Cap. 7 - Batalhas em Chermont

Depois do encontro entre Lírio e Lola, Dria sorria bobamente, reconhecendo o amor que o aprendiz a cadete tinha pela gatuna normal. Diante disso, nada mais deixava a cadete feliz do que bagunçar os cabelos lisos e bem cuidados de seu aluno, além de dá a proposta para ele em cozinhar para o rapaz. Agora era hora e colocar os cursos que Dria fez em ação. Lírio falou uma lista enorme, mas o que deixou o cadete mais animado era a batata gratinada que a mãe dele fazia, deixando o rapaz desejoso em comer o prato.

Dria saia com Lírio do hospital da cidade, voltando para a academia, já dando uma olhada no celular para saber como fazia a batata. Diante dos ensinamentos de Nona, a cadete não teve dificuldades em aprender o prato, fazendo com que ela criasse uma estratégia boa em mente para poder cozinhar...

Mas os pensamentos da morena eram perturbados no meio da rua. O crepúsculo ainda ensaiava a noite que se aproximava e Dria se via diante de um momento em que a deixava um pouco nervosa. Diante disso, cadete olhava o horizonte, na medida em que deixava claro que a noite chegava sem pesar, mas os latidos de um Pokémon pareciam ser sofredor. Lírio andava apressado, assumindo a dianteira.

Em um dos becos da cidade, um Rattata fazia pose de raivoso, enquanto um Lillipup com uma costura de pontos de cirurgia na barriga mal conseguia ficar de pé. Um rapaz alto de boné parecia raivoso e nem um pouco complacente com o seu Pokémon que parecia acabar de sair de uma cirurgia. Dria se lembrava do canino em uma das vezes que foi visitar a persian no hospital e por conta disso reconhecia os pontos fracos Pokémon. O rapaz, possível dono, acabava ficando mais furioso ainda, quando Lillipup, sem forças, caia no chão, deixando o roedor sair correndo.

O caminhar já comum pelas ruas de Chermont foi interrompido pelo choro de um cão, ambos os Cadetes fecharam o senho ao ouvir tal som e já não foi surpresa ver Lírio tomar a dianteira, um leve sorriso de orgulhos se formou nos lábios de Dria ao ver a iniciativa do rapaz.

Porem ao ver o pequeno Lillipup cair e mais ainda reconhecer a marca da cirurgia, fizeram com que o sangue da Cadete fervesse, para a jovem a cena era degradante ainda mais pela clara impossibilidade de batalhar do canino.

Tomando a frente Dria não pensou duas vezes ao liberar Iroh e Léo este ultimo a frente do pequeno cão já rosnando enquanto as palavras de sua mestra eram proferidas de maneira seca e autoritária:

- Rapaz nome tatuagem e registro de classe agora!

Estendendo a mão direita para receber os documentos, Dria fez questão de deixar a mostra a tatuagem de Cadete nas costas de sua mão, Iroh bufou claramente indo se colocar a saída do local impedindo qualquer fuga.

A cadete não pôde evitar o sorriso de satisfação ao ver Lírio tomar à frente da situação, mas pelo visto, o sorriso era substituído por uma cara de raiva diante da situação. O Lillipup, que estava ainda se recuperando da cirurgia, estava lançado no solo. O rattata fazia pouco caso do canino e voltava para uma lata de lixo no beco, deixando que a recruta resolvesse a situação. Léo e Iroh eram chamados e assim ambos deixavam claro a sua participação em campo. Enquanto o leão assumia a frente do corpo do canino exausto, Iroh barrava a saída.

- Como assim?! Esse Pokémon é meu... – a voz do rapaz era ríspida, mas ao ver a tatuagem foi diminuindo, embora o desagrado dele continuasse – Aqui estão! Vai fazer o quê?! Me prender por treinar em um beco contra um Pokémon selvagem? Deveria me agradecer por limpar a cidade....

Dria analisava a tatuagem do rapaz diante do beco e assim percebia que era um gladiador. Pegava a licença e reparava que ele se chamava Calisto Cabiaje e tirou a licença recentemente, sendo assinada por Cornélios. A garota percebia que ele era um vigarista comum, legal e possivelmente o único erro ali seria seu temperamento e sua falta de compaixão.

- Vai me prender por alguma coisa, cadete? – o rapaz perguntava de nariz empinado e tom de deboche.

