Pokémon Shinki Adventures RPG
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In The Future

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Mensagem por Alice Ter 21 Out 2014, 21:22

Este tópico foi criado para que cada um poste um pequeno conto (de capítulo único) contando algum episódio que imagina para o futuro do seu personagem. Deixem a mente fluir solta e pensem no futuro a longo prazo. Neste primeiro post será mantido um índice com o nome dos personagens que possuírem algum episódio postado. A única exigência para postar um futuro para seu personagem é a existência de um quote no começo informando o nome do personagem e o tempo da fic (Exemplo: Daqui 10 anos). Comentários são livres e divirtam-se lendo e/ou escrevendo!

Índice de Futuros:


Última edição por Alice em Sáb 09 Jul 2016, 22:57, editado 1 vez(es)
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In The Future Empty Re: In The Future

Mensagem por Sakura Mille Qui 23 Out 2014, 12:53

Sakura Mille - Stylist
8 anos

Entre as flores mortas



O dia ainda ensaiava os seus primeiros passos. Naquela madrugada, ainda, a morena levantava calada. Fazia o mínimo barulho possível, afinal, havia pessoas que queriam descansar mais um pouco, diferente dela. Desde que foi chamada para fazer parte do esquadrão médico da força cadete, Sakura Mille não tinha descanso. Não era mais uma Stylist que viajava o mundo querendo ajudar tudo que poderia ser ajudado. Agora ela vivia uma vida mais realista do que a Amanhecer vivera. Os seus passos pareciam vacilar de sono e ao trocar de roupa e lavar o rosto em uma bacia de alumínio, a morena deixava a tenda armada em uma grande cabana, o PEVOAK. Os quartos estavam lotados. Havia pessoas que precisavam mais do que ela. Um dia dormindo no chão não seria diferente dos dias em que dormia no meio das rotas...

Eram dias difíceis em Strand Village. A guerra entre facções já chegava ao quinto mês e Sakura já estava ali fazia três meses. A já mulher Stylist conseguiu se juntar a um grupo de médicos que já eram titulados como os Anjos de um Resgate. O esquadrão médico que a herdeira Mille fazia parte era apenas o melhor esquadrão que já existiu em Shinki. Parecia que por onde passavam, as condições de batalha mudavam, e realmente era verdade! De uma batalha por território que estava decretando vitória aos Armagedons, agora os cadetes lideravam a disputa. Apenas usando seus conhecimentos médicos e ajudando pessoas e cadetes, os Anjos de um Resgate conseguia manter o equilíbrio nas batalhas, mas a guerra na vila estava longe de acabar.

Todo dia era a mesma coisa! Sakura levantava, lavava o seu rosto, saia da sua barraca, que estava em volta das outras. Olhava para imenso buraco no teto, causado por batalhas em um passado remoto, e prosseguia, de quarto em quarto com uma caneca com café sem açúcar e uma prancheta na mão. Entrava de quarto em quarto, analisava os poucos aparelhos. Verificava a frequência do soro e com uma rosca na boca ia anotando o que achava importante. A médica-chefe da equipe estava em campo, auxiliando os cadetes. Enquanto Sakura ficava no centro cuidando dos civis com alguns médicos, o restante do esquadrão da medicina ficava na ponta da vila, onde a guerra só dava uma trégua uma vez por semana.

Agora que a médica-chefe estava ausente, Mille era a próxima na linha de comando, então fazia de tudo para poder deixar o lugar o mais acessível possível. A morena, de jaleco branco, anotava tudo, assinava alguns prontuários que as enfermeiras davam e assim seguia com o seu trabalho diário. Poucos cadetes garantiam a segurança da estrutura. Maya ajudava bastante, afinal, depois de perder o seu PEVOAK para se tornar um Hospital, a rosada usava de sua medicina natural para auxiliar os que necessitavam. Sakura queria ajudar todos e até Pokémon selvagens feridos, que foram proibidos de serem ajudados. A morena abria uma exceção e tentava cuidar deles. Isso resultou em um super loteamento na estrutura frágil que era aquele pseudo-hospital e os medicamentos começavam a acabar mais rápidos.

