Pokémon Shinki Adventures RPG
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09| Rompendo o silêncio

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Mensagem por Chris Storm Sex 13 Mar 2015, 10:46

A dupla chegou à cidade fantasma na alvorada, presenciando os primeiros raios de sol atravessando as ruinas de concreto e as edificações vazias que ainda persistem no lugar até que tocassem suas peles, o que não foi suficiente para acabar com o frio.

Chris tem uma missão: deve procurar alguns documentos e levar até o hotel, mas, para isso, ele precisa primeiro explorar para conhecer a cidade, descobrir em que lugar alguém esconderia algo do tipo ou mesmo passar tempo até que alguém lhe mande uma nova mensagem com informações mais precisas. Seu argumento para Blue foi que eles deveriam buscar um lugar minimamente confortável para usarem durante a estadia deles em Silent.

Caminhando por entre as ruínas, o único som que ouviram foi o dos passos que eles mesmos davam, sendo que nem mesmo o crocitar das aves parecia existir naquele ambiente... Só assim os dois descobriam o porquê daquele lugar ser conhecido como cidade silenciosa.

– Estou faminta! – Queixou-se Blue, interrompendo o silêncio. A pequena bola de pelos que acabara de nascer ainda descansa em seus braços.

Aquilo fez Chris se dar conta do vazio em seu estomago, ainda mais depois de um dia inteiro de caminhada sem comer muita coisa. E agora? Não faz ideia de como achará algo para saciá-los naquele lugar.

– Tudo que tenho são três cookies. – Respondeu, com uma expressão chateada na face.

– Ah, não adianta nada. Só me deixará com mais fome.

– Qual será o restaurante mais próximo? – Brincou, deixando escapar um risinho.

– Engraçadinho... Mas é um bom ponto, devia haver restaurantes por aqui antes, vamos continuar procurando, quem sabe não restou alguma coisa aproveitável. – Na verdade, não tinham outra opção.

Chris assentiu. Sabe que não pode mais adiar a revelação sobre sua verdadeira identidade para a jovem, mas esperava que ela estivesse de bom humor no momento. E ninguém fica de bom humor com fome! Tirou seu celular do bolso para ver se tinha alguma nova mensagem e o guardou ao perceber que não.




Última rota: https://shinkirpg.forumeiros.com/t3294p45-08-saida-a-francesa#28623

Continuação do plot anterior, rota da Erica
Chris Storm
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Mensagem por Érica Sex 13 Mar 2015, 16:46

Off: hi \o/ tudo bem? ^^

Os raios de sol surgiam por trás dos prédios em ruínas, iluminando o local pouco a pouco. Sombras se projetavam, o vento passava gélido e carregava consigo poeira, cruzando as ruas com pedaços de concreto. O silêncio reinava absoluto, sendo quebrado unicamente pelo som dos passos dos dois viajantes.

Com itens para procurar para concluir a missão, o Armagedon imaginava se receberia alguma mensagem com mais informações. Só sabia que devia procurar alguns arquivos, e que também o gangster os escondeu as pressas, pouco antes de ser preso. No entanto, também havia a Gladiadora.

Ambos procuravam algo que pudesse se assemelhar a um restaurante. Quem sabe houvesse alguma coisa ainda comestível? E seria melhor revelar a verdade com a morena de melhor humor, coisa que era difícil com o estomago de ambos começando a protestar.

Continuaram seguindo caminho, desviando de destroços e observando os prédios. Um poste de luz, entortado em um ângulo estranho, deu sinal de que ia cair, o que fez a dupla se afastar e ficar mais alerta. O silêncio parecia soberano mais uma vez, causando uma sensação incomoda. Os restos de uma casa acabaram terminando de desmoronar próximo do gangster e Gladiadora, levantando poeira e causando um pouco de tosse na dupla e espirros de Swinub.

Após mais alguns minutos de caminhada, se deparando com algumas ruas bloqueadas, ruínas, poeira e nenhuma alma viva aparente, Chris percebeu um prédio meio destruído. A placa caída, com marcas de arranhões, mas era visível o que parecia ser um garfo e uma faca cruzados, formando um X. Finalmente haviam encontrado um restaurante.

Dado lançado.
Boa sorte.
Érica
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Mensagem por Conta Fundadora Sex 13 Mar 2015, 16:46

O membro 'Érica' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'Páscoa' :
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Mensagem por Chris Storm Seg 16 Mar 2015, 13:22

OFF: Sim! Eu inseri esse item que apareceu na narração, podia? xD




Chris e Blue perceberam, enquanto faziam a busca por alimento, que mesmo a cidade não recebendo um número grande de visitantes, ainda assim pode ser perigosa. Após o incidente com o poste, o gangster passou a ser mais alerta, preocupando-se não somente com uma eventual aparição dos cadetes. No fim das contas, o acidente trouxe algo além da tensão: uma estranha pedra prateada e meio transparente, que lembra uma bola de gude, rolou até os pés do jovem que nunca leu ou ouviu falar nada a seu respeito. Sem se demorar muito, o gangster a guardou em sua mochila. Na pior das hipóteses, tratava-se apenas de um item sem valor.

Após minutos de caminhada, a dupla enfim encontrou o que procurava. Trocaram um breve olhar seguido por um gesto positivo com a cabeça, indicando que nenhum dos dois tem alguma dúvida de que aquela construção foi, outrora, um restaurante.

– Você primeiro. – Blue disse. Afagou os pelos da Swinub que movimenta discretamente seu focinho como se estivesse a farejar alguma coisa.

O gangster se aproximou da edificação até que ficasse a alguns centímetros da porta dela. Respirou fundo e ergueu uma de suas pernas, armando-se para dar um chute.

“Espero ao menos que tenha gás e algumas panelas limpas. Se bem que talvez não haja nada que sirva de caça por aqui. Em que buraco fui me meter?” Pensava a gladiadora enquanto assistia o seu companheiro de viagem seguir até o prédio.
Chris Storm
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Mensagem por Érica Ter 17 Mar 2015, 15:50

Off: sem problemas ;D rota começando a ficar divertida, n acha? What a Face




O Armagedon descobria que, além dos cadetes, a própria cidade apresentava riscos e um aspecto estranho. O vento passou, como se entoasse alguma música proibida, que se sufocava entre as paredes dos prédios abandonados. Um arrepio incomodo surgia, mas a dupla ignorava e seguia seu caminho.

