#001 - The Right Way

Johanna achava que algo de mal aconteceria naquela casa, apesar de que não tinha nada confirmado.

A garota, para confirmar realmente que era uma Cadete, precisava demonstrar isso realmente na prática, indo até a casa e enfrentando o que existia. Apesar de que o medo era grande e terrível.

Johanna chegava na casa, o tom vermelho deixava-a com um ar monótono, apesar de bela, pelas árvores que cresciam ao redor da casa, formando uma bela paisagem. O campo ao redor era florido e parecia ser regado raramente, apesar de que as plantas mantinham-se em um bom estado.

A garota advertia à suas pokémons que novamente sentia uma dor estranha no peito. Ela se sentia um tanto mal, então, seguiu em frente. Sua missão necessitava de ser cumprida de qualquer forma.

---

A casa estava perfeitamente normal, tudo organizado. Uma boneca estava organizada em cima do sofá, deixando o ambiente mais infantil. Os moradores tinham uma filha, provavelmente.

A casa era normal, apesar de que o ambiente era - normalmente - mais rico, para estar em meio do bairro nobre. TV's e outros eletrodomésticos encontravam-se espalhados pela casa, a garota deveria investigar toda a casa.

Johanna desconfiava da boneca, após olhar toda a casa, percebeu que não havia até então nada de errado. Indo até lá e encontrando a Meowth deitada, entediada.

Não havia nada de estranho na casa, era tudo tão normal e pacifico que dava até um ar nolstagico. Contudo, a garota havia esquecido de olhar no porão: uma porta estava ali, organizada sobre o solo. Bastava puxá-la para cima e adentrar, visto que na lateral do subsolo, poderia encontrar-se um lampião.

Johanna adentrava ao local - o porão - com o lampião aceso, juntamente de suas kunoichis. Andavam e andavam, e enfim, estavam diante de uma cena de filme de terror, praticamente: corpos estavam pelo chão e, ao ela iluminar as paredes, pode encontrar as cabeças dos donos, os olhos estavam abertos e pareciam olhando para ela, linhas seguravam um sorriso, a garota pisava agora sobre uma poça de sangue, uma mão logo em frente e, um corpo jogado logo após.

Um olho, ao ser iluminado, parecia também olhar para ela, enquanto as bocas sempre mantinham uma aparência sorridente, parecendo feliz.

Um vestidinho todo ensanguentado preso na parede, com dois braços e dois pés organizados ao contrário, enquanto a boca estava presa na barriga e o olho no peito, contendo belíssimas manchas avermelhadas sobre as bordas, como se tivessem sido derrubadas de forma lenta, com bastante cuidado. O cheiro se tornou logo insuportável: o de sangue, que adentrou as narinas da garota e de suas kunoichis, principalmente das duas outras, que apresentavam os sentidos mais amplos que o comum;

Ela não estava com medo, pelo contrário, estava até mesmo se sentindo bem. O que era um tanto estranho, visto que estava tão mal apenas de imaginar o sangue.

A garota achava fétido o local, na verdade, achava que aquele era o local mais fétido que já havia sonhado em ver.

Em seguida, a garota anotava em seu bloquinho de notas o que havia visto, após averiguar bem o recinto em que se encontrava.

Johanna estava subindo, quando acabou batendo com o pé em uma farpa. Ou um prego, que adentrou à sua perna. O prego era extenso, pois era próprio para a organização da escada, o que prejudicou a garota que, tentou conter o gemido de dor e agonia, sem sucesso. Uma de suas Kunoichis - Meowth - veio lhe amparar, enquanto à Shinx, ficava longe, observando o local atentamente.

Johanna rezava à Arceus, pedindo que ele lhe protegesse e que desse tudo certo. Contudo, ela era uma Cadete e por isso, era simplesmente perda de tempo rezar ao Altíssimo, que apenas dava a atenção aos "que mereciam".

A Meowth retirou o longo prego, usando as garras grandes para que o fizesse com facilidade. Assim, a garota lembrou-se de uma gravata borboleta que havia em meio do recinto. A Meowth com facilidade, saiu correndo, desvencilhando-se entre as sombras. Ao voltar, a gravata azulada estava em sua boca.

Após isto, ela ordenava que sua Shinx também ajudasse na busca, e assim, a felina azulada o fez. Correndo por entre a casa e buscando por algo de interesse, que pudesse ajudá-los em alguma coisa.