Mas aquele dia era diferente. Em plenas três horas da manhã, as explosões no extremo da vila eram ouvidas. Parecia que estavam se aproximando cada vez mais e embora se preocupasse, a morena sabia que poderia contar com os cadetes para proteger um lugar, caso isso não desse certo, ela mesma protegeria. Em um grande salão, várias camas improvisadas se encontravam com os diversos corpos em cima. Alguns estavam beirando a morte, enquanto poucos se recuperavam. A morena sabia que ali era o lugar que teria mais trabalho, mas algo estava diferente ali. Apenas uma enfermeira, para tantos doentes? A Mille não poderia pedir menos.

- Desculpe, mas onde foram as outras enfermeiras? – a voz da morena era baixa, para não perturbar os doentes.
- Elas foram todos remanejadas para o campo de batalha, doutora. Os reforços cadetes não chegaram então elas têm que manter o maior número de cadetes bem. Nesse setor, fui a única que sobrou.

Sakura sabia que com uma única enfermeira para tantos machucados não iria resultar em uma boa coisa. Erguia três esferas que se abriam ali em forma escarlate. Meganium parecia feliz em vê a sua amiga, situação que fez um pouco de barulho, mas logo foi repreendida pela dona. Serena sempre foi alegre e bem animada e às vezes um pouco impulsiva. Isaac, o Delcatty, já sabia da seriedade do problema, o que deixava o momento com um pouco de seriedade. Já Miltank, era prestativa e já ia pegando uma bandeja e saindo de cama em campo atendendo os Pokémon e civis. Enquanto Serena usava a sua Aromatherapy, Isaac erguia a cauda em Heal Bell. Miltank fazia o mesmo, além de usar os seus mais variados movimentos de cura nos Pokémon.

A enfermeira ficava aliviada ao vê que teria ajuda, mas o trabalho só aumentava. Já se passaram duas horas, o Sol ainda não nascia e Sakura havia terminado a avaliação de cada um. O dia ainda nem havia começado e a doutora estava visivelmente cansada. Serena reconhecia o estágio de sua amiga e para alegrá-la um pouco, lançava um doce aroma que no fim arrancava um sorriso de Mille. Cansada, mas consciente que o trabalho só havia começado, saia do quarto indo para fora da estrutura frágil que era a cabana. O céu escuro ainda não apresentava sinais que o grande Sol nasceria no horizonte. Os olhos da sonhadora pairavam os céus, desejando que a paz voltasse a reinar naquela vila. Serena permanecia sempre ao lado, enquanto Isaac se enrolava em um canto, para tirar uma soneca. Miltank saia observando se encontrava alguma erva pelo caminho, ao derredor da cabana, mas a busca era inútil.

O clarão ao longe indicava que a guerra estava se intensificando e logo os cadetes e nem os Anjos poderiam conter as forças Armagedons. A Stylist Pérola olhava e no fim de tudo não queria imaginar o que seria dali se fossem contra Apocalipse. Mas enquanto desejava um futuro melhor, alguns passos na sombra aproximavam-se do local. Para sorte, ou azar, não percebia a doutora morena e seu trio de Pokémon, que mirava o céu. As sombras contornavam a cabana e parecia articular um meio malicioso de entrar. Mas ao contornar completamente, dava de frente com a morena, que de boca aberta e olhos trêmulos, observava o ser em sua frente. Serena não se dava o luxo de se conter e logo saia feliz até a sombra, ou melhor, as sombras, sendo impedida de prosseguir por Sakura.

- O-o que está fazendo aqui? – não eram as melhores palavras, mas diante da situação e de tudo o que viveu, eram suficientes.