Quando finalmente encontraram o que buscava, Chris e Blue trocaram um breve olhar. Swinub parecia farejar alguma coisa, se movendo de leve enquanto a Gladiadora dizia para o gangster ir na frente. A morena se perguntava em que lugar havia se metido, enquanto o ruivo derrubava facilmente a porta, tossindo com a nuvem de poeira que se ergueu.

O interior do local era bagunçado. Mesas e cadeiras estavam revirados, cobertos por poeira. Antigas cortinas pareciam arrancadas de seu suporte, outras estavam com diversos arranhões. As janelas mal iluminavam o local, com poucos raios de luz conseguindo se infiltrar no ambiente e projetar sombras estranhas.

Ambos caminharam para o interior, um pouco relutantes. Chris logo sentiu a Gladiadora parar, se virando para a mesma e notando que ela encarava uma parede. O olho esverdeado se direcionou para o local que ela tanto observava, se surpreendendo com o que via.

Aproximando-se, tentando ler melhor, o ruivo viu a parede de madeira arranhada. O arranhão, no entanto, era irregular, claramente não fora feito por garras de um Pokémon. Passando os dedos por cima, o rapaz notava o que havia feito aquilo: uma pessoa. Os contornos das marcas levemente avermelhados, enquanto o rapaz lia a mensagem deixada para trás. "Não há salvação".
Érica
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Mensagem por Chris Storm Ter 17 Mar 2015, 18:47

OFF: Medo  pale




De repente aquilo que o gangster tanto procurava ao fugir de Chermont começou a assombrá-lo. Diante daquela estranha mensagem e marcas na parede, a tranquilidade e o silêncio causado pela ausência de pessoas começou a sufocá-los, fazendo com que ambos sentissem calafrios percorrendo seus corpos.

– Será coisa de algum gangster? – A mulher supôs, causando decepção em seu parceiro que tentou disfarçar voltando-se para as manchas para tocá-las com os dedos de sua mão boa. É bem verdade que boa parte dos civis não se importa em diferenciar as atitudes dos Armagedons e dos Apocalipse, atribuindo aos mesmos uma mesma categoria: gangsters, terroristas. Pelo passado da garota com os cadetes, Chris esperava que ela não fosse um desses alienados... ao menos isto. – Não. – Ela se corrigiu, antes mesmo do rapaz dizer alguma coisa. – Isso parece coisa de seitas religiosas... Essa coisa de mensagem, salvação. Medo!

– Seitas? Aqueles bitolados dos Giratinas ou seguidores do Arceus? – O gangster indagou com o seu cenho franzido. O mesmo sempre evitou contato com pessoas dessas ordens, considerando-os um bando de fanáticos... Entretanto, sempre ouviu histórias sobre eles. E histórias mais macabras que relatos das atrocidades que armagedons costumam cometer.

– Devemos sair daqui? Não to com um bom pressentimento... – Sugeriu, olhando em direção da porta em que entraram.

– Nada... Nem sabemos a quanto tempo isso ta ai. – O gangster soa como destemido, confiando em demasia em seus parceiros Pokémon para o caso de algum encontro indesejável. – A cozinha fica para lá, vamos dar uma olhada. – Apontou na direção da frente.

Apesar da desconfiança, Blue se deu por vencida. Talvez não fosse o mais sensato a se fazer, mas a sua fome no momento fala mais alto. Após darem alguns passos em direção da outra porta, passando por pilhas de cadeiras e mesas velhas, a mulher parou e chamou atenção do ruivo.

– Vá você. É melhor que eu fique aqui dando cobertura. – Sugeriu, segurando a Swinub com um braço e usando o outro para pegar a pokébola do seu fiel Houndour. – Se acontecer alguma coisa, dê um berro.

– ... Como quiser. – Chris disse após encará-la por alguns segundos, tempo em que assimilara o plano. Assim, marchou em frente, rumo a cozinha do estabelecimento.
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Mensagem por Érica Ter 17 Mar 2015, 21:18

Off: começar a narrar mais enquanto escuto Requiem for a Dream, ajuda mto a entrar no clima e da ideias XD experimenta reler os posts ouvindo ela (o( tem até na shinkidex \o/




A tranquilidade e silencio que antes desejava, agora assombrava o ruivo. A ausência de qualquer sinal de vida, por menor que fosse, começava a sufocar o rapaz, bem como a Gladiadora. O coração de ambos acelerava, o medo se aproximava de forma discreta, se instalando sutilmente, antes de finalmente criar raízes.

Blue, por alguns instantes, perguntou da possibilidade da mensagem ter origem gangster. A visão da maioria dos civis, não separando as duas gangues e colocando todos no mesmo nível, decepcionou Chris, mas antes que ele se pronunciasse, a morena logo levantava outra possibilidade. Que aquilo fosse obra de algum seguidor, seja de Arceus ou Giratina. O ruivo, que sempre evitou contato com os religiosos, já havia ouvido histórias macabras, atrocidades que estes fizeram. Sacrifícios, assassinatos, atentados, torturas, seguidores de Arceus corrompidos e Giratinistas obcecados, ambos mereciam ser mais temidos do que alguns exilados e Armagedons.

A Gladiadora ponderou sair do lugar, mirando a porta e desejando tomar o mesmo caminho que seguiram, mas agora para voltar a cidade. Storm, no entanto, confiava em seus Pokémon e seguia para a cozinha. Blue optou por ficar vigiando o local.

O ruivo chegou a porta dupla, descobrindo que um dos lados estava emperrado, mas pelo menos, uma ainda abria. No interior, descobriu que um armário havia sido derrubado contra a porta que agora não abria. O local estava mais escuro, sem qualquer janela que permitisse muita entrada de luz. Tateando com cuidado, o rapaz estranhou a presença de algumas madeiras pregadas, impedindo que a porta dos fundos fosse aberta. Ao mirar novamente o armário junto a uma das portas de entrada da cozinha, a possibilidade de ter sido empurrado com o propósito de fechar a entrada passou a sua mente, mas porque?

Afastando tais pensamentos de sua mente, o Armagedon voltou a procurar algum alimento, se dirigindo até o que parecia ser o estoque da cozinha. Ao abrir, o odor de comida podre e estragada se manifestava, fazendo-o fechar a porta logo em seguida e dar alguns passos para trás. Sentiu o pé bater em algum objeto, desviando o olhar e vendo uma lanterna. Pegou o item, ligando e vendo a luz piscar um pouco, antes de finalmente iluminar um pouco melhor o ambiente. O som de algo caindo o assustou brevemente, se virando rapidamente e iluminando um Purrloin. O felino andava sobre uma bancada, rosnando antes de escalar outro armário e sair por um buraco no telhado. Entre alguns potes que foram derrubados, um disco branco.

