Depois da tempestade...

Ao serem finalmente atendidos, a confusão começava. Eram muitos itens que estavam sendo mandados e despachados para os diversos lugares de Shinki. A ruiva adiantava-se no processo e a já cansada atendente tinha dificuldades para acompanhar. O pai do procurado se mantinha distante, apenas observando. Toda aquela sincronia de dá ordens para despachar os pertences só reforçava a teoria que os armagedons eram namorados, mas na verdade, só conheciam o ritmo um do outro pelo longo período juntos.

No fim, a atendente suspirava esgotada. Era possível ver seus olhos rodopiando de tanta confusão que fez, mas no fim, pela fiscalização de Nancy e paciência de Kyoichi que repetiu os comandos devagar, todos os itens foram embalados, encaixotados e carimbados. O próximo trem se encarregaria de levar os pertences dos arruaceiros. Agora estavam livres e embora Kyoichi mandavam mensagem para exilada, o grupo começava a sair da estação.

Fora da estação, a noite parecia atingir a cidade (que mesmo pela manhã era escura). Estava frio. Shinki passava pelo fim do inverno ainda. A névoa cobria a parte baixa da cidade e de longe a trupe de foragidos pareciam encarar a parte branca que se movia tentando engoli-los. De certo ponto de vista, era assustador, mas logo Nancy assumia o caminho, como se não se preocupasse com nada, a não ser um bom colchão para dormir (e Muffin, claro).

O pai do arruaceiro caminhava do lado dele com a cabeça bem baixa. Ele estava pensativo o tempo todo. Sua feição era de cansaço. Pelo relato, o velho homem demorou para se reencontrar com o seu filho e agora ele teria muito para falar com ele. Muitas perguntas também. Nancy caminhava mais apressadamente e não demorou muito para que eles chegassem de frente do Kazumi. As luzes acesas estavam convidando o grupo para entrar e se aquecer com alguma refeição. Mas o homem parava, como se quisesse ficar no frio. A névoa avançava mais.

- Nancy, será que eu posso conversar em particular com meu filho. Acho que temos muito o que falar. – o homem pedia a permissão para a ruiva, de modo educando e com um sorriso forçado, que só indicava que o homem tinha muitas perguntas.

- De boas. Mas eu já vou entrando. Se eu tiver morta no banho, batam na porta para me acorda. – Nancy bocejava e entrava no hotel. Agora os dois estavam na rua Lapras, uma rua enorme de mão dupla. Não tinha ninguém naquela cidade estilo feudal e a névoa parecia avançar, querendo envolve-los. Nada que preocupasse o mais velho.

A noite fantasmagórica de Erobring parecia ser o palco para o verdadeiro reencontro. Kyoichi ainda não tinha muita intimidade para com seu pai, mas com o tempo talvez poderiam criar alguns laços. O mais velho parecia com uma expressão mais preocupada do que antes. Parecia que a alegria do reencontro havia sido substituída por uma expressão não tão animado. A luz do hotel iluminava as ruas, assim como alguns postes, embora mesmo assim a névoa só revelava partes mais claras e tudo o que se via ao redor era uma brancura quase sem fim.

O homem caminhava um pouco, distanciando-se do hotel (embora a névoa não deixava saber o que era hotel ou rua mais). O pai do armagedon olhava para baixo, bem pensativo. Parecia ter mais perguntas a fazer. Foram longos anos separados.

- Filho, eu estou muito preocupado contigo... o caminho que tomou... Achei que fosse se tornar um gladiador, mas você está sendo procurado por toda Shinki... Sei que não fui o melhor exemplo para você, mas o tempo me mudou e eu sei, por experiência de vida, que esse seu caminho é sem volta se você continuar...

As palavras do pai eram sábias e tentava transmitir certa segurança para o arruaceiro. Nesse momento, eles não viam, mas estavam ainda em uma calçada, embora a noite insistia em dificultar o avançar dos dois.

- Peço-te agora, filho...- com uma mão no ombro de Kyoichi, o jovem sentia o peso e o tremor da mão de seu progenitor – Desista e venha comigo... Podemos sair da cidade, tenho ainda alguns amigos que nos ajudariam a ficar longe dessas confusões... Venha comigo!

O pedido era quase uma súplica. Seus olhos tremiam e lacrimejavam perante o jovem que tinha um pedido inusitado para seguir. Infelizmente, a vida de Kyoichi era perigosa e com certeza tinha lógica a preocupação de seu pai...

