Pokémon Shinki Adventures RPG
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Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não......

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Mensagem por Moon_fire Qui 02 maio 2013, 13:35

Finalmente havia chegado na rota 2! Ou será que não? As duas rotas eram tão semelhantes que eu não fazia a menor ideia se tinha ou não saído da rota 1. Sem parar de caminhar olhei para os lados em busca de algo que pudesse me ajudar a solucionar essa dúvida. Talvez uma linha no chão com uma plaquinha dizendo "Essa linha divide a Rota 1 da Rota 2". Pouco provável, mas que seria algo interessante de se encontrar realmente seria.

Enquanto caminhava estava me sentindo horrível. Estava coberta de sangue parcialmente coagulado, meu cabelo estava uma verdadeira bagunça e agora carregava mais uma morte em minha consciência. Não tinha tirado nenhuma vida com minhas mãos, mas as duas mortes que presenciei tinham sido causadas por minha presença. Se eu tivesse me entregado logo no inicio Ângela ainda estaria viva e se estivesse na cadeia minha presença não teria atraído aquele rapaz e nem seu carrasco. Um assassino maluco conhecido como Mazaaki e seu "precioso" Nidoran.

Era estranho como a morte sempre me seguia, mas nunca realmente me atingia diretamente atingindo apenas as pessoas que me rodeavam. Primeiro meus pais, depois Ângela e agora aquele rapaz que eu nem ao menos consegui descobrir o nome. "Será algum tipo de maldição que Angélica tinha jogado em mim? Não, isso começou antes mesmo do dia em que fui buscar minha licença e encontrar aquela bruxa." Pensei enquanto caminhava por aquela rota tranquila. Mas como minhas experiências anteriores sempre se iniciavam em local de aparência pacifica e tranquila resolvi me concentrar mais ao meus arredores do que em meus pensamentos.

Continuei caminhando atenta até ao som de uma pequena folha caindo no chão. A cada som, a cada movimento que meus sentidos captavam eu levava um novo susto e pulava como um Meowth fugindo da água. Fui andando assim até que o barulho de galho sobre meus pés me fez dar um novo salto e pensar ser Mazaaki novamente. Nessa hora tive que me dar um tapa. "Chega Lucia, se você continuar assim vai acabar se matando de susto sozinha" Pensei respirando fundo para me acalmar.

Eu estava sendo dramática demais! Era um lugar novo, um novo dia e tinha certeza que coisas boas estavam por vir. Não podia achar que em todos os lugares que visitasse alguém tentaria me matar ou me prender, era ridículo. Com a mente mais calma pensar que a apenas alguns segundos estava imaginando Mazaaki ou algo pior iria pular em mim com garras e unhas pronto para me matar. Nesse momento me sentei um pouco ao lado de uma das muitas árvores que se espalhavam pela rota 1 e 2 e resolvi tirar um momento para me acalmar.

Me concentrei apenas em respirar calmamente e sentir a grama macia em que havia me sentado. Tinha passado por muita coisa em apenas três dias e aquele me parecia ser o melhor lugar para relaxar e talvez até tirar uma soneca com meu amado pokemon. É aquela era uma ótima ideia, pois nos dois precisávamos relaxar um pouco depois de tudo o que aconteceu. Com isso em mente peguei a esfera bicolor em meu bolso e a pressionei levemente, fazendo um feixe de luz escarlate ir em direção ao chão e se transformar no pokemon serpente que conhecia como Snivy.

- Que tal relaxarmos um pouco Sniv..... hey com toda aquela bagunça eu ainda não te dei um nome, né? - Falei enquanto Snivy deitava ao meu lado e simplesmente concordava enquanto aproveitava a gostosa luz do sol que passava pelos galhos e folhas da árvore. Ele não parecia muito interessado em receber um nome, como se já estivesse acostumado a ser chamado simplesmente de Snivy, mas eu tinha a impressão que ele se sentiria mais especial com um então comecei a pensar em um.