Ao se aproximar, o rapaz viu que se tratava de uma TM, a guardando consigo. Passos apressados eram ouvidos e notou Blue abrindo a porta, perguntando se estava tudo bem. Um vulto pareceu surgir atrás da morena, mas quando o jovem piscou algumas vezes, não estava mais lá. Swinub se manifestava, saltando para o chão e correndo pelo chão empoeirado, tentando abrir um armário. Quando a morena abriu, encontrou diversos enlatados de frutas em calda.

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Érica
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Mensagem por Conta Fundadora Ter 17 Mar 2015, 21:18

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Mensagem por Chris Storm Ter 17 Mar 2015, 22:15

Chris se sentiu dentro de um daqueles suspenses que os mais afortunados costumam ler ou assistir. Tudo ao seu redor era estranho e havia sinais claros de que o local não fora simplesmente abandonado, mas sim palco de algum ato violento. A única dúvida é: fora algo recente? Além de tudo, descobrira que seu plano de buscar alimentos em um prédio como aqueles foi um verdadeiro fracasso. O que era previsível já que, pelo que sabe, faz tempo que a cidade está abandonada e encontrar algo conservado seria meio estranho.

O gangster sentia sua mão gelada, sintoma de uma indesejável sensação de medo que ele relutava em sentir. “Bobagem.” dizia a si mesmo de instante em instante, tentando controlar sua respiração. Já esteve em situações mais arriscadas e presenciou assassinatos antes, o que o fazia achar ter visto suficiente para torna-lo forte, mas aquele lugar tem um aspecto diferente, o manto do desconhecido.

– Não, nada. Tá tudo bem. – Disse a Blue cerca de um minuto depois que a mesma apareceu no cômodo. Na verdade a gladiadora o assustou, assim como o felino minutos atrás, mas ele não demonstrou isso. Ou ao menos tentou não fazê-lo, conseguindo porque a escuridão impediu com que a jovem encarasse um semblante assustado e um olhar incrédulo para as costas delas.

Chris sempre foi cético, nunca acreditou nas histórias de fantasmas que costumavam assombrar as crianças que cresceram com ele. A maturidade o fez perceber que o problema são os vivos e não os espectros. Mas... por que aquela estranha silhueta que achou ter visto atrás de Blue provocou uma estranha reação nos pelos do seu corpo?. ”O cérebro nos prega peças, nos lança em armadilhas” convenceu-se, decidindo não falar nada para Blue. No final nem precisou, já que a morena se entreteve com a fuga do Pokémon bebê dos seus braços e sua corrida até um armário velho.

Comida aparentemente boa! Aquilo deu uma injeção de ânimo para os dois, que sem pensar em mais nada, depositaram algumas latas sobre uma mesa do cômodo. A pequena Swinub grudou em uma lata e não largou por nada, sendo erguida junto da mesma para a mesa. O gangster então pediu ajuda de outro dos seus Pokémon para abrir os enlatados.

A luz emanada pela pokébola se aparentou como o flash de uma fotografia ao iluminar aquela sala escura por poucos segundos. O crustáceo, sobre a mesa, encarou o seu treinador e o rosto conhecido de Blue antes de ouvir sua ordem. Estranhou a presença da nova membra da equipe, mas depois que fora apresentado a ela, fez o que a mesma estava fazendo em sua relação: ignorou-a.

– Vamos abrir logo isso e dar o fora daqui. Esse lugar me dá calafrios. – Blue exclamou enquanto o Krabby abria a lata com suas presas. Foi uma solução mais rápida que o uso do canivete ou algum abridor.

Após a excitação momentânea, a possibilidade de encontrar alimentos comestíveis fez com que o gangster refletisse a respeito de quem estava vivendo ali. Se as frutas estão conservadas, significa que até pouco tempo havia gente ali.
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Mensagem por Érica Qua 18 Mar 2015, 19:51

O Armagedon sentia-se dentro de um filme ou livro de suspense. Algo naquele lugar, naquela cidade arruinada estava errado. Era evidente que o local não fora simplesmente abandonado. As tentativas de bloquear as passagens, a mensagem na parede, era como se alguém tivesse tentado manter algo do lado de fora, mas soubesse que era apenas questão de tempo. O que teria acontecido, ou o mais importante, a quanto tempo aconteceu?

As mãos estavam geladas, Chris repetia várias vezes a si mesmo que não havia nada a temer e se esforçando para se controlar. Era forte, já havia passado por muita coisa, mas a sensação não o abandonava e seu coração parecia se recusar a se acalmar.

Com a escuridão acobertando seu rosto, escondendo a expressão de medo. Acreditando ser uma visão apenas, uma peça de mau gosto da sua própria mente, o ruivo optou por ignorar, tendo sua atenção desviada para a Swinub, que descobriu comida ainda na validade para a dupla. O alimento conseguindo distrair ambos e dar mais ânimo, não demorou para as latas serem limpas da poeira e colocadas sobre uma bancada, encontrando mais algumas mais no fundo do armário.

Krabby era liberado da Pokébola, abrindo a primeira lata, que já era atacada por uma Swinub esfomeada. O Pokémon Water logo abria a segunda lata, enquanto a Ice continuava comendo o alimento da primeira. A visão do atum e do milho, bem como pêssegos em calda, parecia dar mais energia ao gangster e a Gladiadora, os estômagos se manifestavam e a refeição era servida.

Enquanto comiam, Storm refletia sobre a origem da comida. Alguém devia ter vivido ali em algum momento, talvez tentado montar alguma base segura onde pudesse sobreviver por algum tempo. Blue ainda desejava se afastar do local, sentindo-se desconfortável. A luz provinda da lanterna piscou algumas vezes, mas se mantinha ainda funcionando. No final, ainda haviam sobrado mais uma lata de pêssegos em calda, uma de figos, duas lutas de milho, uma que era milho e ervilha misturado e duas pequenas de atum que poderiam ser levadas, ou deixadas ali.