O clima ficava tenso na rua coberta por névoa. A relação de pai e filho ficava cada vez mais estreita, ao passo em que as ideologias se divergiam. Kyoichi se sentia extremamente ameaçado ao pensar em deixar Nancy e a gangue. Começava a duvidar do seu velho pai, embora sentisse falta dele. Perdeu quando era ainda muito jovem e não fazia sentido nada que o mais velho dizia. O homem, com olhar preocupado e cabisbaixo, sentia uma dor em seu peito. O ex-doutor parecia angustiado. Tinha feito o possível para achar o filho e salvá-lo, mas agora Komuro era um homem e não mais uma criança.

O pai dava um passo para trás. Ele olhava aquele homem de cabelos negros em sua frente e tentava buscar traços ainda da criança que deixou para trás. Se sentia culpado por diversas coisas, desde a violência que praticava contra sua esposa até os traumas causados no garoto. Era um médico, e como tal, sabia que as questões de criação interferiam no caráter e pensamento das pessoas.

- Kyoichi... Não havia uma noite sequer que eu não pensasse em você. Eu sonhei com esse dia... Idealizei palavras, mas quando chega esse momento tudo some... Por favor, escute-me... Eu estive na delegacia e sei que Cornélios Darbas é o novo comandante dos cadetes. Este homem é perverso e não vai ter Pokémon, gangue ou Nancy que irá te proteger deste homem.

O homem se exaltava um pouco. Estava preocupado, mas quando percebeu que havia elevado a voz, ele parou. Ficou parado enquanto um silêncio cortava os dois ali naquele sabe-lá-onde-estavam. A névoa cobria os dois. O frio parecia cobrir a dupla.

- Olhe para você, filho... Vejo o cansaço nesses seus olhos...

O homem analisava bem. Kyoichi passou por uns “bons momentos” para tentar cooperar com Katarina e aquilo se refletia em seu semblante. Só um pai ou/e alguém com olhar clínico para poder perceber algo assim...

Kyoichi era envolvido por lembranças que iam e vinham. O moreno pensava em todos que já o ajudou e que poderia desapontar ao tomar aquela decisão de fugir. No entanto, o pai não estava errado. O mais velho se preocupava com o arruaceiro e de tamanha preocupação surgia a mente de um pai coruja. Proteger a prole. Quase um extinto animal.

- Filho... Cornélios nem se compara com Angélica Thompson. Thompson ainda tem certo caráter... Cornélios é sujo...

A voz do pai transmitia o medo também. Emoções tão negativas fluíam naquele beco coberto por névoa. Seria mais difícil agora encontrar o Kazumi se fosse o caso. A mente de Kyoichi começava a se dividir, embora no fim ele estivesse disposto a não voltar a atrás.

- Filho, você não pode ajudar ninguém se estiver morto...

As palavras do mais velho ia diminuindo e caindo, ao passo de que a preocupação dele emergia. Ele via o estado do garoto, cansado, fazendo trabalhos ilícitos para reconquistar seus Pokémons, enquanto ainda tinha que defender a integridade dos Armagedons. Erobring nunca trouxe tanta alegria e preocupação para o jovem como naquele momento.

- Por favor. – o homem se ajoelhava ao chão, onde Kyoichi estava pensativo – Podemos reconstruir uma nova vida. Não tenho dinheiro, mas tenho amigos e conhecidos em Twister que poderiam nos esconder e mascarar, talvez melhor do que sua gangue... Logo Armagedons e Apocalipses caíram, filho... E restará apenas Cornélios no meio de tanta matança que ocorrerá... Sem julgamento...

O mais velho parecia convicto sobre o fim das gangues. Cornélios parecia ser tratado como o ditador que colocaria o fim nas revoltas e Shinki parecia clamar por um fim. Kalled sob o domínio armagedon. Mengun em guerra. Como agir nesse meio agora?

As lágrimas corriam na face do jovem Komuro, enquanto esse abraçava seu pai. O mais velho tremeu, tentou segurar o choro, como sempre fazia quando dava uma notícia ruim aos seus pacientes, mas logo as lágrimas também rolavam em sua face. A fala de Kyoichi foi dura e direta. Seu pai era um peso para si. Não poderia continuar desse jeito.

- Kyo...

A voz do mais velho era falha. Eles se levantavam. A última fala do armagedon era clara. Ryosuke não tinha para onde ir, mas conseguiria proteção com seu filho.

- Parece que eu estraguei tudo, não é? Talvez se eu tivesse mais presente... Se eu tivesse consertado os erros do passado, você não passaria por isso. Você está magro, cansado e eu também... Melhor irmos deitar...

O homem tentava controlar si, secando de forma ineficiente as lagrimas do seu rosto com a manga branca de sua camisa. Ele andava um pouco atrás de seu filho, enquanto estendia o braço.

