I - O início de um novo começo

Henri ficou muito animado e emocionado ao ver seus pokemon superarem um pouco o medo para cumprir com o que havia sido pedido, mesmo que eles tivessem falhado devido a grande diferença de nível e experiencia que havia naquela batalha/teste. Persian parecia não ser afetado pelo único ataque que havia conseguido atingir seu alvo e ainda tinha muita energia para gastar com seus novos "brinquedinhos".

O aspirante a cadete quase não conseguia acreditar no poder que Persian tinha demonstrado, sem nem ao menos usar um único ataque, e não entendia direito os silêncio de Cornélios, que apenas observava o aspirante e os pokemon que estavam com ele. Aquele sem duvidas seria a parte mais difícil do dia de Henri, então o jovem de Nyender respirava fundo e voltava sua atenção para a batalha, ficando feliz ao ver que seus pokemon estavam bem e ainda dispostos a lutar ao seu lado.

Assim que se recuperam do "golpe", Meowth correu em direção do Persian, enquanto Houndour ficava onde estava, se mantendo preparado para atacar assim que Meowth fizesse sua parte. Meowth avançava confiante em Henri e em Houndour e logo suas garras cresciam e ele pulava em direção de Persian, que assim como Henri havia planejado, pulava para se desviar, dando a chance perfeita para a pokemon do tipo Dark/Fire lançar suas brasas com uma mira quase perfeita.

As brasas iam em direção de Persian, mas para a surpresa dos três, Persian lançou várias estrelas em pleno ar, que não só tiveram poder suficiente para destruir as brasas, como conseguiram lançara Houndour para longe de Henri, apenas atingindo o chão próximo a pokemon, não causando nenhuma dano além de alguns hematomas e uns pequenos arranhões causados pela queda.

O lugar onde o ataque havia atingido estava completamente esburacado e uma pequena nuvem de poeira se ergue, atrapalhando um pouco a visão de Henri e do Meowth. Enquanto a poeira baixava, Henri ouviu seu Meowth gritar alto, um som que fez se coração gelar e assim que ele conseguiu voltar a enxergar os pokemon, descobriu que Persian estava deitado no chão, segurando Meowth firmemente contra o chão usando suas patas da frente e deixando as garras de fora, obrigando o felino a ficar imóvel para não se machucar.

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Henri olhava com preocupação para Houndour, que já começava a demonstrar sinais de cansaço e alguns machucados devido a luta difícil, mas também deixava claro que enquanto Henri não desistisse, ela também se manteria firme na batalha. A atenção dos dois logo voltou para Meowth e assim que eles viram a situação de risco que o felino estava, ambos ficaram muito preocupados e quase sem saber o que fazer.

Por um momento Henri ficou em silêncio, tentando se controlar e pensar em algo para ajudar seu Meowth, entendendo o motivo daquele teste rigoroso, mesmo não gostando muito de ver seus pokemon sofrendo daquele jeito. Nesse momento, Houndour se aproximou do aspirante a cadete e encostou a cabeça em sua perna, tentando chamar a atenção de Henri e assim que a olhou, a pokemon se posicionou, mostrando que faria de tudo para ajudar no que pudesse.

Decidindo se arriscar em uma ideia que surgia em sua mente, Henri torcia para que conseguisse tirar Meowth de perigo sem ferir nenhum de seus pokemon. Meowth usou seu Growl, que no máximo fez com que Persian mexesse uma de suas orelhas enquanto segurava o felino com mais força, fazendo suas garras farem pequenas feridas no corpo de Meowth. As brasas de Houndour iam certeiras em direção de Persian, que mais uma vez surpreendia Henri ao pular e jogar o Meowth para ser atingido pelo ataque de fogo de sua companheira de equipe.

Por um momento Houndour ficou se sentindo culpada enquanto Meowth se esforçava muito para conseguir se levantar. Quando os dois se recuperaram o suficiente para atacar, levaram um susto ao ver que agora haviam Seis Persians, cada um em uma parte diferente do campo de batalha. Enquanto Meowth e Houndour olhavam para todos os lados, tentando descobrir qual era o verdadeiro ou ao menos decidir em qual concentrarem seus ataques, todos os Persian começaram a correr pelo campo de batalha, deixando até mesmo Henri confuso e perdido.

Quando os felinos finalmente pararam e estranhamente começaram a desaparecer um a um, Henri ficou ainda mais confuso com aquela estratégia estranha do pokemon do Comandante temporário, só percebendo tarde demais o objetivo daquela distração. No meio do campo de batalha, o verdadeiro Persian estava deitado, olhando para Henri com o que parecia ser um "sorriso maligno" no rosto, enquanto mantinha os dois pokemon do aspirante bem presos embaixo de suas garras. Ambos estavam de barriga para baixo, com os rostos tão pressionados contra o chão que eles mal conseguiam respirar. Cornélios permanecia em silêncio e imóvel, sem demonstrar qualquer reação ou sinal de que interferiria no combate.

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'Páscoa' :

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off: pode XD, mas você deixaria seus pokemon sozinhos nessa encrenca?

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Vendo seus pokemon completamente indefesos e completamente subjugados pelo poder de Persian, Henri penso em desistir para tentar evitar que seus pokemon se machucassem ainda mais naquela batalha que eles nunca tiveram uma chance de sair vitoriosos, mas a lembrança da confiança que seus pokemon já tinham no aspirante e a determinação que tinham mostrado fizeram Henri mudar de ideia. Poderia ser arriscado, mas ele também não desistiria, assim como seus pokemon, ele não se daria por vencido.