Após mais alguns minutos de descanso, Blue usava a lanterna para iluminar algumas partes da cozinha. Teias de aranha, armários empurrados contra janelas, a porta bloqueada pelas tábuas e a dispensa fechada. Chris acompanhava os locais que eram iluminados, quando a luz se fixou em um ponto e, por alguns instantes, a Gladiadora esqueceu de respirar e o Armagedon não conseguia desviar o olhar. A marca de queimado na parede, mas o centro claro e delineando a forma de alguém ainda pequeno, provavelmente uma criança. Ambos ficaram em silêncio por alguns instantes, até que o som de algo sendo arrastado fez com que se erguessem abruptamente. Se dirigiam até a outra sala do restaurante, vendo as mesas e cadeiras nos mesmos lugares aparentemente. A porta ainda aberta, as cortinas arranhadas, a mensagem na parede. Havia apenas uma diferença, um laço vermelho no chão, que se movia com a brisa e indo para perto dos pés do falso Gladiador. Confusos, Blue mirou a porta preocupada, quando começaram a escutar uma canção.

     

A voz de criança, entoando uma cantiga suave, mas que no momento, mais assustava do que acalmava. Vinha do lado de fora, mas parecia ecoar, como se sua origem fosse distante e próxima de alguma forma.



Off: avisa se for levar algumas das latas e quais vai levar ^^
Érica
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Mensagem por Chris Storm Qui 19 Mar 2015, 12:07



Agora saciados, Chris poderia aproveitar o abrigo para revelar sua verdadeira identidade para a gladiadora... Isso se um clima estranho não rondasse o ambiente. Os dois aproveitaram que sobraram algumas latas e pegaram algumas para levar com eles, não todas por conta da preocupação com o peso nas mochilas. O gangster optou pela de figo enquanto a gladiadora preferiu o pêssego e as duas latas de peixe que eram menores e mais atrativas que as de milho. “Ninguém deverá se importar com esse roubo”, ela pensou enquanto ajeitava sua bolsa.  

Após terminarem de organizar suas coisas, Chris recolheu seus Pokémons que também pareciam saciados – embora ele achasse que se abrisse alguma outra lata a pequena Swinub seria capaz de voltar a comer – e pegou a lanterna para continuar explorando o lugar, a desgosto da gladiadora que só queria ir embora daquele prédio. Encontram uma marca estranha que remetia a um assassinato brutal, algo que nenhum dos dois pronunciou em voz alta mesmo chegando a mesma conclusão.

Nem tiveram tempo de falar muita coisa, já que um barulho rompeu o silêncio que predomina na cidade desde que os dois puseram os seus pés nela. Ambos correram na direção da sala anterior, encontrando o mesmo cenário de antes, melhor iluminado e ventilado que a cozinha. Ao guardar a lanterna que tinha em mão, o gangster fora surpreendido por algo se movendo lentamente pelo chão até os seus pés.

Um laço! Tomou-o em sua mão boa e o ergueu até que seu olho pudesse examiná-lo. Tanto ele quanto Blue poderiam jurar que a peça não estava ali quando chegaram. Pálida, a morena deu alguns passos hesitantes para trás e encarou a saída do estabelecimento, decidida a não ficar mais nenhum segundo ali.

Antes que pudesse tomar alguma ação, porém, o barulho de uma voz doce ecoou pelas paredes velhas daquele restaurante em uma canção macabra. O gangster e a gladiadora olharam em volta, perdidos, tentando descobrir a origem do som que de tão penetrante parecia ecoar em suas próprias cabeças.

– Tem alguém ai? – Chris perguntou, com seu olho arregalado.

Sem pensar duas vezes ou dar qualquer justificativa, a gladiadora correu em direção da saída, deixando “Jordan” para trás. Ao contrário do rapaz, ela costumava ser sensível a histórias de fantasmas em sua infância e tudo aquilo é aterrorizante demais para que ela queira ficar.

– Hey, espere! – Chris exclamou ao perceber a jovem correndo, preparando-se para acompanha-la mesmo não tendo certeza se as ruas da cidade são mais seguras que aquele estabelecimento.





OFF: Essa musiquinha =o
Chris Storm
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Mensagem por Érica Sex 20 Mar 2015, 23:21

Se por um lado o ruivo desejava revelar sua identidade, por outro o clima era estranho, não parecia ser o melhor momento para isso. Algumas latas eram colocadas nas mochilas, os Pokémon retornados as esferas. O silêncio predominou novamente com a marca na parede, ambos os viajantes chegando a mesma conclusão, palavras eram desnecessárias para saber o que aconteceu.

O som repentino, na sala aparentemente inalterada, deixava ambos um pouco confusos, até que o ruivo via o laço vermelho. Sem um grão de poeira, o material aparentemente novo e brilhoso, o gangster tinha cada vez mais certeza de que aquilo não devia estar ali.

Blue estava sendo tomada pelo medo, a pele cada vez mais pálida e o olhar se direcionando com frequência para a porta, mas a voz repentina foi o que mais surpreendeu, assustando a Gladiadora e o Armagedon. Ambos olhavam perdidos, tentando encontrar a origem da canção, mas ela parecia estar em todos os lugares. Chris questionava, perguntando ao nada quem estava ali, mas a canção continuava a mesma. Doce e macabra, serena e perturbadora. A morena tremia levemente, antes de se render ao pânico e tentar fugir, sem se importar com mais nada.

Chris pediu para a Kunei esperar, mas a jovem parecia não ouvir, ainda correndo em desespero. O gangster tentou alcançá-la, mas ao sair do estabelecimento, novamente sentia um calafrio percorrer sua espinha. A canção cada vez mais presente, incessante, impregnando a audição do ruivo. Blue estava a uma distância já considerável, sumindo ao dobrar numa esquina. O jovem a seguindo, quando algo atraia sua atenção por completo. O mundo ao redor, até mesmo a canção parecia não existir mais, embora a corrida continuasse.

Refletido nos vidros ainda intactos do prédio ao lado, o rapaz viu o reflexo de algo avermelhado, a forma um tanto disforme, mas os olhos pareciam fixos no olho de Chris. Duas esferas negras, sem qualquer resquício de vida ou alma. O coração do ruivo disparava, as mãos gelaram, uma gota de suor escorreu pela sua testa e contornou o rosto. Queria desviar o olhar, mas parecia incapaz disso, como se o reflexo prendesse seu olhar ao dele. Quando a imagem pareceu se aproximar, Chris engoliu em seco e tropeçou.

