Um novo passo rumo a vingança

Depois de ter dormido muio bem, algo que Brian não tinha se dado ao luxo a muito tempo, o homem é acordado com uma batida na porta do seu quarto e ao abri-la o Boundurant percebe que se trata de Kamila, trazendo consigo uma bandeja contendo um café da manhã reforçado. Mas, antes que pudesse se deliciar com esta refeição, Kamila diz que vai fazer uma missão, algo que Brian está bem interessado.

- Missão? Eu posso ir junto? Já faz um tempo que eu quero causar alguns problemas aos malditos cadetes! _ o homem fala, enquanto pega uma torrada com a mão direita e depois a leva a boca, para mastiga-la.

Enquanto espera uma reposta, Tormenta, ainda sonolenta, boceja abrindo sua grande boca e depois vai até a bandeja, abocanhando um dos pedaços e o engolindo por inteiro, esboça do depois um sorriso de satisfação.

O Gangster mal acordava e era surpreendido com a bandeja que a mulher havia levado para ela. Assim, a morena parecia bem atenciosa para com o rapaz, mesmo assim não era comum Brian receber tanta atenção. Disposta a sair dali para a sua missão, Brian perguntava se poderia ir com ela, enquanto comia as torradas e bebia – o muito doce – café. Trapinch, que havia acabado de acordar, já ia andando até a bolsa e começava a comer junto do seu treinador. A Pokémon comia, ou melhor, engolia quase que inteiro o alimento, embora fosse visto que ela poderia comer a vontade.

Kamila parava e dava meia volta, escorando-se na porta e sorrindo para o menino. Ela parecia pensar se o mesmo poderia ir, mas ao que parece, nada via em vista.

- Acho que as missões são individuais... Mas não sei... Mas você pode tentar pedir uma missão ao Santiago. Ou pedir para negociar com uma mulher no Nokori Hotel. Ela deve estar tomando um café, algo do tipo. É só falar a senha “pachirisus são fofos né?” – dizia a morena. – Até lá, já estou atrasada, grandão. Espero te vê e novo. – piscava o olho e saia, deixando Brian e Tormenta.

Vendo que não tinha mesmo jeito, Brian espera Kamila e ir embora e depois fecha a porta, indo em seguida se sentar na cama para poder comer seu café da manhã completo, que por sinal está delicioso, até mesmo o café muito doce também está muito bom.

Assim, depois de ter se deliciado com a ótima refeição, o homem coloca um novo short, coloca sua botas e por fim uma blusa de cor azul, para em seguida chamar Tormenta de volta para a pokebola e seguir para o andar superior, onde Brian procura Santiago para lhe entregar a chave do seu quarto. Feito isto, o Boundurant vai caminhando pelas ruas de Kalled pois agora ele tinha um plano, conseguir dinheiro e um pokemon para usar como barganha com esta tal comerciante e o homem já sabe exatamente qual pokemon procurar.

Nas ruas desérticas daquele cidade, os grandes pássaros metálicos conhecidos como Skarmorys vivem em sintonia com a população, uma raridade só existente nesta cidade. Então, por conhecer a cidade como a palma de sua mão, Brian vai caminhando pelas áreas mais desérticas e com prédios abandonados, lugares perfeitos para um skarmory fazer um ninho.

Infelizmente o jovem Brian teria que esperar por Kamila, pois ela estava em uma missão individual. Agora o jovem poderia pelo menos ter que decidir o que faria de sua vida, pois afinal, ficar ali preso sem ao menos ter a necessidade de colocar a sua vida nos eixos não fazia parte dos planos do Arruaceiro. Mas antes que Kamila saísse em sua missão secreta, a jovem ia para perto do rapaz e pegava o celular. A morena era habilidosa com roubos e com isso ela acabava o celular do rapaz, não para si, mas para anotar o número dela.

- Precisando de ajuda, me ligue, bonitão! – dizia a morena entregando o celular para Brian, antes de dá um toque no celular dela, para registrar o número do Gangster.

A morena deixava o quarto e assim o gangster terminava e se fartava com o café-da-manhã caprichado. Trapinch degustava junto de seu mestre e parecia adorar o doce do café e a geleia. A Pokémon logo se fartava, assim como o seu treinador, que ao ver que não tinha mais nada para fazer ali, trocava de roupa e recolhia a sua parceira através do raio vermelho da Pokéball. O jovem erguia-se e saia do quarto, voltando para o elevador secreto que levaria para o andar do térreo.

