Pokémon Shinki Adventures RPG
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09| Rompendo o silêncio

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09| Rompendo o silêncio - Página 2 Empty Re: 09| Rompendo o silêncio

Mensagem por Chris Storm Ter 14 Abr 2015, 02:47

OFF: Valeu, é um período bem tenso, uns professores falam que não é um bicho de sete cabeças, outros ficam botando pressão pra terminar logo e sair da facul. Eu sempre digo que não tenho pressa xD




Por alguns breves minutos a mente do gangster fora ocupada pela sua missão, esquecendo-se do terror que está vivendo, do medo e da culpa que o atormenta. Todo seu esforço está voltado em como ele iria retirar aquela pilha de pedras e investigar o lugar que lhe fora indicado pelo grupo de fantasmas. Entretanto, um grito fez o coração dele voltar a martelar seu peito, rompendo com a aparente tranquilidade que desfrutava segundos antes.

A voz conhecida, porém, tirou das costas do ruivo um enorme peso. Ela está viva!, concluiu, com um tímido sorriso se desenhando em sua pálida face. O impulso de Chris foi de correr até lá para socorrê-la seja lá do que for, mas, após dar cinco passos em direção do grito, parou e olhou para trás. Eis o dilema: ir atrás da sua acompanhante de viagem ou resolver logo aquilo que o trouxe até este lugar?

Os fantasmas encararam o olhar distante do gangster que estava fixo neles e nas ruinas, talvez a espera do que o mesmo iria fazer. Alguns segundos se passaram e o rapaz voltou a correr na direção do grito com a mochila na mão, comunicando sua decisão para os seus “novos amigos”.

– Eu volto logo! – Anunciou, sem saber se os fantasmas lhe acompanhariam ou não. No fundo, gostaria que sim. Em meio aquela solidão, acostumou-se com a presença do grupo, mas sabia que não poderia cobrar mais deles.

A escolha do gangster foi em seguir seu lado emocional e “resgatar” a garota, mesmo que isso signifique ter que contar a verdade sobre sua identidade depois. Os papéis podem esperar, como já vem fazendo há muito tempo, Blue talvez não.
Chris Storm
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Mensagem por Érica Sex 17 Abr 2015, 19:45

Off: demoras é culpa da faculdade i-i
pressa é inimiga da perfeição u.u -apanha
de noite, escuro, sozinha em casa, ouvindo música de terror, da nisso XD




A missão distraia a mente do ruivo, ocupando espaço e afastando, temporariamente, os outros sentimentos que tentavam invadir seu ser. Tentava encontrar alguma forma de se livrar da pilha de pedras, para depois investigar melhor e procurar pelos documentos que deveriam estar em algum lugar por ali. Mas os documentos eram esquecidos, a missão parecia perder qualquer importância naquele momento.

A sensação de alivio surgia, como se estivesse se afogando e, de repente, alguém o segurasse firmemente e o puxasse para fora da água. Ainda havia esperança. Descobrir que a Gladiadora estava viva fazia com que um sorriso surgisse, mesmo após tantos acontecimentos.

O impulso de ir ajudar a morena foi forte, mas ainda havia uma missão a terminar. No final, optou por deixar a missão para depois. Os documentos poderiam esperar mais algum tempo, já Blue poderia não ter tanto. Enquanto o gangster corria, a Misdreavus o acompanhou. Os outros pareciam um tanto na duvida, um optando por seguir a dupla, os outros esperando ali.

A corrida era intensa, o ruivo desejando encontrar Blue antes que algo ruim acontecesse. O cheiro de queimado surgindo e ficando mais forte. A visão do corpo de um Purrloin e de um Taillow, ambos totalmente carbonizados, fez o estomago de Chris se contrair. A lembrança do espírito do Purrloin da menina, queimando antes de cair e desaparecer, mas estes não sumiam. Eram recentes. O ruivo notou alguns rastros de sangue, mas ver o olhar da Misdreavus arregalado foi o que mais o preocupou.

Acompanhando o olhar da fantasma, o ruivo viu um corpo envolto por uma cortina manchada de vermelho. A ponta da grade, em forma de flecha, atravessava o peito do homem. A respiração ainda fraca, enquanto ele parecia se afogar no próprio sangue. O olhar vidrado, no entanto, exalava loucura, não alguém na beira da morte. As gotas de sangue escorrendo pela grande negra e enferrujada.

O homem gemeu, antes do olhar parecer mais humano, mirando o ruivo. A respiração fraca, sangue escorrendo pela boca.

-Que Arceus... Tenha pena de nossas almas...

A voz fraca era difícil de ouvir. O brilho no olhar do homem sumia após as últimas palavras. O sofrimento dele havia chegado ao fim. O coração de Chris acelerava, observando o alto do prédio e vendo uma janela quebrada. Aparentemente o quinto andar. Blue estaria lá? Teria mais alguém com ela? A Misdreavus se aproximava do corpo, fechando os olhos destes. O outro parecia trêmulo.
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Mensagem por Chris Storm Ter 21 Abr 2015, 05:37

OFF: Entendo bem xD




O ruivo esperou por algum tempo que o homem empalado no portão desaparecesse tal como a garota do parque. Mas ele não cumpriu suas expectativas, permanecendo ali, imóvel, enquanto o seu sangue escorria pelas grades de ferro indo ao inevitável encontro do outrora cinzento piso. Não é uma encenação... concluiu, sentindo o coração acelerar. Apesar do que se espera de um fora da lei com ele, Chris não se sentia confortável em companhia da morte. Sempre procurou evitá-la, embora a mesma pareça se sentir atraída por ele. O silêncio da cidade ajudou com que ele ouvisse os últimos murmúrios do homem, uma condenação ou profecia do destino que o aguarda. É um daqueles fanáticos do Arceus, convenceu-se, Eles não sabem de nada. Mas o que o matou? A tal fera que arruinou essa cidade teria voltado para a casa?

