Cap. 7 - Batalhas em Chermont

Quase uma nativa de Chermont a jovem caminhou ate o Dormitório com rapidez, Dria observou o refeitório cheio fazendo com que o ato de cozinhar fosse impossível naquele momento, aceitando de bom grado a ideia de tomar um banho.

Rumando para seu quarto a jovem não perdeu tempo em tirar a roupa e entrar de baixo da água, relaxando depois do pequeno estresse e o treinamento do dia, respirando aliviada a jovem se deitou um pouco na cama enquanto esperava que o movimento do refeitório diminuísse para então ir cozinhar.

A cadete tomou um banho, não se preocupando de ser demorado. O seu corpo tremia. Mesmo com o treinamento menos intenso para ela, a cadete logo percebeu que a corrida para conseguir capturar o vigarista compensara. Depois de um tempo debaixo da água, ao sair, Léo brincava com uma sandália da cadete, que nem se importou e deitou na cama, descansando um pouco.

Foi só o tempo da morena fechar os olhos e abrir e assim ela já se deparava com algumas batidas suaves na porta. Ainda embreagada de sono, a morena abria a porta, vendo o trio e seu treinador: Lírio, Lola, Umi e Rosa. A ave foi a primeira a entrar, sendo seguida pelo resto. Lírio, melhor do que mais cedo, parecia ansioso pelo seu prato preferido e foi assim que o grupo desceu, sendo seguido por Léo, que tentava brincar com Rosa, que de longe parecia falar para o elétrico que não gostava disso. Umi concordava com Léo, como quem dizia que ela precisava relaxar mais e Lola ia à frente.

Ao descer, o refeitório principal só tinha um senhor limpando, com luzes fracas no local, que desejou uma boa noite para o grupo. Ao ligar a luz da cozinha, Dria reparava com era bem equipada, já que tinha que oferecer comida para um verdadeiro batalhão. A última vez que esteve ali foi para tirar um rato encrenqueiro do local, mas que não demorou muito, fazendo com que a morena já se esquecesse do episódio.

Lírio ajudava a menina a pegar as coisas, uma vez que ele sabia muito bem o que era preciso. A oficial mais velha passava a receita na mente, enquanto Rosa pousava no alto e pegava as coisas que iriam usar de alumínio, sobre ordens do aprendiz. Lola encontrava uma cebola em cima do balcão e já pulava no lugar, fazendo do bulbo uma bola de brincar. Umi assistia tudo, disposta a ajudar também, enquanto Léo roubava o brinquedo temporário de Lola, fazendo-a correr atrás do leão.

Abrindo a porta ainda com a cara sonolenta Dria sorriu ao ver Lirio e sua pequena trupe lhe esperando, sem perder muito tempo a garota lavou o rosto para logo sair do quarto rumando para a cozinha.

Era estranho ver o refeitório vazio e ainda mais perceber que a cozinha dali era tao bem equipada quanto a padaria em que aprendera a cozinhar, rindo um pouco com as brincadeiras dos monstrinhos Dria serviu uma boa tigela de leite para os pokemons terrestres, fazendo com que Léo sossegasse um pouco.

Prendendo o fino cabelo com uma touca Dria começou descascar as batatas dizendo:

- Corte 3 cebolas, eu quero colocar alguns bifes acebolados no prato!

Trabalhando com rapidez Dria nao demorou muito a terminar de descascar as batatas, cortando-as em pedaços pequenos para depois leva-las ao fogo cozinhando um pouco antes de gratinar, no meio tempo Dria separou bons bifes para temperar e fritar enquanto as batatas estivessem no forno.

Com os monstrinhos de bolso se preocupando mais em se alimentar do que brincar e causar uma baderna na cozinha, Dria começava a cozinhar, enquanto Lírio começava a cortar três cebolas. Habilidosamente com a faca, Lírio mostrava que não poderia ter o nível de cozinha tão alto como de Dria, mas sabia alguma coisa. A jovem cadete cortava batatas e levava ao fogo, na panela de pressão. Lírio observava a jovem a temperar a carne, enquanto a panela começava a expelir sua fumaça característica.