Se erguendo, o rapaz primeiro mirou o vidro, notando que não havia nada ali. Um olhar rápido ao seu redor, constatando que estava sozinho. O silêncio predominava, sem que Storm soubesse quando a canção parou, ou se sentia alivio ou medo devido a isso. Quando mirou no que tropeçou, sentiu o coração falhar uma batida. Era a mochila de Blue.
Dado lançado.
Boa sorte.




Off: não é uma música linda? S2 What a Face
acho q tenho q parar de escutar a Requiem of a Dream antes de te narrar XD

Edit: eu quero essa sorte TOT
coloca em off qual poké tu quer hidden/eggmove/move tutor o/


Última edição por Érica em Sex 20 Mar 2015, 23:23, editado 1 vez(es)
Érica
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Mensagem por Conta Fundadora Sex 20 Mar 2015, 23:21

O membro 'Érica' realizou a seguinte ação: Lançar dados

'Páscoa' :
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Conta Fundadora


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Mensagem por Chris Storm Sáb 21 Mar 2015, 11:15

Chris sente que seu coração cansou de ficar no lugar em que sempre esteve e agora tem pretensões de saltar através de sua boca. Talvez tenha sido a corrida, talvez seja o medo, talvez as duas coisas... O rapaz tenta, em vão, manter sua respiração estável enquanto analisa a bolsa da sua acompanhante. "Para onde ela foi? A canção... ela parou? E aqueles olhos... O que eram aqueles olhos?" Perguntou-se enquanto se forçava a se recompor. Logo o seu lado racional buscou lhe dar uma resposta realista para o que está acontecendo... "Será que tinha alguma droga naquelas frutas?"

- BLUE!! VOCÊ ESTÁ AI? - Gritou, percebendo que não era a decisão mais sensata a se fazer já que pode acabar atraindo presenças indesejáveis... isso se houver alguém ali.

Teria a gladiadora deixado a mochila cair enquanto corria? A cabeça do gangster estava cheia de dúvidas e preocupações, mas um pensamento que ele renegava insistia em aparecer vez ou outra como uma voz sussurrando em seu ouvido "Talvez seja melhor assim... Não precisaras mais se preocupar em mentir sua identidade. Seu único dever é com a revolução. Fuja! Deixe-a para trás...".  

Engoliu em seco e balançou a cabeça negativamente, tentando se livrar daquela ideia. "Não, não! Devo procurá-la. Fui eu quem a trouxe até aqui. E ainda tenho documentos para procurar nessa cidade, talvez isso tudo esteja conectado afinal" Convenceu-se, respirando fundo e marchando na direção em que viu a garota pela última vez. Agora caminha lentamente, atento a tudo ao seu redor.






OFF: Também acho LOL To sem word, o post pode ter ficado estranho q
Azar in-game, sorte nos sorteios xD Ensinar Icicle Crash para a Swinub
Chris Storm
Chris Storm


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Mensagem por Érica Sáb 21 Mar 2015, 23:13

O coração acelerado se recusava a se acalmar, os batimentos parecendo retumbar nos ouvidos do ruivo. Tentava acalmar a respiração, mas todas as tentativas se mostravam falhas. Muitas perguntas rodeavam a mente do gangster, imaginando onde estava a Gladiadora, o que era os olhos negros, bem como o motivo da canção ter parado. Talvez fosse algo que estivesse nas frutas, fazendo o jovem ter alucinações, ou pelo menos era nisso que ele queria acreditar.

Chris gritou, chamando pela garota e percebendo, um tanto tarde, que podia atrair a atenção de presenças indesejáveis, mas quem estaria por lá? Mas essa preocupação era apenas uma entre milhares. Um pensamento se mostrava mais persistente, incentivando o Armagedon a abandonar a morena, mas era afastado. Ainda havia uma missão para terminar, mas principalmente, foi o responsável por levar Blue aquele lugar.

Com a mochila da morena, Chris marchava pelas ruas abandonadas. Os sentidos atentos, vigiando tudo ao seu redor, mas a cidade parecia novamente tomada pelo silêncio eterno. Esquecida e sem qualquer sinal de vida, com única exceção do gangster. A preocupação crescendo, imaginando onde a Gladiadora estaria.

Ao virar em mais uma esquina, o ruivo sentiu que pisava em algo, mirando o objeto e, mais uma vez, sentindo o coração querer saltar pela boca.

O esqueleto estava relativamente intacto, tirando os ossos do braço que foram quebrados pelo gangster. O crânio apresentava marcas de arranhões profundos, mas o que mais assustava eram as vestes semelhantes as da Gladiadora. Claramente aquela pessoa tivesse morrido a muito tempo, a lógica dizia ser impossível, mas mesmo assim, mais uma vez o coração do Armagedon se recusava a se acalmar. Um disco azulado estava próximo dos dedos do esqueleto, agora um tanto desconfigurados.

Recuando alguns passos, Chris sem querer esbarrou em algo, já se virando e imaginando ter outra surpresa desagradável, demorando alguns segundo para acreditar que via apenas uma Misdreavus. A Pokémon, carregando uma folha na boca, parecia levemente chateada, mas logo o mirou preocupada, parecendo notar o medo do jovem. Outros Pokémon se aproximavam, muitos também carregando folhas consigo, mas mais por curiosidade. Em uma das folhas que estava com um dos Pokémon, a palavra Confidencial escrito em vermelho.

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Off: mas é uma música tão legal... XD no stress \o post ta ótimo ^^
fato XD me da essa sorte nos sorteios? @w@
viu a nova novidade? \o/
em breve atualizo a ficha ^^
Érica
Érica


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Mensagem por Chris Storm Dom 22 Mar 2015, 13:13



Dentre os mistérios que existem no mundo Pokémon, talvez os pokémons fantasmas sejam um dos mais indecifráveis. Chris nunca os entendeu muito bem; cresceu se perguntando como eles se originaram, se as histórias de que alguns deles forma humanos anteriormente eram verídicas ou apenas lendas, se eles poderiam morrer... O único fato sobre esses pokémons é que, embora habitem lugares sombrios, eles existem.  E um grupo deles está em sua frente agora.