"Um nome pro Snivy.... tem que ser algo que represente ele, algo tão especial quanto meu amado pokemon de planta. Mas que nome seria tão bom?! Snake...não, Steve....não. Isso é muito difícil!!" Pensei cobrindo o rosto com as mãos, criatividade para nomes nunca foi o meu lado forte. Snivy apenas observava enquanto queimava os neurônios em busca de um bom nome para ele e já estava quase dormindo quando dei um salto de animação ao finalmente escolher um bom nome.

Era um nome que li em algum dos livros que meus pais tanto insistiam que eu lê-se para me preparar para o "grande teste para me tornar uma cadete". Essa lembrança me fez desejar poder ver meus pais uma ultima vez apenas para ver o que eles diriam sobre o que estava fazendo da minha vida, mas depois de pensar um pouco talvez fosse melhor nunca descobrir o que os dois maiores fãs dos cadetes teriam a dizer para sua filha exilada. - Snivy a parti de agora vou te chamar de Mis! ..... para, para! era só brincadeira! - Nem tive tempo de corrigir a brincadeira que fiz e logo Snivy começou a usar seus chicotes pra me dar vários petelecos na cabeça e puxa vida doíam muito!

- Para Snivy era só brincadeira! Seu nome vai ser Erick, ta bom? Agora para! - Falei protegendo minha cabeça com os braços, pois as chicotadas de Snivy estavam doendo muito e tive a ligeira impressão que ficaria com um "galo" na cabeça. Logo os ataques pararam o que indicava que ele deveria ter gostado do nome, mas quando olhei pra o lado logo percebi que ele não tinha gostado nem um pouco da brincadeira.

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Fazia tempo que não o via tão "emburrado" e mal humorado, acho que não o via assim desde que aquele Cadete o chamou de fêmea ou quando tivemos que fugir da Angélica deixando Ângela para trás. Não era algo em que queria pensar no momento, então decidi me concentrar em algo mais urgente no momento. Encontrar algum lugar para me lavar de todo aquele sangue que agora cobri praticamente todo o meu corpo e roupas.

- Vamos achar um lugar para nos lavar Erick. - Chamei Snivy que apesar de ainda estar com cara de poucos amigos me seguiu ficando alguns passos para trás. Isso me dizia duas coisas: primeiro ele não gostava de ser chamado de fêmea nem de brincadeira e segundo, pelo menos ele ainda gostava de mim, pois mesmo mal humorado ainda me seguia. Era um bom sinal e esperava que depois de um bom banho em algum rio ou lago que tivesse por ai eu conseguisse faze-lo se acalmar um pouco.
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Mensagem por Ayzen Sex 03 maio 2013, 14:35

Off: Estarei assumindo a sua rota; Espero que possamos nos divertir! ^^

Lucia adentrava a rota 2. A jovem exilada não sabia distinguir a rota 1 da rota 2, e não era por menos, eram idênticas e pareciam que eram a mesma rota. Grama pelos campos e uma estrada levando ao sul onde algumas árvores e pedras de todo tamanho compunham um cenário típico de rota inicial.

A jovem estava andando pelos cantos da rota toda coberta de sangue parcialmente coagulado. O encontro da moça na rota 1 não foi nada agradável, tendo que lutar contra um assassino e o seu Nidoran preciso. Mas no fim tinha saído vitoriosa e agora seguia livre de assassino em seu caminho.

A mente da garota a remetia aos fantasmas do passado, que insistiam em atormentar a moça em seus atuais dias. Mas é perceptível como Lucia tinham entrado em encrencas nesses últimos dias, onde foi perseguida por Angélica, causando a morte de Ângela, a cadente que insistiu em ajudá-la a fugir, presenciou morte na rota 1, sendo também caçada por um assassino hábil, porém esse não foi tanto quando a questão foi encontrar Lúcia.