Dria saia revistando os armários da cozinha e ia achando os condimentos. Em um reservatório de vidro, montou as batatas cozidas em rodelas intercaladas com um creme feito com creme de leite, queijo, margarina, requeijão cremoso, margarina, salsinha e orégano. Por último, cobriu com mussarela rolada e polvilhou queijo parmesão, enquanto Lírio enfeitou com alguns montinhos de requeijão cremoso e um pimentão verde e tomate, ambos cortados como se fosse uma rosa no meio do prato.

O prato foi ao forno, enquanto os Pokémons já andavam mais uma vez brincando, enquanto Rosa preferia tomar distância, mesmo Dria e Lírio sabendo que uma parte da ave queria brincar tanto quanto Léo e Umi.

- O cheiro está ótimo... – dizia o menino absorvendo a maior quantidade possível. – Você fez bem em aprender esses cursos! – Lírio estava vidrado no forno.

Por fim colocando as batatas no forno Dria sorriu para um esfomeado Lirio respondendo ao jovem:

- Nao da pra viver sozinha sem saber cozinhar!

Colocando uma frigideira para esquentar juntamente com manteiga a jovem rapidamento cuidou da louça suja dizendo para Lirio:

- Depois do jantar você lava a louça!

Assim que teve certeza do tempo que faltava para as batatas ficarem prontas Dria colocou a primeira leva de bifes no fogo perguntando:

- Mal ou bem passado?

- Bem! – respondia o garoto que salivava ao sentir o cheiro do bife subir em suas narinas.

A ideia de lavara louça não agradou tanto o rapaz, mas pelo menos ele estava animado para começar a sua refeição. Os pokémons já tinham se alimentado, então eles estariam ali só para brincar. A cadete passava os bifes na panela, enquanto Lírio só observava, quase que babando. Não demorava, e a batata estava pronta, assim como os bifes. Dria jogava a cebola e abafava com o pano, enquanto o aprendiz levava as coisas para a mesa na cozinha.

Lírio colocava a mesa de modo bem cordial, como se fosse o restaurante que Doumeki levou-os há alguns dias. A cadete percebia como o tempo passou rápido na cidade e assim levava os bifes. Quando retirou a tampa, o cheiro recendeu toda cozinha e lá vinha Léo, guloso, pedir um bife, dado prontamente pela sua mestra.

O jantar estava divino. Até Dria se surpreendeu pelo sabor que tinha a sua comida. Lírio comia quase que chorando, de tão gostoso que estava. No fim, sobraram apenas pratos sujos e estômagos cheios de tanta fartura. Lírio ainda fazia corpo mole em lavar a louça.

- Será que eu você conseguir ser um bom cadete? Tipo... Eu vejo você, e o Doumeki... parece que estão em um nível totalmente diferente. E eu percebi principalmente quando usei o Léo. Embora seja o seu Pokémon mais poderoso, ainda sim perdi a batalha...

Esticando-se na cadeira enquanto sentia o corpo pesado devido ao pequeno banquete Dria sorriu com a preocupação de Lirio, o grande felino elétrico colocou a cabeça sobre seu colo, a mão tatuada da jovem brincou na pelagem negra de Léo enquanto esta dizia:

- Ninguém é igual... E você lida bem com as pessoas, o que eu ainda preciso melhorar...

Esboçando um leve sorriso Dria olhou para a louça a sua frente dizendo:

- Nunca se sabe o que vai acontecer em uma missão... Mas é bom sempre estarmos preparados e atentos...

Fazendo um leve esforço pra se levantar a jovem apontou pra louça dizendo:

- Você lava e eu enxugo. Vamos devolver a cozinha do modo que encontramos!