Porém, antes que seus pokemon pudessem começar a tentar a estratégia do aspirante a cadete, Cornélios fez com que seu pokemon recuasse, deixando Meowth e Houndour onde estavam, cansados demais para se levantarem. Sem dizer nada, o comandante se afastou, deixando Henri sozinho com seus pokemon por alguns segundos, antes que a cadete voltasse para buscá-lo.

- Você conseguiu! Sua amiga acabou de fazer a tatuagem, então a não ser que queria tentar a sorte como Espião, já pode me acompanhar para ir fazer sua tatuagem. - Falou a cadete parecendo animada e feliz por Henri ter conseguido passar no teste com sucesso.

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off: Never! rsrsrs
off²: sem querer, no segundo parágrafo, você colocou "aspirante a gladiador" ^^

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off: XD
off²: já arrumo, to muito distraída hoje @.@

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Finalmente livre daquele teste, agora com a certeza de que finalmente tinha se tornado um cadete, Henri comemorava com seus pokemon, que mesmo muito cansados, estavam quase tão felizes quanto Henri por saberem que agora, eram oficialmente uma equipe. A cadete apenas observava, sorrindo sozinha, enquanto esperava que Henri desse uma resposta que decidiria seu futuro entre os cadetes.

Como não tinha interesse em se tornar um espião, trabalhando para os cadetes infiltrado em alguma das gangues, Henri logo retornava seus pokemon para as pokeballs e acompanhava animado a cadete de volta para a academia. Durante todo o caminho, Henri se pegava pensando em como Cintia estaria agora e que profissão ela tinha escolhido, além de que tipo de pokemon ela poderia ter naquele momento.

Henri ficou tão distraído que só percebeu que eles já tinham chegado no local para fazer tatuagens, quando a cadete o chamou e falou que só era preciso entrar naquela sala para conseguir a tatuagem e que, assim que ele terminasse, não esquecesse de encontrá-la na recepção para conseguir sua licença. Com essas informações, Henri via a cadete voltando para a recepção e o deixando sozinho para avançar para o ultimo passo antes do local como um verdadeiro cadete.

Entrando na loja, Henri ficava feliz ao ver que estava tudo organizado e bem limpo. A sala era bem simples, com uma grande cadeira reclinável onde as pessoas se sentavam ou deitavam para fazer a tatuagem, um escrivaninha com todos os equipamentos, incluindo moldes de tatuagem recém usados de gladiadores, um arquivo cheio de moldes de todas as tatuagens, em todos os tamanhos que Henri poderia imaginar, e uma cadeira com rodinhas, onde um homem estava distraído demais lendo uma revista proibida para menores de dezoito anos, para notar a presença de Henri. Foi apenas quando o cadete deu alguns passos que o homem pareceu notá-lo e logo jogou a revista para longe antes de se virar para Henri.

- Cadete certo? Onde vai querer sua tatuagem? - Perguntou o homem já se levantando e separando as tintas que precisaria para fazer a tatuagem enquanto esperava uma resposta de Henri.

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'Páscoa' :

off:

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off: muita sorte mesmo \o/ egg move adicionado ^^

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Deixando os pensamentos sobre Cíntia de lado por um momento e imaginando se fazer uma tatuagem seria muito doloroso, Henri logo se acomodou na cadeira e despiu seu braço para que o tatuador pudesse começar a fazer seu trabalho. De inicio o homem apenas limpou o local e fez alguns esboços, com ajuda do molde, mas logo ele já estava com a pequena máquina de tatuagens em mãos, mergulhando a agulha na tinta preta.

- Tente não se mexer muito. - Pediu ele logo antes de começar a fazer o primeiro traço da tatuagem. Ador que Henri sentiu era forte, como se o homem estivesse abrindo seu braço com uma lâmina em vez de fazer a tatuagem, mas o cadete conseguiu aguentar o bastante para ao menos não mexer o braço que estava sendo tatuado. Foi um processo longo e doloroso, principalmente quando o tatuador começou a colorir a tatuagem, fazendo apenas breves pausas para repor a tinta ou limpar rapidamente a maquina quando mudava de uma cor para a outra.

Quando Henri já estava imaginando se não teria sido melhor escolher um outro lugar, ou talvez fazer uma versão bem menor da tatuagem, o tatuador anunciou que finalmente tinha acabado, deixando Henri admirar um pouco a tatuagem antes de limpá-la e fazer uma espécie de curativo. Com a tatuagem feita, Henri precisou apenas ouvir algumas instruções sobre como deveria limpar e trocar o curativo diariamente, antes de finalmente ser liberado.

Com o braço dolorido, mas ainda assim muito animado, Henri saiu da sala e conseguiu achar rapidamente o caminho até o saguão, onde a cadete ficou feliz em lhe entregar a licença antes de se despedir desejando boa sorte ao novo cadete. Henri quase não acreditava que tinha conseguido e estava tão feliz, que acabou saindo da delegacia ainda encarando sua licença. Do lado de fora, o recruta acabou trombando com outra pessoa que estava parada logo após a saída da delegacia. No momento em que Henri conseguiu recuperar o equilíbrio e se virou para se desculpar, percebeu que aquela era Cíntia, que parecia muito animada com um Piplup seguro e animado em seus braços.

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