largura do túnel era pouca, sendo por vezes bem apertado e outras vezes largo. As paredes eram todas escavadas na própria terra, mas a presença de rochas era constante. Ainda nas paredes, a aspirante conseguiu notar algumas peculiaridades. Crânios de pokémons e pessoas ajudavam a constituir a “parede”. Durante quase 1 quilômetro, as paredes eram compostas basicamente pelos crânios.

Baltoy seguia a jovem silenciosamente. A luz das velas tremulava criando diversas sombras randômicas. Katarina já perdera a conta de quanto tempo seguia pelo túnel e nunca chegava a lugar nenhum. O desejo de retornar só não era executado devido à suposição de sempre achar que só faltava mais um pouco.

Por fim, a jovem chegou ao fim do túnel. Diante de si, alguns ferros simulavam uma espécie de degraus improvisados. Ao olhar para cima, viu que os “degraus” a levariam de volta à superfície através de uma pequena porta de madeira. Baltoy “segurou” o candelabro com seu CONFUSION para que as mãos da jovem estivessem livres para segurá-lo e subir ao mesmo tempo.

Assim que abriu a portinhola, a garota viu-se em uma espécie de biblioteca. O lugar era muito bem organizado e estava completamente vazio. A arquitetura do lugar lembrava a de um templo, mais precisamente lembrava a Igreja de Arceus. Katarina se aproximou das estantes e checou alguns títulos. Em sua grande maioria eram livros religiosos, o que reforçava a teoria de estar na Igreja de Arceus.

A jovem começou a procurar algo útil por ali, mas um livro aberto sobre a mesa chamou a atenção. Na página da esquerda havia estampado uma bela imagem de um sabugueiro robusto e em flor. Na página ao lado havia algumas instruções para os iniciantes na vida religiosa.

Livro escreveu:
É de suma importância, àquele que deseja ser iniciado, ser conhecedor da palavra do Onipotente Arceus. Seu livro Sagrado deve ser a bússola do religioso fiel. Mas não basta o conhecimento. A vida do religioso deve ser um sacrifício de louvor que sempre será levantado através da oração.

Desta vez não se tratava de um enigma, mas de algo bem diretivo. Porém, mais uma vez Giratina a guiava até ali, até aquelas palavras. Quando fechou o livro, viu que se tratava do próprio livro Sagrado. Seria aquela a resposta que a sacerdotisa estava esperando? Levar o livro com aquela passagem a ela?
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Mensagem por Hurricane' Seg 22 Ago 2016, 17:22

Aquele extenso corredor sombrio finalmente dava em algum lugar, no entanto, não era bem o que eu esperava. Na verdade fiquei bastante surpresa com a descoberta... Eu estava na Igreja de Arceus, e não seria nada agradável que um de seus fieis viesse a me perceber aqui dentro. Tinha que ser rápida.

Aquele livro sagrado me dava rápidas lembranças do que a sacerdotisa proferiu. Giratina me guiou até ali, então existe um propósito! Sinalizei com a mão para que Baltoy usasse suas habilidades psíquicas e conduzisse o livro até a passagem que dava ao corredor por onde viemos. Normalmente eu ficaria para investigar mais, dar uma olhada nos demais livros... mas meu sexto sentido sugeria uma fuga precisa.

"Pensando bem... Tem alguma coisa estranha acontecendo aqui. O jazigo estava entreaberto, tal como a passagem oculta pelo túmulo. Alguém já teria passado por aqui antes de mim?"

Imaginei. Enfim, voltava ao foco que era roubar o livro sagrado e sair sem fazer barulho. Caso algo desse errado, ou alguém nos descobrisse, novamente daria voz de comando a Baltoy. Não quero ninguém no meu caminho.
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Mensagem por Henri Sollari Ter 23 Ago 2016, 11:47

Off: Pergunta oficial: qual será seu inicial?

qui, 21h00

Percebendo-se na Igreja de Arceus, a jovem sabia que teria problemas se fosse pega por algum seguidor. O livro sagrado relembrava as palavras as palavras da sacerdotisa e confirmavam que Giratina a estava guiando todo esse tempo. Pegando o livro e deixando-o sob os cuidados de Baltoy, a jovem desejava investigar mais os livros ali presentes, porém, sua intuição a aconselhava a se retirar o quanto antes. Seguindo Baltoy, a jovem refez todo o caminho do túnel de volta ao cemitério e de volta ao templo.

Assim que adentrou o templo, avistou a sacerdotisa conversando com outro jovem que parecia buscar respostas assim como Katarina, porém, em suas mãos, estavam um mesmo exemplar do livro Sagrado que ela havia encontrado. Assim que percebeu a presença da aspirante, a sacerdotisa fez um sinal com o olhar para que ela se aproximasse. Recebendo o livro em mãos, a mulher o tocava com certa reverência e devoção. Folheou e abriu em uma página específica.