Ao contrário do que se espera, a presença dos monstrinhos fantasmagóricos acabou por acalmar o gangster. Este que por pouco não se deixou levar pelo pânico ao encontrar uma ossada com trajes semelhantes aos de sua acompanhante. “ Será que eram eles esse tempo todo?” Perguntou-se, fitando as criaturas e as folhas que tinham na boca. Quando seu olho fixou-se na palavra CONFIDENCIAL, um insight veio a sua mente, lembrando-o da missão que tinha naquela cidade.  

– Hey, bonitinhos... – Disse, tentando parecer simpático. Deixou com que a mochila de Blue caísse no chão, escorando-a em sua perna, e ergueu sua mão boa lentamente fazendo um gesto de desarme, como se pedisse paz. – Onde vocês acharam isso? Ajudem-me, por favor. Estou do seu lado.





OFF: Ok
Que novidade? Os Misdreavus fofos? xD
Chris Storm
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Mensagem por Érica Ter 24 Mar 2015, 21:39

Off: a rádio Pokémon XD
aproveite os misdreavus fofos enquanto pode What a Face
já tem 1/3 dos documentos que tem que achar o/
desculpa a demora ç.ç vou colocar mais emoção na rota pra compensar \o\




Diante de seres de um dos tipos mais misteriosos, o jovem gangster se permitiu um suspiro de alivio. O pânico quase o havia tomado por completo após a visão dos restos de uma pessoa, imaginando se foram aqueles Pokémon que estavam por trás de todos os acontecimentos estranhos antes.

Tentando se mostrar simpático, o rapaz deixava a mochila da Gladiadora no chão, pedindo ajuda para o grupo de Pokémon Grito. A fêmea, mais amistosa, se aproximava facilmente e o rodeava, as mexas do cabelo cutucando o gesso do braço de Chris, nem um pouco receosa. Os outros já se mostravam mais desconfiados, se aproximando com cautela. No entanto, o breve momento de paz, bem como as esperanças de que houvesse sido eles desde o começo, ruía.

Um grito de agonia ecoava pelas ruas. O berro era quase desumano. O grupo de fantasmas pareceu se assustar, derrubando as folhas no chão e se juntando. O olhar carregado de tristeza, como se soubessem o que poderia estar acontecendo. Quando o grito cessou, os Misdreavus abaixavam a cabeça, o olhar cabisbaixo, como se presenciassem o sofrimento de alguém, soubesse o quão doloroso era, mas não havia nada a ser feito.

O Armagedon juntava as folhas, embora agora estivesse ainda mais confuso. O grito foi mais masculino, indicando que não havia sido de Blue, mas era difícil saber até onde isso o aliviava e preocupava. Havia mais pessoas na cidade? Quem seriam? Cadetes? Mas o mais importante, se um desconhecido ficou tão apavorado, ou com tanta dor, para emitir aquele som, o que estaria acontecendo com a morena?

Perdido em pensamentos, o ruivo se surpreendeu ao sentir a Misdreavus o puxando. Seguindo-a, o rapaz foi conduzido até o beco mais próximo. Os outros fantasmas se juntavam e se encolhiam, Chris os imitando. O vento soprou mais forte e rápido. Uma mancha avermelhada passava, disforme e rápido demais para ser focada, mas mesmo assim, foi visível. A mesma sensação de antes, as mãos geladas e o coração acelerado.

Após alguns minutos, assim que o vento cessou, os Misdreavus se atreveram a voltar para a rua. O olhar ainda um tanto abatido. A canção retornava, ecoando de todos os lados, quase como se tudo ao redor do gangster a emitisse, tornando sua origem ainda um mistério. Quando o rapaz deixou o beco, novamente perto dos Misdreavus, notou os fantasmas ainda cabisbaixos. Isso, somado a canção infinita, não ajudava a melhorar a situação.
Érica
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Mensagem por Conta Fundadora Ter 24 Mar 2015, 21:39

O membro 'Érica' realizou a seguinte ação: Lançar dados

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Mensagem por Chris Storm Qua 25 Mar 2015, 18:11

OFF: To ouvindo agora, tava jurando que eram musiquinhas xD
Sem problemas







O que poderia ser tão assustador ao ponto de apavorar até mesmo um grupo de fantasmas? Tal questão não saia da cabeça do gangster, que agora tinha recolhido algumas folhas de um documento que aparenta ser o que ele procura. Entretanto, estas não passam de fragmentos de uma papelada maior que o mesmo ainda não faz ideia de onde procurar. E com a pressão que o rapaz está sofrendo desde que pisara nesta cidade, seu raciocínio está longe de colaborar em alguma coisa.

É bem verdade que esses Misdreavus possuem um aspecto bem jovial, quase infantil, como se fossem tão bebês quanto a Swinub do ruivo que acabara de nascer, mas isto não é suficiente para explicar o medo deles diante da sucessão de eventos que todos presenciaram. A aparição do estranho vulto que passou em frente do beco em que eles refugiavam fez o gangster gelar, tanto foi o seu medo que os fantasminhas se mostraram mais corajosos ao dar o primeiro “passo” para fora do abrigo.

Chris os seguiu, sobretudo após a mesma canção que ouviu no restaurante voltar a ressoar em sua cabeça. O mesmo olhou para os lados desejando ter suas duas mãos livres para tapar os ouvidos, mas não as tinha: uma está imobilizada e a outra carrega a mochila da garota. Perguntou-se se os pokémons também podem ouvir a melodia e pela postura deles acreditou que sim. Logo se deu conta de que eles não poderiam ficar ali, parados no meio de uma rua como aquela, ainda mais depois daqueles gritos que parecem ter saído de uma câmara de tortura.

– Ei vocês, temos que sair daqui. – Ele disse, num tom de voz baixo. – Procuro por uma garota, acredito que ela tenha passado por aqui há pouco tempo. Algum de vocês a viu? – O rapaz não tem certeza se os mesmos conseguem entende-los. Dentre todos eles, gostou mais de um, aquela que estranhou seu braço engessado. Assim, atentou-se a voltar suas palavras mais para ela. – Vocês sabem o que é isso tudo? Peço que me ajudem e eu talvez posso ajudá-los. – Propôs.
Chris Storm
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Mensagem por Érica Sex 27 Mar 2015, 14:17

Off: XD continuo rindo principalmente do clima e tempo de Mengun e Piesok XD
Off²: foi lançada a fic oficial contando a história de Silent City @W@
Off³: o que ta achando da narração? ^^




Dúvidas cercavam a mente do rapaz, a pressão que a cidade parecia impor não auxiliando em nada a tarefa. O que assustava os fantasmas, onde estava o resto dos documentos, o que estava acontecendo... Muitas perguntas e poucas respostas. Por mais que os Misdreavus fossem jovens, o medo presente neles não fazia sentido. Quantas coisas um fantasma poderia temer? Principalmente um jovem e que, provavelmente, não conhecia todos os perigos?