O jovem encontrava ali Santiago analisando um livro, possivelmente de hospedes. Entregava a chave ao anfitrião do prédio e deixava o local, sendo saudado com um acenar de cabeça para o jovem, além de um sorriso tímido e nobre do homem. Nas ruas, Brian já estava decidido o que queria fazer: capturar um Pokémon para poder trocar em Nokori Hotel, local que Kamila o indicou. O jovem saia pelas ruas desérticas, que apesar de se encontrar no meio do mais seco deserto de Shinki, encontrava-se bem fresco naquela manhã, possivelmente por conta da frente fria que cobria Shinki no último mês.

Brian andava e andava pela cidade, tendo cuidado com o que procurava. O gangster já era procurado pelos cadetes, mas não demoraria em encontrar o que queria. Andando pela área mais deserta da cidade, o jovem olhava para os locais, procurando a ave metálica. Na área mais pobre de Kalled city, Brian tentava localizar a sua espécime de troca, mas parecia que não seria fácil. Passava de frente do templo das memórias e logo se deparava em um poste um cartaz com uma figura que o rapaz conhecia bem: ele mesmo.


Estavam oferecendo uma boa grana pela cabeça do Gangster, mas felizmente aquela rua estava bem deserta. O gangster seguia andando pelas ruas a procura da sua ave, mas nada encontrava ali, a não ser um mendigo jogado ali no chão, batendo em uma panela como se quisesse chamar a atenção de alguém por alguns trocados. O mesmo era cego...

Enquanto segue procurando por um Skarmory, Brian passa por uma área bem pobre de Kalled, próxima do templo das memórias e acaba passado de lado para um mendigo cego e que parecia não seu muito inteligente por pedir esmola justamente numa área REALMENTE deserta daquela cidade.

Tendo pena do pobre bastardo, que devido a cegueira nem mesmo poderia roubar, Brian coloca 15P$ na pequena panela, fato que parece deixar o pobre coitado feliz.

- Ei, não seja idiota, se quiser pedir dinheiro vá para a parte norte de kalled, lá tem poucos cadetes e passam mais pessoas com dinheiro! _ o Boundurant fala de uma forma um tanto ignorante, mas ainda assim sincera.

Então, o homem segue caminho por aquelas rua desoladas, atrás do skarmory que vai lhe ser muito útil.

Brian reparava no mendigo que estava ali, na área deserta de Kalled City, em que uma alma sequer era vista. Por pena, o Arruaceiro depositava uma quantia para o mendigo, que parecia carregar em seu rosto a sua mais sofredora jornada da vida. Não tinha como o mendigo trabalhar, nem ao menos roubar para poder viver, mas o que ele poderia fazer, segundo o gangster, era se deslocar para a área mais rica ou pelo menos mais movimentada da cidade para poder ganhar mais do que ali onde só passava um gangster à procura de um Pokémon para trocar...

- Ora, meu filho, não sou um velho burro. – dizia o mendigo dando alguma risadinha. – Já fui para o centro, para parte nobre e até residencial da cidade, mas o povo não quer saber de velhos como eu perto do comércio ou de suas residências. Só me mantenho vivo até hoje graças às boas obras da igreja. Mas por falar em lugares desertos, o que trás um jovem como você tão forte? – dizia o mendigo, que mesmo sem ver reconhecia que Brian era forte. – Qual a sua história? – perguntava o mendigo, debaixo daquele Sol, que apesar de intenso, era superado pela brisa fresca que passava na cidade.

Antes que desse muitos passos, o velho dirige a palavra para Brian, algo que faz o gangster parar para escutar o que o pobre bastardo tem a dizer.

- Eu não sou ninguém, sou um filho do inferno que é esta cidade e quero me vingar de todo lixo deste lugar! _ o Boundurant fala de uma maneira fria e com ódio. - Agora eu tenho mais o fazer, preciso arrumar um skarmory para fazer um acordo! _ o homem termina, para depois voltar para sua busca.

O velho mendigo parecia bem simpático para ser um morador de rua. Poderia ser um senhor que apesar da idade e do sofrimento que a vida lhe dera, responde com um sorriso desdentado no rosto e bom ânimo para viver. O Gangster não estava muito acostumado com isso. Mais do que isso, parecia ser um senhor que gosta de conversar e de ouvir histórias, mas o jovem Arruaceiro não estava interessado no momento em contar nenhuma história, apenas em poder capturar um espécime Steel para poder usar na troca. Dava as costas ao velhote, mas este elevava a voz e se erguia do chão, pegando ao lado uma vara de madeira que o ajudava a mover-se e a identificar os objetos próximos.