A jovem estava convicta que tinha algum tipo de maldição, possivelmente lançada por Angélica Tompson, mas logo essa ideia deixava a cabeça da jovem, que logo lembrava que as mortes começaram a muito tempo, antes mesmo do seu horrendo encontro com a oficial.

A moça queria esquecer dessas cenas temporariamente, afinal, foram tempos muito difíceis e a sua jornada fugindo de toda Shinki só estava começando. Ela e o seu parceiro de todos os momentos, Snivy.

A jovem percistia em seu caminho, observando o local e logo percebeu que tudo a assustava. Depois de momentos emocionantes ao extremos, era normal Lucia se espantar com o simples cair de folha no chão.

Ela não queria presenciar mais nada, pelo menos não por hoje, já que esses últimos dias foram provas em cima de provas, até mostrar-se capaz de sair correndo do mundo que tanto sofria na anarquia dos cadetes e a sua “ordem”.

A jovem logo se deitava debaixo de uma árvore, uma das muitas ali. A moça só desejava descansar um pouco. Ao deitar, parte do sangue se filtrava nas folhas das gramas e assim começava a manchar o chão.

A jovem logo liberava da sua esfera vermelha e branca o seu Pokémon, Snivy, que se pós a deitar com ela. Eram momentos difíceis e nada como um bom descanso para os dois. Foi ai que a exilada percebeu que não tinha ainda nomeado o seu Pokémon. Apesar de estar acostumada a chama-lo apenas de Snivy, Lucia achava necessário nomeá-lo e assim começava a pensar em nomes.

A moça reconhecia a sua fraqueza em dar nomes aos Pokémons, mas mesmo assim se esforçava ao máximo para isso. Ela logo brinca com Snivy, dando o nome feminino, mas com certeza se arrependeu, já que o Pokémon logo se irritou e começou a chicoteá-la com força.

Lucia se defendia, apesar de ter sido atingida por vários petelecos de vinha, mas logo escolheu o nome e concertou a sua brincadeira: Erik. Esse seria o novo nome do Pokémon Grass. Nomeando o Pokémon e já tudo pronto, a jovem se levanta e começa a andar pela rota, em busca de água para se lavar.

Ao lado dela, Snivy ainda ia andando, emburrado, mas ainda persistia ao lado de sua mestra, mostrando-a que apesar dos pesares, gostava da mesma.

Ao andar um pouco, a jovem começava a ouvir um barulho que vinha do longe. Era baixa, mas ainda era possível escutar e distinguir o que era: era som do mar. Ela pode sentir até o cheiro salgado, trazido pela umidade do ar e até sentir as ondas se chocarem em rochas.

Possivelmente mais à frente daria em uma praia e lá a jovem poderia usar as águas do mar. Embora a rota estivesse cheia de poças d’águas, não era o suficiente para a jovem se lavar. O jeito era prosseguir viajem.

Passo a passo uma aura estranha invadia o local. Parecia que toda aquela cena pastoril com o auxílio calmante do mar tinha se evaporado ali. Até as nuvens brancas começavam a dar espaço a escuridão das nimbus, nuvens carregadas. Parecia que alguma coisa iria acontecer.... Era um presságio? Seria supersticiosa a garota a ponto de deixar de andar naquela rota a pensar que nada iria acontecer.

Snivy começava a se incomodar com o clima emocional que invadia aquela rota. Erik pós a ficar quase que colado aos pés de sua mestra. Olhava atentamente os lados. Eram sintomas de mais uma desgraça na vida de Lucia?


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Mensagem por Moon_fire Dom 05 maio 2013, 13:24

off: eba \o/
off²: meu post é maior que o seu *3*

Como tinha imaginado não encontrei nenhuma linha ou placa indicando o fim da Rota 1, mas depois de tanto andar me convenci que agora estava bem longe da rota 1. Talvez se tivesse sorte Jorvet não estaria muito longe, mas como minha sorte nunca foi das melhores decidi continuar andando e só quando chegasse no vilarejo eu descansaria.

