Perdidos em Seimei forest: O Nascimento de uma nova estrela

Off escreveu:

Eita kkkkk
É um sinal )o)

A jovem exilada ficava a observar todo o procedimento. Lúcia jamais viu Naomi respeitar e aceitar de tão bom grado algo de qualquer pessoa que não fosse o finado Castiel. Naquele momento Minerva fez o que ninguém conseguiu e talvez nem conseguirá. Naomi abaixou a guarda, mas logo se ergueu ao voltar para perto do fogo, aonde ali permaneceu quietinha, sem se mover muito. Anthony se erguia do seu lugar e já ia passando por toda aquela bagunça, quando Minun deu uma bela mordida da frutinha espalhando um sulco no sapato dele. Foi o que era preciso para o exilado começar a implicar com a Pokémon ali. Zigzagoon tentava defender e assim Cubchoo imitava o seu mestre.

Lúcia conhecia bem a peça e ao abrir a comida Pokémon, o cheiro logo começo a exalar por todo o ambiente, deixando claro que era hora de comer. Os Pokémon logo se mobilizaram para perto de Lúcia, deixando Anthony e Cubchoo conversando com as paredes da cabana. Minerva parecia feliz de ter tanta gente e de ouvir tanto barulho ali naquela cabana na árvore e assim terminava de descascar as frutinhas e de polvilha-las em alguma coisa. Logo colocava em uma frigideira e levava ao fogo da lareira enquanto Lúcia colocava comida de seus Pokémon.

Erick permanecia em seu pescoço, observando tudo e todos. Precisava descansar se quisesse voltar a ficar ao lado de sua treinadora. Torchic conhecia o novo amigo, Chespin, e assim começava a observar os espinhos de sua cabeça abismado. Piplup se reunia com a turminha, assim como o Pidgey, que de forma majestosa, mantinha-se perto. Anthony, emburrado por ter sido ignorado, tentava ajudar Lúcia e por fim, todos estavam comendo. Lúcia colocou um pouco de razão para o Grass de Minerva. O mesmo olhou intrigado para a comida e ao esticar a pata, pegou uma ração e colocou na boca. A careta do Pokémon fora a melhor e assim ele corria para uma janela próxima e começava a tossir a comida para fora.

- Rsrsrsrs, Que é isso, querida, é apenas aceitar o Pokémon do jeito que ele é. Não precisa ir até ela. – disse olhando para Naomi. – Deixe que ela venha até você. É uma Pokémon nobre, que parece ter passado por muita coisa. O tempo é o melhor remédio para esses casos. – dizia a senhora.

O cheiro das frutinhas começava a se espalhar pela casa. Logo Minerva colocava a comida no prato e serviam a todos. Chespin corria e colocava uma boa pratada e começava comer a comida de Minerva como se fosse a melhor coisa do mundo. Anthony também se servia e ao experimentar a primeira colherada, começava a comer constantemente, como se aquilo fosse a melhor comida do mundo.

- Nossa, a senhora é um anjo! –dizia o exilado.

off: XD

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Enquanto tentava prestar o máximo de atenção que conseguia no que Minerva estava fazendo, tentando aprender um pouco mais sobre o que eu podia fazer com o pouco que encontrava por ai, Anthony finalmente encontrou para reclamar. Ele resolveu andar no exato momento em que Minun estava comendo a fruta suculenta que tinha ganhado, e como se fosse atraído, um pouco do suco a fruta acabou espirrando no sapato de Anthony.

Minun nem se importou, talvez nem tivesse percebido, mas para Anthony aquilo era um desastre! Seu "precioso" sapato estava sujo e logo ele e Cubchoo estavam mais uma vez fazendo o maior drama, mas dessa vez Zigzagoon tentou argumentar contra eles, o que só deu mais desculpas para eles continuarem falando como meus pokemon eram desastrados e um perigo para a beleza dele ou algo do gênero. Sinceramente eu não sabia, pois tinha parado e prestar atenção quando ele gritou "meu sapato!"

Com todos os potinhos arrumados na minha frente e com Torchic conhecendo melhor o pokemon de Minerva que parecia dividido entre conhecer meus pokemon, olhar para Anthony ou ver o que eu estava fazendo, comecei a servir ração pokemon para todos, o que fez Minun vir bem rápido até meu lado. Zigzagoon e Cubchoo deixaram Anthony sozinho e assim que se viu só e ignorado, Anthony decidiu me ajudar, colocando comida para seus próprios pokemon.

