IV - Família (?)

Com a figura de um senhor já de idade no meio da rota 2, Asura se recompusera de sua atuação e voltava ao normal, enquanto chamava a sua amiga para perto e explicava a situação. Amanda saia do meio da mata ainda tímida, com Chu nos braços e Zoro no chão. Ela andava timidamente até o homem e assim este encontrava com os dois e assim ficava a par da situação, mas depois de tudo, colocou a mão na barriga e começava a rir escandalosamente, aparentemente para Pikachu.

- Hahahaha. Eu lembro-me dela. Tinha visto essa espécime hoje mais cedo. Tentei captura-la, mas fugiu. Sabe, sou caçador de Pokémons aqui. Vendo Pokémons para ganhar o sustento. – dizia e assim colocava a mão perto da boca e cochichava para Asura, mesmo Amanda podendo ouvir. – Sei que é ilegal, mas alguém tem que colocar o pão na mesa da família, não é rapaz? – dizia o senhor. – Não vi nenhuma Gothorita por aqui, mas a rota tá cheia de armadilhas e cá entre nós, nem eu sei onde estão ... – ria mais uma vez de modo escandalosa, embora não tivesse motivo. – Mas tenho um amigo que vai ajudar... Massa, saia.

Lançando uma esfera para cima, um Dodrio aparecia de modo ameaçador. Era grande, suas pernas principalmente. Cada cabeça reagia de um modo e uma mais raivosa bicava o gladiador, fazendo-o cair no chão e ter Safira para discutir com alguém, mas a ave ignorava. O senhor explicava a situação para ela e assim o Pokémon saia correndo no meio da noite atrás da armadilha, em uma velocidade surpreendente.

- Hehehehe. Massa é rápido, é melhor correrem, se quiserem achar seus Pokémons...

A cabeça de Asura dava um nó. O sujeito não era do tipo maldoso, ou coisa do tipo, afinal de contas, era um sorridente e cheio de mistérios. Diante do acontecido, ele apenas ria e entre boas risadas dizia que não via nenhuma Pokémon, mas mesmo assim era difícil de acompanhar seu ritmo de conversa. Depois de um tempo,  Massa aparecia de modo hiperativo, pelo menos uma das três cabeças. O Pokémon saia em disparava pela rota, enquanto o casal agradecia o velho, que acenava.

O velho gritava dizendo que Massa saberia voltar sozinho e por conta disso ele ficou ali, uma vez que tinha dificuldades para seguir o grupo. Zoro protestava entre rugidos que não iria ser suporte dele. Amanda nem comentou. O grupo saia correndo. Radar ia à frente, sendo seguida por Safira. Chu logo atrás. O grupo tinha dificuldades para acompanhar Massa, que ia desativando as armadilhas uma por uma.

Eram cordas, redes, jaulas. Tudo ia sendo desativado com os grandes bicos e iam sendo lançadas para o lado. O Pokémon era habilidoso em tudo, mas até o momento, nada de encontrar a última Pokémon desaparecida. Ao longe, as coisas iam sendo deixadas para o lado. As armadilhas viram entulhos nas rotas. Graças a elas, Massa parava para desarmar e o grupo conseguia guiar o Pokémon.

Depois de tudo isso, a visão de Asura, por ser mais alto, enxergava algo no meio da noite. Em um galho de árvore, uma rede parecia suspensa no ar e um Pokémon tentava alcançar a rede, de forma frustrada. A psychic estava ali na rede, com cara deprimida e ao ver o grupo mandou um sorriso, enquanto um Doduo tentava alcança-la, querendo bica-la por algum motivo. Amanda dava um grito, fazendo o Pokémon de duas cabeças ficar agitado e correr na direção do grupo, mas um simples Water gun unido com Dark Pulse foi o suficiente para nocautear a ave. Massa desativava a armadilha e a psíquica voltava para os braços da sua mestra, que a abraçou de modo amoroso.

Depois de uma procura às cegas pela rota 2, finalmente Amanda reencontrava sua Pokémon, que fora presa por uma das armadilhas do senhor. Massa conseguia desempenhar um ótimo trabalho ali e de fato era uma ave com uma boa memória, afinal, tinha três que se comunicavam. O Pokémon de três cabeças era elogiado pelo menino, que apenas acenava na cabeça dele, já esperando uma bicada do mais nervoso. Assim, Massa voltava correndo para voltar junto de seu mestre, mostrando-se mais rápido do que antes, podendo-se deduzir que antes ele estava devagar.

Agora, com os Pokémons todos reunidos, Amanda não soltava Gothi, que já estava sentindo falta de ar. Quando voltaram para a viagem, o grupo resolvia seguir ainda de noite, embora essa noite parecesse mais clara que o normal. O sono do grupo demorou uma boa hora, enquanto as batalhas e buscas mais algumas. Uma nova manhã se aproximava e o grupo persistia ao encontro de Jorvet.

Não demoraram em encontrar a trilha de volta e persistiram pela estranha andando para a vila próxima. O barulho do mar continuava cada vez mais frequente e por isso o caminho foi tranquilo. No horizonte, os primeiros raios de sol nasciam, proporcionando ao grupo uma visão linda, até porque estavam em uma colina e viam de um lado o nascer, do outro a vila...