- Skarmoy, hein? É um Pokémon poderoso e de grande resistência. Vai conseguir um ótimo acordo por ele, mas não vai encontrar nenhum por aqui, meu jovem. – dizia o homem que andava descalço. – Mas eu posso lhe indicar onde pode encontrar, se você me permitir presenciar o combate. – Brian ficava calado, pois não entendia com um velho cego poderia presenciar o combate e diante a ausência de som o velho acabava aceitando o silêncio como consentimento. – Ótimo! Vamos, por aqui. – dizia o velho retornando o caminho para o centro da cidade. – Você vem ou não? Skarmories vivem em prédios altos, em ninhos feitos de espinhos. Não vai encontrar nada nessa área aonde os edifícios não chegam ao 3º andar.

Dizia o velho seguindo o caminho para o centro da cidade. O velho comportava-se mais como uma pessoa que enxergava do que um deficiente áudio visual. Parecia que os outros sentidos do senhor haviam se desenvolvido com o tempo.

Mesmo sem entender bem a situação, que é bastante estranha e peculiar, Brian vai seguindo o senhor até o centro da cidade, porém, o homem sempre procura andar pelas áreas escuras, de forma a não ser visto pelos cadetes, pois no momento, sua prioridade é apenas encontrar o seu skarmory.

Contudo, é realmente curioso um senhor cego querer assistir ao combate, quase surreal. Talvez seus outro sentidos sejam mais aguçados agora ou ele é simplesmente louco. Mas, se ele vai levar o gangster aos skarmorys, Brian não tem do que reclamar.

- Ei, não ande muito rápido, eu causei vários problemas aos cadetes e quero evitar ser visto por um, pois não estou com paciência para acabar com eles neste momento! _ Brian fala de maneira direta, sem medo de dizer que é um homem perigoso.

Brian ainda ficava pensativo sobre como um velho cego poderia assistir um combate e isso poderia significar duas coisas: insanidade ou capacitação de sentidos. Embora saber de que o velhote sofria não era importante, o gangster estava interessado em encontrar um Skarmory para a negociação e assim seguia o velho que, com a sua vara, verificava o caminho, para não pisar em falso e cair. Embora os passos do velhote fossem curtos, eram bem frequentes e rápidos. Era difícil para o velhote parar e quando Brian deu por si já estava bem longe quando o gangster resolver o seguir, advertindo que era um procurado pelos cadetes.

- Causou problemas, é? Gostaria de ver a cara daqueles felinos famintos de poder.. – dava algumas gargalhadas.

O velho descia pela calçada à rua, enquanto o Gangster o seguia pelas sombras. Não demorava e a dupla já estava no centro da cidade, mais movimentado do que a rua inóspita que o mendigo estava. Ali o velho continuou seguindo, como se conhecesse tudo. Algumas pessoas passavam perto do mendigo, que cumprimentava, mas ninguém respondia. Típico. A dupla seguia até o mendigo parar ali.

- Mais ou menos para ali tem um prédio alto. Lá em cima se não acharmos um Skarmory, pelo menos poderemos ver onde ele vive. – dizia o velhote apontando para frente.

O Olhar de Brian dirigia-se para o extremo da rua empoeirada. Ali, um grande prédio cinzento e enorme mostrava-se um dos maiores da cidade. Era a Biblioteca central.

Velho:

Off: Só para te deixar avisado, quando eu não coloco cores na frase do meu personagem é porque estou no celular ^^.


"Uma biblioteca... Bom, ao menos aqui ninguém vai me irritar!" _ o homem pensa consigo mesmo, para depois ir seguindo o velhote até a entrada o grande edifício.

Porém, enquanto ainda não adentrava no grande estabelecimento, Brian vai olhando para o curioso velhote, tem realmente algo de muito peculiar nele, algo que Brian ainda não consegue ver ou mesmo perceber.

- Ei velhote, eu não sou tão jovem quanto você pensa, mas ao olhar para você eu vejo que você é bem velho! Me diga, você viveu no tempo da grande guerra, você estava vivo no dia que Arceus morreu? _ o gangster pergunta, não para criar alguma conversa ou mesmo um elo, apenas uma curiosidade de um homem que talvez este de frente para alguém que lutou e sobreviveu a grande guerra.

