O - Everybody Wants to Rule the World

Off: Estou com sono! z.z

Depois de reanalizar o caminho que ela fez junto da cadete e perceber que no momento a jovem estava bem menos equipada, afinal, os passos da morena eram longos, mas não o suficiente para atravessar uma das maiores cidades de Shinki. Ragnar optava por um ônibus e foi só se informar que a mulher de cabelos tingidos embarcava em um, pagando o valor de 4Pk$, um valor baixo, mas que poderia demorar.

Twister estava toda alerta naquela manhã e a mulher seguia no veículo. A cobradora explicou onde ela teria que descer, em um dos pontos da Avenida Flannery que dava acesso à rua Regirock, local onde dava acesso ao templo. A morena sentou-se perto da janela e foi olhando tudo. As pessoas já iam para os seus respectivos trabalhos. Em um cassino, fechado, dois homens de ternos, grandes e fortes saiam arrastando um bêbado para fora do estabelecimento. Em uma rua ou outra, Ragnar pensou ter ouvido um tiro, mas nada que chamou a atenção das outras pessoas no ônibus.

Uma dupla de velhos olhava para a aspirante, mais para as pernas da mesma e riam um para o outro. Até que chegava ao ponto que a cobradora explicou e assim a aspirante descia. Dali, ela reconhecia o local, apesar da última noite não estar nada iluminada e ao longe conseguia enxergar o templo das Memórias e o local de onde teria que realizar o teste. Já na porta, a mulher avistava um Pokémon rochoso entrar no templo...

Off: Fui ver família nesse fim de semana, em outra cidade e voltei de van na madrugada... Ai não dormir nada XD Mas hoje estou melhor )o)

A jovem Ragnar descia da viagem terrível que quase a levou a nocautear dois senhores de olhares bem duvidosos. Mesmo assim, a jovem seguia distraindo-se com o movimento da grande cidade, que não parava em propagando em prédios altos. O movimento era enorme ali. Depois de um tempo e de encontrar o local que desejava, Titânia se perguntava se agora ela teria a chance de encontrar com o monge responsável.

A morena de cabelos tingidos avançava e mais uma vez entrava no templo, com desconfiança de ser atacada por um inseto enorme novamente. Os passos da mulher foram cuidadosos, até que ao lado do templo propriamente dito estava um senhor já idade, com uma roupa típica de um monge ou padre, plantando ao lado do templo algumas flores de beleza relativa.


- É estranho, uma mulher como você vim adorar Arceus. Não faz do tipo religiosa!

Rafael nem fazia questão de olhar para Titânia, enquanto esse observava as suas flores, que pareciam mais mortas do que vivas. Em sua boca, um cigarro acesso em sua mão uma pá de jardineiro. Seus óculos redondos deslizavam pelo nariz, fazendo-o ajeitá-los melhor. Geodude passava com um balde de terra fertilizada, passando ao lado da mulher, sem levantar suspeitas ou interessa na intrusa.

OFF:

Finalmente Titânia adentrava o Templo das Memórias, agindo com cautela, pois sabe-se lá o que poderia encontrar por lá. Não demorou para ser abordada rispidamente por um homem vestido de monge. Seria aquele finalmente Rafael Lucky? A mulher achou estranho, e melhor não comentar, mas o homem parecia estar plantando flores mortas ali.

-Engraçado o senhor me julgar desta maneira... Nem sequer parece um monge - e em seguida emendou baixo para que somente o homem escutasse: - ah, é mesmo, o senhor não é um monge, não é verdade? Aliás, monges podem fumar? Estou aqui pelo teste, não tenho nada a ver com Arceus, ou seja lá o que for que você use como disfarce por aqui.

A mulher mantinha um olhar firme e determinado. Não sabia o que esperar do homem, mas achou que ir direto ao ponto fosse a melhor forma para acabar com aquilo o mais rápido possível.

Off: É desse jeito! x.x

+2 pontos no cartão

No templo, Titânia era abordada e interrogada pelos trajes que segundo o monge não convinha com o local. Mas a morena de cabelos tingidos rebatia com igual rispidez, fazendo com que o homem em sua frente tragasse um pouco do cigarro que estava na boca, soltando uma fumaça pela frente, que chegava até Titânia de forma ameaçadora, embora não fosse necessário falar que era.

