[Ficha] - Caine Kendrick

Spoiler:

Caine nasceu e cresceu em Grung City. Sempre adorou a cidade, com sua natureza estimulada pelos habitantes e com sua organização caótica. Apesar dos Pokémon, desde que ele sabia, eram bastante agressivos e até mesmo temiam humano, em Grung aquela situação era um pouco mais amena. E ele também tinha mais talento com os Pokémon de forma que sempre fora capaz de brincar com eles, desde pequeno.

Conforme cresceu, mais um moleque com a intenção de entrar no mundo Pokémon, com sua empolgação freada apenas pelas histórias ouvidas regularmente quando criança, ele “voava” entre os prédios da cidade, sem medo, correndo pelas pontes altas e estreitas e indo para onde queria em seu tempo livre.
Tudo havia começado na escola. Durante a manhã, aprendia tudo o básico, além de tudo que podiam ensinar sobre Pokémon. À tarde saía com seus amigos para explorar a cidade, voltando para casa à hora determinada pela lei da cidade. No entanto, ele sempre ia além, ficando sozinho nas ruas e indo aos lugares mais inóspitos daquele aglomerado de prédios.

Todas as cidades tem um lado feio, um lugar para onde todo o esgoto e podridão vão, onde as coisas ruins se encontram e se acumulam. E foi transitando na cidade além do tempo permitido que seus olhos foram completamente abertos, de um só vez e com força, de forma que pudesse ver toda a maldade do mundo. Infelizmente, ele não foi o principal atingido.
Certa noite, quando tinha 15 anos, ele voltou a parte baixa da cidade, para explorar um pouco mais. Por precaução, acabou trazendo uma faca junto de si, cortesia do pequeno arsenal de armas brancas que seu pai possuía.

Correndo e escalando a esmo através dos prédios, ele acabou achando uma espécie de armazém na sombra de um prédio abandonado, uma das poucas construções que não estavam diretamente ligadas à estrutura principal da cidade. As luzes estavam acesas, então decidiu entrar através de um espaço onde outrora havia existido um vidro.

Acabou aterrissando em um segundo andar que, na verdade, apenas ocupava uma formação quadrada com uma escada de cada lado, com um grande buraco no meio, possibilitando uma visão completa da parte de baixo.

Como não viu ninguém, agarrou sua faca e desceu pela escada mais próxima, à direita de onde havia entrado. Logo que terminou de descer a escada, encontrou uma porta grossa de ferro e, apesar de ser improvável, julgou ter ouvido ruídos do lado de dentro. Tentou a maçaneta, mas estava trancada. Com um pé de cabra que estava próximo, foi capaz de forçar lentamente a maçaneta, arrebentando-a.

Era só o começo daquela noite mas ele não estava preparado para o que veria. Ao entrar na sala, sentiu um irrefreável cheiro de podridão e esgoto. No teto, ganchos perduravam grandes e pesados sacos brancos. A maioria se mexia incontrolavelmente e gemia com desespero. Ao ligar a luz, sua mente começou a entrar em choque. Viu os rostos das pessoas. Homens, mulheres e crianças. A maioria não tinha olhos, ou orelhas, a alguns faltava até mesmo o nariz. E, na mesma proporção, outros não tinham pernas e a outros faltavam braços. Aqueles que gemiam com mais força havia sido arrancado apenas uma mão ou um pé.

“Mas que merda é essa!?”, ele pensou, correndo para fora e encostando a porta com cuidado. Ele não entendia aquele nível de crueldade, pois nunca havia nem ouvido falar daquele tipo de coisa.

Decidiu deixar aquelas pessoas para depois. Mesmo se os soltasse não poderiam andar apropriadamente, e seria um grande problema se as pessoas que havia feito aquilo estivem ali. Assim, prosseguiu, mas não sem levar o pé de cabra junto de si.
Logo que cruzou o armazém, começou a ouvir uma espécie de mantra, em palavras que não entendia. Outra porta do mesmo tipo estava a sua frente, mas, dessa vez, estava entreaberta. E então espiou. Um homem estava vestido em uma capa vermelha, cheia de detalhes dourados, com uma grande giratina desenhada nas costas.

À sua frente, três plataformas estavam posicionadas e, sobre elas, três Pokémon, um em cada. Da mais à esquerda escorria sangue, que pingava lentamente no chão. Era um Abra, morto. Nas outras duas, ainda vivo, havia um Spheal e na outra, um Pichu. Ambos estavam completamente aterrorizados.

Caine sentia o ódio crescente dentro de si, uma raiva que nunca havia sentido antes, queimando sua alma. De repente, o homem parou de entoar aquele mantra, e levantou uma faca ornamentada sobre o Spheal, pronto para empalá-lo.

- NÃOOOO!! – Caine gritou, abrindo a porta com o corpo e lançando o pé de cabra no homem, que foi rápido o suficiente para se esquivar.

E não parou para pensar duas vezes e avançou contra o homem, sem nem ao menos pensar que não poderia ser páreo. Com sua faca ele tentou acertar o homem no abdômen, sendo evitado com um pulo para o lado.