O grande prédio que guardava uma grande variedade de livros – salvo os censurados pelo governo – apresentava-se para o jovem rapaz como uma nova oportunidade de encontrar o que desejava. Skarmory, segundo o velho, vivia em lugares altos e em pontos em que era de difícil acesso. Nesse sentido, os topos dos edifícios da cidade repleta de terra e areia seriam lugares exemplares para que elas possam viver. Brian seguia com o senhor em direção do prédio, tentando saber mais sobre o período da guerra, já que pela idade, o senhor deveria ter vivido muito.

- Haha – ria abafado – Eu nasci no meio dela, meu caro. Era difícil acreditar em um mundo que os meus pais me contavam onde os humanos e os Pokémon viviam felizes e em harmonia. No meio da queda de Arceus, o mundo conheceu a face sombria da cobiça. Pense ai em milhares de Pokémon, incluindo vários lendários, sendo mortos pelo golpe do Pokémon mais poderoso? Daria medo em qualquer um ... – fazia uma pause – Eu lembro bem quando o mundo se foi, pois nesse mesmo período eu recebi um sinal que me faria me lembrar desse dia em que o céu ficou vermelho de sangue, afinal, foi a última coisa que vi desde então. – dizia o senhor indicando que foi quando Arceus caiu que o velho ficara cego. Os dois subiam as escadas de pedra e assim a vara do homem batia na porta. – Vamos?

Brian e o velhote adentravam no prédio destinado ao conhecimento. A Biblioteca Central era enorme e não era para menos, afinal, ali estava presentes várias prateleiras que formavam em suas posições um labirinto coberto de livros. Isso se estendia por todo o andar, até uma área que parecia ser destinado à leitura e se repetia nos andares seguintes. Um homem alto de cabelos brancos, sobretudo e óculos se aproximava. De antemão ele observava os dois jovens, bem curioso e com um olhar preconceituoso.

- er.. Bem-vindos à Biblioteca Central. Em que posso ajuda-los? Estão perdidos? – perguntava o homem em tom bem suspeito, afinal não era todo dia que um mendigo cego aparecia em uma biblioteca.

- Claro, claro. Preciso ouvir histórias. O que mais moveu o homem do que o desejo de escrever a sua história? Trouxe o meu neto aqui. – dizia o velho procurando e pegando em Brian. – Ele irá ler para mim...

- Certo, senhores. Precisando de qualquer coisa pode me perguntar. Temos também a sessão de Braille no final do corredor.

O velho agradecia e se segurava no braço do Gangster, pedindo que o guiasse até as escadas para poderem ir até o térreo, possivelmente poderiam achar a entrada no último andar.

- Velhote, não abuse da sorte, sei que fez aquilo para mandar aquele otário embora mas na próxima não irei aceitar este tipo de aproximação! _ o homem fala com ignorância, para então ir guiando o cego até as escadas, de forma que eles possam subir até o piso mais alto e talvez encontrar um Skarmory.

Enquanto seguia andando, Brian olha para o estranho idoso e acha estranho ainda existir alguém que sobreviveu a guerra, de fato este velho é um verdadeiro sobrevivente e alguém capaz de ter presenciado e aguentado o verdadeiro inferno na terra é digno do respeito do Boundurant.

- Ei velhote, qual o seu nome? _ Brian pergunta, agora com um tom um pouco menos hostil.

Apesar da encenação do velho ter sido o suficiente para deixar o Bibliotecário fora do alcance da dupla, aquela ação fez com que o velho se aproximasse do Arruaceiro, não o agradando nada. Retrucando o velho Brian seguia subindo as escadas, após escadas. Demoraria em chegar ao último andar, mas o jovem repreendia o velho pela ação desmedida de intimidade, fazendo o velho sorrir para ele, de forma bem amigável.

- Você é um menino interessante, meu rapaz. Causa problemas aos cadetes, quer vender Pokémon e tem medo de um velho? – ironizava o rapaz.

O velho seguia com ele na maior inocência. De fato reconhecia que Brian era um procurado pelos cadetes, mas isso não o espantava, muito pelo contrário, parecia que o velho se sentia mais vingado que o normal. No entanto, embora o senhor fosse tão alegre e aparentemente inocente, ele havia sobrevivido ao grande caos que foi a queda de Arceus e por isso merecia o respeito de Brian, que gostaria de conhecer o nome do mendigo.

