Paciente 751: Tsukihime Yoruichi

Desde que Tsukihime chegou a cidade, o clima perpetuava sem grandes oscilações, dias nublados e gélidos, com pouco vento ou chuva, indicavam que o inverno estava em seu ápice.

A rotina da cidade não era segredo para ninguém passasse mais de um dia ali, poucas pessoas caminhavam pelas ruas e aquelas que o faziam aparentavam ser frias e distantes. Todo o comércio parecia morto, as poucas lojas que permaneciam abertas pareciam não possuir freguês, era difícil imaginar como uma cidade assim conseguia se sustentar. Mais difícil ainda era pensar no motivo pelo qual o antigo grupo de Tsukihime teria deixado-a ali, talvez eles tivessem julgado a pacatez da cidade um bom lugar para se começar, ou quiça eles vislumbravam algo que a aspirante a gangster ainda viria a entender.

Independente do que a aguardava, Tsukihime começava a se sentir contaminada pela aura de soçobro. As poucas coisas que conseguiam trazer um pouco de ânimo ao local eram os pokémons e algumas paisagens bonitas. Ainda assim a cidade parecia estar constantemente convidando-a a se retirar.

Com pressa de sair dali e acreditando ter informações suficientes para saber por onde deveria começar, Tsukihime adentrava no Hotel Kazumi, gritando sem cautela ou pudor em busca de um gangster que pudesse ajudá-la.

O hotel assim como o restante da cidade estava sem movimento algum, não havia uma vivalma sequer, se não a do recepcionista. Um jovem de cabelos negro-fosco e olho azul, trajando um terno verde e um tapa-olho em seu olho direito. Ele olhava com expressão série e estática para a jovem que gritava no saguão de seu hotel. Era difícil de dizer se expressão dele indicava repreensão pela atitude de Tsukihime, ou se ele apenas incorporava o espírito da cidade em si.

O recepcionista não dava indícios de que sairia de trás de seu balcão para dar qualquer tipo de informações para a jovem.

Tsukihime logo perdia um pouco do entusiasmo que tinha ao ver que sua entrada triunfal não surtiu o efeito desejado. Ela agora se direcionava ao recepcionista, sendo bem direta em relação ao que queria.

-Desculpe pela falta de cortesia, estava distraído preenchendo alguns arquivos importantes. - o homem então guardava uma resma de papel dentro de uma gaveta - Infelizmente não faço ideia do que esteja falando. Digo, apesar de não ser um cadete, poderia ser preso caso soubesse esse tipo de informação. Acho que você está muita aflita com toda essa história de fora, talvez te ajudaria dar uma meditada no templo das memórias, ou tomar um chá no Restaurante Kiga. Caso precise de um lugar para ficar mais tarde, terei prazer em recebê-la.

Apesar de não dar as informações pedidas, o recepcionista deixava claro para onde Tsukihime deveria ir para se juntar a uma das gangues.

sex, 9h30

Com a resposta bem vaga do gerente do hotel, Tsuki seguiu de volta para as ruas. A jovem virou para a rua da Mente e logo se deparou com o restaurante que o gerente havia comentado. Na verdade, o dito cujo restaurante era um trailer, mas era bem movimentado por sinal. A jovem parou por um momento e viu uma pequena poochyena vir farejá-la. Certamente buscava algum petisco. Apesar da dark ser um Pokémon incomum para civis, a jovem sentia tédio por estar ali. Sem nenhum interesse naquele restaurante, a jovem continuou seu caminho pela rua Darkrai e depois para a rua Mewtwo.

De longe, o templo parecia ser uma construção, porém, quanto mais se aproximava, a jovem via que o lugar estava em decadência. Assim que entrou na propriedade, Tsuki avistou uma grande estátua de Arceus bem danificada devido a ações de baderneiros. O jardim também precisava de cuidados, pois as flores estavam morrendo. Aquele lugar não parecia ser exatamente o que a jovem procurava. Um monge e um geodude usavam esponjas e baldes com água para tentar limpar as pichações na estátua. Já que estava ali, a jovem fez uma tentativa.

― Finalmente alguém que se importa com algo nessa cidade. Pois venha, pegue uma esponja e comece a trabalhar.

O homem mal olhara para a jovem e voltou a esfregar a estátua usando um pouco mais força. Geodude nem mesmo olhara para a visitante devido à sua concentração com a estátua. Aos pés do homem, um dos baldes continha algumas esponjas extras.