- Deixe que eu levo para você, filho. – dizia estendendo a mão para a bolsa repleta de itens e moderadamente pesada. Seu último confronto ainda pesava em seu corpo. Os olhos do mais velho queriam ajudar, mas, a cima de tudo, queria seu filho de volta.

Embora o cansaço de Kyoichi fosse nítido, ele estava disposto a colocar todo aquele peso em seu pai. Ele se sentia culpado, mais do que seu pai e mesmo diante de estilos de vida tão diferentes, os dois sabiam que não poderiam ficar juntos por mais tempo. O mais velho temia o futuro do mais novo. Questionava que o fim de um armagedon era a morte. E de certo ponto, a morte seguia atrás de todos os gangsteres. Já o arruaceiro, ele sabia que já estava em um caminho sem volta e dependia de muitas coisas (inclusive, de Katarina).

- Filho, pelo visto, você não me quer por perto. Deixe eu apenas facilitar alguma coisa em sua vida. Não mereço, mas eu te peço, deixe-me te ajudar, mesmo nessa coisa simples.

A cara do pai era de medo da resposta de Kyoichi. Ele não tinha autoridade sobre o filho, que se perdeu a muito tempo. Ele era mais um conhecido do que um pai de verdade. Ele não queria aquela vida para o armagedon. Mas o que ele poderia fazer?

Kyoichi tentava ser o mais específico com seu pai. Talvez não entenderia o caminho que o armagedon tomou, mas pelo menos o mais velho iria ter que se manter o mais longe do perigo, afinal, a vida que eles estavam tomando era perigosa. Diante de tudo isso, o armagedon colocava a sua mão no ombro do pai. Tentava convencê-lo de ficar o mais longe possível do que estava acontecendo. A névoa cobria tudo. Se eles não estivessem perto o suficiente, com certeza teriam dificuldade para poder entender que era o seu pai. Apenas a voz parecia confirmar que Ryosuke estava ali. Até o momento.

- “Não precisa me ajudar com isso.” – a voz era diferente, de chacota e queria apenas tirar deboche de Kyoichi. Aquilo deu um susto, ainda mais quando a imagem do seu velho pai era substituída por um homem magro e alto, cabelos bem curtos e crespos. Um sorriso de malandro na cara parecia sua marca registrada. Beheeyem ao lado parecia ser o autor das memórias revividas de Kyoichi. O Pokémon flutuava muito próximo do homem e tinha algumas luzes piscando em sua mão.

- De fato eu achei mesmo que seu amor pelo seu papai iria facilitar as coisas. Mas parece ser tão teimoso como ele foi, não é? Mas vou te dá uma chance. Passe tudo de valor e não te ferirei, ok? – a voz era calma, malandra e nem parecia que um ladrão que estava falando ali. Talvez as lembranças de Kyoichi e sua vontade de ter um pai fosse uma fraqueza para o armagedon...

O choque de realidade na mente de Kyoichi parecia aparecer como nunca. O ex-gladiador olhava para o homem nunca antes visto e percebia que nesse tempo todo não era o sonho que o rapaz teve, mas uma destruição do sonho. Ele olhava para o homem e para o Psychic ao lado dele e compreendia a habilidade do Pokémon de entrar na mente e criar ilusões para Kyoichi. Todas as informações foram arrancadas da mente do rapaz sem nem ao menos ele saber dizer alguma coisa.

- Hahahaha. Por favor, né? Você realmente achou que seu papai iria voltar por você? Nunca... Deve tá com outra, com outro filho, muito menos problemático que você...

Aquilo parecia cutucar uma ferida aberta no coração de Komuro. Zoe no ar, já gritava histericamente diante da rua coberta de névoa que era comum nas noites de Erobring. A ave ia em direção ao ladrão, com suas garras mirando o pescoço do jovem, quando Protect envolvia tanto Beheeyem quanto o ladrão e se expandia, fazendo com que Zoe parasse de seguir ao ataque e se distanciasse para longe do ladrão e perto de Kyoichi.

- Você quer do jeito difícil, não é? Então que assim seja. Fross, prepare o campo.

Uma nova esfera era lançada, enquanto Froslass surgia. A Pokémon dama do gelo brilhava de forma azulada e assim a névoa se intensificava, surgindo também o granizo. Hail era um movimento propício para um tipo gelo...

A mente de Kyoichi estava bagunçada devido o último episódio que era com seu pai. A mente do ex-gladiador sonhava com um encontro daquele, só que verdadeiro e não falso. O olhar do moreno caia sobre o foco na batalha. O ladrão sorria, com o psychic do seu lado, pronto para qualquer coisa que possa acontecer e assim defender seu senhor. Zoe gritava em campo. Não que a histérica Pokémon fosse quieta, mas agora com o armagedon liberando, a ave metálica gritava ainda mais alto e mais alto assim ela tentava afugentar seu inimigo com os gritos, o que não acontecia.