- Assim como lei pode resguardar um Pokémon que é considerado ofensivo para a sociedade, a lei nos garante que podemos tomar um Pokémon que está sobre posse de um mal usuário. Artigo 26, parágrafo segundo. – Lírio comentava já pegando o Lillipup no colo e deixando Léo encarando o rapaz, demonstrando grande conhecimento em direito.

Dria engoliu em seco cada palavra do rapaz, a certeza de que ele era um Gladiador novato não diminuiu em nada a raiva que a Cadete senti, mas ouvir Lirio usar os artigos de maneira exata e rápida fez com que a garota relaxasse um pouco começando seu trabalho da melhor forma possível.

Pegando o celular de Lirio a Cadete tirou uma foto da identificação de Calisto dizendo:

- Leve o Lillipup ao medico e pegue o Historio de Registro dele, isso vai ser útil no inquérito!

Dizia a mulher entregando o celular de volta para o aspirante, olhando para o Gladiador esta guardou a licença do mesmo no bolso dizendo:

- Mais uma palavra sua e vou prende-lo por desacato!

Retirando as algemas esta disse de forma formal efetuando a prisão:

- Calisto Cabiaje, você e acusado de Maltrato de Animais, por favor queira me acompanhar ate a Delegacia onde sera aberto o Boletim de Ocorrência!

A cadete parecia ter certa repulsa contra o rapaz que estava maltratando o pequeno Lillipup, no qual havia passado por uma cirurgia dias atrás. O Pokémon estava exausto e suava frio. Seu pelo parecia tremer enquanto o aprendiz de cadete tentava segurá-lo da melhor forma possível, ainda demonstrando desprezo pela atitude do gladiador. Com a licença do rapaz, Dria percebia que o gladiador era apenas um vigarista que só estava atrás de poder e encrenca nas ruas. Com as ordens da mais velha, o rapaz seguia tudo bem dito e saia correndo pelo beco, indo para o hospital.


Dria ficava com o rapaz ali no beco, no qual parecia desacreditar no que a cadete estava fazendo. Quando a mesma puxou a algema e passou a dizer os direitos e deveres do rapaz, esse se lançou para trás, protestando a prisão que estava perto de ser feita. Dria pareceu ficar alerta, assim como o ranger de dentes de Léo, que ameaçava atacar, como o bufar do casco de Iroh no chão.

- Isso é injusto! Consegui o Pokémon por meios legais... Demorei em capturá-lo e preciso treiná-lo. Não pode me prender por isso!

O gladiador parecia decepcionado pela atitude de Dria e a morena estava pronta para avança, se o rapaz não tivesse saído correndo primeiro pelo beco. Dria fazia o mesmo, sendo acompanhada por Iroh, enquanto  Léo ia na frente. O beco escuro e úmido parecia chamar a atenção da recruta, que olhava fielmente para onde o rapaz ia. Depois de avançar um bom trecho, Dria percebia que um muro faria com que o rapaz parasse o que não aconteceu, já que ele entrava em um prédio ao lado.

De posse de sua trupe, a cadete entrava também,  percebendo estar em um galpão de algum supermercado, repleto de caixas ao seu redor todas empacotadas. Dria não percebeu onde estava, mas sabia que o gladiador estava ali dentro. As caixas empilhadas e o alto teto davam uma impressão de que aquilo era um labirinto e todo cuidado seria pouco ali.

A garota se limitou a suspirar antes de começar a correr atrás do Gladiador, Dria sabia que o pequeno incidente poderia manchar a carreira do rapaz, mas fugir era pior ainda.

Perseguindo o rapaz de perto a Cadete procurava a brecha perfeita para imobilizar o rapaz, sorrindo ao ver o beco Dria teria ordenado que Léo o derrubasse, mas a porta aberta fez com que a Cadete mudasse de ideia.

Já dentro do galpão Dria fechou o cenho liberando Auros enquanto dava ordens para os felinos:

- Léo use seu faro para seguir o rapaz! Autos você é mais leve suba as caixas e me de suporte por cima!

Embora o desejo da cadete fosse deter o gladiador, a mesma estava diante de uma perseguição na qual não foi planejada. Diante disso, Dria se via já dentro de um galpão com diversas caixas, nas quais ela mesma não sabia onde se encontrar. Mesmo assim, a morena parecia andar no meio dos corredores já sabendo o que fazer e não demorava para que o seu felino já estivesse materializado no ar, esperando novas ordens.

Os felinos começavam a procurar o gladiador fujão, enquanto o poison resolver bloquear a única saída dali. Auros subia nas caixas que formavam quase que muros, cada uma lacrada com um tipo de material. Não demorou para a cadete perceber que ali era o depósito de materiais da Madeireira e Serralheria Smith e que ela andava ali com certa tranquilidade, cofiando em seus Pokémons.