- Eu pelo menos me visto como monge... – dizia o homem, retrucando a moça – Teste? O que um ser com massa encefálica primitiva acha que eu faço aqui? Isso é um templo! Não uma casa de show noturno, que seria o local correto para que você fosse fazer o teste.

Um sorriso era mostrado na face do homem que parecia ser um tanto quanto desaforado e meio sarcástico, do tipo que fazia de tudo para ridicularizar a imagem da mulher em sua frente, o que batia de frente com tudo o que Ragnar sentia pelo sexo oposto... Ódio e mais ódio!

Rafael Lucky era exatamente o tipo de homem que mais irritava Titânia. Não que houvesse algum homem que não o fizesse. Entretanto, a moça sabia que para conseguir o que queria, precisaria ser o mais controlada que conseguisse. Respirou fundo tentando recuperar o ar após a baforada de cigarro que tivera jogada contra si anteriormente e disse:

-Olha, eu sei exatamente o que você faz aqui. E acho que deveria agradecer que eu estou aqui. Não é qualquer um que quer correr o risco de ter a cabeça posta a prêmio. Você não imagina o que esse corpinho de dançarina de casa noturna pode fazer pela sua organização. Só estou pedindo uma chance de provar meu valor.

+2 pontos

Mesmo diante da provocação de Rafael, Ragnar não desistiu de entrar para a organização. Mesmo o monge em sua frente sendo do tipo bem intimidador e provocante com sua língua afiada, a morena batia o pé firme e acreditava ser essencial para a organização. Mesmo assim, toda aquela falação não deixava Lucky mais aberto em abrir logo o jogo e se mostrar como recrutador apocalipse...

Geodude, no solo, continuava o trabalho de seu mestre, plantando as flores de aparência morta na lateral do templo. A casa de madeira continuava escura por dentro e dali a mulher observava algumas velas acesas. O homem olhava Ragnar novamente de ponta a cabeça, tragava o seu cigarro e avaliava Titânia, que ia direto ao ponto, mais uma vez.

- Não sei se uma criatura de massa encefálica rudimentar como você possa ser útil, já que precisamos mais de pessoas espertas do que de mais um corpinho bonito. Se eu fosse recrutar todo mundo que chega aqui falando que era capaz, mocinha, essa organização estava lotada... E você ainda tem um ônus, já que de forma imbecil quase morria pelas presas do meu Scolipede.

Rafael abria o jogo e logo entregava que era mesmo o recrutador dos Apocalipses, no entanto, o monge não estava nada a fim de deixar Ragnar entrar na organização e além do mais deixava claro que o Scolipede da noite passada era dele e foi ele quem estava assistindo a morena ser quase morta, se não fosse a cadete.

Determinada a entrar na gangue, Titânia persistia na tentativa de convencer o homem, que por sinal lhe irritava profundamente, a deixá-la tentar fazer o teste. E ainda por cima fazia pouco de sua capacidade intelectual.

-Por quê não me testa? Posso te mostrar na prática que não sou só um rostinho bonito num corpinho espetacular. Sobre seu Scolipede, o que você esperava, uma garota desarmada e sem pokémon contra aquela criatura?

A aspirante preferiu não comentar sobre como o pokémon venenoso atraíra cadetes para o local de recrutamento dos apocalipses. Quanto menos atrito tivesse com o responsável por testá-la, melhor seria para ela.

+2 pontos

- Resposta esperada de alguém que precisa de mais cuidado do que mexer com os Pokémons dos outros...

Ragnar estava determinada a entrar na organização, não importava qual fosse a opinião de Rafael Lucky, o que deixava sobre teste a paciência da morena de cabelos tingidos, já que ela tinha que aguentar aquele senhor ali criticá-la em tudo e além do mais ficar fazendo especulações sobre a capacidade dela. Geodude afofava a terra ao redor das flores mortas, trabalho que ao ver da aspirante, era inútil, mas não comentou.

O monge parecia pensativo sobre a proposta da morena, como se tivesse algo em mente. O homem não deixaria nada acontecer com o templo e certamente se continuasse insultando a mulher, ela reagiria, batendo de frente com o Geodude. Ele pareceu levar o pedido da mulher em consideração.