Acompanhou com o olhar a fantasma flutuar até o defunto e, com um gesto misericordioso e bem humano para um Pokémon, fechar-lhe os olhos. Um grande e velho prédio se estendia por trás das grades e do homem empalado e alguma ação aparentava vir de uma de suas janelas. O gangster deduziu que sua acompanhante só poderia estar ali já que a voz do morto era rouca demais para ter sido a mesma que ele escutara.

Por que está tão assustado? És um fantasma e fantasmas não morrem... o falso gladiador pensou ao notar o comportamento do pequeno ser fantasmagórico ao seu lado. Ele era diferente da outra, não tinha o mesmo carisma nem a coragem. Apesar de serem muito parecidos uns com os outros, Chris sempre conseguia distinguir aquela Misdreavus dos demais, ao passo que não conseguia notar diferença entre os machos do grupo. Talvez seja o tamanho ou o olhar que só ela tem... Em outras circunstâncias teria gostado de capturá-la.

Ao pensar nos pokémons, o gangster se lembrou de fazer algo que o medo o impediu de pensar antes: vasculhar os pertences da bolsa que carrega. Talvez Blue tenha guardado as pokébolas dos seus parceiros lá dentro e Starly seria útil em sua procura. Deixou que a mochila caísse próximo dos seus pés e agachou para procurar alguma esfera. Se a encontrasse, pediria para que o voador investigasse discretamente aquela janela aberta, se não, teria que ele mesmo invadir o prédio. Não posso pedir isso para os Misdreavus, não posso ariscá-los por uma causa que não é deles.
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Mensagem por Érica Sex 24 Abr 2015, 15:55

Off: rezando pra minhas personagens não terem que visitar Silent City tão cedo XD




Esperando que o corpo sumisse, tal como o da criança, o ruivo aguardou. O chão cinzento, lentamente, se tornando escarlate conforme o sangue escorria. No entanto, ele permanecia lá. A morte presente, como se fosse uma velha amiga, mesmo o gangster não se sentindo confortável com a presença da mesma. Se perguntava o que havia ocorrido, quem acabou com a vida do homem.

Acreditando que a Gladiadora estava em algum lugar naquele prédio, o falso Gladiador refletia em relação ao comportamento de um dos fantasmas. Uma delas agindo de forma bem humana, como se fosse testemunha de muitos sofrimentos e tentasse ajudar a, pelo menos, amenizar a dor das vitimas da cidade. O outro assustado, inseguro, claramente queria dar o fora dali. O resto do grupo que preferiu ficar para trás, compartilhando a insegurança e não querendo se envolver em algum perigo.

O breve momento em que pensava nas diferenças dos Misdreavus fez o Armagedon lembrar dos Pokémon de Blue. As esferas estavam todas ali e Starly logo saia da Pokébola, mirando o ruivo com confusão, mas ao mirar o corpo, pareceu ficar um tanto pálida, questionando Chris onde estava sua mestra.

Ouvindo o pedido, a ave alcançou os céus e foi em direção as janelas, procurando por sua dona. A Misdreavus a acompanhando, para acelerar a busca. Starly parou diante da janela quebrada, piando alegremente. A visão de Blue, aparentemente bem e abraçando a Pokémon era um alivio, mas logo ela soltava a ave, mirando o gangster.

-Jordan, foge!

A urgência em suas palavras, acompanhada por medo, afastava o breve alivio que o ruivo havia sentido. Ave e fantasma pareceram ver algo atrás da morena, Clio atacando algo que o gangster não pode ver viu, só podendo ouvir a morena pedir para a companheira parar, enquanto a Misdreavus pareceu tentar levar a garota para longe do que estava lá dentro. Os três fora do alcance dos olhos de Chris. O Misdreavus que ficou parecia estar com mais pânico, flutuando de um lado para o outro, dividido entre se afastar e tentar ajudar a fantasma que foi ajudar Blue.
Érica
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Mensagem por Chris Storm Dom 26 Abr 2015, 04:21

OFF: Faz bem ^^




Sentiu sua mão tremer enquanto seu olho arregalado assistia a Starly, Blue e Misdreavus mergulharem num emaranhado de sons desconhecidos e angustiantes. Sua respiração ofegava e a adrenalina tomava de conta do seu corpo outra vez, acompanhada por um gosto amargo de desespero. Ouvira o coração bater no peito mas em sua cabeça soava como batidas de um velho relógio, um tic-tac irritante que não lhe permitia esquecer de que a cada segundo que passava uma outra tragédia estava prestes a acontecer.

O gangster olhou para o Misdreavus que ficou, identificando nele o seu desespero. Cerrou o punho e sacodiu a cabeça, tentando jogar para longe o apelo de Blue para que ele se afastasse. Poderia ter feito isso antes, mas agora havia peso demais para que ele carregasse em suas costas.

– Ei você, se preocupa com seu companheiro não é? – Perguntou ao Pokémon assustado enquanto apanhava a mochila da garota do chão. – Pode ficar aí parado ou ir comigo salvá-la. – Pronunciar aquilo o fez se sentir como se tudo estivesse sobre controle, uma espécie de convencido qualquer, típico de cadetes.

Não esperou pela reação do fantasma, apenas correu em direção do prédio o mais rápido que podia. Enquanto adentrava a construção, torceu para que nada tivesse dado errado. Talvez se soubesse rezar teria subido as escadas rezando.
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Mensagem por Érica Seg 27 Abr 2015, 22:47

Off: me divertindo com essa rota \@w@/




A adrenalina percorria todo o corpo do gangster, o ar parecia insuficiente naquele momento. O desespero começando a reinar novamente, deixando um gosto amargo na boca do ruivo. O coração mais se assemelhava a um relógio, lembrando Chris da importância que cada segundo possuía. Desperdiçar tal tempo podia significar o fim para a Gladiadora.