Apesar da busca, nada teria sido encontrado. E assim que Shinx entrou no subsolo novamente, a porta foi trancada e presa, enquanto a luz do local sumia, já que a lamparina deixava de funcionar. O que teria sido aquilo?

Johanna estava amedrontada com aquilo, e até mesmo desconfiava da boneca. Seus pokémons começavam a chamá-la de louca, mentalmente é claro, já que não falavam a língua humana.

Johanna nem mesmo havia percebido que estava junto de Shinx, que fora uma burrice sua - uma grande burrice - e assim, tentou com a ajuda do Meowth achar um grampo.

O gatinho o fez e abriu a portinha, e ali estava a boneca, sentada, de seus olhos descia sangue seco e um sorriso de escarnio estava sobre seus lábios. Na mão encontrava-se uma faca, apesar de que estava presa pelos fios, era provável que estava bem mais fixa do que qualquer quadro em uma parede.

O Meowth pareceu amedrontado, e um berro de Shinx rompeu todo o salão, e assim que Johanna foi vê-lo, a aparência deste estava bem mudada: seus olhos foram brutalmente retirados, enquanto parecia chorar sangue, como a boneca. O rabo foi cortado, ficando interligando os dois olhos, contudo, para fora, a estrelinha se mostrava brilhante ainda.

As patas foram também arrancadas, permitindo uma poça belíssima de sangue, contudo, o sorriso como a da boneca se encontrava lá, parecendo que ele estava feliz com aquilo. Era tão medonho, que a Meowth tremeu, amedrontada com aquilo.

Assim que Johanna olhou para o lado da boneca, ela encontrou anda mais que nada. A boneca havia simplesmente sumido daquele lugar, não se sabendo ao certo onde ela estaria pela casa.

Johanna chorava, de tristeza e ódio por ter perdido sua Shinx. Aquela que se tratava de uma de suas Kunoichis. Com ódio, pedia a Arceus para quem quer que fosse sumisse daquela casa.

A Cadete já se preparava para um confronto, puxando suas algemas e girando no meio do ar. Contudo, ela havia se esquecido de seu pokémon. Meowth também havia sumido, e agora, seus berros ecoavam pelo local, de forma que Johanna sentisse toda a dor que ele sentia, risadas e mais risadas, assim como os gritos de agonia do gato, faziam as pernas da Cadete fraquejar.

Ela estava apenas por si só naquele local, agora.

Johanna demonstrava seu ódio com berros, com raiva da boneca. Pedindo para que ela aparecesse, mesmo não sabendo ao certo tudo o que era aquilo.

Uma longa risada ecoou pelo local, obrigando Johanna à sentir um calafrio na espinha. Em seguida, a luz do lampião foi acesa, em frente de Johanna, um prato com uma parte acima que não deixava que a Cadete visse o que estava ali adentro, deixava-a com um ar de curiosidade.

Por fim, o local de metal se saiu, mostrando o que estava no prato de prata. Ali, a cabeça de Meowth se encontrava. Um sorriso belo estava nele. A placa de ouro foi arrancada, sendo feito um buraco e colocado um olho. Aparentemente, ambos olhos foram arrancados, contudo, apenas um foi organizado no buraco um pouco acima do devido local. O rabo estava enrolando no que deveria ser o pescoço, as orelhas estavam apenas a pele, o coro havia sido arrancado, deixando uma longa marca avermelhada. Sangue descia por entre as entranhas, com um ar belo, como pequenas cachoeiras. Abaixo de sua cabeça, uma poça de sangue estava como um doce.

- Coma! - uma voz por trás de Johanna veio, enquanto a garota era lançada brutalmente contra o chão, enquanto o olho de Meowth saia do buraco que se encontrava, indo contra a boca de Johanna, que estava sendo aberta de forma obrigatória por poder psíquico. Em seguida, se fechava, impedindo que Johanna a jogasse para fora. A garota sentia agora o gosto do próprio Meowth. Não podendo lançá-lo para fora, a única opção era engolir. Engolir a uma parte de seu Meowth, recentemente morto.

Por fim, era demonstrado a criancinha em frente dela, que sumia como uma simples imagem. Um Drowzee ao lado de um Zoroark riam da expressão da garota. Enquanto um Slowking estava logo atrás, fazendo os movimentos para que fossem como ordens. Ambos, estavam manchados pelo sangue de cada um dos outros, já seco.