- Juan... o mesmo nome do que pai. – dizia isso apenas e logo se fechou em silêncio, mostrando-se bem pensativo. Por trás de uma grande história, há grandes perdas!

A dupla chegava ao último andar e assim como os anteriores estava repleto de prateleiras e livros. Aquele andar era menor que os anteriores e não demorou em encontrar a porta que levaria para o terraço. Mas para infelicidade de Brian, estava trancada...

- Por essa não esperava! – dizia o velho.

- Mas que... Porcaria de porta! _ o homem fala de maneira enfurecida, enquanto tenta forçar a maçaneta da porta no intuito de abri-lá, mas ainda sem sucesso.

Vendo que aquilo era inútil, Brian solta o braço do idoso e depois da uma volta pelo local, pois a julgar que este ser último andar não parece ter mais ninguém ali, fato que Brian acha muito interessante e conveniente.

- Muito bem velhote, se afaste! _ Brian comanda, para depois ficar na frente da porta e desferir um poderoso chute frontal de direita, usando seus 88 kilos de puro músculo para dar um golpe destruidor sem medo de causar um grande barulho, pois considerando que o bibliotecário está no térreo ele não irá ouvir.

Com a porta trancada, Brian e Juan nunca poderiam atravessar para o lado de fora do prédio. Parecia que todo aquele esforço de chegar até ali teria sido em vão. Não para Brian! O Gangster não desistia e começava a forçar a maçaneta da porta, sem sucesso. O velho ficava parado ali, segurando a sua bengala improvisada, mas parecia que teria maiores problemas para poder abrir. Por ser o último andar e conter livros que não são muito procurados, o andar estava deserto, assim como pelo menos os dois últimos andares, o que era de extrema importância para Brian. O jovem logo via que poderia arrombar a porta sem chamar a atenção de alguém.

- Vai fundo, rapaz. Talvez depois você possa “pegar” um livro de contos para mim. Acho que fica no primeiro andar... Ou no segundo, não sei ao certo... – pedia o velho, só que mais uma vez como um cego poderia ler? Pelo tempo que Juan viveu cego parecia ter adquirido técnicas para poder sobreviver, mas nenhum poderia lhe fazer ler, a não ser se o livro fosse a braile. – Não se preocupe, eu arrumo alguma alma caridosa para ler para mim...

O jovem Arruaceiro tomava distância e dando um forte pontapé na porta, essa não resistia e abria com violência causando grande barulho. A dupla apenas esperava que alguém não ouvisse o arrombamento, pois poderia causar sérios problemas. A dupla avançava a pequena escada e chegava ao térreo. Ali, um vento forte soprava vindo do deserto. Era abafado e sacodia todas as roupas folgadas de Juan. Brian seguia pelo térreo e Juan se sentava ali em algum lugar.

- Dá para vê algum ninho aqui, rapaz? Por falar nisso, qual o seu nome mesmo? – perguntava o velho.

Brian andava um pouco a frente e na ponta daquele mesmo terraço tinha um ninho que mais parecia uma casa de espinhos. Como dissera o velho outrora, Skarmory vive em ninhos feitos de espinhos...

- Meu nome é Brian, Brian Boundurant! E tem um ninho bem na minha frente! _ o homem proclama, sem dar a mínima importância ao fato dele ser um homem procurado e com uma grande recompensa pela sua cabeça. Além disso, não parece haver necessidade de esconder seu verdadeiro nome para Juan.

Assim, Brian vai caminhando com cuidado para a beirada do local e vai se aproximando cada vez mais do ninho de ferro, tentando ver se o skarmory criador deste ninho está lá e quem sabe, se ele tiver sorte, pode ter até mesmo alguns ovos ou mesmo filhotes de skarmories, talvez até mesmo shinys, embora esta última hipótese seja meio rara de acontecer.

Após Brian se apresentar ao velhote e seguir o seu caminho até o ninho, o velho sentou-se em algum lugar e ficou esperando o jovem. O senhor parecia ansioso com a batalha. Há quanto tempo o velho não sentia o calor da batalha? Pela ansiedade, por um bom tempo. Mesmo assim o jovem seguia pelo terraço até chegar ao ninho, no qual estava vazio, para infelicidade do gangster. Os espinhos que estavam ao redor pareciam proteger o ninho de tal forma que se Brian encostasse ali poderia se furar gravemente. Parecia que o Skarmory dali era perito em questão de defesa.

- Brian... cuidado!

O velho pedia mais atenção ao rapaz, que antes mesmo de sair de perto do ninho, ouvia um grito característico de uma ave. Com força e velocidade, uma sombra passava por cima do Gangster e ele mal conseguiu seguir com os seus olhos. Parecia que a ave dona do ninho havia retornado e ali na sua frente estava o seu Pokémon que tanto procurou. Parecia que o velho havia ouvido primeiro do que Brian. Mais uma habilidade desenvolvida após perder a visão...

Aquela Skarmory era territorialista e estava pronta para poder espantar o intruso. Com suas asas afiadas, Skarmory se movia como espadas e cortava o braço de Brian, que se posicionou instintivamente contra o rosto, a fim de protegê-lo. O velho saia do seu lugar e erguia. Apesar de ter outros sentidos bastante desenvolvidos, não conseguia identificar tudo o que acontecia ao seu redor.

- Está bem, meu rapaz?

Print do sorteio

Off: O que significa que evolução por nível foi autorizada a acontecer?


Finalmente, eis que surge a razão de sua busca, pois um poderoso skarmory desce dos céus já com vontade de lutar, conseguindo até mesmo arranhar o braço direito do Boundurant, lhe causando um ferimento considerável, mas Brian já passou por coisas muito piores em sua vida.

- Finalmente, você vai me render um bom acordo! _ o homem fala em voz alta, de forma que Juan possa ouvi-lo.

Então, Brian se distancia da beirada e depois lança sua pokebola para o alto, liberando Tormenta que parece estar ansiosa para o seu primeiro combate.

- Tormenta, vamos pegar nosso tesouro, espera o Skarmory vir lhe atacar e quando isto acontecer quero que se mova para o lado e depois use nele o Feint attack! _ Brian comanda de maneira firme e direta. - Foi só um corte no braço, nada demais! _ o homem fala para o velhote, de forma a não preocupa-lo desnecessariamente.

Mesmo sendo totalmente fascinada por sangue, ao ver que o líquido escarlate provém do braço do seu mestre Tormenta realmente fica furiosa, olhando para o skarmory com um olhar assassino enquanto espera o momento certo para usar o feint attack.

Skarmory surgia em campo como resultado da longa busca do gangster. Agora Brian poderia lutar contra a ave, captura-la e render um bom negócio. Mas com uma ave tão veloz e de uma armadura rígida, como sairá o Arruaceiro nessa missão? O velho se preocupava com os movimentos da ave. Sentia o que acontecia ao seu redor, mas não via. A única coisa que poderia fazer dá um apoio moral para o jovem e isso poderia se resumir em apenas perguntar se estava bem ou ruim. A ave voava ao redor de Brian, aparentando estar preparando um ataque contra o intruso. Mas Brian não sairia dali sem a ave nas mãos...

Em um raio escarlate, Trapinch surgia no solo. A Pokémon reparava no sangue que escorria em seu braço e aquilo deixava a ground furiosa, ao contrário do que se fosse em outra pessoa. Skarmoy via o Pokémon e parecia mais irritava ainda, procurando mandar aquela intrusa para longe, junto do gangster. O velho apenas abaixava-se e voltava a sentar. Era possível perceber que Juan estava se concentrando para poder entender a batalha, enquanto Tormenta se concentrava em dá o seu melhor, recolhendo os frutos de seu treinamento em Kazumi Hotel.

No alto o bico da ave começava a brilhar branco. Skarmory se preparava para poder descer reto em direção do seu oponente e o atacar com toda a força. Como esperado, Trapinch aguardava a sua oponente e assim o pássaro de armadura descia. Trapinch, por mais que tenha treinado, ainda não era páreo para a velocidade de Skarmory, que atingia de raspão a ave. A formiga escavadora se movia cambaleando para o lado e logo Skarmory tentava pegar altitude quando uma aura negra cobria o corpo da Pokémon formiga escavadora que com um salto direto contra Skarmory e a derrubava no chão com Feint Attack.