Como um espelho, Misdreavus transparecia todo o desespero que o gangster sentia. Afastando os apelos da morena, se dirigiu até o fantasma e se pronunciou, como se tudo estivesse sob controle. Uma postura digna de um cadete mais experiente que, diante de uma situação de risco, conseguia amenizar o pânico daqueles que não sabiam o que fazer perante uma situação de risco ou desespero.

O fantasma observou, engolindo o choro e respirando fundo, juntando a pouca coragem que ainda tinha para seguir o Armagedon até o interior do prédio. Entrar no local foi fácil, as portas abertas não impediam o avanço. Parecia ter sido um hotel no passado.Correndo pelas escadas, o cheiro de queimado ficava mais intenso, com mais corpos de Pokémon carbonizados, no entanto logo os degraus se tornavam escorregadios. Ao se aproximar de uma janela, o ruivo compreendeu no que pisava.

O corpo totalmente seco, como se tivesse sido drenado. As paredes cobertas pelo liquido escarlate e fresco, alcançando o chão e escorrendo pela escadaria. O cheiro de sangue fresco mesclado com o cheiro de corpos carbonizados. Misdreavus parecia cada vez mais em pânico, como se soubesse o que iam encontrar e se tornava inquieto. A placa indicando que era o quarto andar e, acima de sua cabeça, o rapaz ouvia o que parecia ser sons de alguns ataques.
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Mensagem por Chris Storm Qua 06 maio 2015, 11:03

OFF: Que bom, também estou apesar do cheiro da morte estar cada vez mais perto xD




O cenário de terror se perpetuava pelo interior do edifício, não permitindo nenhum descanso para a “dupla de salvadores”. Misdreavus era o mais assustado e a imagem do pânico estampada no olhar e nos gestos dele fazia com que o gangster percebesse que deveria manter-se calmo. Na verdade, está quase se tornando fácil. Desde que pisara em Silent, o ruivo presenciou tantos sinais de morte e destruição que agora começava a sentir um vazio ao invés de empatia por aquelas pessoas mortas.

– Prepare-se, estamos muito perto. – o rapaz cochichou em um tom tão baixo que talvez nem o próprio Misdreavus tenha ouvido.

Pôs-se a subir o resto dos degraus que faltavam, agora sem correr para não fazer barulho. Enquanto dava suas passadas rumo ao topo, perguntava-se o que os esperava. Um misto de curiosidade e receio, pois sabia que nem um dos seus monstrinhos seria páreo para uma besta capaz de fazer aquilo. Morrerei aqui?, perguntou-se, de repente, dando-se conta de que cada passo que dava poderia estar levando-o para um caminho sem fim.
Chris Storm
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Mensagem por Érica Sex 08 maio 2015, 23:28

Off: tu sobrevive \o/ ou não XD -apanhamuito




A dupla não possuía qualquer tipo de trégua, a situação parecia se recusar a se amenizar mesmo que um pouco. O fantasma em pânico, o ruivo tentando se manter calmo. Os diversos sinais de morte e destruição anteriores parecendo ajudar o gangster a se acostumar com a situação, ajudando-o no momento a não se juntar ao Misdreavus e manter a cabeça no lugar.

Cochichando, Chris avisava o fantasma, dizendo para este se preparar, era difícil saber se ele havia realmente escutado, mas pelo menos, o Misdreavus parecia tentar ficar mais silencioso. O avanço mais lento, para evitar barulhos desnecessários. A dúvida sobre o que os esperava, a possível resposta desencadeando receio, medo e curiosidade. A possibilidade de encontrar o fim ali era angustiante, mas mesmo assim o Armagedon avançava.

O som de golpes sendo trocados cada vez mais perto, até que finalmente Chris alcançou o andar que queria. Espiando o corredor, notou um Lucario de costas para ele. As costas do Pokémon o impedindo de ver contra o que lutava, mas o lutador parecia saber que ele estava lá, tentando impedir que, seja lá o que fosse, o visse.

Quando o Pokémon aura avançou contra o oponente, ainda desconhecido para o ruivo, o fantasma aproveitou para avançar e ir pelo corredor, seguindo o lado oposto da batalha. O gangster seguiu o companheiro temporário, mas ao olhar para trás, notou que Lucario simplesmente caia, ficando inerte no chão. Flutuando próximo dele, um ser que em muito se assemelhava ao brincalhão Mew, o Pokémon extinto já a muitos anos, mas invés do pelo róseo e dos olhos azuis, aquele possuía o pelo vermelho e seus olhos eram totalmente negros.

Tudo pareceu acontecer muito devagar. O estranho ser mirando o corpo inerte do Pokémon aura, antes de erguer o olhar e mirar o gangster. Os orbes escuros, como duas fendas que davam para a escuridão, não refletiam nada. O Misdreavus entrou ainda mais em desespero, tentando ir para longe. Uma esfera esverdeada vinha pelas costas do ser vermelho, mas simplesmente passava por ele, como se não atingisse nada material, colidindo com a parede. O autor do golpe, um Xatu, tentava chamar a atenção do oponente apenas para si, parecendo ter sucesso no processo, visto que quando a criatura mirou a ave, esta começava a queimar.

Sendo puxado pelo Misdreavus, Chris avançou pelo corredor e tomava distância do estranho ser. O coração disparado, a mente ainda processando as imagens e deixando para trás gritos de dor do Pokémon psíquico.
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Mensagem por Chris Storm Qua 13 maio 2015, 00:59

Uma refrescante brisa adentrara a humilde casa de barro através da janela aberta e por pouco não apagou a chama de um candeeiro de lata que estava sobre uma mesa de madeira. O garoto de cabelos vermelho lançou um olhar apreensivo para o seu avô; estava adorando a história daquela noite e odiaria ter que ir dormir sem saber o desfecho. Um dos momentos favoritos no dia do pequeno Storm era ouvir as histórias que seu velho contava. E ele nunca deixava de contar, mesmo nas noites em que iam dormir de barriga vazia... Principalmente naquelas noites. Seu avô era um dos melhores contadores de histórias de Kalled, e um dos poucos também, tendo em vista que a maioria dos outros moradores da cidade desértica se preocupava apenas com a sobrevivência.