― “A vida do religioso deve ser um sacrifício de louvor que sempre será levantado através da oração.” ― As palavras eram as mesmas que outrora a jovem havia encontrado aberto na Igreja. ― Os seguidores, fracos de fé que são, acreditam que esse sacrifício de louvor são suas orações silenciosas e sem efeito. Para nós, minha criança, esse sacrifício é ação, é concreto. Giratina lhe guiou até este livro e agora falta apenas o objeto de seu batismo. Vá ao fundo do templo e procure por uma alma pura, sem a mancha da iniquidade, e o traga como sua oferta. Ryukku também lhe acompanhará. Assim como você, ele é um escolhido.

O jovem mirou nos olhos de Katarina e assentiu com a cabeça. Com o mesmo objetivo, os jovens partiram para o fundo do templo. O lugar era uma espécie de um grande quintal com uma grama bem cortada. Para surpresa da jovem, ou não, ali estava presente um grande sabugueiro estendendo de forma imponente seus galhos.

― Você tem alguma ideia do que estamos procurando? ― Ryukku olhou para a jovem e logo fez uma análise do campo à sua frente.

Katarina também analisava o quintal e observou dois objetos arredondados aos pés do sabugueiro.
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Mensagem por Hurricane' Ter 23 Ago 2016, 19:06

Off: Ai, desculpe estar tão decrescente em criatividade nos últimos dias, é o estresse x.x E meu inicial será Ekans ^^



Após pegar o livro sagrado e refazer todo o trajeto, voltei ao Templo com o pertence em mãos e entreguei o mesmo a sacerdotisa. Para a minha surpresa eu não era a única iniciante ali, havia um outro rapaz cujo único cumprimento que dei foi assentir a minha cabeça positivamente. O próximo passo foi explicado por ela, uma alma pura devia ser trazida como oferta, mas antes foi nos aconselhado a ir para os fundos do Templo.

"-- Terei que atuar junto a ele mesmo? --" Pensei. Mal o conhecia, mas talvez essa experiência social fizesse parte do teste. Não custava fazer esforço, se é para conseguir minha admissão, vai valer a pena! Assim, seguimos juntos para os fundos do templo que revelava-se um enorme quintal onde curiosamente há um sabugueiro.

Por falar nisso...

Lembrei-me que não cheguei a avaliar o sabugueiro do cemitério, aquela árvore imponente me parecia tão convidativa, no entanto, minha pressa em fugir daquele ambiente fez com que eu o deixasse para trás. Do mesmo modo foi o velho, não o vi na entrada do cemitério como pedi, acho que o fiz esperar demais...

-- Logo vamos descobrir -- Respondi ao jovem, andando para a direção do sabugueiro onde nos pés do mesmo haviam dois objetos redondos. -- Acredito que um destes seja seu. Escolha.

Fui precisa em pegar a esfera da direita. Frente ao rapaz eu estava sendo a mesma de sempre, só que um pouco mais reservada. Espero estar parecendo simpática para ele, pois fingir não é um de meus predicados. Enfim, após cada um estar com o objeto escolhido, sugeri que nos separássemos para avaliar cada canto. Começava a suspeitar sobre a questão da "alma pura", ligando os pontos entre a esfera recentemente coletada e o sangue anteriormente visto no altar, presume-se que seja algum pokémon. Num lugar como este, não há como alguma espécie estar sucumbida de impurezas.
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Henri Sollari Qua 24 Ago 2016, 10:01

Off: Não tenho do que reclamar de seus posts ^^

21h30

Os dois jovens seguiram até os pés do sabugueiro onde conseguiram identificar os dois objetos esféricos. De perto, eles não estavam mais para um formato oval. Katarina pode ver que se tratavam de dois ovos. A jovem pegou o da direita enquanto o da esquerda ficara com Ryukku. Eles não podiam saber por quanto tempo aqueles ovos estavam ali ou quando eles chocariam. Ainda questionando sobre o enigma da sacerdotisa, era pouco inviável sacrificar um ovo ou encontrar uma alma pura naquele lugar.

Os aspirantes se dividiram e começaram a procurar algo de útil no extenso quintal. O frio aumentava enquanto o tempo avançava. Alguns minutos passaram e nada de útil fora encontrado ali. Ryukku se aproximou de Katarina um pouco frustrado.

― Quer saber? Vou entrar... está frio aqui fora e não encontramos nada de útil. Apenas esses estúpidos ovos.

O jovem mal terminara de falar e os ovos começavam a emitir um intenso brilho. Aos poucos, as cascas iam se quebrando. Diante os olhos dos jovens dois pokémons surgiam. Nos braços de Katarina, um recém-nascido Plusle olhava para ela com curiosidade logo começando a sorrir imaginando ser ela a sua mão. Ryukku segurava em suas mãos um Minun que igualmente tentava abraçá-lo.
Spoiler:
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Hurricane' Sáb 27 Ago 2016, 19:09

O frio vinha depressa e fazia a busca dos dois ser cessada. Aparentemente não havia nada que correspondesse aos ditos da sacerdotisa, talvez fossem aqueles dois ovos que segurávamos. E bem, não demorou muito para que eles eclodissem em simultâneo aos resmungos de Ryukku.