- Certo. Prove-me que não é apenas uma meretriz de um dos cassinos de baixo calão da cidade e faça algo que me interessa. Vá até o covil dos cadetes, o Dormitório dos cadetes, na Avenida Twister. Lá há dois caminhões com suprimentos para algum lugar ai que não te interessa. Destrua todos os suprimentos, alimentos, medicamentos, exploda tudo e volte. Vá com Geodude para auxiliá-la, mas já aviso que se tentar roubá-lo de mim, vai se arrepender profundamente.

A mulher engoliu em seco a provocação do falso monge. Como é que ela poderia ser a culpada por ter sido atacada pelo pokémon do mesmo? Entretanto, sua vontade de entrar na organização, assim como sua força de vontade, era bem maior do que a raiva que sentia pelo homem. Uma veia saltou em sua testa quando fora chamada sofisticadamente de "prostituta barata", e finalmente parecia ter convencido o homem a testá-la.

O teste aliás não parecia ser dos mais fáceis. Como faria para invadir assim o dormitório dos cadetes? E ainda mais destruir os suprimentos? Pensaria nisso em seu caminho, enquanto respondia com firmeza para Rafael:

-Considere-o feito. E não se preocupe, não tentaria roubar seu Geodude. - e em seguida dirigia-se à pedra: - Indique o caminho.

+2 pontos

Uma veia saltava na testa da aspirante e a vontade de dá um soco em Rafael sobressaia-se no momento, mesmo diante da oportunidade de fazer um teste para o monge disfarçado. Ragnar deixava o templo das memórias com o Pokémon rocha e assim seguia de volta para as ruas da cidade. Parecia ser por volta das oito da manhã e o movimento de Twister era notório. A cidade era enorme e possivelmente teria que ser observada de longe.

Apesar de ter nascido na grande cidade luz, Titânia ainda se sentia perdida no decorrer do tempo, mas seguindo o Pokémon rocha, percebeu que a avenida não ficaria muito longe dali (aparentemente!). Diante do caminho do rock que flutuava centímetros do chão, ela percebia o quão longe estava sendo o caminho. Depois de quase uma hora de caminhada, debaixo do sol quente de verão, com as pernas da morena bem mais torneadas que o normal, ela observava a arena do ministro do ouro e em uma calçada de frente, um pouco mais afastado, o dormitório dos homens da lei.

Finalmente a aspirante observava o local. Viaturas de frente do prédio e a garagem logo ao lado, aberta, com homens entrando e saindo. Geodude tratou de se esconder, já que se alguém o visse com a mulher, julgariam logo que ela era um apocalipse... a mulher observava com cuidado e percebia a quantidade de cadetes que entravam e saiam do prédio alto e bege, meio morto ao se comparar com a iluminada cidade.

Ao chegar de frente do prédio, Geodude se escondia na esquina, de modo que se protegesse dos olhos dos homens da lei. A morena de cabelos tingidos, por sua vez, entrava no prédio e Geodude entrava pela garagem ao lado, fazendo o possível para passar por ali despercebido. Dentro, o local não tinha nada mais que chamasse a atenção do que antes. Seguia pelos corredores um bando de cadetes vestidos de civis, mais apropriadamente com roupas de jogadores de futebol. Possivelmente acabaram de “bater um baba”.

Alguns subiam e desciam as escadas, deixando Titânia atravessar o ambiente sem mais perguntas. Qual criminoso seria louco o suficiente para entrar no local onde os cadetes treinavam e passavam o dia? Titânia, claro, sob ordens de um monge recrutador que certamente queria vê-la morta. A mulher seguia pelos corredores, até que finalmente alguém notou a presença dela. Era um cadete alto, cabelos negros e olhos verdes, bem bonito, por sinal. O homem, de uniforme, aproximava-se da mulher com um sorriso que dizia tudo: ele estava a fim de Titânia. Mas a reação foi bem mais cordial do que pensava.

- Você não é uma cadete, é? Sou Mason Flinckon, posso te ajudar em algo?

O rapaz não evitou em fitar as pernas da mulher, mas o homem não desconfiava que aquela que estava em sua frente era uma aspirante a apocalipse. O moreno tentava fazer graça e chamar a atenção para ele, enquanto o seu Meowth seguia ao seu lado lambendo as patinhas e se mostrando bem mais fofo do que os outros da organização;

Titânia observava admirada Geodude se esconder com maestria. Provavelmente não era a primeira vez que o pedregulho tentava entrar no prédio, enquanto isso Titânia o fazia despreocupadamente, como se estivesse dando um passeio no shopping local. Passou, literalmente, por um time de futebol antes de ser abordada por um cadete, de beleza acima da média, e que parecia profundamente apaixonado por ela, que por sua vez tratava de demonstrar sua faceta mais fofa possível: a de garota inocente.