- Quem ousa interromper um arauto da volta dos deuses? – o homem falou com raiva.

Caine não se importou e avançou novamente, aproveitando que sua estatura e força era semelhante a de seu inimigo. Pegando o pé de cabra, o homem o acertou com uma estocada no estômago, antes que pudesse atingi-lo com a faca. Nunca tendo sentido dor antes, o jovem caiu no chão, ofegante.

A ver o homem avançar, com sua arma no alto, deu um grande impulso para frente, atravessando sua panturrilha com a faca. Aproveitando o grito de dor do homem, o empurrou para o chão, pois precisava de tempo para soltar os Pokémon. A trancas eram simples, nada estava chaveado, mas apenas os pinos já era o suficiente para prender criaturas tão pequenas. Rapidamente conseguiu soltá-los, mas ambos estavam muito fracos e paralisados de medo, então não puderam se mexer.

Nesse meio tempo, o homem está novamente em pé, gemendo de dor. Mas avançou. Caine, como uma raiva que jamais acabaria, avançou com sua vida em jogo, atacando com sua faca. Mas o homem era mais experiente, batendo em sua mão com o pé de cabra e quebrando alguns de seus dedos. Aproveitando, o acertou na cabeça, mas, felizmente, com a parte sem ponta.

Tonto e sangrando, ele ouviu:

- Seja uma oferenda a giratina!

E então veio um clarão amarelo e ele recuperou parte da consciência. O Pichu estava em pé sobre o tablado e estava dando o choque do trovão mais raivoso que o jovem já vira.

Temendo ficar inconsciente de vez, ele lutou para se levantar e pegou sua faca com a mão esquerda, avançando e esfaqueando o homem cinco vezes seguidas. E então apagou, entrando no mundo inquieto dos sonhos.

Se acordou com o sol entrando pelas janelas. Seu corpo inteiro doía muito, sua cabeça latejava com uma força que jamais pensou ser possível. Sua mão direita estava inchada, a esquerda coberta com sangue. Quando tentou se levantar, o chão o segurou. O sangue do homem havia escorrido ao redor dele, colando-o levemente ao chão.

Forçou-se a acordar completamente, pois poderia estar em perigo. O Shpheal estava imóvel, ainda sobre o tablado. O Pichu havia não podia ser visto em lugar nenhum. Mexeu no Pokémon aquático, mas o mesmo estava completamente gelado e duro; morrera de medo.

Com a faca na mão esquerda foi até a sala onde havia encontrado as pessoas, tirou duas delas do teto e os ajudou a se libertarem. Não é preciso dizer quantos agradecimentos ouviu.

- Agora é com vocês. – falou, cansado, largando a faca no chão. E foi embora.

Foi uma longa viagem. Felizmente conhecia os atalhos onde a polícia não o incomodaria por causa dos ferimentos. Afastou sua mãe em prantos e ignorou as perguntas de seu pai, deixando que sua expressão respondesse o que pudesse. Indo direto ao banheiro, se limpou de todo o sangue. E então foi para sua cama e chorou como nunca havia feito antes.

Levou uma semana para que pudesse compreender o que havia acontecido e o porquê. Agora Caine sabia o que deveria fazer, e sabia como.

- Isso tem que acabar. Toda essa loucura, essa crueldade. Eu vou dar a minha vida para que isso acabe, de uma vez por todas.

Primeiro, precisava aprender a ser melhor que qualquer um e, por isso, percorreu o mundo, conhecendo todos os Pokémon e todas suas peculiaridades. Aprendeu como os treinar e como torna-los mais fortes do que nunca haviam sido. E também descobriu o que deveria fazer.

Assim, decidiu começar por baixo, exterminando todas as organizações que tivessem como objetivo o sacrifício de Pokémon e a todos aqueles que os ferissem sem um bom motivo. Assim sendo, seus alvos primários eram a seita de giratina e os gladiadores.

No futuro, tinha a intenção de recriar aquele mundo pacífico que outrora existira, com uma força que não tinha antes. Começaria criando um santuário para os Pokémon, defendido por Pokémon tão forte que nenhum outro ser humano poderia ter a esperança de conseguir combatê-los. Mas, para isso, era necessário dinheiro, influência e poder. Assim, seria obrigado a iniciar sua longa jornada em busca da paz como um cadete.

Agora vai em direção à Nyender City, pronto para se tornar um cadete, pronto para que sua verdadeira jornada se inicie.

Itens:

• 3 Pokébolas
  

Itens PEVOAK:


Itens Medicinais:

• 1 Potion
  

Berries:


TMs:

• TMX Move - Usada pela última vez em x/x/x
  

Outros:

• 1 Cantil
  
• 1 Saco de dormir
  
• 12 fósforos
  
• 1 caneta azul
  
• 1 Bloco de Notas
  
• 1 Celular
  
• 1 Algema
  
• 1 uniforme cadete
  
• 1 Lupa
  

Dinheiro: Pk$200

Registros:

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