Léo usava o seu faro para tentar localizar o meliante, enquanto o felino normal subia cada vez mais alto, de caixa em caixa, procurando o gladiador. O silêncio ali era crucial e nenhum outro movimento era sentido a não ser os passos da recruta. Mas a atenção de Dria era chamada quando ela percebeu que o seu Meowth havia derrubado uma ferramenta de metal do alto de uma caixa, ecoando um som ensurdecedor. Léo erguia-se assustado e Auros pedia desculpas com seus olhos.

O próximo movimento surpreendeu a cadete. Vários Magnimetes surgiam no campo, saindo de detrás dos corredores. Eram tantos que Dria percebeu que não eram todos de um só treinador, afinal, o limite de posse variava de seis para oito. Vários golpes elétricos eram lançados pelos Pokémons. A explosão de um choque na caixa derrubou Auros, que aterrissou no chão já pronto. Léo e Dria desviava, mas logo percebeu que os choques só aumentavam.

Dria assustou-se quando um choque passou por ela e demorou para perceber que o choque não passava de uma ilusão, assim como a maioria dos golpes elétricos que passavam ao redor dela.

O barulho feito pelo item derrubado por Auros fez com que Dria desce um pulo para trás, mas ao perceber o que era a garota apenas fez um leve sinal para que o felino continuasse e com cuidado.

Uma simples prisão que poderia ter sido fácil havia acabado em uma perseguição, respirando fundo a Cadete se mantinha calma enquanto seguia o faro aguçado de Léo, sabendo que Iroh se encontrava na unica rota de saída a jovem não estava preparada para a explosão de luzes que ocorreu assustando Dria e derrubando Auros para o chão.

Tentando encontrar um ponto onde pudesse se esconder, não demorou muito para que Dria percebesse a ilusão. Ainda assustada por conta do ataque repentino a Cadete resolveu apelar para o bom senso com o Gladiador:

- Hei Garoto! Você sabe que iria só ganhar uma multa! Nao?!

Fazendo sinal para que Léo continua-se a andar a jovem ensinou Protect ao grande felino, esperando que Auros retomasse a sua posição a Cadete avançava a procura do Gladiador:

- Se você se entregar eu esqueço que fugiu!

Dizia a jovem esperando que o rapaz tivesse bom senso.

O ataque repentino dos clones assustou a morena, mas ela conseguia reagir rápido perante o problema. A cadete ensinava Protect para o seu leão, que abria um escudo esverdeado e expandia a esfera em campo, fazendo com que os Magnimetes que estavam ali e se chocavam contra o escudo se desaparecessem. Dria tentava negociar com o gladiador, enquanto parecia que Auros voltava para a sua procura. Com Bite, o leão prendia o Pokémon imã em suas presas, enquanto Iroh continuava na porta.

- Para aplicar uma multa não precisa de algemas.

A voz do gladiador ecoava pelo meio do galpão repleto de caixas. Meowth avançava pelas caixas, já que enquanto para Dria a fonte da voz era desconhecida, para Auros parecia seguir uma linha reta.

- Sério?! Cadetes não costumam negociar assim...

O gladiador estava suspeito e assim quando menos se esperava, Auros saltou no meio dos corredores e segurava o menino. Os gritos do rapaz ecoavam pelo galpão, como sua voz outrora. Auros erguia suas garras e prendia o menino. Dria seguia o barulho, dessa vez mais perceptível. Lá no chão estava o rapaz com Auros ao lado, todo cheio de arranhão...  

Dria não se surpreendeu com a eficiência de Léo, desde a mudança de habilidade o felino se tornara confiante em sua experiencia. A Cadete teria feito uma caricia no felino se não soubesse que isso poderia ser perigoso já que o mesmo segurava um outro pokemon elétrico.

O som da voz esparso para Dria era diferente para Auros que rapidamente encontrou o rapaz, por instinto próprio Auros acabou por imobiliza-lo revelando então a localização dos dois para sua Mestra.

Seguindo a indicação de Auros não demorou muito para que a Cadete encontrasse-os, coçando a nuca enquanto fazia um sinal para que o felino soltasse o Gladiador:

- Isso é um reflexo de suas palavras e postura!

Dizia a garota mostrando as algemas, guardando-as no bolso esta estendeu a mão dizendo:

- E no mais gosto de fazer meu trabalho direito, então vamos relevar isso... Garanto que depois da conversa com o Comandante Kibato você vai ter preferido ter sido preso!