Um pokémon rato elétrico jazia em meus braços oriundo do ovo. O mesmo com o rapaz, só que de uma espécie diferente.

-- Mas é claro... -- Segurei o bicho pelas duas orelhas, ignorando a sua feição carismática. Ajustei meus óculos na face e bati minha mão na roupa para limpar os pelos do animal. -- Não vê, talvez essas duas criaturas sejam a alma pura que ela busca. O que significa que... -- Parei um instante para refletir, deduzia se aqueles bichos seriam sacrificados em nome de Giratina. Não que eu fosse contra a prática, é que não estava familiarizada para tal. Talvez até seja difícil me acostumar, mas se era o necessário, faria-o com todo o meu fervor.

-- Vamos entrar e apresentá-los a ela. -- Sugeri, voltando para a entrada, segurando o roedor pelas orelhas.
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Henri Sollari Seg 29 Ago 2016, 11:23

Off: Sorteio Ficha sendo atualizada

qui, 22h20

Assim que os ovos chocavam, Katarina percebia a resposta ao enigma. Segurando o roedor pelas orelhas, a jovem observava a alma pura de um recém-nascido. Plusle sorria para a jovem e mexia os bracinhos tentando abraçar sua “mãe”, mas era inútil. Segundo o raciocínio da jovem, a dupla de roedores seriam a oferta a ser sacrificada a Giratina. Ryukku seguiu o mesmo pensamento de Kath e consentiu com a cabeça. Convictos de terem achado o que a sacerdotisa queria, seguiram de volta ao templo.

Assim que entraram, deram de cara com a mulher que os esperava logo na entrada. A sacerdotisa analisou os dois espécimes nas mãos dos jovens e confirmou com a cabeça ser aquilo o que procurava. A mulher pegou as duas oferendas e informou que os dois jovens deveriam se dirigir aos quartos presentes no corredor da direita, pois o batismo seria preparado.

Os jovens foram guiados por uma giratinista até o dito corredor onde cada um foi deixado em um quarto. O quarto era simples: uma cama, uma escrivaninha com sua cadeira, uma poltrona e um banheiro. Sobre a cama, alguns itens chamaram a atenção da jovem: uma capa preta com capuz e um atame ritualístico. Era hora de se arrumar. Um banho seria bem-vindo após as caminhadas que fizera pela cidade e, além do mais, Katarina iria passar por um grande rito de passagem.

Depois de alguns minutos de espera, alguém batia à porta. A sacerdotisa se fazia presente sendo acompanhada por Ryukku que já trajava a capa e segura o atame em mãos. Em silêncio, seguiam em procissão.

Os aspirantes e a sacerdotisa entram no templo, onde outros Giratinistas já esperam. Suas faces estão cobertas pelo capuz do manto negro como a noite sem estrelas. Cinco pedras grandes e altas demais para serem movidas por mãos humanas estão localizadas cada uma na ponta de um gigantesco pentagrama desenhado no chão. No centro do mesmo, uma pedra escurecida e manchada de vermelho tem o Plusle e o Minum amarrados. Os rostos dos pequeninos demonstram medo quando a sacerdotisa inicia uma estranha canção em um idioma. Os outros sacerdotes repetem a estranha oração, mas a voz da sacerdotisa se sobressai às demais. Katarina e Ryukku se aproximam portando o atame ritualístico em mãos. Os pokémon que está sendo oferecido olha uma última vez para aqueles que querem ser giratinistas. A lâmina sobe. A luz das tochas, única fonte de iluminação, reflete no aço cruel. A lâmina desce e a música cessa. Sangue fresco escorre pela pedra.

― Muito bem. ― Diz a sacerdotisa com as mãos nos ombros dos aspirantes. ― Giratina ficará satisfeito com suas oferendas.

Dois outro pokémon, uma Ekans e um Stunky, se aproximam dos aspirantes, tocando-lhes a mão. Estavam prontos para partir. Não mais aspirantes, os novos Giratinistas ganharam seu lugar no grupo e tiveram o direito de portar aquele ao seu lado reconhecido pelos demais e aptos a espalharem no mundo o caos que é o berço de Arceus. Dada a hora e ao toque de recolher, poderiam optar por passar a noite no templo.
Henri Sollari
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

Mensagem por Alice Qui 20 Out 2016, 17:38

Rota bloqueada por inatividade.
Em caso de retorno, poste em pedidos solicitando a reabertura.
Alice
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[Kath] - A Luz e a Escuridão Empty Re: [Kath] - A Luz e a Escuridão

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