Depois de ver parte do sangue que nem era meu ficar onde eu tinha sentado fiquei feliz, pois se continuasse daquele jeito talvez nem precisasse encontra o lago. Mas quando olhei o mau humor que meu pokemon estava depois da brincadeira decidi continuar procurando, afinal que pokemon de planta não gostaria de um gostoso banho depois de tudo o que passamos?

Caminhamos por um bom tempo vendo apenas árvores, arbustos e umas poças de água tão pequenas que nem molhavam os pés de Snivy, então usa-las para me lavar estava completamente fora de cogitação. Será que estava tendo um tipo de seca por essa rota ou ela simplesmente não tinha nenhum tipo de lago ou rio? Não tinha como saber já que no dia em que resolvi pesquisar sobre essa rota na biblioteca foi o mesmo dia em que me tornei procurada.

O fato de ainda estar completamente coberta por aquela incomoda camada de sangue seco que ia se rachando conforme eu me movia não era o que estava me deixando mais desconfortável. Era o fato de Erick ainda não ter me perdoado por causa da brincadeira, isso sim era incomodo. Aquele silêncio, ele desviar o olhar toda a vez que me virava para ele e ainda ficar a um metro de distância! Será que ele nunca esqueceria aquilo?

- Erick eu já pedi desculpas, quanto tempo você ainda vai ficar assim? – Pergunti parando de andar e me virando para meu pokemon de planta que logo virou sua cara para o lado. Que pokemon mais orgulhoso e chato eu ganhei, se ele era assim agora tinha até medo de imaginar como ele ficaria quando chegasse a sua ultima forma evolutiva.

Olhando para baixo vi uma daquelas pequenas e irritantes poças minúsculas de água. “Porcaria, só servem para fazer lama.....espera um pouco. Lama?!” Pensei logo tendo uma idea que faria Snivy esquecer o que tinha acontecido e talvez até melhorasse um pouco seu humor. Com ele olhando para o outro lado me abaixei e peguei um pouco de lama na minha mão, fiz uma bolinha e logo joguei nele, atingindo ele bem no seu pequeno braço.

Imediatamente ele se virou para mim com uma expressão de espanto no rosto e nesse momento não consegui me conter. Comecei a rir muito da cara dele, pois aquela expressão e ainda com um pouco de lama na cara fazia com que Erick ficasse com um pouco de cara de bobo.

Enquanto ria algo gelado e molhado me atingiu e logo via as duas mãos de Snivy sujas de lama e uma bola de lama agora estava manchando minha já suja camiseta. Nesse momento eu e Snivy trocamos um olhar e logo percebemos que estávamos pensando na mesma coisa e sem o menor aviso começamos uma versão mais suja de uma guerra de bolas de neve. Era muito divertido e estávamos nos divertindo muito com aquela brincadeira, jogando bolas de lama, ás vezes errando, ás vezes acertando o outro em cheio, mas sempre nos divertindo muito.

Estava tudo muito divertido, mas como tudo uma hora tinha que chegar ao fim, nossa brincadeira não foi diferente e logo percebemos que tínhamos cavado um enorme buraco no chão, esgotando completamente nossa “munição”. Nesse momento olhamos um para o outro e estávamos completamente marrons e pingando de tanta lama. Não tinha outra coisa que pudéssemos fazer, então começamos a rir um do outro mais para esquecermos o quanto estávamos sujos do que por estarmos realmente gostando de estar sujos.

Com nossa pequena desavença resolvida, voltamos a caminhar agora mais sujos do que nunca, continuamos a procurar um lugar para nos lavarmos. Depois de pouco tempo senti um cheiro salgado no ar e pude até imaginar ouvir os sons das ondas. Era o mar! Estávamos chegando perto de alguma praia e mesmo não gostando muito da idéia de ter que me lavar com aquela água salgada ainda assim era melhor do que ficar coberta de lama e sangue.

Sem perder tempo começamos a correr em direção ao som e ao cheiro de sal característico do mar, ansiosos para finalmente ficarmos limpos. “Espero que não tenha nenhum Tentacool na água, porque assim que eu chegar na praia vou me jogar na água sem nem pensar duas vezes.”Pensei enquanto continuava a correr com Erick até a praia.

Porém uma estranha sensação me fez diminuir o ritmo até parar e começar a olhar para os lados. Era muito estranho. Parecia que a rota tinha mergulhado em sombras e talvez até um pouco de trevas. As nuvens fofas e belas se transformaram em assustadoras nuvens de tempestade, o ambiente ficou escuro e o ar ficou mais pesado. Era como se a rota soubesse que algo muito ruim estava prestes a acontecer, ou como se uma aura muito sombria estivesse se aproximando.

Erick também não estava gostando nem um pouco daquilo e a cada segundo se aproximava mais e mais até estar em seu “lugar seguro”, mais especificamente enrolado em meu pescoço olhando para todos os lados. O que estava acontecendo naquela rota? Será que aquilo era o que muitos chamavam de “mal presságio”?

Seja lá o que fosse me fez arrepiar inteira e fiquei olhando para os lados, procurando algo ou alguém que poderia estar causando tudo aquilo. "Seria um pokemon? Talvez fosse apenas uma mudança de clima e minha imaginação combinados. Ou seria algo ainda mais estranho e sobrenatural?" Pensei enquanto observava todos os lados em busca de algo com meus olhos esbugalhados de medo do que poderia estar acontecendo.
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Mensagem por Ayzen Dom 05 maio 2013, 14:33

Off ^^
Off²: Não sabia que era competição xD

Realmente, Lucia não conseguira distinguir onde se encontrava. Seria rota 1? Ou rota 2? Realmente era algo que precisava de mais pesquisa. Ela pode muito bem ter caído na rota 2 sem perceber, mas uma coisa era certa: se tivesse um pouco mais de tempo como gladiadora, poderia pesquisar na biblioteca de Nyender City e saber quais eram as principais diferenças das rotas.

A garota pensava se poderia a sorte finalmente sorrir para ela e encurtar o caminho até Jorvet Village, o local mais próximo dali. Pelo menos no vilarejo ela poderia se lavar e assim poder descansar, algo que ela não fazia a muito tempo.

Seria necessário muita mais água do que as pequenas poças d’águas no meio da rota pudessem oferecer. Realmente a água acumulada ali, era tão pouca que nem Snivy, ou melhor, Erick, poderia se lavar. Se bem que o Pokémon Grass não estava tão sujo assim...

A garota se desconfortava a cada momento. A camada de sangue sobre o corpo da jovem era realmente desconfortante, ainda mais por se tratar de sangue alheio. Erick caminhava com a sua exilada ignorando-a. Estava realmente aborrecido pela brincadeira de ter sido chamado de fêmea, algo que o Pokémon detestava.

Esse ódio causou muitos problemas para Lucia, que desencadeou um processo onde hoje resultou em seu exilio. Mas será que, mesmo que Erick se refreasse na época, a garota continuaria sendo uma gladiadora? Seguiria, ela, as regras impostas pela anarquia de Angélica Tompson?

Se fosse possível retornar ao tempo, muita coisa poderia ser mudada. Talvez a vida de Ângela, em Nyender City, ou até a do jovem na rota 1, cujo nome ficou perdido no espaço, tivesse sido salvas. E por que não os pais de Lúcia? Ou melhor, o grande sacrifício de Arceus não seria necessário se um simples olhar de volta pudesse mudar o passado e evitasse que os cadetes assumissem a ordem do mundo.

Muita coisa poderia ser mudada apenas pelo volta ao tempo. Escolhas certas sendo tomadas. Mas o que está feito é pausadamente multável e o que está aqui agora, uma ditadura em toda Shinki, só seria destruída quando a população parasse de temer os cadetes e enfrentassem-nos. Mas isso era o de menos! As próprias pessoas temia os que usavam Pokémons. A ligação harmônica que Pokémon e pessoas tinham foram rompidos e parecia se remeter, simbolicamente, na atual relação de Erick e Lúcia.

O Pokémon Grass ignorava cada palavra de sua mestra, sempre olhando para o lado, tentando fingir que não estava escutando-a. Era muito orgulhoso, o Pokémon. Era capaz de toda viajem ele ficasse assim, calado e oculto, apenas caminhado.

A jovem tentava se desculpar, mas os sentimentos de Erick estava fielmente ferido. Pensava, a exilada, se fosse assim quando ele tivesse em sua última evolução... Seria terrível ser esmagada pelo grande corpo de um Serperior, um Pokémon grande e forte o suficiente para estrangular um Conkeldurr.

A jovem tinha as suas tentativas de se desculpar com o seu Pokémon frustradas. Era realmente um incomodo viajar naquela situação. Foi ai que a pequena poça d’água, que não servia para se lavar, pudesse adquirir outra função: a de restaurar a amizade dos dois.

Apesar de ser escassa a água ali, servia para molhar o solo terroso e assim produzir lama. A jovem logo pós a pegar um punhado desse material e lançou contra o Pokémon Grass. O olhar fulminante de Erick não abalou Lúcia, muito pelo contrário, deixou-a caindo em risos.

Foi ai que a exilada teve de volta o que provocou; Erick lançou nela uma esfera de lama na cara da jovem, manchando ainda mais a camisa suja dela. Uma troca de olhares se seguia em campo. Parecia um olhar dos cowboys de faroeste. Cada um olhando para o outro, esperando o momento certo para atirar.

Começou! Uma guerra de lama se estendeu pela rota. Lúcia e Erick trocavam bolas de lama sem cessar e assim cada um ficava mais sujo que o outro. Eles cavavam o solo cada vez mais até que finalmente tinham cavado uma verdadeira cratera ali no meio.

Só pararam porque agora estava o solo não metamorfoseado pela natureza, duro e quase rochoso. Ambos pararam e repararam que um ao outro estavam apenas na forma de uma mancha marrom no meio da rota. Caiam em risadas e mais risadas pela situação vigente.

Era realmente cômico, não só a aparência de ambos, Lúcia coberta por uma camada de sangue e outra mais grossa de lama e Erick sem nenhum verde, como também como uma situação desagradável poderia ser engraçada e o suficiente para deixar o coração mais aborrecido, feliz!

Lúcia voltava a caminhar e assim sentia o mar. Era algo notório com o cheiro salgado no ar e o ouvir das ondas se chocarem nas rochas. A garota ansiava em se lançar nas águas do mar, que era o melhor para se lavar. Erick deveria estar pensando o mesmo.

Torcia, a garota, para não ter nenhuma criatura para impedi-la de se lançar nas águas do mar e levar embora o cansaço da garota embora, pelas ondas que se chocariam na exilada e junto com o cansaço a dor das perdas e o sangue que manchava, não a sua roupa, mas a sua vida.

Começavam a correr para poder alcançar o mar o mais rápido possível e assim poder se deliciar do prazer de estar limpos. Erick corria com maior pressão, já que as suas pequenas patas não favoreciam uma corrida justa.

Mas logo, ambos, Lúcia e Erick, desaceleravam os seus movimentos. Algo impediam ambos de prosseguirem. Era uma aura pesada que se erguia em campo. As nuvens negra pairavam no ar. Era necessário maior força para poder atravessar aquela atmosfera pesada que estava no ar.