Logo todos os pokemon estavam comendo, com exceção do Chespin que encarava a ração como uma criança normalmente olhava para um remédio amargo. Eu tinha colocado ração para ele por que ele parecia querer continuar com meus pokemon e seria um pouco chato ver todos comendo, mas parecia que tinha sido uma péssima ideia.

Enquanto eu ficava indecisa entre pedir desculpas ou rir da reação daquele pokemon, Erick resolveu que queria comer mais um pouco, pois logo desceu lentamente do meu ombro, se sentou ao lado de Minun e começou a comer a comida que eu tinha colocado para Chaspin enquanto observava aquele pokemon ficar perto de Minerva enquanto ela cozinhava.

- Espero que sim. - Comentei olhando para Naomi que agora parecia estar dormindo, mas como ela estava de costas eu não tinha muita certeza. Dar tempo para ela aceitar tudo o que tinha acontecido não era problema, eu só queria que ela comesse sem que eu precisasse implorar, era só isso.

Assim que senti o cheiro do que Minerva estava preparando parei e pensar no que fazer com Naomi e fiquei imaginando se faltava muito para ficar pronto, pois estava com mais fome que meus pokemon e aquele cheiro era bom demais.

- Obrigada. - Falei um pouco sem graça assim que ela me entregou um prato com as frutas que ela tinha preparado e logo me sentei perto dos meus pokemon e comecei a comer. Na primeira garfada eu fiz uma pausa, surpresa, pois estava muito melhor que o aroma que tinha preenchido todo o ambiente! - Ta incrível! - Comentei enquanto comia quase tão animada quanto Chespin e Anthony.

Como em toda boa refeição o silencio reinava naquele momento, com todos ocupados demais para começar um assunto. O que mais chamava atenção era a maneira desesperada e mal educada que Anthony estava comendo. Eu achei que já tinha começado a me acostumar, mas mesmo assim me senti um pouco envergonhada.

- A quanto tempo vocês vivem aqui? - Perguntei tentando matar minha curiosidade e acabar logo com aquele silêncio. Já que eu já tinha terminado e minun já estava no meu colo, assim como Erick tinha voltado para o meu ombro, decidi dar outra mamadeira de suco para Minun, que ficou muito animada assim que me viu preparar e logo já estava deitadinha esperando o suco.

A animação pela comida preparada por Minerva era evidente naquele meio. Todos comiam felizes e pareciam adorar tanto a comida preparada pela longeva, quanto a ração que Lúcia preparou para os Pokémon. Apesar de chespin ter rejeitado a comida industrializada, o mesmo adorou a comida de Minerva e não era para menos, estava realmente delicioso e nada poderia tirar da cabeça de Lúcia que os modos de Anthony dificilmente mudariam. O jovem exilado comia como se não houvesse amanhã e se deliciava. Curiosamente, Minerva pareceu assistir ao exilado comer muito feliz, servindo-o com mais depois que o mesmo terminou.

Nesses momentos era visto que o silêncio reinava no local. Lúcia aproveitava o momento em que Anthony não estava se vangloriando ou brigando com um dos seus Pokémon. Ao término, Erick retornava a sua posição no pescoço da exilada, enquanto Minun se aproximava para tomar o seu suco de berries, que sua mestra preparada. Visando romper o silêncio e acabar com a curiosidade, Lúcia perguntava há quanto tempo a senhora estava ali. Calmo, a mulher recolhia os pratos e juntava em um canto, pegando um pano úmido em uma bacia de água e começava a limpá-los.

- Nossa. Como faz tempo... estou aqui desde os meus 15 anos. Morava em Mengun city e eu e o meu marido viemos para a floresta fugindo de nossos pais, que mesmo no meio da grande guerra, não queria liberar o meu romance. Em meio à guerra, é difícil conservar o amor, querida. – dizia a mulher em um tom em que se lembrava do passado como quem vivera muitas coisas. – Com a queda de Arceus, pareceu que os nossos problemas haviam acabado e assim morávamos aqui desde então. Meu velho se foi há dois anos e desde então vivemos aqui. Chespin apareceu aqui há alguns meses, depois de um terremoto. Veja só, um terremoto no meio de Shinki. – sorria a mulher baixinho.