Enquanto esperava pela iniciativa de Lirio a jovem liberou Auros lhe ensinando a  Hidden Power para o felino.

Off: colocar no lugar de Fake Out

Lírio suspirava de tal forma que parecesse que a sua professora estava parcialmente certa. Enquanto Dria parecia ser uma ótima oficial, seu modo de tratar os outros parecia ainda distorcido do que poderia realmente ser o ideal. Isso se comprovou no mesmo dia, em que o gladiador pareceu ver Dria como o pior tipo de cadete, quando na verdade ele teve sorte ao encontrar uma cadete como ela.

Lírio se ergueu, levando a louça para a pia. Dria aproveitava para liberar seu felino inicial e ensinar um golpe. Lírio apenas assistiu, enquanto ensaboava os pratos. O olhar da garota parecia manso e só um pouco cansado depois do dia. Enquanto Lírio usava um avental que encontrou ali jogado, Dria preparava panos seco e quando terminaram tudo, já era quase duas horas da manhã. A cadete se via repleta de sono e Lírio e o resto da trupe não eram diferentes.

Dria e seu aprendiz seguiam pelas escadas e subiam diante do silêncio que era o dormitório, lotado de homens e mulheres da lei. A cadete foi para o seu quarto, deixando Lírio e seu trio no outro. Ao entrar, nem reparou que o quarto estava impecável, certamente alguma camareira arrumou mais cedo. Léo se esfregava entre as pernas da cadete que havia terminado e trocar de roupa e se preparar para dormir e assim a recruta e seu inicial dormiam, enquanto Auros ficava na poltrona do quarto, sabe-se lá se estava dormindo mesmo ou de vigia...

Dria se despediu de Lirio sentindo o cansaço do dia sobre os ombros, já dentro do quarto não demorou muito para que a garota trocasse de roupa ainda se sentindo pesada depois da bela janta, acariciando o sempre em alerta Auros, Dria se deitou sentindo o calor do corpo de Léo se unir ao seu.

Enfiando o rosto na grande pelagem negra a jovem abrasou o felino deixando que o sono chegasse e mais ainda nao se importando nem um pouco com a hora que acordaria no dia seguinte, apenas imaginando um treino leve antes de qualquer possibilidade de missão fora de Chermont.

A cadete dormia pesadamente. Léo nem se mexeu, situação que favoreceu para que o sono de Dria se prolongasse diante da noite. O felino estava satisfeito com a refeição, com a troca de calor, enquanto Auros parecia manter vigia pela noite. Pesadamente, Dria estendeu seu sono até mais tarde, nem se importando com o sol lá fora, uma vez que a cortina impedia qualquer raio solar de penetrar naquele quarto escuro.

Mas o sono de Dria foi frustrado, já que um barulho chato a acordava. A morena erguia com seus cabelos bagunçados, procurando saber do que se tratava. Léo ainda estava bêbado de sono e abria e fechava a boca constantemente, para que a baba não saísse. Na janela do quarto, Auros erguia suas patinhas e parecia arranhar de leve a janela, enquanto alguma outra coisa batia do outro lado. Dria já imaginava que seria Lírio lá fora, por isso deu um salto e abria a janela, se surpreendendo com o Taillow que invadia seu quarto.

O Pokémon voador deu algumas voltas e Dria até achou que era selvagem, até perceber o seu cape e uma mensagem em suas garras.  A ave picou a cadete duas vezes e pousou entregando a mensagem:

Muitos viajantes tem desaparecido no interior do Monte Craig e descobrimos que Pokémons raros dos desaparecidos têm sido comercializados. É seu dever e de Lírio Flores descobrir o que está acontecendo no Monte Craig. Para tanto, sua passagem para a cidade de Grung será paga.

Cornélios Darbas
Chefe Policial de Shinki Substituto

---

Recompensa pela missão: 8,000 Exp dividido entre todos os pokés, 4,000Pk$ para Dria e 5,500 de Exp dividida entre todos os pokés para Lírio.

