FICHA: Akano Ootsuka

Spoiler:

Escutei, pelas histórias dos meus vizinhos, que minha mãe era uma mulher linda e viveu alegremente com meu pai durante muitos anos. Para a infelicidade do coitado ela morreu durante o meu parto.

Não é preciso imaginar como isso afetou a frágil mente do meu velho, o homem perdeu toda a base de sua vida com aquilo e, para completar, ganhou um filho que, “teoricamente”, teria que sustentar. Contam que ele até que tentou cuidar de mim nos meus primeiros anos de vida, mas eu não me lembro disso. As memórias que possuo são de suas despedidas matinais e dos seus roncos noturnos.

Eu sei que ele trabalhava em algo - não sei com o que - desconfio que fosse alguma coisa ilegal, mas isso também pouco me interessa. O fato é que na nossa casa não tinha comida - ao menos não para mim - meu velho comprava o suficiente para uma só pessoa e sempre tudo sozinho. Foi por isso que, ainda novo, comecei a viver mais nas ruas do que dentro da minha casa.

Até por volta dos meus oito anos meus vizinhos pareciam ter pena de mim, por isso sempre me davam alguns lanches. Uma tiazona que vivia sozinha no final da minha rua sempre me recebia de braços abertos, acho que ela me via como um filho, e, por isso, frequentei sua casa durante muitos anos. Mas, infelizmente, ela adotou uma criança e, subitamente, passei a não ter mais nenhum valor naquele lar.

Percebi ainda novo que as pessoas só se importam com coisas/pessoas que fornecem algum tipo de benefício. Logo, eu era um nada. Aos nove anos, comecei a auxiliar um senhor na limpeza e manutenção de sua mercearia, meu pagamento: almoço (diário) e algumas moedas no final do mês. Por quase um ano trabalhei para aquele homem, mas um dia fui demitido por “não ser uma pessoa muito receptiva”, como ele mesmo disse. Depois disso nunca mais fiquei mais de três meses em um mesmo emprego.

Meu pai, que praticamente não conversava comigo, havia percebido que eu estava sempre arrumando uns bicos pela cidade, e perguntou seu eu não queria trabalhar junto com ele. Isso me pegou de surpresa. Eu já tinha uns 12 anos e não tinha a menor noção do serviço dele. Claro que aceitei na hora, acho que naquela época ainda havia um filete de esperança em mim. Imagine a minha decepção quando descobri que ele trabalhava vendendo coisas ilegais... Nunca descobri ao certo o que ele vendia, minha função era de entregador. Acho que ele quis me usar como um serviço especial de delivery para atrair mais clientes, pois eu cheguei a fazer entregas até mesmo em outras cidades!

Fiquei trabalhando desse jeito por mais de quatro anos. O pagamento era mínimo, segundo meu pai eu deveria agradecer por ter onde morar e o que comer. E eu realmente agradecia. A chance de mudar um pouco a minha vida, a chance de conhecer melhor o meu pai, isso me fazia ficar animado mesmo estando em um emprego tedioso. Foram anos legais. Meu relacionamento com ele não mudou muito, mas passamos mais tempo juntos do que em todos os outros anos. Quando ele estava lucrando bem até me levava para comer em algum restaurante da cidade. Tudo estava ótimo daquele jeito e eu estava feliz.

Infelizmente, tudo que é bom (ou quase isso) uma hora chega ao seu fim. Um dia, ao voltar de uma entrega, encontrei nossa casa totalmente vazia e um bilhete do meu pai. Ela era bem direta e não tinha nenhum sinal de carinho, não me lembro de exatamente o que estava escrito, mas, resumindo, devia ser algo assim – “Tive de ir embora. Arrume algo novo para trabalhar.” E foi simples assim que ele desapareceu de minha vida e eu, mais uma vez, me vi sozinho na cidade. O impacto inicial foi meio grande, mas nada que eu não pudesse superar, arrumei novamente alguns bicos e fui juntando dinheiro, enquanto procurava por algum sentido maior na vida.

Até então, os pokemons haviam atuado como coadjuvantes na minha história. Nunca havia precisado deles e nem mesmo me interessado. Mas, agora que nada me prendia em Nyender passei a me lembrar das várias histórias que ouvi ao longo da minha vida. Histórias sobre viajantes e aventureiros que passavam cada momento de sua vida ao lado de seus pokemons, pessoas que pareciam ser completamente livres... Sendo assim, percebi que havia chegado a hora de eu sair da minha cidade natal e passar a procurar um sentido na minha vida em outros lugares. Ao pesquisar um pouco sobre o assunto, percebi que a vida dos gladiadores encaixava um pouco mais com os meus desejos. Fama, glória e muita adrenalina. Acho que essa era a opção perfeita para eu mudar a minha vida.

Quando tomei essa decisão, ainda tinha uns 17 anos. O problema é que não entendia muito sobre pokemons, para ser sincero não sabia muito sobre coisa alguma. Meus conhecimentos eram bem limitados. Por isso, passei dois anos aprendendo mais sobre o assunto. Quando não estava trabalhando com alguma coisa, estava pesquisando sobre a história do continente e a profissão dos gladiadores. Fortaleci meu corpo, me preparando para batalhas e para uma possível jornada. Aos 19 anos, me sentindo preparado e, pela primeira vez, com um sentido e um objetivo claro em minha vida, parti para a Academia de Polícia com um pouco de dinheiro em busca de glória e adrenalina.

Itens:

• 3 Pokébolas
  

Itens PEVOAK:


Itens Medicinais:

• 1 Potion
  

Berries:


TMs:

• TMX Move - Usada pela última vez em x/x/x
  

Outros:

• 1 Cantil
  
• 1 Saco de dormir
  
• 12 fósforos
  
• 1 caneta azul
  
• 1 Bloco de Notas
  
• 1 Celular
  
• 1 Algema
  
• 1 uniforme cadete
  
• 1 Bússola
  

Dinheiro: Pk$200

Registros:

Spoiler:

Spoiler:

Spoiler:

Spoiler:

Spoiler:

Spoiler:

Spoiler: