A Caçadora de Relíquias da Corrida pelo Kuwabara!

Aproveitando o pouco de luz que restava, Hakaze desistiu daquela duna e seguiu viagem. A jovem apenas queria um bom lugar para descansar depois de toda a frustração em tentar achar a terceira parte do brasão. Chegando a uma área mais plana, a ruiva armou a barraca e se preparou para iniciar os rituais antes de descansar.

Enquanto arrumava suas relíquias na bolsa, a jovem ouviu um grande relincho. Ao sair da barraca para averiguar o que acontecia, Hakaze se deparou com um enorme Zebstrika correndo até cair de cara no chão. A zebra elétrica parecia estar ferida e precisando de ajuda.

Ao ver a grande zebra ferida, Hakaze pegou alguns materiais que poderiam ajudar e liberou Thannor. Os dois deixaram a barraca e se aproximaram do Zebstrika. O selvagem relinchou alto ao ver os dois se aproximando. Os olhos dele não eram nem um pouco amigáveis. Thannor já chegou fazendo sinais para que o pokémon tivesse paciência e começou a explicar as intenções de Hakaze. Ao ver a ruiva deixando a água perto, Zebstrika ameaçou com um relincho, mas logo pôs-se a beber.

Thannor continuava a comunicação, mas a zebra parecia ser muito agressiva. O Squirtle viu uma grande ferida na pata traseira do selvagem e mostrou a ele a potion na mão de Hakaze. Zebstrika olhou desconfiado e parecia odiar o que ia fazer a seguir. A zebra simplesmente consentiu que a ruiva o curasse e virou a cabeça para o lado mostrando um pouco de orgulho.

Hakaze se aproximou da pata traseira e borrifou a potion na ferida. Tudo o que Zebstrika precisava era de uma boa noite de sono. O selvagem não estava mais em perigo.

Hakaze conseguiu convencer Zebstrika a ser ajudado apesar de todo o orgulho do pokémon. A ruiva dividiu um pouco do seu alimento com o elétrico e volto para a barraca para descansar. A mente da garota estava no prazo para chegar na rota 6. No dia seguinte, ela teria que se esforçar para chegar ao fim da corrida ou seria desclassificada.

Algo puxava os pés da jovem. Ao acordar, Hakaze viu Thannor todo sujo de areia e sorridente. Ao lado do Squirtle estava um objeto raríssimo: a plate de Arceus. Aquela relíquia era muito valiosa e poderia dar a vitória para a jovem. A jovem abriu um sorriso de contentamento. Repentinamente, tudo ficava distorcido ao redor. Parecia que tudo derretia e até o próprio corpo da jovem.

Hakaze acordou assustada. Tudo não passara de um sonho/pesadelo. Thannor dormia graciosamente ao seu lado. O Sol já havia acordado e a corrida já estava em seu fim. Uma longa viagem estava pela frente.

Depois de um sonho nem um pouco agradável, a jovem viu seu pequeno companheiro ainda dormindo. O tempo era pouco para chegar à rota 6 e Hakaze não tinha tempo a perder. Após acordar Thannor, a jovem o recolheu em sua pokébola e arrumou as coisas da barraca. A ruiva checou a presença do Zebstrika, mas não havia sinal dele por perto. Talvez já tivesse se recuperado e ido embora.

Com tudo pronto, Hakaze partiu para a chegada da corrida. Ela não sabia quanto tempo demoraria, mas não podia ficar sentada esperando. Seguindo para o Sul, a ruiva apenas observava pedras ao redor.

Durante a caminhada, um som familiar foi ouvido: galopes. Ao olhar para trás, a jovem viu a grande zebra elétrica se aproximando. Zebstrika parou bem próximo à ruiva e relinchou alto e ameaçadoramente enquanto ficava apoiado somente sob as patas traseiras. O selvagem olhou com soberba para a ruiva e era nítido um pouco de ódio nos olhos. Apesar de toda a marra, a zebra olhou diretamente nos olhos de Hakaze e fez um sinal para que ela subisse. Zebstrika parecia ser muito violento, mas o pokémon se sentia em dívida com a jovem e ofertava uma carona.

A jovem aceitou a proposta da zebra e subiu em suas costas. Hakaze sentiu as correntes elétricas passarem pelo seu corpo, mas eram fracas e apenas faziam cócegas. Ao ouvir a direção que devia tomar, Zebstrika saiu em disparada. A zebra corria muito rápido e Hakaze tinha que se segurar em sua crina para não cair. O vento batia em seu rosto e os cabelos vermelhos esvoaçavam ao sabor do vento.

Já era possível ver ao longe os outros competidores chegando. Diferente deles, Hakaze estava chegando em grande estilo montada em uma bela zebra selvagem.

Hakaze estava como uma perfeita amazona. Zebstrika, apesar de ser selvagem, cavalgava com elegância e imponência. Ao avistar o grupo de humanos mais à frente, a zebra parou. O elétrico não queria se aproximar mais devido a toda aquela gente presente lá. Comparado ao que estava antes, Hakaze já estava bem perto da linha de chegada. Zebstrika lançou outro olhar soberbo e relinchou. Dando as costas para a jovem, o elétrico correu e desapareceu pelo horizonte.

Onde estava, era um lugar repleto de pedras. Só em saber que em breve estaria em um belo SPA, a ruiva já se animava.

Hakaze teria que seguir a pé agora que Zebstrika tinha pago à dívida. Apesar do jeitão arrogante, a ajuda dele fora essencial. A ruiva caminhava animada. Antes, ela via apenas uma imensidão de areia; agora, um grupo de pessoas se preparando para partir.

Enquanto caminhava, a jovem avistou uma protuberância na areia. Ao se aproximar para checar, Hakaze viu um objeto. Um espelho antigo de prata ornado com safiras. O vidro do espelho estava rachado, mas ainda possuía valor para a antropologia.

A jovem guardou o espelho e seguiu caminhando pelo deserto. A jovem se mantinha atenta a tudo ao redor. Qualquer coisa que achasse durante o caminho ainda valeria na corrida. A jovem parou por um momento e decidiu cavar ali próximo. Um talher de barro se revelava à jovem. Antigo e desgastado, aquele talher tinha muita história pra contar.

Achar outra relíquia animava a garota a continuar por ali. Já que estava perto da chegada, por que não aproveitar os últimos minutos escavando? Todas as cartas estavam na mesa e nenhum dos competidores queria perder.

Continuando a cavar ali mesmo, a jovem encontrou outra TM que reluziu com o brilho do Sol.