- Se quer assim... Falaremos da batalha. Fross, vamos misturar algumas coisas em campo, não? Queime e use Double team também.

O granizo continuava. O Pokémon do inimigo estava focado e por sua vez era bem mais rápido do que Zoe. Chamas formavam ao lado da fantasma, que no meio daquela névoa era mais transparente do que mais sólido. Parecia realmente um fantasma escondido no meio da névoa. Chamas azuladas eram lançadas contra a ave metálica, causando uma vortex de fogo ao redor de Zoe e, ao desaparecer, parecia que Zoe estava envolta de um manto vermelho. Estava queimada

A Ave não deixava isso abalá-la. Em velocidade, ela compensava distribuindo várias rochas pelo campo, invocadas a partir de um brilho branco que permeava o seu corpo. Não parecia ser um momento muito bom caso o ladrão quisesse trocar de Pokémon. Froslass se distribuía em campo. Logo, várias fantasmas pareciam assombrar no meio da neve, como várias mulheres espalhadas no meio da neve e do granizo. Zoe fazia o mesmo, mas não tinha o mesmo efeito que Froslass. A Pokémon lady gelada parecia verdadeiramente fantasmas de um grupo de gueixas perdidas na neve.

- Agora Zoe, varra todos de uma vez com Blizzard e depois use Thunder Wave.

O ataque de Froslass persistia no meio do campo. O calor de Zoe deferia danos no Pokémon de Kyoichi e o fazia perder força no ataque. Enquanto isso, a nevasca permanecia em campo.

Embora toda a raiva de Kyoichi estivesse direcionada para aquela batalha, o rapaz não deixava aquilo transparecer. O bandido que lhe engava, parecia satisfeito com o que tinha feito, mas só se sentiria totalmente realizado depois do roubo recém-concluído. Froslass mantinha-se meia ofuscada diante da neblina. Sua habilidade estava ativada ainda. Mesmo gritando, Zoe planava perto de Kyoichi e assim o armagedon respingava um remédio para a ave, para que ela pudesse ser curada da queimadura, mas não era por isso que Froslass iria deter seu ataque.

Blizzard surgia com força naquele momento. O golpe atingia Zoe em cheio, lançando a ave para trás, assim como Kyoichi, que estava perto da ave por ter usado o remédio nela. O ex-gladiador sentia o frio no seu corpo e próximo de seus braços, parecia que estava mais congelado ainda. Zoe, de forma desengonçada, batia suas asas e levantava voo. Seu corpo brilhava. Todas as aves ao redor tinham desaparecido. Suas cópias eram varridas diante do Blizzard. Zoe voava com seu corpo e atingia apenas uma cópia de Froslass, reduzindo apenas o número.

Enquanto a ave tomava altitude para visualizar melhor (embora tudo fosse névoa) Froslass usava um novo ataque. Ondas amareladas envolviam o corpo da ave metálica, reduzindo ainda mais sua velocidade. Zoe mergulhava e entrava em encontro com mais uma cópia. O ladrão ria.

- Essa ave é mais cega do que você com seu pai!

Ainda perturbado pelo mal desempenho de sua Pokémon, o armagedon não teve outra opção, senão retornar Zoe para a Pokébola e chamar Morgana em campo, a fim de equilibrar aquela batalha. A psychic surgia com novos movimentos aprendidos para aquilo. As cópias de Froslass sorriam para a Kirlia que tinha algumas olheiras, o que tirava a graciosidade de sua espécime, aquilo parecia causar um pouco de raiva na bruxinha de  Kyoichi.

A fala final foi o suficiente para Kirlia saber que poderia fazer o que bem quiser para poder ganhar aquilo. Seu corpo brilhava de forma azulada e logo a névoa envolvia Kirlia. Ela estava agora mais translúcida e era possível até ver através da Pokémon. Trace copiava a habilidade da fantasma e agora a evasiva de Kirlia estava acima da média. Froslass sorria, encarando como um desafio.

- Trocou? Estava gostando tanto da surra que tava dando na sua galinha cega... Mas que seja, darei uma surra nessa ai também. Froslass, Thunder Wave e em seguida Will-of-Wisp.

Uma nova batalha começava. Froslass estava disposta a exibir sua velocidade perante Kirlia. Várias ondas amareladas ecoavam de cada clone, atingindo Kirlia em cheio, reduzindo ainda mais a velocidade da Pokémon. Mesmo assim, Morgana resistia firme. Ela fechava seus olhos e logo distribuía em várias novas cópias de si. Estava mais equilibrada em jogo.