No fim, Dria acabava encontrando o gladiador. Ao passar por Léo, o felino prendia o oponente magnético no solo, enquanto Iroh permanecia na porta, bloqueando a saída. Percebendo que o gladiador sofreria mais se fosse falar com Kibato, Dria resolvia guarda a sua algema e chamar o gladiador para acompanhá-la, fazendo o vigarista levantar o cenho e ficar diante de uma cadete diferente dos que ele julgava ser senhor da lei.

Calado, o gladiador se levantava enquanto a morena percebia os diversos arranhões na cara do infrator e assim de cabeça baixa, ele saia andando sendo escoltado por Dria e Auros. Léo liberava o oponente elétrico, que era recolhido pelo gladiador e assim saia do galpão, sendo escoltado pelos Pokémons da morena. Não demoraram em deixar o beco escuro e voltarem para as ruas não tão movimentadas do fim de tarde de Chermont.

No caminho todo o gladiador mal abria a boca e ia à direção da delegacia de polícia. Foi só subir a rua da coragem que o grupo chegou à delegacia. Pessoas iam e vinham, de um lado para o outro, uniformizadas e com felinos em sua volta. Em uma sala, Dria conseguiu encontrar Kibato. Sua expressão era cansada, junto com estresse. Certamente haviam muitos criminosos soltos, após o evento com Zuzu. O gladiador sofreria nas mãos do capitão...

Sabendo que suas palavras não foram nem um pouco gentis a jovem não se sentiu nem um pouco culpada pelos arranhões no rosto do Gladiador, tentando aliviar o clima Dria sorriu dizendo:

- Tenha mais cuidado da próxima vez... Você pode pegar um Cadete mais mal humorado do que eu!

Guiando o rapaz pelas ruas de Chermont, não demorou muito para chegarem Delegacia, batendo de leve na porta da sala do Comandante Kibato, Dria não perdeu tempo em empurrar o Gladiador para dentro sabendo que se não fosse rápida ambos escutariam do oficial:

- Senhor, o rapaz foi indiciado por mal tratos contra animais! Sua licença esta em dia, mas acredito que um conselho seria o ideal!

Dizia a Cadete já se preparando para sair da sala.

Já na sala do delegado local, Dria se via diante de uma situação um pouco complicada, até porque, ela não queria ser taxada como os injustos cadetes que trabalhavam com ela, mas também não poderia pegar leve com o gladiador. Apenas alguns resmungos eram ouvidos pela cadete, diante do rapaz que entrava na sala de Kibato por mal gosto. O gladiador só entrou, já temendo o “puxão de orelha” que o oficial iria dá.

Quando Kibato desligou o telefone da sala e mandou com voz severa que o rapaz sentasse, Dria aproveitou a deixa para sair da sala. Embora não entendesse o que oficial de maior grau dissesse, sabia que o mesmo quase que gritava e o gladiador manteve-se na cadeira sempre com a cabeça baixa. A morena não tinha mais nada para fazer dali, a não ser ir até o hospital para saber como Lillipup estava, sabendo que agora o vigarista pensaria duas vezes antes de machucar qualquer Pokémon...


Quando Dria saia da delegacia, percebia que o vigarista iria passar uma noite na cadeia e ia ser liberado no dia seguinte, bem cedo. Dria voltou para o hospital, onde poderia ver como Lírio e o Pokémon estariam, sabendo que apesar dos pesares, teria que devolver o Pokémon quando o dia amanhecesse... De volta a ala hospitalar, as pessoas continuavam querendo informações sobre os seus pokémons, enquanto duas enfermeiras faziam uma distribuição em massa de Pokébolas. Lírio estava quase dormindo em uma das cadeiras, com Lola enrolada em si em seu colo.

Assim que Kibato colocou o telefone no gancho Dria se retirou da sala ouvindo apenas as palavras abafadas do Comandante, depois de ter certeza de que o Gladiador havia sobrevivido e que se lembraria daquele dia para sempre, a Cadete rumou para o Hospital.

O caminho ja conhecido foi feito com rapidez, Léo ao lado da Cadete continuava a se esfregar nas pernas de Dria pedindo carinho de forma infantil, isso fez com que a garota sorrisse dizendo:

- Sempre o mesmo garoto!