Dria demorou algum tempo para entender o motivo do barulho, e quando o fez a jovem não ficou nada feliz ao perceber a hora avançada e mais ainda o pequeno voador adentrando no quarto com o envelope na mão.

Levando algum tempo para tomar coragem Dria sentiu as bicadas enquanto pegava a carta, a jovem teria feito uma caricia no voador se não soubesse que estaria se arriscando a levar bicadas mais serias. Lendo com calma a mensagem o sono da Cadete desapareceu por completo, um rápido calculo de horas fez com que a jovem formasse um plano de ação.

Ainda usaria aquela tarde para treinar e pegaria o trem no inicio da noite chegando em Grung logo pela manha, colocando a carta aberta em cima da mesa a jovem foi ao banheiro se preparar, uma rápida ducha foi o suficiente para espantar o sono, depois de vestida Dria não perdeu tempo indo comer antes de treinar mais um pouco seus companheiros

O sono de Dria se ia enquanto a missão era entregue. Taillow pareceu ter cumprido sua função no local e levantava voo para longe, retornando ao seu emissor. Dria logo se preparava com uma ducha, enquanto Léo aproveitava a cama só para ele. Auros permanecia ali ao lado, vigilante. Sentava de peito estufado diante da janela do quarto da morena, enquanto tinha uma boa visão da cidade. O sol, apesar de presente, não estava tão frequente quanto os dias anteriores e por conta disso o outono invadia as poucas árvores da cidade, derrubando suas folhas no chão.

Dria saia do banho e já de uniforme chamava sua dupla. Léo não quis sair da cama, sendo preciso Dria usar toda a sua força para tirá-la dali e chama-lo para acompanha-la descendo as escadas. Lírio foi outro que não queria sair da cama, dando mais trabalho para a cadete. Mas ao saber que iria para uma missão com ela, o rapaz logo se ajeitava melhor e se preparava para a viagem, mesmo sabendo que eles iriam treinar mais.

- Monte Craig?! Bem que nós poderíamos ir a Nyender depois, o que acha?

A sugestão do jovem enquanto segurava a bandeja do refeitório parecia mais um pedido. Lírio colocava coisas leves em seu prato, abusando de um molho de azeitona que tinha ali. O aprendiz claramente estava com saudades de sua família e por isso iria querer revê-los...

Por pouco Dria não usou Andrômeda para tirar Lirio da cama, mas por fim o próprio se levantou ajudando a Cadete, já no refeitório a jovem ocupava-se mentalmente dos possíveis problemas que encontrariam no caminho, por isso demorou a entender o verdadeiro motivo da pergunta de Lirio:

- Bom... Podemos dar uma passada em Nyender... Tenho que entregar um pudim de Leite para o Capitão Doumeki e você visitar sua mãe! Antes que ela ache que eu não estou cuidando bem de você!

Comentou Dria enquanto bagunçava o cabelo do mais novo imaginando os perigos de enfrentar uma mãe furiosa de Nyender, com um leve balanço a garota terminou de se servir indo comer antes da próxima seção de Treinamento.

Lírio pareceu mais animado com a possibilidade de ver sua mãe novamente. Enquanto isso, a cadete ainda percebia a cara de sono do rapaz, que comeu tanto e possivelmente demorou em dormir na última noite. O café-da-manhã/almoço foi pensativo para a recruta, enquanto seu aprendiz bocejava enquanto tomava um chá verde, que segundo ele teria cafeína suficiente para fazê-lo suportar mais um dia. A cadete se preocupava com sua próxima missão. Se havia alguém ali derrotando tantos treinadores e conseguindo vender seus Pokémons, certamente seria bem forte e Dria poderia ter problemas com isso.

Deixando seus pensamentos de lado, a cadete logo terminava sua primeira refeição (que deveria ser já a segunda) e pós a direcionar-se para o ginásio para treinamento. Sonolento, Lírio seguiu a cadete, com ombros caídos e um pouco diferente do que ele estava acostumado, mas aos poucos, o efeito do chá parecia animar o aprendiz, que pós a liberar nesse momento seus Pokémons. Lola saia correndo à frente, brincando com Umi, que rolava de um lado para o outro. Rosa, ao ver que estava indo para o ginásio, seguiu na frente, pronta para treinar e se fortalecer.

Ao chegar ao ginásio, alguns cadetes estavam ali treinando e deixando claro que não estavam ali para brincadeira. Um moreno alto, músculos definidos e uma cara de mal treinava levantando um supino reto, forçando as veias da cabeça, afinal, estava pegando 80 kg de peito. Uma cadete corria ao lado de seu Meowth e Houndour. Enquanto a gatuna parecia fadigada, o canino parecia energético e deixava sua língua para fora, como os cachorros fazem quando andam de carro. Rosa não perdia tempo e usava os aros colocados no alto para fazer manobras e começar o treinamento, mesmo sem ordem do seu mestre.

Dria sorriu ao ver Lirio tomando chá verde, o vicio da jovem no liquido escuro chamado café era evidente desde o orfanato e nas canecas em que tomava durante a infância, terminando seu prato de "almoçofé" a jovem se levantou disposta a tudo.

No caminho até o ginásio a jovem notou o novo movimento de Cadetes pelo local, um leve sorriso se formou no rosto de Dria ao ver as brincadeiras das pokemons de Lirio, liberando seus próprios companheiros a Cadete começou a distribui-los nos aparelhos escolhendo exercícios leves para a maioria deles.

Corridas paras os felinos assim como o raposo Natsume, uma leve serie de Natação para Andrômeda tentando testar ao máximo as estranhas habilidades de mesclar-se e andar sobre a água da mesma, e o mais importante o peso ideal para que Iroh levanta-se sabendo que o mesmo não pararia até estar exausto. Por fim Dria aqueceu seus músculos escolhendo uma pequena serie de levantamento de peso para os braços e pernas, esperando assim ganhar um pouco de resistência sem ter que se cansar muito.

No ginásio, onde muitos cadetes já estavam treinando e Rosa já assumia a frente, Dria espalhava as funções para os seus Pokémons. Léo e Auros começaram na corrida, junto de Natsume. Por ser um bípede no momento, não se sabia se isso havia afetado os movimentos de corrida ou não, mas o Pokémon continuou. Auros era o mais rápido no momento e assumia a dianteira da pista de corrida, alcançado a cadete que corria com o seu felino e a passando. A felina dela não gostou muito da cena e apressou os passos e conseguiu ficar lado a lado do gato de Dria, como uma espécie de rivalidade.

Enquanto isso, Iroh já ficava na máquina de pesos, onde a recruta regulou para que o Pokémon recebesse o peso que queria. O Pokémon alfinete venenoso era exigente e assim começava a exigir mais e mais. Dria atendia o pedido e assim Iroh parecia estar carregando mais do que suportava. O poison fazia um esforço e seguia no treinamento. Na piscina, Vaporeon sumia. Sabia que a Pokémon estava ali apenas pelo mover das águas e assim Dria sorria para as habilidades surpreendentes de sua water. A cadete resolvia ir até as máquinas e após um alongamento bem feito, ela pegava alguns pesos nas pernas na mexa flexora sentada, assim estava escrito no papel ao lado do aparelho, com instruções de uso.

Lírio colocava alguns pesos em Rosa, que já levantava voo para poder passar pelos aros como obstáculos. Lola e Umi pareciam não querer muito treinamento, apesar da fairy incentivar entre gritos o treinamento da voadora. A cada série de Dria, ela sentia os músculos de detrás da coxa incharem e saltarem. Léo e Natsume dividiam quase o mesmo espaço na corrida, não aparentavam cansados, enquanto muito mais a frente, Auros e a felina da outra cadete tentavam competir na corrida ainda. Iroh descansava pouco, o que fez com que o Pokémon fadigasse mais rápido. Lírio se afastava aos poucos de Dria, combinando algo com suas duas Pokémons, mas Dria não sabia o que era.

Dria observava com curiosidade a pequena rivalidade criada entre Auros e uma felina, a jovem sorria de forma boba os movimentos de seu Meowth, os mesmos olhos ficaram temerosa ao ver que Lirio aprontava alguma coisa, porem a Cadete mais do que ninguém conhecia a verdadeira natureza do aprendiz e não podia nega-la a ele.

Sentindo cada pedaço de sua coxa trabalhar, mesmo assim a garota tomaria cuidado para não ficar inutilizável no próximo dia, muito embora as cabines do trem tivessem camas estas não eram melhores das oferecidas no Dormitório.

Vendo o cansaço do pokemon venenoso Dria se aproximou acariciando o grande pescoço deste enquanto falava:

- Hei Grandão que tal você nadar um pouco?! Eu posso colocar alguns pesos na suas patas e você pode nadar com isso, vai ser melhor e vai trabalhar bem seus músculos!

Nydon resolvia atender ao pedido de sua oficial. Dria sabia que o esforço excessivo do poison, somado a sua falta de controle com o tempo, resultou em uma fadiga rapidamente. O Pokémon alfinete venenoso começava a deixar o peso de lado, enquanto a cadete colocava em sua pata alguns pesos. Nidorino pulou na piscina e assim começava a nadar com dificuldade, quase sendo submerso. Vaporeon aparecia ajudando o poison e tentando fazer pegar o jeito nos primeiros metros da piscina.

Enquanto isso, a nova Meowth e Auros continuavam competindo. Dessa vez, os Pokémons estavam cansados e assim estavam um do lado do outro, como se estivessem se empurrando enquanto corriam. Léo e Natsume seguiam atrás, observando tudo, enquanto Lírio e suas Pokémons iam para o vestiário masculino, sabe-se lá fazer o quê.

- Seu Pokémon é bem veloz! – comentava a cadete dona da outra Meowth.,

A cadete tinha olhos azuis tão marcantes quanto da recruta. Seu cabelo longo, amarrado, não deixava de ser longo. Usava roupas leves para corrida, mas já estava fadigada. Ela se aproximava de Dria, deixando os outros correndo ao redor do campo. A cadete dava uma olhada ao redor do local, onde os demais cadetes treinavam e assim parecia mais interessada no meowth de Gralfin.

- Que tal um vale tudo contra a minha meowth?! Adianto que ela é bem veloz! – dizia a cadete sorrindo. – A propósito, chamo-me Tatsu. Tatsu Megmasu. – afirmava a oficial para Dria.

Dria sorriu incentivando o pokemon venenoso, porem a garota só ficou aliviada ao ver Andrômeda ajudando o companheiro na piscina, devido a impaciência de Iroh o treinamento puxado poderia fazer mal ao seu corpo, porem a natação na piscina faria com que os músculos do pokemon relaxassem um pouco enquanto este ainda estaria treinando.

Sentindo-se relaxada Dria teria tomado o lugar de Iroh na maquina de levantar pesos se a disputa de Auros e a Meowth não tivesse lhe chamado a atenção, sorrindo para a pequena cena, as palavras da dona da felina fizeram com que a jovem sorrisse de forma educada, estendendo a mão para um cumprimento Dria respondeu:

- Dria Galfin! Bom os dois já estão um pouco cansados mas acho que gostariam da ideia!

Os olhos azuis da Cadete correram o campo de treinamento ainda desconfiada do que Lírio estava aprontando e agora mais ainda com a pequena disputa que se acirrava mais do que o esperado.