Naquela noite, o homem velho de barba e cabelos brancos folheava com suas mãos trêmulas um velho livro amarelado. “Esse que é o Mew. Um pokémon gentil e brincalhão.” falou, indicando um monstrinho rosado de grandes olhos azuis. “E também um dos seres mais intrigantes da terra. Muitos cientistas acreditam que ele foi o primeiro pokémon que habitou o planeta, um ancestral comum entre todos os animais... Talvez até mesmo a gente tenha evoluído de um Mew”, concluiu, fazendo o garotinho abrir a boca em resposta.

– AAAAH! NÓS? Então também somos pokémons, vovô? – Perguntou com os olhos brilhando e a boca aberta, fazendo o velho gargalhar. A ideia de ser um pokémon fazia o garoto imaginar centenas de possibilidades, inclusive ser capturado por pokébolas.

– Ai que bobagem... – Murmurou uma voz vinda do breu. Era a irmã de Chris, Aya, que se levantara do colchão de palha em que estava deitada e caminhou até a mesa. A garotinha marrenta se escorou em uma cadeira, disfarçando seu interesse na história. – Esses pokémons aí só existem nesses livros velhos. Histórias. Apenas isso.

– Não são não!! – Chris pestanejou, mostrando a língua para a irmã. – O vovô viveu isso tudo, ele viu o Mew, o Moltres e todos os outros!! Não foi, vovô?