Skarmory se movia furiosamente e assim passava as suas asas no chão empoeirado, levando uma cortina de poeira contra Trapinch. Sand Attack diminuía a precisão do Pokémon de Brian e a ave agia como se estivesse varrendo com suas asas. Aproveitando a situação, Skarmory erguia voo novamente e se preparava para o próximo golpe que era um novo Peck.

Hora da Batalha
Condições da batalha: Terraço da Biblioteca Central, cheio de poeira e areia vinda de tempestades de areia do deserto. Algumas barras de ferro estão dispostas no chão e na ponta do prédio estar o ninho de espinhos de Skarmory. Sol aperto e ventando bastante, dificultando o voo.

Trapinch/Torment ♀ - Lv.08 - Trait: Arena Trap
93%, Status: -1 Accuracy

Vs.

Skarmory ♀ - Lv.07 - Trait: Sturdy
86%, Status: Normal

Off: Só usei o faint attack porque pensei que só podia usar um golpe por turno, mas que bom que pode dois ^^


- Tormenta, espera a skarmory se aproximar e quando ela estiver bem próxima a ataque com o bite, depois que ela começar a voar de novo use mais uma vez o feint attack! _ o rapaz comanda de maneira decidida e imponente, colocado o uso do feint attack por último, visto que este último golpe nunca erra o seu alvo.

Seguindo os comandos do seu treinador, Tormenta fica parada onde está, esperando mais um nova investida da poderosa ave de aço, para então por em prática a estratégia criada por Brian.

Enquanto isto, os ventos quentes do deserto batem com violência na pele enrijecida do Boundurant, mas deixam Tormenta deveras aliviada, visto que eu corpo pequeno está habituado ao clima quente do deserto.

Juan ficava parado em pé, parecendo “sentir” as forças que se colidiam. Os movimentos e o barulho da batalha eram pegos pelo velho, que apesar de tudo, exibia em si um sorriso de satisfação pela batalha. Apesar do jovem não chamar a sua Pokémon pelo nome de sua espécie, Juan já identificava que a Pokémon se tratava de um trapinch e que a batalha contra Skarmory seria mais perigosa do que nunca, afinal, o pássaro de armadura era veloz, coisa que Trapinch ainda trabalhava para ganhar, sem perder nenhum dos seus outros atributos.

Trapinch estava concentrada, pronta para poder deixar o seu mestre orgulhoso. Skarmory, irritada, queria que os invasores saíssem dali, pois aquele terreno era dele. Ao perceber ao seu redor, Brian avista que aquele terraço estava deveras sujo, o que significava que Skarmory não deixava ninguém ficar ali, porque queria deixar como a sua casa. Os ventos do deserto ainda sobravam contra a ave, que com suas asas de lâminas, tentava cortar o vento ao seu redor, fazendo o seu voo não ser desacelerado pelo atrito do ar.

Lá vinha Skarmory com o seu bico brilhante. A ave preparava o golpe que parecia ser direcionado ao Pokémon Ground. Descia em velocidade surpreendente, mas antes de se encontrar com a Pokémon ground, essa pulava e abocanhava a asa da predadora dos céus e assim um voo confuso era visto pelo Arruaceiro, enquanto Skarmory bicava Tormenta suscetíveis vezes, buscando se libertar das poderosas mandíbulas da Pokémon inicial de Brian.

Skarmory voava baixinho, com dificuldade. Às vezes suas garras tocavam o chão do terraço e davam mais um impulso para a ave voltar aos seus e se libertar do golpe de Trapinch. Quando Skarmory não aguentou mais, batia a sua asa no chão e quando Trapinch abria a boca para se preparar para o seu novo ataque, Skarmory tomava altitude, de tal forma que não deixava Trapinch no chão sem ter como alcançar o seu oponente que estava no ar. Skarmory tremia no ar e era visto a perda da velocidade, por ter as suas asas um pouco amassadas pelo Bite da Formiga escavadora. A mandíbula de Trapinch era terrível!

Hora da Batalha
Condições da batalha: Terraço da Biblioteca Central, cheio de poeira e areia vinda de tempestades de areia do deserto. Algumas barras de ferro estão dispostas no chão e na ponta do prédio estar o ninho de espinhos de Skarmory. Céu aberto e ventando bastante, dificultando o voo.  

Trapinch/Torment ♀ - Lv.08 - Trait: Arena Trap
65%, Status: -1 Accuracy

Vs.