A aparição do vulto fazia o coração de Chris bater de forma acelerada, embora o corpo permanecesse petrificado, levando alguns segundos para ele sair de seu abrigo. O desejo de cobrir os ouvidos e tentar não ouvir mais a canção, embora não tivesse tais condições.

O ruivo logo notava que não podiam permanecer naquela rua, principalmente após os gritos que haviam preenchido o silêncio. O gangster falava com os Misdreavus, perguntando se algum deles havia visto uma garota passando por ali, se direcionando principalmente a fantasma que estranhou o gesso. O grupo pareceu refletir por algum tempo, a fêmea acenando com a cabeça e concordando, os outros mais receosos e mirando o local onde o estranho vulto havia ido.

A Pokémon flutuou, indicando a direção que, para alivio do rapaz, era contraria a direção onde o estranho ser vermelho havia ido, no entanto temia encontrar o que ele deixou para trás. Os passos seguiam sendo o único som emitido pelo grupo de Pokémon e Armagedon, mas a canção incessante não os abandonava, deixando o ruivo ainda mais incomodado.

Chegando em uma área em que, nos dias de glórias da cidade, parecia ser mais calma, o rapaz viu uma região mais verde. A antiga praça, coberta por mato alto e algumas árvores. No entanto, o que mais chamava a atenção era a pracinha. O escorrega derrubado, as barras retorcidas de forma estranha e com alguns esqueletos pequenos pendurados, no entanto foram os balanços que se destacavam.

Em um balanço ainda inteiro, a visão de uma criança. A canção mais forte, seria ela quem cantava? O cabelo negro solto, chegando até o meio das costas. A pele clara, o vestido azul escuro e de mangas longas, o sapato preto. Parecia uma criança de 6 anos, mas sem qualquer alegria. O rosto baixo, os olhos azuis mirando o chão. Na mão dela, um laço vermelho. No chão, ao lado dela, um Purrloin com uma coleira rosada e com um olhar cabisbaixo. No entanto, o que mais surpreendia, confundia e assustava, não era a menina ou o Pokémon em si. Pareciam opacos, meio apagados e translúcidos, permitindo que o gangster visse através deles.

Os Misdreavus fechavam os olhos, como se a visão fosse angustiante demais para eles, mas Chris não conseguia desviar o olhar, ainda mais quando a menina o mirou. O semblante triste, a canção infinita, o laço escapando dos dedos dela e parando próximo dos pés do ruivo.
Érica
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Mensagem por Chris Storm Ter 31 Mar 2015, 10:27

OFF: Eu li, agora entendo melhor o que ta acontecendo por aqui (ou não  Rolling Eyes)
OFF²: Está ótima *-* Pena que semana passada eu não pude postar direito e essa semana deve acontecer o mesmo pq uma parentada vem aqui pra casa nesse feriado e talz, diminuindo o ritmo da rota e.e






Ao que tudo indica, o grupo de Misdreavus entendeu errado a pergunta do gangster que está à procura de sua acompanhante de viagem. Eles de fato guiaram o rapaz até uma garota, mas não era Blue.  E nem ao menos parecia ser uma garota de verdade.

Chris não consegue desviar o olhar de figura opaca e fantasmagórica que se apresenta em sua frente. Seria uma armadilha usando de truques de luz e espelhos? Seria um holograma? Seus pensamentos ameaçaram ir para longe, mas o som estonteante da melodia o trouxe de volta.

“Então era ela esse tempo todo...?” Perguntou-se a respeito da canção melancólica que invadia seus ouvidos num tom mais agressivo desde que ele começara a ouvi-la.

Quando o olhar da garota encontrou com o olhar sem respostas do gangster, foi como se coração dele tivesse parado de bater por alguns segundos, acelerando como um disparo logo em seguida. Além do coração, os outros músculos do corpo dele parecem ter deixado de agir, tornando-o quase que em uma estatua.

– E-ei... você. – Balbuciou após engolir em seco. – Menina, vo-você está bem? O que aconteceu aqui?  

Sua única reação foi falar com a garota como se a mesma fosse realmente uma pessoa, ainda que sua voz vacile um pouco e o seu instinto lhe diga para fugir o mais rápido possível daquela cidade.
Chris Storm
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Mensagem por Érica Qua 01 Abr 2015, 00:38

Off: a fic me deu tantas ideias legais @W@ *ideias malignas surgindo rapidamente @W@
Off²: yay *^* fico feliz que esteja gostando *^* sei como é, mas olha lado bom, vai ganhar chocolate XD


Aparentemente, os fantasmas haviam entendido errado e guiavam o ruivo até outra garota, ou pelo menos era o que parecia ser. A figura fantasmagórica que se revelava diante do olho esverdeado deixava o gangster confuso, tentando encontrar uma razão lógica para o que via. Imaginava se tratar de um truque de luz, ou de espelhos, uma mera ilusão, mas a canção o forçava a se focar na criança.

A dona da voz que ouvira desde o começo, bem ali diante de seus olhos. Os pensamentos interrompidos quando o olhar melancólico encontra o olhar confuso. O corpo de Chris não reagindo, não conseguindo se mover, enquanto o coração acelerava mais do que o ruivo acreditava ser possível. A voz vacilava, o instinto gritando para ele fugir, mas falava com a mais nova.

A criança parou de cantar, abrindo a boca e, por alguns instantes, fez o gangster acreditar que iria responder, mas logo a fechava. O olhar se arregalava e lágrimas começavam a escorrer pelo rosto infantil e a menina gritou. O grito carregado de dor, medo e angustia. O som, assim como a canção, ecoando por todos os lados.

O Armagedon soltava a mochila de Blue, cobrindo um dos ouvidos com a mão livre, tentando amenizar o som angustiante. Sentia o coração se contrair, como se sentisse todo o sofrimento da figura opaca. A pele da criança parecia secar, como se estivesse sendo drenada por algo invisível. Gotas de sangue escorriam pelas barras e pelo balanço. O escorregador provavelmente seria uma cascata vermelha se estivesse em pé. O grito continuou, até que a imagem opaca caísse, colidindo com o chão e sumindo, levando consigo o sangue. O Purrloin de coleira rósea se moveu, caminhando de forma lenta e, surpreendendo mais um pouco Chris, passando por dentro da mochila da Gladiadora, antes de parar mais ou menos no meio da rua e começar a se contorcer, enquanto seu pelo ficava em chamas e ele também caísse, sumindo assim como a menina.