Froslass não se deixava intimidar. Ela observava cada cópia e em seguida usava suas chamas roxas para contra-atacar uma cópia que ela pensava ser a verdadeira. Ledo engano! A cópia sumia assim que entrava em contato com Will-of-Wisp e assim Morgana surgia logo atrás lançando Shadow Ball em Froslass, causando dano elevado. Era o primeiro movimento, porém, Kirlia estava ainda sobre efeito da paralisia. As cópias de Froslass sumiam. Hail continuava.

- Então você quer brincar? Brincaremos. Froslass, varra tudo com Blizzard e em seguida use Toxic.

Off: Tenho ordens para que essa batalha seja difícil ^^
Personalidade de Elekid adicionada

A troca era feita em momento propício. Kirlia tinha habilidade similar de Froslass. Tinha técnicas que deixava próxima da Pokémon ice. A batalha renderia muito. A provocação despertava o oponente, que entre névoa e Pokémons, observava o ex-gladiador.

- Aquela sua galinha de aço é realmente um peso morto para sua equipe... Fez bem trocar, afinal, sabia que ia perder, não é?

Ao lado de Kyoichi, Skarmory voltava em campo. Usava Roost para recuperar sua energia perdida e recebia um novo Full Heal, para poder recuperar sua força. A ave estava quase toda cheia de energia novamente. No extremo do campo, ventania retornava em campo. Blizzard saia cobrindo tudo. Cada clone conseguia ser destruído e até Kirlia original não conseguia evadir do golpe de gelo. Diante do acontecido, Kirlia ficava esperando o segundo golpe de Froslass.

Os olhos de Morgana já brilhavam azulado, mas nada pode deter o golpe de Froslass, uma vez que a paralisia envolvia o corpo da bailarina. Toxic atingia em cheio na Pokémon, que sentia seu corpo vibrando em meio ao veneno que percorria o seu corpo. Skarmory gritava perante a antiga inimiga. Depois de um tempo, era a vez da Psychic, que lançava diversas chamas roxas no corpo de Froslass. A pequena distância favoreceu e assim Froslass se incendiava no meio da névoa.

Off: Fique ligado, que pode acontecer de novo (o( algum outro dia

A troca era feita. A bruxa dançarina desaparecia em um raio avermelhado lançado por Kyoichi, enquanto Zoe saltava por cima de seu mestre e se encontrava entre o armagedon e a fantasma, que continuava translúcida diante do nevoeiro e do granizo que caia. Era perceptível que a condição climática estava mais fraca e isso poderia significar o fim de Hail em campo, consequentemente, o fim das habilidades de Froslass de evasiva. O ladrão não tinha trocado uma única vez e estava satisfeito com seu andar na batalha.

- A galinha voltou com mais raiva? Froslass, vamos prolongar isso mais um pouco. Use Double Team e em seguida Will-of-Wisp.

No meio da névoa, Froslass se dividia em mais damas de gelo, envoltas de um manto avermelhado do Burned. As ilusões eram eficazes e a velocidade da Pokémon ghost era bem maior do que todos os Pokémons que Kyoichi havia usado ali. Mesmo assim, era hora de continuar a batalha. Skarmory voava contra uma cópia, que se desfazia na medida em que usava Iron Head. Froslass se mantinha oculta entre clones e névoa. Aquilo só irritava Zoe, que gritava naquela rua coberta por brancura. Era estranho aquela confusão já não ter chamado civis desavisados ou cadetes...

Froslass erguia suas mãos e logo brincava na neve com várias chamas brilhantes. O fogo atingia Skarmory em cheio, queimando o corpo da ave. Um manto vermelho ficava sobre a armadura de aço da Pokémon, como se tivesse aquecido a muitos graus para poder moldar. Skarmory, no impulso do movimento, lançava seu Toxic. Por alguma sorte, o golpe se espalhava em uma nuvem de fumaça verde, atingindo a verdadeira ave. Froslass estava envenenada e em seguida os clones sumiam junto.

- Ok... Parece que foi um golpe de sorte, esse seu... Froslass, confunda a ave e em seguida use Blizzard de novo.

Os problemas de status começavam. Primeiro Hail caia sobre a ave, causando dano. Dano, este, que não era presente para Kirlia, que havia copiado a habilidade de Froslass. Depois, ambos Pokémons eram envolvidos por chamas, causando danos sérios em seus corpos.  Hail continuava, embora fraco. Toxic corria o corpo da fantasma.