Esfregando de leve a juba do leão Dria não se surpreendeu chegar no Hospital e ver Lirio dormindo num dos assentos, sentando-se apenas ao lado de Lirio quando já tivesse comprado um cafe para ambos a jovem sorriu dizendo para o aprendiz:

- Nao se preocupe hoje você vai ter sua batatas gratinadas!

Sorrindo pela gentileza da cadete em trazer um café para o rapaz, Lírio recebia o copo aumentava a dose de cafeína no seu organismo. Apesar de preferir chá, o aprendiz havia acostumado ao líquido negro, uma vez que necessitava de suas substancias se realmente quisesse cumprir seu destino e se tornar um senhor da lei. O hospital diminuía sua frequência após a distribuição em massa de Pokébolas, enquanto lá fora o sol sumia, dando lugar às estrelas e à lua, que parecia uma banana.

Doutora Grace, de quem Dria lembrava muito bem por ter confundido as dores e tontura dela com uma gravidez, aparecia com um prontuário nas mãos e uma cara séria, mas ao ver a cara de Lírio, sorria enfiava na cara de um pirulito enorme, que fazia o menino nem falar direito.

- Olha, sei que posso parecer sempre esperançosa, mas o canino está nem, porém precisa descansar. Alguns pontos abriram, mas já foram refeitos. Ele está sobre medicação e com soro. Vai se recuperar, mas é essencial que o treinador entenda que ele precisava ficar mais algumas semanas aqui. Ele retirou o Pokémon daqui à força, sem que eu ou outro médico desse alta. Mas pode deixar, que dessa vez ele só passa aqui sobre mim!

Dizia a médica confiante e com um sorriso na cara, dando um murro no ar, como quem quisesse mostrar que era muito forte e poderosa, embora Dria soubesse que a doutora iria chorar quando o gladiador exigisse o Pokémon. Mas depois de ficar uma noite na cadeia, talvez o gladiador aprendesse a lição e isso deixaria claro que mudaria o jeito de tratar Lillipup no futuro...

- E você, querida? Tá tudo bem? Sem enjoos, né? – perguntava a médica, mas depois ela encostava-se ao ouvido da morena e sussurrava uma pergunta inconveniente, cuja resposta da cadete, que ficou rubra de vergonha, era que não usava isso...

No tempo em que teve que esperar ao lado de Lirio, Dria assistiu Leo brincar com Lola balançando a cauda para todo que era lado, a jovem procurou na internet a receita da batata gratinada, lendo com calma a jovem percebeu que facilmente poderia fazer o prato alem de incrementa-lo um pouco.

Ao ser atendida pela Doutora Grace, a jovem nao conseguiu esconder o vermelho de seu rosto embora o quisesse e muito, tentando mudar de assunto esta escreveu seu numero de telefone em um papel entregando a mulher enquanto dizia:


- Apesar de acreditar que o Gladiador nao vai fazer nenhuma loucura, me telefone caso ele tente retirar o canino daqui... Vou ficar na cidade ainda um ou dois dias... Então vou poder colocar um pouco de juízo nele!

Comentava Dria ao ver Léo correr para as pernas da medica pedindo carinho e ate mesmo se deitando no chão mostrando a grande barriga, rindo baixo Dria se despediu da media enquanto esta acariciava o grande e brincalhão felino, por fim ganhando as ruas de Chermont novamente Dria rumou para o Dormitorio afim de fazer o prato predileto de Lirio.

Enquanto Léo brincava com Lola, e recebia carinho da médica, Dria mostrava serviço, dando seu número para médica, na qual assentia que entraria em contato e também conhecia o gladiador e saberia quem era o dono. A cadete se despedia da garota animada, enquanto em sua mente ela repassava o prato preferido do aprendiz. O mesmo tinha uma recompensa a ganhar, principalmente pelo seu esforço do dia.

Léo e Lola saiam do hospital com pirulitos enormes na boca. Embora Léo gostasse, pelo se tamanho, Lola tinha dificuldade de engolir o doce, mas ainda continuava andando exibindo sua recompensa. O grupo saia pela já noite de Chermont. As luzes dos postes se acendiam iluminando o caminho da morena e do seu aprendiz. Chermont era quase a cidade natal do grupo, de tanto que eles já andaram por ali. Mais da metade da cidade era conhecido pelos dois.

O dormitório estava pouco movimentado, mas o refeitório estava lotado. Dria recebeu o conselho de que era melhor eles tomarem banho e esperar a hora da jantar acabar e assim os dois se despediam, Dria indo para seu quarto junto do leão que ainda carregava o doce, e Lírio e sua felina para o seu.