#02 - Vadiando pela cidade

Levantei-me da cama, fui ao banheiro, tomei um copo de café e me vesti, colocava uma blusa leve, uma calça meu cinto com uma adaga e uma Pokébola, meu novo Pokémon, ainda não havia o visto, então, coloquei meu sobretudo e então peguei a Pokébola, lembrei-me daquele cadete lançando a Pokébola para cima, então fiz o mesmo.

A Pokébola se abriu no ar e com um feixe de luz um Pokémon surgiu no chão, ele era bem pequeno, sobre ele tinha algo como uma folha verde, sob ela havia o corpo azul do Pokémon, com seis pequenas perninhas, seus olhos pareciam me encarar, enquanto os meus encaravam seu bico engraçado, era um Pokémon peculiar e eu já havia gostado dele, como ele parecia me estranhar, antes que ele partisse para o ataque igual àquele Meowth.

- Olá. - começava a falar, demonstrava um leve sorriso, mas logo voltava a minha cara séria. - Bem... eu serei o seu novo companheiro, espero que nós nos demos bem.

Ele parecia entender a situação e não se incomodava com isso, na verdade, ele parecia não se importar muito comigo e depois de me encarar olhou ao redor e se começou a andar pelo pequeno lugar em que vivia, pelo visto não iria ajudar muito vê-lo passear por ai, então o retornei e fui para a cidade, estava com pouco dinheiro e seria necessário arranjar um pouco mais.

Indo em direção ao centro percebi que a cidade estava um tanto parada, não via nenhum alvo em potencial, além de que assaltos são mais fáceis em lugares tumultuados, como aquela cidade costumava ser, começava a pensar comigo mesmo o que poderia ser, talvez fosse algum feriado, não sabia a data deles, mas normalmente tem alguma comemoração nas cidades.

Com isso eu não tinha a menor ideia do que havia feito ninguém sair de casa naquele dia, talvez fosse melhor eu dar uma volta, se fosse um feriado talvez eles tivessem ido para algum lugar mais específico e não para o centro. Depois de pensar por um tempo cheguei a duas conclusões, poderia ir para a biblioteca ou procurar por um jornal, assim saberia das notícias.

Como eu não sabia onde se vendia jornais, além de que eles provavelmente estariam além do preço que eu poderia pagar, esperava encontrar algum na rua, então ia na direção da biblioteca, assim poderia saber o que estava ocorrendo de um jeito ou de outro, só faltava a biblioteca também estar fechada.

Do tumulto que havia nas ruas alguns dias atrás, agora só restava algumas poucas almas, que desapareciam cada vez mais, ficando até difícil encontrar alguém pelas ruas ou até mesmo o jornal que procurava, mas, felizmente, ao chegar na biblioteca ela estava aberta, então lá eu poderia conseguir alguma informação sobre o que estava ocorrendo.

Com a placa "Open" a vista, logo abri a porta e entrei na biblioteca, o lugar era bem agradável para mim e estava gostando de passar por lá, então fui a procura do bibliotecário que havia conversado ontem para ver se ele poderia me ajudar a saber o que havia acontecido com a cidade que estava parecendo ser amaldiçoada ou fantasma pelo tão pouco de gente que havia por ela.

O bibliotecário não tinha muitas informações, apenas me falou que foi orientado a ficar em casa e assim disse para eu fazer o mesmo. Porém eu não pretendia fazer conforme ele disse, pensei em ficar na biblioteca para ver o que aconteceria, porém ela já estava indo fechar, então teria que ir para outro lugar.

Todos os lugares também deveriam estar para fechar, mas eu queria saber o que aconteceria ali no centro da cidade para que fosse ordenado que todos permanecessem em casa, pensei que talvez Kiga pudesse me dar maiores informações, assim sai da biblioteca e fiz o mesmo caminho de ontem, seguindo para o restaurante do Kiga.

Ao chegar ao restaurante vi que lá também estava fechado, pensava em procurar por Kiga ali perto, mas um cadete veio me empurrando para que eu fosse para casa, novamente eu teria que fazer algo para conseguir algo de um cadete, então depois que ele parou de gritar comigo falei a ele.

- Desculpe-me, eu me mudei para cá ontem e não sei nada daqui, o que que está acontecendo?

O cadete parecia muito apressado, então provavelmente eu não conseguiria minha resposta, mas ainda não iria desistir tão cedo, eu queria saber o que estava ocorrendo e minha encenação não havia sido ruim para ele desconfiar de mim, então provavelmente ele só me daria outro empurrão para eu ir embora, então já começava a pensar no que fazer se ele seguisse de acordo com meu pensamento.

De forma bem subjetiva o cadete me respondia, tentava pensar o que ele queria dizer com isso, mas não encontrava resposta e logo ele começava a tentar fazer eu sair dali, então consegui bolar o restante de meu pequeno teatro para que pudesse ficar lá por mais tempo, pois pelo que percebi eu logo veria essa limpeza já que o cadete estava impaciente e sempre olhava no relógio.

- Com licença, mas acho que ainda não poderia partir, na verdade acho que estou perdido! - agia como falava, tentando me localizar na cidade olhando ao redor. - Tem jeito de você me ajudar a achar minha casa?

Não tinha a mínima ideia de como aquele cadete iria reagir a mim, eu estava perdido, então não poderia voltar para casa e ele não parecia que iria tentar me ajudar a achar a minha casa e mesmo se tentasse daria um jeito de enrolar mais um pouco, assim poderia ficar lá tempo o suficiente para descobrir mais sobre o que estava acontecendo.

Quando o cadete falou que não iria cair em meu teatro eu levei um pequeno susto, mas tentava não aparentar tal, mas logo em seguida ele falou para eu ir para um hotel e saiu correndo. O hotel chamava Kazumi e logo me lembrei que ele era usado por Gangster para recuperar Pokémons e afins, o que me deixou confuso, será que aquele homem era realmente um cadete? Pensava comigo mesmo, ele também tinha me dado uma senha Datol.

Acabei decidindo ir para onde ele havia falado, então, repetindo a senha em minha cabeça, fui andando na direção do hotel e também me lembrava que eu precisava virar uma rua antes, já que ele falou para eu entrar pelas portas dos fundos. Me perguntava quem seria aquele homem, talvez fosse um gangster que se infiltrou no meio dos cadetes e mais dúvidas surgiam em minha cabeça, me lembrando que até agora não sabia porque não havia ninguém nas ruas, mas não chegando a conclusão alguma apenas continue a repetir mentalmente a senha até chegar aos fundos do hotel.