- Olá, lindinha! Quanto tempo, hein? -  o ruivo ria. Estava tão surpreso quanto a doutora em encontrá-la. Mas ninguém estava tão feliz, quanto o Ludicolo que queria porque queria abraçar Serena, que ficou feliz por ter a sua amiga e o ruivo entre os dois. Um Persian ao lado do rapaz olhava esquivamente para os lados, enquanto o Jolteon latia para Isaac, que acordava em um pulo, com vontade de cumprimentar o velho amigo.

- Muito tempo... – a mulher colocava as mãos no bolso do jaleco. A presença do seu ex-parceiro de viajem ali poderia significar muita coisa, mas ingênua era uma coisa que Sakura não era... pelo menos, não mais! – O que está fazendo aqui, Ethan? – a morena sabia que ele era o inimigo, mas mantinha a calma, como se já soubesse a resposta. Os Armagedons versus as forças cadetes. Certo ou não, Sakura estava com os cadetes...  

Ethan parava e seu sorriso de menino traquina sumia da cara ao perceber que Sakura estava vestida com jaleco. O olhar do ruivo pairava sobre a morena que contava estrela e tinha uma bondade nata. O ruivo sabia o que tinha que fazer e dessa vez poderia não ser tão fácil quanto imaginara ao receber a missão. Tudo havia mudado, simplesmente pelo fato de Sakura Mille, a lindinha, ser a diretora daquele centro de cura.  

- E-eu... – a voz do ruivo vacilava, enquanto Isaac sentia o que estava acontecendo. Jolteon já estava sério. Sem mais animação. Apenas Ludicolo mostrava-se apito em querer reencontrar a sua amada. – Tenho uma missão...

As palavras do ruivo não precisavam ser completadas. Sakura sabia que a missão era ela e os médicos dali. Sakura sabia que os próximos a serem convocados para o campo de batalha estavam ali descansando. Talvez ela fosse junto e deixasse o PEVOAK nas mãos talentosas de Maya e das poucas enfermeiras. Para garantir a vitória dos Armagedons, Ethan teria que eliminar o reforço dali.

- Olha, você pode sair correndo. Eu bato a cabeça na parede e falo que você conseguiu escapar, mas eu tenho que continuar a missão. Vou te dá um tempo...

- Ethan... – a jovem chamava a atenção do ruivo, mas ele continuava falando.

- Vai dá tempo de você sair e cruzar a vila. Tem uma passagem que não está sendo vigiada, é assim que os Armagedons entram e saem da vi...

- Ethan. ETHAN. – a voz da médica foi mais alta que o normal, calando o Missionário Gangster. – Eu não vou fugir! – a seriedade pairava no ar e o ruivo não teve nem que continuar a convencer a Stylist a sair dali. Ele sabia que nada que falasse iria resultar na mudança da ideia da morena. Sakura estava pronta para defender o que acreditava e no momento, acreditava na humanidade. Iria lutar para defender o PEVOAK, os médicos e as pessoas ali.

- Sakura... – a cara de raiva de Ethan era vista. Ele não queria prosseguir. Ele esmurrava a sua outra mão e balançava a cabeça negativamente enquanto sua respiração continuava densa. Sakura fitava a fúria do gangster, até que ele se controlou – Desculpe-me, Sakie. Jolteon!

O Electric já estava preparado quando emitia um raio amarelado no campo. Sakura nem se movia e assim uma escudo verde envolvia ela e os seus Pokémon. Miltank sempre foi eficiente e não seria agora que deixaria de ser. Quando a carga elétrica se dissipava, junto ao escudo do Protect, Isaac surgia com a sua cauda que emitia um brilho prata. Por sorte, Ethan e os seus Pokémon conseguiram se evadir, tomando distancia, mas o solo parecia todo destruído ao redor onde o gatuno atacou. Serena sabia que não era uma boa opção se recusar a batalha e logo realizava um salto enorme, fazendo o ruivo imaginar como a Pokémon, tão pesada, conseguiu saltar desse jeito. Ludicolo ouvia as ordens e se frustrava ao perceber que teria que lutar contra a sua amada. A queda de corpo da Grass fora impedida pelo escudo do pato dançarino. Jolteon e Isaac já estavam agarrados, um no outro rolando em campo, enquanto Persian cercava Miltank, que tentava ao máximo manter a sua visão sobre o gato veloz.

Ethan se surpreendia enquanto o vento balançava os cabelos negros e o jaleco branco de sua oponente. Nunca pensou que chegaria o dia em que lutaria, cara-a-cara, com Sakura. E nunca pensaria que chegaria o dia em que ela ficasse tão forte. Serena não media esforços para o ataque, ao contrário de Ludicolo que erguia um Ice Punch, mas não conseguiu atingir a oponente. Várias pétalas voavam e separavam Serena do pato e assim a Pokémon Grass se preparava para o confronto à longa distância. Jolteon e Isaac estavam bem equilibrados. As cargas emitidas pelo Electric eram absorvidas por um fio terra improvisado por Iron Tail. Miltank não se saia bem com as garras de Persian, que só deu sorte até o momento. A bovina era um Pokémon de suporte, não de luta, mas no fim conseguia combinar o seu Swift com Thunder Wave, paralisando o gatuno. Sakura fitava Ethan, que por sua vez não desviava os olhos da oponente. Chegou a hora que ele não queria que acontecesse. O gangster partia correndo contra a Stylist, teria que imobilizá-la e forçar a saída da mesma, da vila. Uma explosão acontecia e Isaac e Joelton eram rebatidos, enquanto Miltank era imobilizado pelas patas do Persian cleptomaníaco. Mas antes que Ethan chegasse perto de Sakura, Meganium, e o seu grande corpo, caia entre o casal, impedindo que Ethan prosseguisse.

- Então você iria me matar? – as lágrimas corriam pela face branca da doutora. Ela não acreditava que Ethan aceitou prosseguir na missão, mesmo sendo ela que seria o alvo.

- Não é pessoal, lindinha...

- Agora, é! Ezra, agora.

Da cabana, uma raposa bípede surgia com sua varinha mágica, que na ponta queimava um fogo azulado. Foi apenas um movimento e vários anéis de chamas surgiam ao redor do ruivo, cuja coloração era tão vermelho quanto o cabelo do Missionário. Jolteon encarava Isaac, enquanto Persian encarava Meganium. Miltank e Ludicolo, nocauteados, estavam fora do confronto. Os Pokémon de Ethan paravam de atacar, temendo presencia o seu mestre ser queimado vivo. O Delphox andava vagarosamente até Sakura, que parecia olhar decepcionada com a escolha do velho amigo. Só depois que estava tudo sobre controle, os cadetes que protegiam o PEVOAK saiam correndo, imobilizando os Pokémon e Ethan. Que agora, livre das chamas, era arrastado para dentro do PEVOAK, que também funcionava como prisão. O gangster, surpreso, era conduzido pelos cadetes, enquanto olhava para Sakura, não com ódio, mas com orgulho.

- Está forte! – sorria. – Como conseguiu? – perguntava para a doutora, que apesar de tudo, apesar da vitória, só se sentia bem porque sabia o que estava por vir. Não poderia convencer Ethan a desistir do ataque, pois o jovem ruivo viraria exilado e caçado. Não poderia desistir de proteger os seus pacientes, pois os médicos seriam mortos, e, por conseguinte, os doentes. A única saída era vencer a batalha, pois facilmente seria perdoado pela missão que falhou e seria resgatado da nada segura estrutura que era a cabana...

- Uma raposa me contou! – sorria de lado, lembrando-se da revelação do Psychic na noite passada...

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Sakura Mille
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In The Future Empty Re: In The Future

Mensagem por Kitty Qui 23 Out 2014, 13:50

Coisas que Não Mudam...


Kate Valquíria Gray
Dias de hoje...

A lua crescente estava alta, indicando o horário avançado. Talvez fossem duas da manhã, quem sabe três? Isso não importava no momento... A cidade de Chermont não era muito convidativa, não tendo muita beleza durante a noite. A maioria dos estabelecimentos já estavam fechados, os funcionários em casa e descansando, menos um. O Restaurante Kiga estava aberto, a ruiva que cuidava do lugar conversava com uma garota de pele morena.

-Natasha... Me vê mais um HIC... drink?

Kate pedia, a voz saindo alterada, enquanto esticava o copo. Haunter estava ao seu lado, o rosto rubro, também esticando um copo, claramente querendo mais uma rodada. Poochyena erguia a pata ao focinho, não querendo acreditar que sua treinadora, menor de idade, enchia a cara mais uma vez...


Kate Valquíria Gray
10 anos depois...
A lua minguante estava alta mais uma vez. O relógio indicava o meio da madrugada, não que isso fizesse alguma diferença. A cidade de Chermont estava adormecida, todos os lugares estavam fechados, bom, todos exceto um. Novamente o Restaurante Kiga estava aberto além da hora de funcionamento. A dona do lugar, cozinheira e garçonete, conversava com uma mulher que conhecia fazia muito tempo...

-Natasha... Me vê mais um HIC... drink?

Kate pedia, da mesma forma desde muitos anos atrás. A voz alterada e esganiçada, o corpo meio deitado sobre a bancada, mas a mão firme com o copo erguido. Gengar estava ao seu lado, o rosto avermelhado, imitando o gesto da morena atrás de mais uma bebida. Mightyena batia a cabeça em uma parede, ainda não acreditando que sua treinadora não havia largado o vicio, mas agora era maior de idade e usava a desculpa que devia comemorar desde que fizera 18 anos.

Natasha sorriu. O tempo podia passar, mas algumas pessoas nunca mudavam...

Kitty
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In The Future Empty Re: In The Future

Mensagem por Alice Sáb 09 Jul 2016, 22:55

Com seus 18 anos, Penélope era uma adolescente muito bonita, embora deixasse evidente que era uma jovem mimada demais por seus pais. A criança que fora adotada por Alice há muitos anos, agora descia de sua moto cor-de-rosa em frente a igreja de Arceus e adentrava o lugar com passos determinados. Nas mãos o capacete igualmente rosa.

- Quero ser uma Seguidora. - A jovem dizia com voz firme para o padre local.

- Minha criança, muito me alegraria ver alguém de sua família seguindo o caminho da luz, mas mesmo o caminho certo pode se tornar o caminho errado quando for seguido pelos motivos errados. - Ezequiel dizia com a mão sobre a cabeça da criança que finalmente descobrira que tanto sua mãe quanto sua irmã eram Giratinistas.

- Mas eu quero!

- Por que minha criança? Por ter ouvido o chamado do Sagrado, ou por desejar contrariar aquela que lhe criou como uma filha? Quer redimir sua mãe dos pecados? Ou quer ajudar a humanidade a reencontrar o caminho da luz? Diga-me criança, por que deseja entregar sua vida a Arceus?

Penélope mantinha-se quieta enquanto pensava na melhor resposta para Ezequiel quando seu celular tocou. Pedindo desculpas ao padre, a jovem o atendeu sem verificar o número, descobrindo rapidamente que tratava-se de Souichirou Kuzuki. Em poucas palavras, que se resumiam a "volte para casa ou cancelo seu cartão de crédito", o homem convenceu a criança a deixar a igreja e retornar para a casa em estilo tradicional localizada perto de uma praia e ocupada pela família.

A adolescente pediu desculpas ao padre novamente e virou-se, saindo da igreja com velocidade e subindo na moto. Mandy nem ao menos se afastara do veículo ou retirara o próprio capacete em tons de verde e rosa, subindo atrás de Penélope e se segurando na garota. Arcanine, ao lado, quase era deixado para trás, distraído em coçar atrás da orelha, contudo logo seguia o veículo.