Skarmory ♀ - Lv.07 - Trait: Sturdy
70%, Status: Normal

- Está jogando bem, Tormenta! Agora, como ela está voando com dificuldade, se posicione de frente a porta por onde entramos e esper ela dar um nova investida, assim, use o sand attack nos olhos dela, para cega-la por um tempo e depois tente desviar dando um salto para a esquerda. Então, enquanto ela estiver assim, a ataque mais uma vez usando o Faint attack! _ o homem comanda, na esperança que a cegueira momentânea que será causada a Skarmory faça ela perder o controle do voo e a faça bater na parede que conecta o piso superior e o interior da biblioteca, visto que mesmo a porta estando destruída a skarmory não conseguirá passar pela abertura, por ser muito grande.

Assim, Tormenta solta um pequeno grito de fúria e se posiciona a alguns metros a frente da entrada da biblioteca, esperando a skarmory vir lhe atacar uma vez mais para que ela possa tentar por em prática o novo plano de Brian.

A batalha de Tormenta contra Skarmory continuava e embora o gangster reconhecesse a eficiência da sua Pokémon, a Pokémon pássaro de armadura estava longe de demonstrar algum sinal de fraqueza, muito pelo contrário, Skarmory parecia disposta a dá tudo de si para espantar os invasores. Dando gritos estranhos constantemente, a ave parecia querer avançar contra o pescoço de Trapinch para jogá-la fora do prédio, mas agora a asa do Pokémon estava bem prejudicada pela mandíbula da ground e o voo de Skarmory estava mais do que prejudicado. Brian decidia tirar proveito do local e assim arrumava uma boa estratégia.

Skarmory erguia-se em sinal de fúria e ia descendo contra Trapinch, que se posicionava, depois de uma corrida, de frente da porta que levava para o último andar do prédio da Biblioteca Central. Skarmory começava a vim devagar, mas quando deu por si, já estava em alta velocidade e nesse momento, Tormenta vira de costas e passa o seu pé no chão, lançando o seu sand attack em forma de uma nuvem de poeira. Skarmory entrava dentro e depois Brian só conseguia ouvir o impacto da ave em madeira. Madeira?

A poeira baixava, revelando Trapinch e assim não mostrava mais a Pokémon Steel. O cálculo do Arruaceiro havia falhado, pois nesse momento, Skarmory tinha passado direto e entrado na Biblioteca Central. Lá dentro, o jovem via que Skarmory tinha derrubado umas duas prateleiras, repletas de livro, que caiu sobre si, causando um bom dano na ave, mas agora, Skarmory estava em berço de irá e começava a agitar-se quebrando tudo no primeiro andar. Isso não demoraria em chamar a atenção do bibliotecário até ali.

- Er.. Meu rapaz! Corrija-me se estiver errado, mas Skarmory entrou na biblioteca? Acho que isso vai causar uma tremenda confusão, não acha? – Juan, apesar da interrogativa, não parecia preocupado com o fato do Skarmory estar destruindo tudo lá dentro, muito pelo contrário, exibia um sorrisinho de estar se divertindo...

Hora da Batalha
Condições da batalha: Terraço da Biblioteca Central, cheio de poeira e areia vinda de tempestades de areia do deserto. Algumas barras de ferro estão dispostas no chão e na ponta do prédio estar o ninho de espinhos de Skarmory. Céu aberto e ventando bastante, dificultando o voo.  

Trapinch/Torment ♀ - Lv.08 - Trait: Arena Trap
65%, Status: -1 Accuracy

Vs.

Skarmory ♀ - Lv.07 - Trait: Sturdy
61%, Status: Asa direita um pouco machucada/ -1 Accuracy

- Juan, minha vida sempre foi cheia de problemas, um a mais não faz diferença! _ o homem fala de maneira firme, para depois pegar uma barra de ferro para si e então adentrar mais uma vez na biblioteca, juntamente com sua trapinch.

No interior, a skarmory está gritando com puro ódio e raiva, devido ao fato de ter sem machucado ainda mais e porque no interior do estabelecimento sua capacidade de voo é diminuída drasticamente, dando agora uma certa vantagem a pequena Tormenta.

- Tormenta, agora nós precisamos ser rápidos! Use na skarmory o faint attack para atrair a atenção dela. Então, quando ela se aproximar, tente usar o bite para morder uma das pernas dele e impedir que ela possa andar por um tempo! _ Brian comanda, ainda segurando a barra de ferro com a mão direita, para o caso da situação sair completamente do controle.