– Está na hora dos dois irem para cama. – A resposta do velho não foi aquela que o garoto esperava,fazendo-o voltar a se intrigar com a irmã, para o divertimento do avô.

~~~

“Histórias. Apenas isso.”, o gangster ouviu a voz da irmã em sua cabeça. Ao crescer deixou de lado o menino que era e se tornou tão cético quanto ela.

O seu único olho estava fixo nos olhos do ser flutuante e o tempo parece ter parado naquela breve troca de olhar. Imerso naquele olhar vazio, sentiu-se como se estivesse congelado, como se o ser em sua frente o impedisse até mesmo de respirar... Lembrou-se da figura que vira quando criança, de uma criatura rosada e de riso no olhar. “Um pokémon gentil e brincalhão” seu avô dissera, mas aquele não tinha nenhuma daquelas características. Tampouco era rosado e tinha olhos azuis. A penugem da criatura era vermelha, como o sangue e também o fogo, e os olhos escuros como a morte.

De repente, algo interrompeu seu transe. Um Xatu. Desejava lutar contra o ser carmesim da mesma forma que o lutador de antes. Pobre pokémon. Fuja... O gangster pensou, mas era ele quem estava fugindo, sendo levado pelo fantasma que o acompanhava.

– Blue... – O ruivo murmurou. Queria ir atrás da garota, mas seu corpo não o obedecia. Suas pernas marchavam por ele, obedecendo ao impulso primitivo de salvar a própria pele.

Não são só histórias. Viu Aya, eu estava certo.



OFF: Me alonguei um pouco e meio que não sai do lugar xD


Última edição por Chris Storm em Seg 25 maio 2015, 06:44, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : uma cor da fala estava errada)
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Mensagem por Érica Qua 13 maio 2015, 22:17

Off: adorei o post @w@




Lembranças da infância pareciam surgir na mente do gangster, enquanto o tempo parecia estar totalmente parado. Um segundo durava uma eternidade, enquanto a voz de Aya se fazia presente na mente do rapaz. A garota afirmando que eram apenas histórias, nada além disso, enquanto o olho esverdeado estava fixo nos olhos negros da criatura.

O corpo do Armagedon parecia não responder mais. As lembranças trazendo a sua mente o Pokémon róseo, gentil e brincalhão, mas não havia nenhuma daquelas características na criatura ali. O pelo vermelho, como o sangue da criança fantasmagórica. Os olhos não apresentavam qualquer vida ou sentimento, condenado a ter apenas o vazio.

Despertado pela presença da ave esverdeada, Chris pensava que o Pokémon devia fugir, enquanto o fantasma o afastava da visão. A mente longe, pensando na Gladiadora, enquanto simplesmente corria. No final, os antigos não inventavam histórias, tão pouco os religiosos eram tolos. As criaturas lendárias realmente existiram no passado.

Após algum tempo correndo e passando por alguns corredores, o som de algo caindo chamou a atenção da dupla, que já mirou para trás e temeu encontrar o ser vermelho, mas o corredor estava vazio. Após mais alguns segundos, som de vidro se quebrando. O fantasma estava em pânico, mas alguns pios pareciam atrair o ruivo, que abriu uma das portas e entrou num dos quartos.

O local empoeirado e abandonado pelo tempo, agora, estava todo revirado. Armários foram revirados, cortinas arrancadas de seu lugar. O corpo de um cadete caído no chão, uma ferida no pescoço e coberto de sangue, tendo perdido a vida. A mochila do mesmo revirada, tendo inclusive parte dos documentos que o rapaz procurava no chão, mas a única coisa que Chris via era o par de olhos azuis o mirando. Blue mirou o gangster, largando a corda que amarrava na cama, próxima da grande janela recém quebrada.

-Jordan?...

A voz estava trêmula. Tirando as manchas de sangue nas vestes, provavelmente do finado oficial, e de um corte relativamente feio na bochecha, a Gladiadora parecia bem. Starly estava no colchão, uma das asas enfaixada com um pedaço de lençol, mas já manchado de vermelho. A fantasma estava caída ao lado da ave, inconsciente e com algumas feridas, sendo rodeada pelo outro Misdreavus.

A breve felicidade pelo reencontro, no entanto, logo perdia seu espaço. Mais um grito angustiado de Xatu era ouvido, para depois predominar o silêncio. A respiração era o único som. Blue tremia levemente, enquanto Clio tentava se preparar para atacar, mas a dor em sua asa parecia demais para ela. O fantasma que ainda estava desperto parecia ficar mais pálido a cada instante.
Érica
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Mensagem por Chris Storm Sáb 23 maio 2015, 23:11

OFF: Demorei, mas postei e.e




Ela está... viva? O reencontro com a jovem gladiadora após o encontro aterrorizante com o lendário carmesim fez com que o gangster voltasse a si. Se os olhos da besta preenchera o coração do rapaz de uma sensação de morte, o olhar vívido de Blue, mesmo que aterrorizado, lhe trouxe outra sensação, a da vida. Assim, o gangster deixou-se tomar por uma vontade inexorável de sobreviver, recuperando a esperança.

Percebera o cenário de luta que contrastava com o quarto empoeirado e abandonado. Blue e os pokémons estavam feridos, o cadete, morto ou quase isso. Foi ela quem o matou! Só pode ter sido ela..., concluíra, lutando para que um sorriso não se desenhasse em sua boca. O que não foi difícil, já que um barulho vindo de longe apontava para a ação do inimigo maior, um que nem ele e ela juntos poderiam dar conta.

– Aqui está sua mochila com todas as suas pokéballs. Agora, precisamos sair desse prédio o mais rápido possível! – Falou enquanto corria de um lado a outro do quarto procurando uma saída e Blue retornava a ave ferida para o interior da esfera que a pertence. Deu-se conta de que a garota já havia se adiantado e parece ter planejado uma fuga através da janela. – Não há tempos para explicações.

Aproveitou para ir até os documentos próximos do corpo do cadete e recolhê-lo, sem se preocupar com que Blue iria pensar a respeito. Se tiver sorte, não irá pensar nada, afinal está muito assustada para se prender a algo pequeno.

– Você consegue descer? – Questionou, olhando para baixo. – Não terá muito problemas com isso, eu acho. O problema é esse braço. – Ergueu sua tipoia com o braço engessado.

É bem verdade que já não sente mais a mesma dor e incomodo de antes, mas, ainda assim, continua sendo um desfalque seu.

– Vá, não olhe para trás. Eu darei um jeito. – Insistiu com Blue. – Misdreavus, você pode carregar sua parceira ferida, não é mesmo? Vá com a Blue.