De volta à mansão, a adolescente entrava sem medo, quase sendo atingida pelo taco de beisebol nas patas de Shinji. Por sorte o negro parava o objeto a tempo e acenava para a morena. Atrás dela e antes que o Umbreon pudesse se preparar novamente, o noivo de Ísis entrava, já muito conhecido da casa e a tratando com a sua própria. Shinji tentava ser rápido em sair da parte de cima da estante onde se esmagara contra o teto para esperar o homem. Correndo nas patas de trás com o taco sendo segurado pelas da frente, demorou alguns passos para se lembrar que Umbreons não sáo bípedes e tropeçar.

Shinji, você não deveria implicar tanto com Toushiro. - Akane dizia, retirando o taco de basebol das costas do negro e não reparando no vermelho das bochechas do outro que ainda se via incapaz de revelar os próprios sentimentos.

Da entrada da sala, Odete mirava a dupla e logo depois o telhado, suspirando para o casal ainda não resolvido apesar do longo tempo de convivência. Atrás de si, Nereu tentava fugir da extensa prole do casal que, como a mãe antes de evoluir, parecia gostar de lhe morder as nadadeiras. A felina sabia que era uma questão de tempo até o aquático desistir e dormir com os sete filhotes em cima de si. Quando a ela, tinha um ovo para vigiar e garantir que Daiki não tentasse brincar com ele novamente, acreditando ser uma bola.

Penélope seguia avançando pela casa, somente para encontrar a mãe escovando o cabelo de sua irmã mais nova, que era tão lilás quanto o da própria Alice. Morfeu, ao lado da Giratinista mais velha, parecia sereno e satisfeito, apesar de ainda rosnar quando Souichirou estava muito perto, o que se traduz em estar no mesmo cômodo. Ao lado do psíquico, a gigantesca Gigalith flutuava graças ao Psychic com olhar satisfeito. Próximo de onde estavam, Midgar descansava, ainda sem autorização para ficar longe de Alice, tendo em vista sua natureza perigosa para os demais, ainda mais depois de ter atacado uma das empregadas por estar com fome.

- Mãe? Você viu o pai?

- Deve estar no escritório, querida. - Alice dizia sem parar de escovar o cabelo de sua única filha de sangue, mas mirando Penélope nos olhos, sua filha mais velha no coração.

Morfeu sofrera muito com o casamento de Alice e sentia-se incompetente por não ter conseguido livrar sua Senhora do compromisso. Ainda sentia desejo de tornar sua criança uma jovem viúva, ainda mais quando olhava a filha do casal e lembrava-se da existência do homem. Contudo era incapaz de negar o amor que sentia pela menina, que tanto lhe lembrava a própria Alice e lhe parecia ser uma segunda chance de dar uma infância, uma adolescência e oportunidade de escolher o próprio futuro a sua protegida.

Após agradecer, Penélope deixava o quarto, ainda em busca de seu pai. Antes de encontrá-lo, avistou Ísis com seu noivo no jardim. Ambos pareciam apaixonados e felizes, para total desgosto de Shinji, que rosnava escondido atrás de uma moita e vigiando para que o sujeitinho não tentasse se passar com a sua criança. De onde estava, Penélope só via a parte traseira do negro, mas sabia que ele estava rosnando pelo vibrar de toda a moita.

Perto do casal, Hina dormia com metade do corpo dentro da piscina e a outra metade caída sobre um canteiro de flores. Ao lado da serpente, Chantal acariciava uma irritada Melissa e ignorava um Haxorus que ainda não desistira de consertar o vocabulário da fire. Algumas cenas nunca mudavam, não importava o quanto os Pokémon crescessem e evoluíssem. Pelo menos a família não tivera mais problemas com Melissa, já que todos que frequentavam a residência sabiam do temperamento difícil e não provocavam a ira da pequena Ninetales.

Bubble limpava suas penas com Apolo ao lado em cima do telhado. O extinto já desistira de procurar outros semelhantes e lhe entristecia nunca ter encontrado outro de sua espécie, porém sua mente agora estava mais ocupada em tentar entender os comportamentos do outro pássaro que insistia em ficar ao seu lado, mesmo sem dizer nada. Akane e Mandy pareciam sempre ficar perdidas ao tentar lhe explicar e Apolo não parecia interessado em lhe dissipar as dúvidas.