-Ah, a empresa me mandou para ajudar os motoristas dos caminhões que estão previstos para sair hoje, mas como sou novata não sei bem onde fica a garagem e acabei me perdendo. Sou um pouco lesada, sabe? Poderia me mostrar o caminho? Muito prazer, me chamo Mary - disse, repetindo a informação que dera à cadete na noite anterior, enquanto estendia a mão, como esperando que o homem a beijasse cavalheirescamente.

Ao mesmo tempo que esperava ser guiada pelo cadete, a mulher já arquitetava um plano para tirá-lo de combate e roubar sua farda e assim despistar outros oficiais. Não achava que o homem pudesse ser um problema, mas se preocupava com o felino aos seus pés, por isso procurava instintivamente por Geodude. O rock-type seria perfeito naquela situação.

+2 pontos

Sem nenhum pingo de vergonha, Titânia inventava uma desculpa para o cadete galanteador, que aparentemente estava bem interessado na mulher de cabelos tingidos em sua frente. O mesmo fazia o possível para mostrar os seus músculos, de modo que Titânia pôde improvisar com perfeição a forma de uma garota indefesa que queria. O mesmo parecia ter caído na da garota e assim beijava a mão dela, mostrando todo o interesse dele.

- Sério?! Uma motorista? Não faz o tipo.

O cadete ria mostrando os belos dentes brancos. Talvez ele não estivesse na corporação apenas para a lei, mas para ser o herói que garotinhas inocentes procuravam. O cadete seguia com Ragnar pelos corredores do local e ao longe a morena via a porta que guiava para a garagem, assim como Geodude na esquina, coisa que o cadete não notou, por estar prestando atenção em outras coisas. Meowth seguia os dois, mostrando-se distraída e foi só um movimento de olhos para que Titânia pudesse informar ao Geodude o que tinha que fazer.

A morena, em um movimento rápido, empurrou o cadete para dentro de uma porta, onde ficavam alguns produtos e instrumentos de faxina. O cadete pensou que ali dentro eles iriam fazer alguma coisa que ele queria, mas quando recebeu um golpe com uma vassoura ali, ficou desacordado e só tocaria no corpo da aspirante em seus sonhos.

Titânia Ragnar saia do armário vestida de cadete e no chão, o meowth do cadete estava nocauteado e ensanguentado, assim como parte do sangue estava em geodude, fora a forma ofegante do Pokémon.

Notando o interesse do cadete em si, Titânia não hesitava em seduzi-lo, apenas esperando pela oportunidade perfeita de privá-lo de suas roupas e usá-las como disfarce. Olhou com um notado interesse para os músculos do homem - afinal, ainda era uma mulher - mas logo focou-se no objetivo da missão.

-Ah sim, nós mulheres hoje em dia podemos ocupar os mesmos cargos que os homens, sabe? - respondeu, controlando-se para não alterar a voz e mantendo seu disfarce.

Por sorte, o oficial parecia tão encantando pela morena, que não percebia suas reais intenções. Seu Meowth também não era um dos mais espertos exemplares de sua espécie, assim ao ver um local oportuno, a garota empurrou o cadete para dentro do mesmo, e ao ver a expressão pervertida na face do mesmo, não hesitou em aplicar uma vassourada na cabeça do mesmo enquanto Geodude finalizava o seu parceiro. Assim, Titânia saía do armário vestida como cadete, como se nada tivesse acontecido. Olhou o crachá do uniforme, M. Flinckon, parecia que Mary, seu disfarce, havia ganho um sobrenome.

Agora tudo o que tinha que fazer seria entrar na garagem. Tiraria todos dali utilizando seu disfarce, sob as alegações de que o superior ordenara que ela fizesse uma vistoria nos veículos, e que não deveria ser incomodada, por fim, faria o que estava ali para fazer.