O rapaz ainda não tinha ideia do que fazer, mas, se tiver que se atirar daquela janela usando apenas uma mão, irá fazer. Se ao menos ele pudesse se prender a corda... Pensou que talvez devesse dar uma olhada nos pertences do cadete para ver se há algo que possa ajuda-lo.

Está muito silencioso..., deu-se conta. Não sabia o que era mais assustador, se o barulho das vítimas do Mew vermelho ou a incerteza trazida pelo silêncio.
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Mensagem por Érica Dom 24 maio 2015, 19:05

Como se estivesse se afogando, mas alguém repentinamente o tirasse da água, permitindo-o respirar novamente, Chris pareceu despertar. A vontade de sobreviver ressurgindo, junto com a esperança que, agora, ficava acima do medo. As condições do quarto, da jovem e do finado oficial não passavam despercebidos, o ruivo rapidamente montava as peças e imaginava o que havia ocorrido no local.

Embora a vontade de sorrir, precisavam garantir que sobreviveriam aquele dia. Blue pegava sua mochila e retornava a ave ferida, enquanto o gangster notava a estratégia da morena, pegando os documentos. A Gladiadora não reparou, o medo da morte e a possibilidade de fuga não dando tempo para a curiosidade.

A dupla se organizava para descer. O Armagedon revirando os pertences do cadete, enquanto o fantasma carregava a companheira de forma desajeitada. Blue mirou o ruivo, começando a auxiliá-lo na busca de algo que pudesse ajudar a prendê-lo à corda de alguma forma, para evitar uma queda.

As coisas do cadete eram espalhadas. Peças de roupas manchadas e documentos sendo deixados de lado. Um par de algemas atraia a atenção do ruivo, bem como as duas ataduras médias. Um rolo de esparadrapo pela metade, dois remédios para cortes leves e um termômetro também eram encontrados. Um celular, cinco clips de papel, um pacote fechado com três pilhas médias, um canivete suíço, um chapéu estilo Cowboy branco e um óculos escuro, além de um pandeiro, item mais exótico e inútil no momento.

-Machop talvez consiga te levar até lá embaixo, você só precisaria se segurar nele.

A Gladiadora dizia, já materializando o lutador, que só esperava o gangster se segurar nele para começar a descer. O rapaz devia se apressar e pegar os itens de seu interesse.



Off: sem problemas \o rota já ta chegando na reta final ^^
pretende ir pro evento em Erobring? =)
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Mensagem por Chris Storm Seg 25 maio 2015, 06:42

O gangster constatou que os pertences do cadete eram, em sua maioria, itens interessantes e leves que, com jeitinho, caberiam em sua mochila. Assim, começou a agir com velocidade, tendo em vista que uma fuga os aguarda. Pegou o remédio para cortes e entregou para Blue, que guardara em seus pertences junto do resto de esparadrapo, ataduras e o termômetro. Pensando no disfarce que irá precisar ao voltar para Chermont, o mesmo pôs o chapéu na cabeça e guardou os óculos no bolso interno da jaqueta, desejando que não acabe quebrando nenhuma lente no caminho.

Guardou as pilhas, o celular e algemas na bolsa, jogando-os lá de qualquer jeito. Depois eu ajeito, ainda pensou ao fechar o zíper de sua mochila. Decidira levar o celular porque achou que poderia ser útil mais tarde, caso tivesse algum contato ou mensagem secreta. O canivete ele guardou no bolso da calça, sendo o seu achado favorito daquela busca.

Após o “roubo” ao cadáver, o arruaceiro correu até Blue e o Machop. O pokémon devia ter cerca de 1 metro de altura e era bem mais magro que ele, entretanto, sabia-se que aqueles braços pouco musculosos escondiam uma força capaz de quebrar facilmente as paredes daquele edifício.

– Hey companheiro. Irei me agarrar em você, conto com sua ajuda para descer por essa corda.
– Disse enquanto mirava o chão através da janela. Seria uma queda feia, espero que dê certo..., concluiu.

Blue foi a primeira a descer, tendo que driblar qualquer medo de altura que pudesse vir a ter para garantir que saísse dali com vida. Segurou a corda com firmeza com as duas mãos e foi descendo com o auxilio dos pés.

Chris foi logo em seguida. Fitou a porta do cômodo pela última vez e projetou-se para fora da janela. O Machop enfiou seus pés por baixo das axilas do gangster, suportando todo o peso do mesmo. Este tentava ajuda segurando a corda e usando os pés na parede, entretanto o lutador não tinha dificuldades de deslizar através da corda usando apenas suas duas mãos.

Mais um pouco e estaremos no chão, o gangster pensava, desejando afastar-se daquele pesadelo o mais rápido possível.



OFF: E to saindo vivo, ufa! xD
Acabei de dar uma olhada e gostei muito, tem muita coisa legal para se fazer *-* Vou tentar ir sim, mas não sei se vou chegar a tempo, já que to indo viajar essa semana e só devo voltar no sábado e.e
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Mensagem por Érica Seg 25 maio 2015, 10:27

Off: sou boazinha \o/
vou tentar acelerar tua rota pra tu ir rápido pra Erobring e não perder evento \o\
talvez eu atualize a ficha só mais de noite (aula daqui a pouco =x)




Os itens eram, na maioria, interessantes para o gangster. A Gladiadora guardava os remédios em sua própria mochila, enquanto o rapaz colocava o chapéu e guardava outros itens que podiam ajudá-lo em algum momento. O "roubo" era feito com velocidade, visto a urgência da situação e que não deviam demorar muito.

Mirando o lutador, que apesar de baixinho e magro, tinha força mais que suficiente para quebrar as paredes do local, fazendo um sinal positivo após a fala do ruivo. Blue já começava a descer, segurando-se com firmeza, enquanto o Misdreavus a acompanhava e segurava a outra fantasma inconsciente.

Chris e Machop foram logo em seguida, descendo pela corda. O Armagedon tentava auxiliar, mas o lutador não apresentava dificuldades. Quando os pés finalmente tocaram o chão, um suspiro de alivio surgia. As grades eram destruídas por Machop, permitindo a dupla se afastar do prédio com passos apressados.

-Onde fica a saída dessa cidade?

Blue perguntou, desejando se afastar da cidade antes que o ser vermelho os encontrasse novamente, no entanto, o gangster ainda possuía uma parte do documento para recuperar. O Misdreavus o seguia, tendo alguma dificuldade em carregar a Pokémon ferida. O celular alegando serem 17:45, e passar a noite ali depois de tudo, estava fora de cogitação.

Chris: + Um par de algemas, 1 celular, chapéu estilo Cowboy branco, um óculos escuro, três pilhas médias, um canivete suíço
Blue: + duas ataduras médias, rolo de esparadrapo pela metade, dois remédios para cortes leves, um termômetro