Dentro da casa, Penélope finalmente encontrava seu pai. No escritório, por insistência da adolescente quando ainda tinha seus 12 anos, haviam construído um grande aquário, onde Amy nadava agora com alguns semelhantes e parecendo feliz por não estar mais sozinha em um aquário pequeno. No escritório também estava Kin, uma Raichu ainda muito doce e preocupada em encher a casa de flores, até mesmo nos lugares onde menos combinavam.

A adolescente ignorou a presença da alegre Raichu e começou a questionar seu pai sobre o motivo de lhe cancelar o cartão só por querer se juntar aos Seguidores. Souichirou era curto em suas respostas, como sempre fora. Nunca, em toda a vida de Penélope, fora visto esboçar um sorriso ou se prolongar em uma explicação para amenizar suas palavras. Sempre direto ao ponto. Logo Penélope era mandada procurar Ísis e a adolescente obedecia contrariada. Ao chegar na mais velha, essa percebeu que seria a hora de uma conversa demorada e complicada. Com um beijo, a loira deixava seu noivo e se dirigia para o quarto da mais nova, onde Lax dormia e Penélope se sentava no chão, usando o Pokémon com encosto para as costas. Era chegada a hora de contar como Giratina ligou o caminho das três e o motivo de serem leais a ele, oferecendo o sangue que ele exigia sempre que conseguiam, afinal, se não fosse por ele, talvez nenhuma das três estivesse naquela casa naquele momento.


off: curtinho e um pouco corrido XD mas dá para ter uma ideia ^^ final feliz para a família )o)
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In The Future Empty Re: In The Future

Mensagem por Fleur Delacour Qua 16 Nov 2016, 20:07

Um grupo de adolescentes andava calmamente pelas ruas da cidade conhecida como New Nyender, as mochilas penduradas nas costas ou ombros, livros nos braços e alguns Pokémon os acompanhando. O pequeno grupo ria, conversando alegremente, até pelo menos se dividir em uma esquina e cada um seguir para seus respectivos lares.

Três ruivos adolescentes de dezesseis anos seguiam juntos. Poucos conseguiam diferenciar um do outro, algo que claramente os divertia. Um Deddene brincava de pular entre os ombros dos três, arrancando risadas do trio, finalmente chegando à casa de dois andares. Um Vileplume e uma Floette cuidavam do pequeno jardim, embora a Pokémon fada mais parecesse bronquear com o outro. O elétrico descia do ombro de seus três treinadores, ficando na cerca baixa e acenando para a dupla e logo sendo cumprimentado. O trio seguiu em frente, abrindo a porta e logo reencontrando seu pai.

A recepção não podia ser chamada de calorosa, devido ao fato do homem mais velho, um Greninja de coloração escura e um Vivillon acharem que seria uma excelente ideia receber o trio com voadoras. Os trigêmeos se erguerem rápido e começaram a protestar, com Isshin mandando-os ficarem quietos, embora fossem mudos, alegando que essa era a punição para aqueles que chegavam atrasados.

Chase, deitado no tapete da sala, apenas revirou os olhos e voltou a dormir, usando a pobre Aimée como bichinho de pelúcia. A coelha assustada permaneceu parada, com os olhos arregalados, suplicando para alguém salvá-la, mas todos estavam distraídos demais com a pequena cena de Isshin, Rafael, Miguel e Gabriel. Garret saia da cozinha, acompanhado por uma menina de oito anos, com cabelos escuros e olhos róseos, e nos braços um menino de dois anos, também de cabelos escuros e olhos rosados.

-Alguém viu Angus?

A voz da menor chamou a atenção de todos, que finalmente repararam na garota. Os trigêmeos acenaram de forma negativa, acarretando num pequeno beicinho da irmã.

-Não se preocupe meu pequeno anjinho! Papai vai te ajudar a encontrá-lo! Mas porque está procurando por ele?
-Eu queria brincar de casinha com ele.