+2 pontos

Ragnar deixava o armário vestida de cadete e com a alegação que sua personagem Mary havia ganhado um sobrenome no momento. A morena de cabelos tingidos seguia pelo local e Geodude olhava a aspirante de cima aos pés. Parecia que o próprio rock dizia com os olhos que ela realmente parecia uma cadete. Caminhando para a garagem, o Pokémon a seguia, como quem não quer nada e logo sumia entre os veículos do local.

Alguns cadetes trabalhavam ali e parecia que a última caixa de suprimentos era colocada no local. Com pose de durona, como quem lembrasse a cadete da última noite, Titânia chegava dando ordens e com respeito um olhava para o outro e batia continência, se retirando. Geodude aparecia diante da jovem e assim sinalizava que os dois caminhões de porte pequeno eram os alvos da missão da aspirante à apocalipse. Se tivesse êxito, destruição pública seria uma coisa bem comum na vida dela.

Lá dentro, havia vários tipos de coisas, entre elas remédios de vários tipos e comida, desde perecíveis aos não-perecíveis. Havia óleo, suco e pão. Os pacotes tinham endereços, e em um caminhão iam todos para Kalled, onde os Armagedons conseguiram ganhar território e o outro caminhão ia para Piesok, onde Apocalipses ganharam o território. Os olhos da morena viam que teria que destruir aquilo tudo, mas como?

Titânia logo conseguia retirar os cadetes da garagem, sobre a autoridade de uma voz bem clara. Geodude que outrora se escondia, agora ajudava a morena de cabelos tingidos a tirar dali todo o material que seria entregue às vilas e cidades que estavam sobre domínio armagedon e apocalipse. Mesmo assim, a jovem sentia que tinha que teria que continuar a sua missão, independente quem ajudaria no futuro. Geodude e a morena empilharam todos os itens na lateral dos caminhões e centro da garagem e banharam tudo em óleo.

A jovem pegou um fósforo e ali mesmo tocava fogo na grande quantidade de suprimentos que eram destinados aos grupos de rebeldes que tentavam ainda se libertar dos regimes das gangues. O fogo começava a se alastrar rápido e se não fosse rápida, Ragnar quase queimaria a sua mão ali. A dupla deixava a garagem pelas portas da frente e deixava o fogo comer solta, enquanto um cadete de apenas roupas de baixo gritava pedindo ajuda.

Titânia e Geodude voltavam para as ruas ensolaradas naquela manhã da cidade. O céu limpo deixava Twister um pouco maior e a garota ainda tinha que aturar o uniforme quente do cadete. Andavam pelos becos, escondidos de olhos de pessoas curiosas, ou de senhores da lei. A dupla caminhava e depois de quase trinta minutos, chegava ao Templo das Memórias.

Com o pensamento de missão cumprida, Titânia chegava ao templo das memórias, acompanhada do Geodude. O Pokémon movia-se de modo silencioso e não emitia nenhum som sequer. Os olhos da morena de cabelos tingidos pairavam sobre o local e sobre o calor que envia a cidade. Ninguém a via entrar, assim que passou o portal do muro, via a grande estátua de Arceus, que parecia condenar o mundo daquele ângulo. A mulher entrava no templo mais uma vez, temendo encontrar um grande inseto ali.

O Templo por dentro era escuro como se fosse noite, embora não chegasse nem ao meio dia até agora. Um pouco suada com o uniforme e com o calor de verão que fazia, a morena encontrava o monge ajoelhado diante de duas velas e uma pequena imagem de Arceus, dessa vez menos ameaçadora do que a que tinha lá fora. O monge parecia fazer um ritual e Titânia não o incomodou, até porque Scopilede estava do lado e encarou a aspirante de modo ameaçadora.

- Então terminou? – Titânia ousou responder, mas antes, percebeu que o monge falava com o rock e não com ela. O Pokémon pedra aproximava-se até o mestre, que tocava em sua cabeça. – Muito bem... Certamente menosprezei sua capacidade de raciocínio, não... Mas bem, pode ficar em paz... Acredito que não tenha que lista os Pokémons que você pode escolher, não é? – dizia o monge, pedindo a escolha da morena, do jeito dele.

OFF:

Titânia enfim retornava ao Templo com a sensação de dever cumprido. Pensava em como tinha ido bem na sua primeira missão, enquanto ia adentrando na escuridão do templo. Quase caiu pra trás de susto quando viu o Scolipede de Rafael ao seu lado, e preferiu manter alguma distância.