O gangster tentava assimilar o que havia visto. A respiração irregular, o coração ainda se recusando a ficar calmo. A criança havia respondido a pergunta do ruivo, mostrando para ele o que havia acontecido, pelo menos com ela e com o felino. O grupo de fantasmas permanecia em silêncio, a expressão de pesar, como se estivessem prestando luto. O que havia ocorrido na cidade ainda era um mistério, mas a visão da criança secando aumentava a necessidade de Chris fugir da cidade rápido. A lembrança da Gladiadora perdida nas ruas deixando-o ainda mais preocupado.
Érica
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Mensagem por Conta Fundadora Qua 01 Abr 2015, 00:38

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Mensagem por Chris Storm Qua 08 Abr 2015, 22:42

OFF: Voltando a ativa depois dessa semana, agora que meu orientando me puxou as orelhas, tenho que começar a dar seguimento no tcc xD






Chris assistiu a “dramatização” da garota e seu Pokémon quase sem sair do canto, como se estivesse diante da apresentação de algum stylist de rua. Ao seu lado, o grupo de Misdreavus se olhava vacilante, como se fossem solidários a aparente dor da menina... Como se quisessem acabar com aquele sofrimento, mas não soubessem como... Talvez tenha sido isso que os motivaram a trazer o rapaz até este parque.

E não demorou muito tempo para que o viajante associasse a cena de horror que acabara de presenciar com uma reprodução de fatos. Nesse momento, o rapaz deixou de lado toda sua racionalidade e negação, aceitando o fato de que está lidando com algo... sobrenatural. Uma lembrança então brotou em sua cabeça, uma história que ouvira há muito tempo mas que nunca tinha dado atenção.

Certa vez, o ruivo, que ainda não era um gangster, presenciou uma discussão em uma mesa ao lado de um bar de Kalled City. Um andarilho alugava um de seus colegas para contar como Silent City tinha sido um lugar próspero no passado, sendo devastada após a chegada de uma besta vermelha assassina. Logicamente o ruivo não deu atenção para a conversa na época, deduzindo que se tratava apenas de mais uma das lendas que rondavam a cidade abandona, mas, agora, aquilo parece fazer sentido. Antes ele achava que a cidade tinha sucumbido pelas atividades humanas, alguma ação falha do Estado ou coisa do tipo, mas, depois de tudo que viu, começou a aceitar a ideia de que o que houve com aquela garota, seu Pokémon, as marcas no restaurante e etc. não podem ter sido provocados pelas mãos de alguma pessoa.

Mas por que foi tão difícil assimilar essa informação? Bem, lidar com humanos o rapaz já está acostumado, aventurar-se com o desconhecido é que o faz perder toda a confiança. No momento ele preferiria encontrar com qualquer cadete do quê com o algoz daquela cidade.

O gangster se deu conta de que o medo estava lhe travando e que se se deixar dominar por ele, poderá ter o mesmo destino que a pobre garota. Lembrou-se do sonho que tivera na noite passada, de como Quasimodo sofria por não enfrentar seu medo dos outros, assim tentou se convencer de que tudo está sob controle. Após alguns minutos encarando o vazio da praça abandonada, pegou a mochila da garota no chão e virou-se para a Misdreavus.

– Você sabe onde está o resto daquele documento que estavam com vocês? – Questionou, ofegante. Sua decisão é sair o mais breve possível dessa cidade para isso precisa resolver as pendências que o prendem por lá. A primeira é o seu compromisso com a Revolução! Começou a aceitar a ideia de que Blue pode estar morta, que aquela ossada que tropeçou pode ser mesmo dela. Entretanto, apesar de estar triste, ele não tinha tempo para lamentar.
Chris Storm
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Mensagem por Érica Sáb 11 Abr 2015, 16:51

Off: bem vindo de volta \o/ boa sorte com o tcc XD um dia vou passar por isso também )o)




Ainda imóvel, o rapaz deixava de lado qualquer lógica, acreditando estar, de verdade, lidando com algo que não podia ser explicado através da lógica ou razão. A lembrança de uma pessoa, contando a história de uma besta vermelha, que foi a causadora da queda da cidade antes próspera e, também, aquilo que impedia maiores investigações ou que alguém tentasse reerguer a cidade em ruínas. Toda a desgraça vinda de algum ser indefinido, de pelo rubro e olhos negros.

Entre o pesadelo que estava vivendo e enfrentar cadetes, o ruivo preferia os cadetes. Pessoas eram mais fáceis de lidar, enfrentar e conviver, mas o que fazer contra aquilo? O medo o paralisando, impedindo-o de se mover. Todas as marcas, a mensagem na parede, as queimaduras, os corpos, a criança, o Armagedon teria que ser rápido para não ser mais um.

Recordando-se do sonho, o rapaz recolhia a mochila e questionava a fantasma se ela sabia onde estava o resto dos documentos. A possibilidade da ossada que ele encontrou ser, de verdade, da Gladiadora, deixava-o com um aperto do peito, no entanto não podia lamentar agora. Primeiro terminar sua tarefa e fugir do local.

Misdreavus o observou confusa, provavelmente não entendendo porque alguns papeis eram importantes, mas acenou de forma afirmativa e flutuou, guiando Chris para o local onde encontrou os documentos. O gangster não sabia dizer por quanto tempo correu, o corpo ainda atento, a adrenalina em alto, o ajudando a correr rapidamente. O sol fraco, encoberto pelas nuvens, tornando o ambiente mais frio, embora isso nem fosse notado pelo Armagedon.

Quando a Pokémon parou, indicou uma pilha de pedras e flutuou mais próxima destas, indicando o local e parecendo surpresa com a visão. Os documentos teriam estado ali, mas algo desmoronou e agora estavam soterrados? Os pensamentos, no entanto, logo eram cortados.

Mais um grito em agonia. A voz dolorosamente semelhante, como se a cidade não tivesse cansado e continuasse o tormento do rapaz.

Era a voz de Blue, assustada e em pânico, vindo de um local próximo.
Érica
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