Quando a menor ergueu um vestido com babados e um chapéu grande, o sumiço do Pokémon fez muito sentido. O trio ruivo segurava a risada, imaginando o grande Gogoat com aquelas coisas. O bebê aproveitou a distração do Pokémon aura, segurando a orelha do mesmo e rindo alegremente, enquanto Garret deixava claro em seus olhos que comparava o “doce e inocente” bebê com um pequeno diabinho que veio ao mundo para tornar sua vida um inferno, missão muito bem sucedida sempre que a mãe estava ausente.

-Ah, e recebemos uma ligação da mamãe. Ela disse que deve estar em casa em algumas horas.
-Minha doce e amada flor está voltando ao lar!

O moreno gritou, a voz alegre e lágrimas nos olhos, enquanto abraçava um pôster de Fleur. Como Pesquisadora, as missões a forçavam ir para longe, deixando o resto da família com saudade, apesar de todos concordarem que ter um pôster com seu rosto era exagero por parte do pediatra. No entanto, se não fosse o bebê, o Lucario faria a mesma coisa.

Gabriel suspirou e começou a conversar com uma colega de classe por mensagens, Rafael deu de ombros e bagunçou os cabelos escuros da mais nova e foi ajudá-la a encontrar a sua pobre vitima, que de alguma forma, conseguiu escalar uma árvore do jardim e se ocultava lá, enquanto Miguel ia cumprimentar o felino e, finalmente, salvar a coelha. O sucesso da missão nunca estivera ao alcance de suas mãos, mas isso não o impediu de tentar.

As horas passaram e Fleur finalmente chegou ao lar. A cena de sua filha brincando de chá, ao lado de Angus com vestido e chapéu, fez surgir um sorriso no rosto da Gladiadora, sorriso que crescia quando a menina reparou na mulher e correu até ela, sendo recebida com um abraço. Aproveitando a distração da pequena, Angus realizava uma fuga “discreta”, embora o colorido chapéu e vestido não ajudassem. No interior, a rosada era recebida pelo marido, os trigêmeos e vários Pokémon.

Gabriel mostrava alguns desenhos que havia feito, escondendo tardiamente o desenho de uma amiga, acarretando em Isshin chorando e afirmando que um de seus filhos estava virando homem, para grande constrangimento do adolescente. Fleur o elogiou, pensando em mais tarde sondar o assunto. O rapaz, quando tivesse idade, seguiria viagem com uma garota que queria se tornar Stylist e achava que ele possuía potencial para ser um também, e após conhecer melhor o mundo e ver as diferenças entre todas as cidades, começar a faculdade de Arquitetura. Miguel e Rafael treinavam Yuuto e Aimée, sempre demonstrando muito interesse no mundo ao seu redor e, embora não fosse sua mãe biológica, pareciam querer seguir os passos da mulher que cuidou deles, ambos almejando se tornar Gladiadores. O caçula, para alivio do Pokémon lutador, estava se comportando como um pequeno anjinho nos braços de sua mãe, brincando docemente com um chocalho, não havendo sinais do pequeno monstro puxador de orelhas. A única menina em meio aos menores de idade protestou, dizendo que Angus sumiu de novo e que precisava de uma irmãzinha para brincar, o que fez Tadashi rosnar para Isshin, mas o pediatra o ignorou e se prontificou a tentar.

Fleur ignorou a nova briga entre seu inicial e marido, pensando em convidar o resto da família para jantar quando todos estivessem de folga, o que incluiria a Delegada e dona da loja de produtos naturais, velhas amigas do casal. Não mais estranhava Kazuki e Garret correrem para preparar o jantar, sempre que ela perguntava se alguém podia cuidar do menino para que pudesse cozinhar. Talvez sua comida não fosse muito boa, mas isso começou quando o rapaz nasceu. Seria coincidência?

E assim passou mais um dia normal na movimentada residência dos Montenegro.
Fleur Delacour
Fleur Delacour


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