Nesse momento, já era possível ouvir os roncos de Anthony ao lado. O exilado já se aconchegava em um canto com os seus Pokémon e já estava dormindo. Torchic usava Zigzagoon como cama e Minun já adormecera nos braços da exilada, após estar de barriga cheia. Até Erick ficava sonolento.

off: me desculpe o post sem criatividade x.x

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Apenas Anthony e Minun não tinham terminado ainda. Minha pokemon já estava terminando o suco e imaginava que Anthony estava terminando, mas isso era apenas um palpite, pois depois que vi ele repetir pela terceira vez desisti de vez de imaginar quando ele acabaria ou onde ele conseguia espaço para comer tanto.

Enquanto isso, Minerva juntava a frigideira e os pratos sujos em um canto e começou a lavá-los enquanto contava como tinha chegado lá. Era impressionante imaginar que Minerva tinha conhecido o mundo antes da extinção dos lendários e mesmo assim não tinha uma história trágica e cheia de dor como a maioria que nos contam daquela época.

Tinha muita vontade de perguntar sobre aquele tempo, como era estar diante de pokemon tão poderosos que podiam criar vulcões, bagunçar o tempo e o espaço sem o menor esforço ou mesmo simplesmente ter visto Arceus surgir e por um fim em tudo, mas achei melhor não incomodar. Mesmo que o que ela tivesse dito fosse uma história bonita de dois namorados fugindo eu tinha certeza que ela tinha visto muita coisa na guerra que talvez não quisesse relembrar.

Assim que ela falou do terremoto eu me lembrei ele tinha sido sentido em todo o continente, sem falar dos boatos de uma ilha "misteriosa" ter surgido e que logo em seguida alguns pokemon estranhos começaram a aparecer. Até aquele momento eu achava que eram só boatos de pessoas querendo chamar atenção, mas vendo o pequeno Chespin de Minerva me fazia que talvez os boatos realmente fossem verdadeiros.

- Nossa, não deve ter sido fácil. - Comentei enquanto me deitava perto de Zigzagoon e ajeitava Minun no meu colo, que já estava praticamente dormindo quando eu terminei. Zigzagoon, Torchic, Anthony e seus pokemon já estavam dormindo também, mas mesmo com sono eu ainda não queria dormir, então decidi continuar falando. - Esse terremoto foi forte, todo mundo sentiu ele. Dizem que ele fez aparecer uma ilha em algum lugar no mar, ta todo mundo querendo ver o que tem nela, mas eu acho que não deve ter nada demais lá. Ela acabou de sair de debaixo d'água! - Comentei lembrando como todos em Twister ficaram animados com chance de irem para "A Ilha Misteriosa". Eu também tentei ir pra lá e talvez eu só estivesse com inveja por não ter ido, mas não queria pensar nisso naquele momento.

Off escreveu:

Tá ótimo! o/
O meu que está ruim e.e

Lúcia ouvia o relato da mulher de idade que comentava um pouco de sua história de vida. Diante disso, a morena se maravilhava com a história de dois namorados que estavam ali a procura de um refúgio de uma sociedade má, além de ouvir como a senhora achara o Chespin na sua casa. Aquilo tudo fez Lúcia se lembrar do terremoto que houve enquanto a mesma participava do evento que levou todos à Twister City, lutando pelo prestígio de ter um Pokémon diferente. Nesse sentido, não demorou para Lúcia ligar o Pokémon Grass ao evento do terremoto. Seria possível que o Pokémon veio de lá? Difícil para a exilada que imaginava que a ilha não tinha nada de demais.

- Um terremoto em meio ao mar? Ilha? Acho que eu estou há muito tempo na floresta. Possivelmente .... – Minerva era interrompida por uma tosse. A mulher havia acabado de limpar os pratos e só tinha uma em mãos. A senhora começava a tossir muito forte e isso espantou Lúcia, que via em suas mãos apenas Minun que dormia.

Minerva levantava e assim deixava o prato de barro cair no chão, se partindo em vários pedaços. Elevando a mão até a boca, ela saia correndo pela cabana em meio à floresta e assim em uma caixinha ao lado ela abria. Dentro havia vários vidrinhos menores e a mulher tentava pegar um dos vidrinhos, nos quais havia vários comprimidos menores. Ao olhar para as mãos, a mulher via, e Lúcia também, o sangue manchando. A mulher caia no chão bruscamente. Havia desmaiado.

- Dona Minerva. – dizia Anthony, acordando do seu cochilo de súbito e pegando a mulher do chão.

Chespin despertava desesperado e com sua cara já de choro saia pelo lugar e apontava para além da divisória. Anthony levava a mulher até um outro cômodo, aonde havia uma cama de casal. A mulher continuava desacordada, mas aparentemente desmaiada. Colocava assim a mulher na cama e assim o jovem exilado observava preocupado com o que presenciava.

off: o seu ta muito melhor que o meu =.=

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Enquanto Minerva terminava de lavar os pratos e eu terminava de falar sobre o que tinha causado aquele terremoto, quase todos os outros já estavam dormindo e o único que permanecia acordado era Erick, que provavelmente só pegaria no sono depois de mim, como sempre tentava fazer. Com os sons da floresta ao fundo, eu já estava começando a pegar no sono quando o som de Minerva tossindo e logo em seguida o de um prato se quebrando me fizeram despertar completamente no mesmo instante.

No começo decidi não interferir, pois ela podia ter só se engasgado e nesses casos o melhor a fazer é deixar a pessoas se recuperar sozinha e só ajudar se piorasse ou também podia ser alguma outra coisa que um simples remédio bastaria, o que pareceu ser confirmado quando ela foi até o que parecia ser uma caixinha de remédios.

Com aquilo todos estavam acordando e Erick até subiu um pouco em minha cabeça para ver melhor, mas tudo o que eu prestava atenção era em Minerva, apenas esperando para ver se ela precisaria ou não de ajuda. Assim que ela caiu eu vi que era coisa séria, mas antes que eu conseguisse colocar Minun e Erick com Zigzagoon, Anthony foi mais rápido e logo chegou para ver o que estava acontecendo.

Enquanto ele levava Minerva para a cama dela, sendo acompanhado por Chespin e os pokemon dele, eu deixei meus pokemon onde estavam esperando que eles não aprontassem nada, fui o mais rápido que pude até a caixinha onde Minerva guardava os remédios e comecei a procurar algo que pudesse ajudar, começando pelo potinho que tinha visto ela pegar.

Off escreveu:

Nem vou comentar u.u

Lúcia pareceu sem reação. Ver a bondosa senhora cair daquele jeito deixou a exilada preocupada e assim temerosa. Anthony reagia rápido. Em vez de reclamar de alguma coisa, o jovem ex-gladiador agia como deveria agir. Parecia um alívio para Lúcia e assim a mesma começava a procurar por algo que pudesse ajuda-la. Dentro da caixa, vários vidrinhos que pareciam ser de comprimidos, no entanto, algo chamava a atenção de Lúcia. Dentre os vidrinhos, todos estavam vazios, exceto um, que era o vidrinho ainda lacrado. Em cima dela, a data de validade do medicamento indicava que estava vencido, fazia um mês.

Lúcia via aquela caixa e ficava agoniada. Parecia que a longeva estava usando os medicamentos há muito tempo e agora todos se foram, exceto o que havia acabado. Lúcia se aproximava do quarto da mulher via Anthony com o olhar de preocupação. Minerva se encontrava deitada e respirava com dificuldade. Aquilo tudo era muito estranho, ao ponto de que uma mulher, apesar da aparente idade, tão jovem e disposta a realizar todo o tipo de trabalho, inclusive, subir aquelas escadas todos os dias.

- O que vamos fazer, Lúcia? – parecia que Anthony estava tão preocupado que não tinha tempo de começar de novo com o seu típico drama. Os dois ficavam ali, sem resposta, afinal, o que realmente poderia fazer?

Debruçada na cama da mulher, Lúcia pegava no sono, sendo investida de sonhos e reafirmações que o espírito da morte andava com ela. Que por onde passava, a morte agia. Não foi diferente com os seus pais. Nem com Castiel. Por que seria com a jovem longeva? Apesar das histórias de terror que passavam em sua mente, a jovem despertava com um cheiro gostoso. Assim que acordava, a jovem via Minerva ainda deitada, dormindo e ao lado, através da porta, Anthony servindo o café da manhã para os Pokémon, assim como Chespin.

off: XD

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Enquanto Erick e Zigzagoon mantinham Torchic e Minun calmas, já que Absol só ficaria observando naquele momento e Anthony estava ocupado colocando Minerva na cama, eu logo cheguei na pequena caixinha de remédios, que para a minha surpresa e tristeza, estava praticamente vazia. O único que ainda restava estava vencido, então tive que ir para o quarto de mãos vazias.

Era difícil saber quem estava mais preocupado, Chespin ou Anthony, mas isso não importava muito pois só ficar preocupado não ajudaria e como eu não tinha a menor ideia do que fazer, eu só me sentei ao lado da cama e fiquei observando Minerva tentando ter alguma ideia ou esperando que algo acontecesse.

- Eu não sei. - Falei apoiando meu rosto em minhas mãos e logo passando elas por meus cabelos, quase arrancando alguns fios enquanto eu ainda tentava pensar em alguma coisa. Estava com um péssimo pressentimento naquele momento e isso não ajudava em nada a encontrar alguma solução.

Antes que pudesse pensar em algo possível para fazer naquele momento eu logo peguei no sono. Mais uma noite cheia de terror e arrependimento começava com meus pesadelos de sempre, mas agora uma novo lutava para chamar minha atenção e foi com esse que eu acordei de manhã. No "sonho" eu ainda estava na cabana e Minerva estava cozinhando, mas logo ela caia tossindo como na noite anterior e assim que eu ia ajuda-la, Anthony, meus pokemon, Chespin, meus pais e muitos outros que eu conhecia apareciam. Enquanto Chespin ficava chorando ao lado de sua mestra, todos os outros me cercavam e gritavam que aquilo era culpa minha e também aproveitavam para falar todas as mortes que eu tinha causado.

Eu acordei sem fôlego, caindo de cara no chão já que eu tinha dormido sentada apoiando a cabeça na cama de Minerva. Quando consegui me acalmar um pouco e separar sonho de realidade fiquei ainda mais confusa quando vi Minerva ainda deitada e Anthony na cozinha. Eu nem sabia que ele sabia cozinhar e vê-lo ajudando também não ajudava a me deixar menos confusa.

Ainda caída no chão fiquei observando ele dar comida para os pokemon, mas nem estava prestando tanta atenção, pois logo voltei a tentar pensar no que fazer. A falta de ideias me desanimava tanto que eu nem me importava se estava com frio ou fome, só fiquei no chão querendo que uma ideia ou remédios caíssem do céu.

Depois de algum tempo eu finalmente me levantei sem a menor vontade e fui até a cozinha, onde simplesmente andei até o local onde eu tinha jantado e me joguei no chão, esfregando as têmporas como se isso fosse fazer meu cérebro funcionar melhor. Só duas ideias me surgiam, mas eram tão ruins que eu resistia muito em aceita-las como únicas opções e continuava pensando.

Me tirando de minhas frustrada tentativa de pensar em alguma solução melhor, Minun, Torchic, Zigzagoon e Erick apareciam na minha frente e logo todos estavam no meu colo, onde sem demoras eu os abracei e torci, para o bem deles, que minha primeira ideia funcionasse.

- Chespin, vocês não conhece nenhum ataque de cura? Qualquer um já serva, qualquer um mesmo. - Falei com a minha voz um pouco rouca e ainda se guando meus pokemon. Naquele momento percebi que ainda não tinha visto Naomi, as como não tinha parado para procurar e tinha outras coisas em que pensar não estranhei tanto ainda não ter avistado a noturna.

Enquanto esperava uma resposta do pokemon grass, que estava atrás de Anthony sempre atento ao que ele fazia enquanto também se mantinha atento ao quarto olhando para ele de tempos em tempos, eu coloquei minha mão no bolso e peguei meu celular, que sempre matinha desligado. Se Chespin não tivesse nenhum ataque e se não tivéssemos outra ideia, eu usaria o celular e ligaria para o hospital. Talvez os cadetes nos rastreassem com essa ligação ou talvez simplesmente escutássemos que teríamos que levar Minerva ao Hospital nós mesmo, mas seja lá quais fossem os riscos, eu os aceitaria. Dessa vez a morte não venceria.

A noite fora turbulenta para a exilada. Sonhos que a condenavam e a julgavam por ter sido culpada nas mais variadas mortes. O pior era que em muitas delas Lúcia verdadeiramente se sentia culpada. Aquilo deixava a jovem morena bem atordoada, mas não tanto quanto perder mais uma sem poder fazer nada. Lúcia despertava no dia seguinte com a surpresa de encontrar Anthony cozinha, entretanto, não era bem o dom do gladiador. Felizmente, a comida dos Pokémon era enlatada e até Chespin comeu dessa vez, sentido por não ter a sua mestra para preparar os mais variados quitutes. O exilado logo começava a reclamar que estava colocando fogo na cara, mas isso Cubchoo e Piplup detiam, usando seus golpes fazendo Anthony ficar superficialmente congelado.

Os Pokémon de Lúcia se aproximavam dela e assim ela os abraçava. Tinha poucas ideias do que fazer para poder salvar a mulher que te ajudara tanto sem pedir muitas informações. De certo, Minerva não sabia distinguir o mal do bem, mas pelo menos ela tinha um bom coração, e encontrar pessoas assim em Shinki, só em lugares nas quais essas pessoas viviam isoladas. Chespin se aproximava pela voz Lúcia e balançava negativamente a cabeça. A tristeza do Pokémon era vista de longe e sabia que Minerva era tocante, com sua sabedoria e ingenuidade.

- Ela está melhor? – perguntava Anthony, mas ele nem precisou esperar uma resposta, pois via que a dona Minerva ainda estava bem desolada.

A exilada sentia a falta de uma dos Pokémon que estavam consigo: Naomi. A Dark não havia aparecido ali desde então, mas não era isso que levava a exilada à preocupação. De posse do celular, Lúcia estava pronta para ligar o aparelho e esperar que os cadetes o rastreassem. Assim a jovem poderia esperar que os mesmos encontrassem a senhora ali e levasse para um Hospital. Uma coisa era certa: Percival não iria deixar Minerva morrer pela sua sombra!

Quando a exilada tocou no celular, adentrava no quarto Naomi. A Pokémon Dark entrava no quarto com um passo atrás do outro. Lúcia nunca percebera o quão magra Naomi estava desde que a viu. Embora a condição visível do Pokémon fosse essa, Naomi era forte, talvez, mais forte que Erick e por isso era a melhor aposta da exilada. Ao entrar no quarto, todos fitavam a Dark, que em passes leves, encostava a sua testa na testa da longeva. Visivelmente, o pelo da Pokémon era macio e quente e logo a Pokémon notava o quão frio o corpo da mulher se encontrava. Naomi logo deitava junto a senhora e assim esperava aquecer a mulher. Nisso, Minerva despertava tossindo.

- Eu acho que eu dei trabalho para você, não é, criança?

Anthony entrou em alegria, nem estava notando que Minerva estava ruim. O jovem exilado pegava na mão da senhora e Lúcia via neles a doce figura de um menino ao ver sua avó. Deveria ser por isso que Minerva conseguia colocar Anthony em seu lugar tão bem. Mas mesmo assim, Minerva não estava bem de saúde. Padecia aos poucos e parece que sem seus remédios, ela não poderia ficar ali.

- Desculpe-me por perturbar vocês, mas eu acredito que não estou em condições para a colheita. Seria pedir muito que vocês me ajudassem a produzir o remédio de Lotus Chaks? – dizia a senhora e em seguida ela olhava para Chespin.

O Pokémon grass pareceu entender o que a mulher dizia, mas Lúcia ainda voava no que realmente significava. O Pokémon grass saia correndo por ali e com suas vinhas liberadas ele enfiavam-nas em meio a algum livros pegando um papel preto e lançando no colo de Lúcia. Minun se aproveitou e abriu o papel, fazendo com que Torchic tivesse os seus olhos tão brilhosos como nunca antes esteve.

Com meus pokemon em meus braços e meu celular pronto para ser ligado, eu fiquei observando Chespin que logo respondeu minha pergunta. Ele não sabia nenhum ataque de cura, nem mesmo o mais fraco e simples dele e enquanto Anthony passava de ter o rosto queimado para congelado, eu fiquei um tempo olhando para meu celular e depois para os meus pokemon sabendo que agora eu só tinha uma escolha. Me deixar ser pressa para salvar Minerva.

Para a minha sorte nenhum pokemon meu sabia o que significava ligar meu celular, então nenhum deles tentaria me impedir. Enquanto eu respondia a pergunta de Anthony com um simples gesto negativo e rápido da minha cabeça e quando estava prestes a ligar meu celular, ouvi passo e assim que olhei para o lado encontrei Naomi.

Quase deixei meu aparelho cair no chão quando vi realmente como ela estava. Eu sabia que ela não pegava comida quando eu oferecia, mas agora eu estava vendo que Naomi simplesmente não estava comendo nada! Ela estava tão magra que eu não conseguia acreditar que fazia menos de uma semana que estávamos juntas e que Castiel tinha morrido!

Antes que eu pudesse falar alguma coisa ou ao menos pegar meu celular do chão, Naomi foi para o quarto onde Minerva estava e se deitou ao lado dela, fazendo-a acordar e voltar a tossir, o que pôs todos da casa em movimento.

Anthony foi o primeiro a chegar no quarto e assim que consegui colocar todos os meus pokemon no chão, com exceção de Erick que ficou em meu ombro, logo entrei também no quarto. Parei um pouco depois da porta para ver melhor como estavam todos. Naomi continuava deitava ao lado de Minerva, enquanto Anthony e Chespin ficavam ao lado e o exilado segurando a mão de Minerva.

Enquanto eu, Piplup, Cubchoo e meus pokemon estávamos observando e eu imaginando o que podia fazer para Minerva se sentir melhor até a ambulância chegar quando Chespin passou correndo por mim para pegar alguma coisa. Eu ainda estava tentando entender que remédio era aquele e o que aquilo tinha a ver com uma colheita quando o que parecia uma foto ou uma imagem rasgada de algum livro foi colocada em minhas mãos.

Assim que o papel foi desdobrado eu entendi que precisávamos daquela flor e Torchic quase começou a babar em cima da imagem enquanto a observava. Mesmo ainda me sentindo confusa e perdida, agora finalmente sabia o que fazer e se desse sorte, talvez nem precisássemos mais usar o telefone!

[color:9ced=índigo]- Eu vou procurar. Minun, Erick, Naomi e Anthony, vocês ficam aqui e se precisarem me chamar é só Minun e Cubchoo usarem Ice beam e Thunderbolt, mas façam isso apenas se for muito urgente e lançarem os ataques por uma janela. Chespin, você pode vir comigo, Zigzagoon e Torchic pegar a flor? Você conhece melhor a floresta e nos ajudaria muito. - Falei colocando Erick no chão e pegando meu celular, que ainda estava no chão. Eu sabia que Erick não ia gostar de ficar, mas ele ainda precisava descansar e seria mais útil mantendo todos que ficassem em ordem enquanto eu e minha pequena "equipe de busca" procurássemos a flor.

A alegria do exilado era ver a doce senhora acordada, ainda fraca, mas apenas ouvir a voz de Minerva era o suficiente para deixar Anthony feliz da vida. No entanto, Lúcia sabia que não era hora de fazer festa, pois apesar de ter acordado, Minerva permanecia doente e a exilada mostrava-se pronta para fazer tudo para ajuda-la, tanto que estava prestes a ser presa buscando trazer ajuda à senhora. Mas a jovem exilada fora salva no último momento pelo despertar da senhora, que com a ajuda de Chespin mostrava o que precisava ser feito: colher uma flor!

Torchic pareceu a que mais adorou a ideia, não para tentar salvar a longeva, que por fim já seria de bom tamanho, mas para ter o prazer de ter consigo a bela e rosada espécime, que parecia ser muito rara e se poderia salvar Minerva, essa raridade redobrava. A exilada se colocava pronta para ajudar. Iria até o fim para conseguir a flor, nem que ela tenha que atravessar a floresta atrás da espécie, Lúcia traria aquela planta para poder fazer o medicamento. Anthony, pela primeira vez não reclamava. O exilado notou que a senhora ainda estava fraca e resolveu não contesta as ordens de Lúcia.

Por outro lado, Erick pareceu não estar gostando da ideia e assim o Pokémon em forma de serpentina reclamava os seus direitos para Lúcia, mas a exilada conseguia convencer o Grass de que ele estaria melhor ali com o pessoal e assim a sua pequena equipe de busca estava pronta. Torchic pulava na maior alegria, na mesma medida em que Zigzagoon se aproximava demonstrando-se pronta para a missão. Chespin batia continência com um sorriso envolvente, iria ajudar no que fosse possível. Minun ficava na cama de Minerva e, imitando Chespin, batia continência. Erick cruzava os braços em profunda repreensão da decisão de Lúcia, mas ficou ali mesmo, pronto para ajudar no que fosse possível. Naomi mal se mexia na cama, procurando usar todo o seu calor para aquecer a mulher. Piplup, Cubchoo e Pidgey ficavam ao redor de seu mestre, que sabia da responsabilidade de ficar ali.

- Não sei nem como agradecer, minha querida. Mas como não está época de floração dela, creio que será uma procura cansativa. Tente em Mitsue Garden, onde terá mais chances de retornar com a flor. É importante trazê-la com talo e tudo, com muito cuidado. Ela não pode ficar abafada, nem fria. Deve estar em contato com a temperatura ambiente. – orientava a mulher.

Com Anthony e Naomi mantendo Minerva aquecida e confortável, eu peguei minha mochila e estava só esperando uma resposta de todos quando Erick resolveu ser o primeiro a dar sua opinião. Já fazia um bom tempo que eu não o via tão bravo e mesmo não entendendo o que ele resmungava, eu sabia o que ele queria. Estava furioso por ser deixado para trás e pelo que pude ver, ele estava listando vários motivos para ir juntos.

Tive que me conter muito para não rir de como ele estava bravo e assim que Erick parou de falar, eu expliquei que ele precisava ficar ali para cuidar de todos e depois de falar que eu não morreria se ele ficasse um tempo afastado, o que pareceu não convencer tanto quanto ele precisar ficar de olho em Anthony e nos outros, ele finalmente aceitou ficar. Mas o mal humor continuou.

Torchic era a mais animada de todas então nem precisei perguntar se ela iria. Era tanta animação naquele corpinho que ela não conseguia ficar parada e quando não estava pulando ao meu redor, Torchic corria de uma lado para o outro, sempre voltando e olhando para mim como se peguntasse "podemos ir agora?!"

Eu também não queria mais esperar e assim que todos pareceram concordar e Minerva nos disse onde podia ser o único lugar em que encontraríamos aquela flor rara, eu logo fui até a saída da cabana e fiquei esperando enquanto Chespin ajudava Torchic e Zigzagoon a descer em segurança.

- Não precisa se preocupar com isso. Se cuidem, nós voltaremos assim que encontrar a flor. - Falei enquanto Chespin descia e eu me preparava para descer as escadas. Já estava começando a descer quando dei uma ultima olhada para o interior da cabana. Eu queria acreditar que todos ficariam bem até retornarmos, mas a ideia de deixar Minun e Erick para trás cuidando de tudo me deixava apreensiva.

Ainda não gostando da ideia resolvi continuar com o plano, apenas torcendo para que tudo desse certo. Não demorou muito para chegar ao fim da escada e como eu não tinha a menor ideia de para que lado deveríamos ir, pedi para que Chespin nos mostrasse o caminho para Mitsue Garden e logo partimos em busca da flor.

A animação de uns, era a tristeza de outros. O caminho para Mitsue Garden era o requisitado para a jovem morena, pois ali era encontraria mais do que alegria para a sua Torchic apaixonada por flores, encontraria a flor que poderia ser usada como medicamentos. A menina não deixaria mais uma morte ser marcada em sua vida. A jovem iria até o fim para poder conseguir ajudar a doce Minerva a se recuperar diante das circunstâncias que havia ali. A revolta de Erick era visível e assim a mesma explicou o suficiente para poder convencer o Pokémon a ficar ali e não ir junto com ela. Deixar Minerva sobre os únicos cuidados de Anthony? Nem se Lúcia fosse louca.

Aceitando a missão entregue pela senhora que morava no alto da árvore, Chespin, Zigzagoon e Torchic formavam a equipe de busca que traria a flor de volta para a floresta e salvaria Minerva. Lúcia seguiu atrás do grupo animado, que com a ajuda das vinhas de Chespin, conseguiram descer com segurança da casa da árvore. Lúcia seguia atrás e assim logo todos estavam no solo. Naquela manhã, a florestava fria e ainda era visto alguns Yanma voando por ali de um lado para o outro. A jovem morena pedia para o Grass lhe indicasse aonde era o caminho e assim, de peito estufado e sorriso na cara, Chespin assumia a frente.

O grupo caminhava em linha e Torchic ia pulando do começo ao fim. O que parecia ser uma trilha era seguido pelas exploradoras e assim não demorava em que eles chegassem ao que se aparentava ser um arco formado de folhagens. Ao longe um campo era visto, sem muitas árvores. Torchic não se conteve e saia correndo na frente com os seus olhos brilhantes que seguiam como se fosse um jato em busca do maior sonho de todos. A Pokémon, assim como a exilada sentia aquele doce cheiro... Era Mitsue Garden!

Zigzagoon ♀
HP: 100%
Status: Normal


Torchic ♀
HP: 100%
Status: Normal


Status: Normal


Status: Normal


Status: Normal

Pokémon Temporário:

Chespin:

Dias Percorrido: 3 dias
Missão: Conseguir uma flor rara de nome popular Lotus chaks inteira em Mitsue Garden e trazer para Minerva, em Seimei Forest.