Érica
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09| Rompendo o silêncio - Página 2 Empty Re: 09| Rompendo o silêncio

Mensagem por Chris Storm Seg 06 Jul 2015, 18:42

OFF: Voltando e.e Tive que imendar uma viagem em fazer trabalho pra apresentar em outra, daí nem deu pra voltar xD
Não sei se me adiantei muito. Ia parar indo na direção das ruinas e tal, mas achei que só atrasaria =x




Percebendo a ansiedade da gladiadora, Chris optou por enganá-la mais uma vez. Ainda tinha que recuperar os últimos documentos que restavam e, para isso, precisaria da ajuda dos Misdreavus. O gangster foi até o fantasma que vacilava no ar, enquanto Blue agradecia e retornava o lutador para dentro de sua pokébola, pegou-a no braço e aninhou em seu peito, deixando o pokémon atrapalhado livre para flutuar.

– Misdreavus, agora preciso que nos leve de volta onde deixamos os seus outros companheiros. Eles poderão cuidar dela. – Pediu, segurando a monstrinha desacordada. Blue lançou para ele um olhar de dúvida; sem entender nada, queria apenas sair daquela cidade. – Não se preocupe, logo sairemos daqui. Eles nos levarão até a saída. – Mentiu.

Após uma breve corrida, o grupo chegou até os entulhos de antes. Misdreavus projetou-se para frente, balançando sua cabeça para os lados como se procurasse por seus companheiros. Chris deitou a fantasma abatida no chão delicadamente e liberou o seu Rhyhorn logo em seguida. Enquanto isso, Blue olhava para trás bastante aflita, questionando a todo o momento o que eles estavam fazendo ali, e insistindo mesmo sem obter a atenção do seu companheiro de viagem.

– Rhyhorn... preciso que aprenda uma coisa. – Falou após tirar um estranho objeto de sua mochila. O TM DIG.  Enquanto ensinava o movimento ao terrestre, o ruivo aproveitou para falar com o fantasma que estava bem – Misdreavus, você conseguiria mergulhar nesse solo com seu corpo fantasmagórico e recuperar o resto dos papeis? – Perguntou, despertando a curiosidade em Blue. – Por favor, eles são muito importantes para mim.

Blue notou que dentro da mochila entreaberta do gangster havia um pilha de papeis, somando isso ao modo estranho que o mesmo se comportava, não pode deixar de perguntar.

– Papéis? O mundo caindo sob nossas cabeças e você preocupado com papeis... Jordan, que papéis são esses?

Enfim a morena obteve a atenção do ruivo, que a encarou com um olhar estranho. Chris sabia o que fazer para adiar aquela conversa:

– Eer... Bem. Quem era aquele cara? O cadete que a gente pegou essas tralhas... Eu vi que você estava suja de sangue, ele... te atacou? – Desviou o assunto, respondendo a pergunta com uma outra e aproveitando para saciar sua curiosidade.

No mais, tudo estava orientado. Se o fantasma não conseguisse recuperar os papeis, Rhyhorn tentaria cavar as ruinas até que eles encontrassem o que procuravam.



OFF: Remover Tail Whip. É um golpe até útil, mas o rabo do Rhyhorn é tão pequeno que sempre acho estranho quando resolvo usar :<
Chris Storm
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09| Rompendo o silêncio - Página 2 Empty Re: 09| Rompendo o silêncio

Mensagem por Érica Qua 08 Jul 2015, 16:50

off: bem vindo de volta \o/ vixe, pelo visto foi corrido XD
no problems \o post ta ótimo ^^
em breve atualizo a ficha \o e concordo x.x nunca lembro que esse bicho tem rabo x.x' se bem que lopunny pode aprender iron tail...




A Gladiadora se mostrava ansiosa, desejando deixar a cidade para trás o quanto antes, mas como ainda faltava uma coisa para o falso Gladiador, teriam que suportar o local só mais um pouco. O lutador era retornado para a esfera, enquanto a fantasma ferida ficava agora no braço do gangster. O Misdreavus agradecia o ruivo, flutuando mais livremente.

Perante o pedido do gangster, o fantasma os apressava e guiava a dupla até o local onde os outros deveriam estar. Blue estranhava, mas não falava nada, pelo menos até ver onde estavam. Os outros Misdreavus, que antes haviam ficado, não estavam mais lá. Talvez tivessem se entediado, ou sofrido algum ataque, era difícil dizer.

Ignorando as perguntas e apelos da morena, Chris ensinava um ataque para seu inicial e pedia ajuda para o fantasma, que tentava procurar pelos papéis. Infelizmente, por mais que ele passasse pelas rochas, o mesmo não podia ser dito da papelada.

Enquanto Rhyhorn cavava, Blue finalmente obtinha a atenção do Armagedon, porém ele não queria dizer a verdade, não naquele momento, revidando com outra pergunta. A Gladiadora abaixou a cabeça, abraçando a si mesma e desviava o olhar. Por alguns instantes, apenas o som das pedras sendo cavadas pelo Pokémon do ruivo era ouvido.

-Eram quatro cadetes, mas disseram que antes eram seis... Vieram numa missão de busca, só que coisas estranhas começaram a acontecer. Se separaram e perderam contato...

Chris já sabia o motivo dos cadetes estarem naquela cidade, e um deles era exatamente o que seu Pokémon desenterrava. Também já sabia o responsável pelos acontecimentos estranhos. A lembrança do Pokémon vermelho ainda causava arrepios. Saber que ele poderia aparecer a qualquer instante era o mais perturbador.

-Eles tentaram me ajudar e levar até a saída, mas do nada, um Pokémon vermelho apareceu... E quando ele abriu os olhos, um dos cadetes simplesmente caiu morto. Nos desesperamos e corremos, entrando num prédio pra tentar despistá-lo, mas invés de nos afastar, parecia que ele ficava ainda mais perto... Nenhum ataque funcionava, tentaram até capturá-lo, mas a Pokébola e os ataques passavam como se acertassem o nada... Os Pokémon simplesmente queimavam... Um cadete ficou para trás para tentar ganhar tempo pros outros...

Blue tremia e a voz ficava embargada. Os relatos do que aconteceu, e tudo em apenas um único dia, surpreendiam. As paredes vermelhas e o corpo totalmente seco, bem como a visão da fantasma que havia encontrado antes, ganhava espaço na mente do gangster.

-Só que, mesmo assim, ele nos alcançou... Não sei como, um deles simplesmente tocou nesse Pokémon e começou a gritar... Eu e o último não ficamos pra ver o que aconteceu e voltamos a correr. O último cadete enlouqueceu e falava que não iria morrer ali, gritava e pedi para ele se acalmar, até que ele achou que eu era o motivo de tudo estar acontecendo e avançou...

A visão do cadete em seu último suspiro e pedindo para Arceus ter pena das almas, o peito atravessado pela grade que cercava o prédio onde a morena havia se escondido, invadiu a mente do ruivo. Teria sido ele que tocou no estranho ser vermelho?