Embora os felinos estivessem se conhecido a pouco tempo e não fosse bem da natureza de Auros ficar de rincha com outro felino, a recruta aceitava o pedido de treino. Aparentemente, Auros tinha uma nova batalha a se seguir e por isso ao ouvir a conversa, aproximava-se de sua mestra. A felina fazia o mesmo, ficando ao lado de Tatsu.

- Só será mesmo um treinamento, certo, Lina. – dizia para a gatuna, revelando o nome da mesma.

A dupla de cadetes ia para o campo liso de madeira. Ali, Dria ficava de um lado e Tatsu do outro. Lírio havia sumido e no momento a cadete só via os gatos com as patas no chão e suas caudas erguidas, mexendo-as de um lado para o outro. Andrômeda continuava ajudando Iroh no treino da piscina. A dificuldade do poison era notória, mas Dria sabia que pelo menos ali ele não se esforçaria tanto quanto no aparelho e, além do mais, Vaporeon ajudaria. Léo e Natsume continuavam a corrida, levando mais na brincadeira. O leão conseguia pegar o fire diversas vezes e o Pokémon raposo fazia o suficiente para pegar o seu parceiro.

- Vamos lá, Lina. Taunt e em seguida movimento evasiva com Double Team.

Conhecendo Auros melhor do que ninguém Dria sabia que o pequeno treinamento alegraria o pokemon, principalmente se saíssem vitoriosos, o que fazia com que a Cadete desse o seu melhor.

Uma leve olhada a sua volta deixou Dria despreocupada com a situação de seus companheiros, respirando fundo a jovem se concentrou no treino a sua frente, seu semblante sério deixava claro que não pegaria leve:

- Auros Protect! Recue e use o Screech na maior área possível!

Comandava a Cadete esperando que o miado do felino acabasse com algumas copias ou simplesmente diminui-se um pouco o Status da Meowth adversaria.

Com todos os treinamentos ainda continuando, os cadetes que treinavam dividiam a sua atenção com a batalha, enquanto continuavam malhando. Natsume e Léo pareciam que estava mais brincando do que treinando, o que acarretou certa despreocupação no treinamento. Andrômeda continuava ao lado de Iroh, procurando estabilizar o impaciente Pokémon na água, enquanto Rosa rodava os aros no céu, continuando o seu treinamento.

Com as ordens dadas no campo liso, os primeiros movimentos começavam. Auros era envolto em um escudo azulado, que parecia impedir qualquer ataque de passar por ele. Lina provocava o felino, mas devido Protect, Taunt não fazia efeito no Pokémon de Dria. Aquele começo de batalha deixava as coisas bem interessantes. Tatsu sorria dos movimentos e assim apenas esperava o desenrolar da batalha. Várias gatunas preenchiam o campo. Todas iguais, Auros não sabia qual era a verdadeira, mas nem se importava com isso.

Em um grito agudo, o som chamava a atenção de todos. Auros espalhava em campo várias ondas sonoras, que dava a impressão que tremia tudo. Os clones se desfaziam, enquanto a original era revelada com as patas em seus ouvidos. Parecia que o começado da rodada, embora não desse dano em nenhum, parecia dá vantagem para Gralfin.

- Muito boa a sua visão de campo e batalha! – comentava a rival...

As primeiras ordens foram seguidas com rapidez, em ambos os casos os felinos não sairão com ferimentos embora a leve vantagem talvez fosse de Dria, já que a diminuição de Status poderia ser um bom sinal, embora a própria Dria não deixasse que isso lhe subisse a cabeça.

Sabendo que a vantagem de status naquela batalha era apenas um detalhe a ser considerado, e que rapidamente poderia ser revertida Dria sorriu sobre o pequeno elogio de Tatsu:

- Tenho que compensar o tempo em que ele ficou parado!

Dizia a Cadete olhando paras as cicatrizes do felino, sem perder mais tempo Dria dava novas ordens começando a agir um pouco mais ofensivamente:

- Auros Double Team! Espalhe bem as copias e use Bubble Beam para atacar! Fique atento garoto!