Ao entrar no cômodo, foi recebida com frieza pelo recrutador, mas sorriu em resposta. Conhecia o monge o suficiente para saber que aquilo na verda significava um "bom trabalho", então respondeu de forma cortês:

-Muito obrigado. Gostaria de um Trapinch, por favor.

Off: èééééé

Sabendo que Rafael estava satisfeito com a missão, Titânia foi logo pedindo o Pokémon, sem esperar que o homem em sua frente vestido de monge listasse os disponíveis. O homem se ergueu indo até uma prateleira, onde no meio se encontrava um quadro de Arceus, Dialgia, Palkia e Giratina. Retirando o quadro do lugar, um fundo falso que tinha algumas Pokébolas dentro. Ele pegava uma por uma, colocando dentro de novo, parecendo afirmar que não era a que ele queria, até conseguir uma de seu agrado.

Enquanto procurava, Scolipede olhava para Titânia, enquanto Geodude sumia na escuridão da sala. O bug pareceu fitar Titânia de modo ameaçadora, mas aos poucos a morena percebeu que era o jeito dele e que não iria ataca-la novamente, como fez anteriormente, possivelmente para proteger o templo. O monge retornava com a esfera e entregava para a mulher, dessa vez, sorrindo.

- Eu jurei que você ia morrer lá, mas não digo que gostei desse uniforme... Aqui está o Pokémon. Os gangsteres podem usar do Kazumi Hotel de todas as cidades para receber Pokémons, se curar lá, assim como os Pokémons. Mas fique sabendo que Apocalipses e Armagedons convivem no mesmo local, então, nada de brigas... Pelo menos, lá dentro! Agora, vá e mostre para Mina o que eu vi em você... E não me desaponte, afinal, como olheiro, minha honra está em jogo.


print do pokémon

Titânia era decidida. Estudara bastante sobre os Apocalipses para saber as opções de iniciais que teria naquela carreira, e por isso não pestanejava em escolher o tipo terra, uma vez que um de seus objetivos era formar um exército de pokémon dragões, onde a última forma daquela criaturinha teria papel fundamental.

Ela via Rafael mexer num compartimento secreto repleto de esferas bicolores, provavelmente todas vindas do Quartel General dos Apocalipses, enquanto fazia as pazes mentalmente com o Scolipede do velho, além do próprio treinador.

Titânia não costumava demonstrar bons sentimentos para com homens, mas mesmo que aquele senhor a houvesse chamado de prostituta barata algumas horas antes, não pôde deixar de sentir uma pequena empatia por ele. Parecia que todo aquele atrito fora encenação - ou ele só estava querendo se manter por cima? - podia ser também que ele dissesse o mesmo para todos os que triunfassem, mas naquele momento Ragnar se sentia especial como poucas vezes se sentira na vida. Quando o homem falou do hotel, Titânia respirou aliviada. Estaria sua dívida lá paga por ela ser membro de uma das gangues?

Recebeu a pokébola, e agradeceu o homem com singelas palavras:

-Pode deixar. Não decepcionarei nem a você nem à senhorita Mina. E sobre o uniforme, também não acho ele dos mais bonitos, mas acho que ficarei com ele. Pode servir de disfarce, certo? Muito obrigado por tudo, velhote.

A morena conseguia finalmente o seu primeiro Pokémon. Ragnar se via agora um passo à frente para poder conquistar Shinki, mas longe disso, sentia que o monge era muito mais amigável do que julgou. As palavras torpes contra ela, que outrora eram proferidas, eram esquecidas e a morena de cabelos tingidos deixava o templo com um Trapinch na esfera e uma determinação em frente. Talvez o maior problema da garota fosse se tornar forte o bastante para dominar aquela região, mas a preocupação no momento era receber um tratamento diferente do gerente de Kazumi...

Voltando para as ruas quentes da cidade, Titânia percebia o quão quente era ficar com aquele uniforme e retirava antes de poder pisar no asfalto da cidade enorme. De passo em passo, a recém Apocalipse traçava o seu caminho para novas aventuras...

Rota encerrada. Após trocarem o seu rank, pode postar nas ruas de Twister. Entreguei os pontos pela rota.
Adorei narrar a Titânia, espero no futuro ter essa oportunidade novamente. Abraços