Blue não falava mais, mirava o chão e tremia. Havia visto de perto o que o ser que perambulava pela cidade era capaz, assim como o ruivo. Ryhorn se aproximava, entregando os papeis para o gangster. Estavam amassados e cinzas de tanto pó, mas ainda inteiros. Misdreavus esticava dois itens que também estavam em meio as pedras, bem como um disco incrivelmente empoeirado.

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Mensagem por Chris Storm Seg 13 Jul 2015, 01:35

OFF: pokémon e suas incoerências xD



À medida que Blue narrava o que aconteceu com ela no tempo em que esteve sozinha, as coisas iam se ajustando na cabeça do gangster como se fossem partes de um grande quebra-cabeça; assim, muitas das dúvidas que ficaram para trás foram sanadas.  O ruivo teve que esconder a surpresa quando soube que, mesmo sendo forçada a isso, a morena tirou a vida de um cadete. Sem saber, a gladiadora acabou ultrapassando uma linha que nem mesmo o armagedon teve coragem de cruzar: matar alguém.

Será que eu seria capaz de fazer o mesmo?, o rapaz se perguntou enquanto guardava em sua mochila o resto dos documentos e as bugigangas que o fantasma e Rhyhorn encontraram na escavação.

– Agora é sua vez.
– Ela falou, lembrando-se de olhar para trás logo em seguida. Estava visivelmente traumatizada com que o viveu nas últimas horas. – O que são esses papéis?

Após retornar Rhyhorn para sua pokébola , o gangster encarou a gladiadora. O seu único pensamento era: seriamos ótimos companheiros de revolução. Entretanto, não sabia se a mesma estava pronta para ouvir a verdade.

– Aquela coisa pode aparecer a qualquer momento, quando sairmos daqui eu falo. – Ele respondeu, dando alguns passos para frente.

Foi quando se preparava para, enfim, marchar para fora da cidade que o ruivo se deu conta de outro problema: os fantasmas. A dupla estava totalmente desamparada e um deles estava machucado. Sensibilizado, ele pegou uma de suas pokébolas vazias e lançou contra a fantasma machucada.  

– Achei melhor leva-la conosco... Para o seu próprio bem.
– o gangster se justificou com o outro fantasma. – Se quiser, pode vir também. Aposto que a Blue não irá se importar de captura-lo.

A gladiadora olhou para ele espantada. Não esperava por aquilo. Apesar disso, tentou forçar um sorriso para o selvagem, estendendo uma de suas esferas vazias na direção dele.

– Claro que não. Basta entrar aqui.


Assim, a dupla ficou aguardando a decisão dos fantasmas para dar o pé daquela cidade pra nunca mais voltarem ali.
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Mensagem por Érica Sex 17 Jul 2015, 20:35

Off: melhor não tentar entender XD
ficha em breve vai ser atualizada \o




Tudo parecia se encaixar conforme a morena contava o que havia ocorrido, surpreendendo o ruivo ao revelar que, mesmo sendo forçada, fez algo que o próprio gangster não se atreveu a fazer: tirar uma vida. Chris se questionava se seria capaz de fazer o mesmo, mas apenas quando chegasse o momento que realmente saberia.

Enquanto o Armagedon guardava os itens, Blue queria explicações, mas mais uma vez o ruivo adiava a conversa, lembrando de que o ser vermelho poderia aparecer novamente. A verdade teria que esperar mais um pouco, no entanto, ainda havia mais uma coisa: o que fazer com a dupla de fantasmas?

Os dois Misdreavus estavam sozinhos, um deles ferido. Chris tocou uma Pokébola na Pokémon desmaiada, capturando-a sem dificuldades. O outro fantasma pareceu ficar em dúvida por alguns instantes, mas ao olhar ao redor, pareceu perder qualquer dúvida que possuía, entrando na esfera que Blue esticava para ele. Após as capturas, Blue mirou ao redor, sem saber exatamente que direção tomar. As ruínas pareciam semelhantes em todas as direções e o tempo corria.
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Mensagem por Chris Storm Ter 21 Jul 2015, 12:43

Agora tinham que sair dali, mas como? Chris mentiu quando disse saber do caminho. Apesar de ter andado por horas por aquela cidade, está lá por apenas um dia e o tempo não foi suficiente para que se familiarizasse com suas particularidades. Correr a solto por suas vielas poderia significar ficar perdido em um labirinto, e, pior, com uma fera à solta.

– Chame o seu Misdreavus.
– O gangster sugeriu. – Ele vive aqui, possivelmente saberá nos guiar.

Blue não queria tirar o fantasma recém-capturado da segurança de sua esfera, mas não viu outra alternativa, pressionou o botão para liberá-lo em campo. O monstrinho ficou confuso por alguns segundos, mas logo percebeu que estava no mesmo lugar que cerca de um minuto atrás.

– Eu lamento ter te tirado de lá... Misdreavus. – A gladiadora se desculpou, olhando novamente para os cantos para se certificar de que tudo estava bem. – Mas você poderia nos ajudar a sair daqui? Depois disso, prometo que nunca o trarei de volta para cá. – Pediu, com as duas mãos coladas como se fosse fazer uma oração.

A dupla seguiu o pokémon sem saber ao certo se ele sabia o que estava fazendo. Enquanto corriam desesperados por uma saída, Blue quebrou o silêncio:

– Lune, esse será o seu nome a partir de agora. – Ela disse para o fantasma.
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Mensagem por Érica Qui 23 Jul 2015, 18:10

Off: pensei no labirinto do minotauro XD



O gangster se preocupava sobre como iria sair da cidade, visto que não estava lá tempo o suficiente para se familiarizar com o local, e nem tinha a intenção de fazê-lo. Correr aleatoriamente podia resultar num encontro nada agradável com o ser que vivia por ali. Chris sugeria usar o Misdreavus como um guia, apesar de relutante, a morena concordava.

O fantasma olhou confuso para o local, mas perante a promessa de sair de lá e nunca mais voltar, o Misdreavus rapidamente concordava e começava a flutuar entre as ruas, sendo seguido pela dupla.

Todos corriam o mais rápido que podiam, as primeiras estrelas já sendo visíveis no céu. Purrloins, Gastlys e Misdreavus eram vistos de relance e ignorados. Blue sorria quando via a trilha que levava para as montanhas, enquanto o ruivo suspirava aliviado. Finalmente deixavam a cidade silenciosa para trás.

HP'S:
Rhyhorn: 99%
Swinub: 100%
Azurill: 100%
Krabby: 100%
Misdreavus: Nocauteada
Hunter: 100%
Clio: 13%, asa quebrada
Machop: 100%
Lune: 100%

Poderá retirar o gesso do braço daqui 2 dias.

Rota Trancada.
Érica
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