Seria algo que estaria à acontecer? Seria uma força sobrenatural? Seriam fantasmas dos antepassados de Lúcia a recriminando por ela ter causado tanto caos no mundo? Seria Angélica que estaria a poucos passos dali? Ou o assassino?

Uma coisa era certa, a rota estava tentando alertar a exilada. Era uma aura horrenda, de força descomunal, suficiente para abalar a consciência de qualquer um, pokémon ou humano. Era algo tremendo que estava acontecendo ali.

O vento forte sobrava, fazendo os cabelos negros e pesados de lama se balançarem. Parecia que no meio do vento que se sucedeu, uma voz avisava Lúcia: “Vá embora!”. Seria a cabeça da garota ou a natureza não a queria ali?

Após um olhar melhor, a garota deixava de ver a rota cheia de árvores. Pelo menos no horizonte, já que lá, várias árvores queimadas e um solo negro era o suficiente para tirar a conclusão que uma guerra havia acontecido ali.

Era terrível o que se via. Seria sábio a garota retornar e deixar aquele caminho, mas a jovem estava entre a espada e a guilhotina: se voltasse, Angêlica e o assassino a esperavam paralelamente ao outro. Se seguisse, o novo poderia acontecer... ou Não? O certo era que seria mais uma rota tempestuosa para Lúcia.


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Mensagem por Moon_fire Qua 08 maio 2013, 15:52

off: não é, mas eu gostei de ter feito um post tão grande *3*

Antes eu achava que era impossível ficar mais suja, mas agora eu via o quanto estava enganada. Além daquele sangue que praticamente cobria todo o meu corpo agora tinha uma camada fria, molhada e desagradável de lama com pedrinhas, folhas e sabe se lá mais o que agora me cobria por completo. Um ponto positivo? Agora Snivy estava no mesmo estado que eu e ao ver sua cara de nojo me fazia rir enquanto caminhávamos até o mar.

Ele é um pokemon de planta e mesmo que nenhum pokemon desse tipo suportasse ficar tão sujo, Snivy estava realmente hilário. Conforme andava ele se olhava e fazia cada vez mais cara de nojo e ás vezes chegava a balançar seus braços para tentar se livrar de tanta sujeira. Mas por mais que tentasse se limpar ele não conseguiu muito mais do que se livrar da camada mais grossa e fazer com que um pouco de sua bela cor verde voltasse a ficar visível.

Não estava limpo e nem ficaria totalmente limpo sem um banho com água e uma esponja, mas parecia ser o suficiente para ele se acalmar e continuar andando em busca de água para terminar o trabalho. Tentei fazer o mesmo, mas tudo o que consegui foi limpar o excesso de lama das minhas roupas e mão. Também sujei Erick novamente, mas achei melhor não ver a cara de ódio dele, então continuei andando e assobiando como se nada tivesse acontecido.

Dei uns três passos e senti o pouco de lama que tinha conseguido tirar ser jogado novamente nas minhas costas, sujando principalmente o meu cabelo. ”É, eu mereci isso.” Pensei sorrindo para Snivy que parecia satisfeito com sua pequena “vingança”. Era ótimo andar por aquela rota. Ou melhor dizendo, era pois agora o clima estava tão pesado e estranho que parecia que toda a rota gritava ”CORRA!”

Não era uma sensação agradável e me sentia ainda mais apavorada do que quando Angélica e seu Persian surgiram na rua de Nyender atrás de Kyoichi por uma razão que até hoje não entendi direito. Ele tinha roubado aquela pasta, ou tinha roubado de alguém próximo a ela, eu não tinha a menor ideia e aquele não era a melhor hora pra ficar brincando de adivinhação.

Cada parte do meu ser estava paralisada de medo e só conseguia olhar para os lados em busca de algo que poderia estar causando aquela sensação. Mas o que poderia ter feito a rota mudar tanto? Um pokemon das trevas com poder comparável ao dos já extintos Lendários? Uma magia antiga e poderosa? Ou será que finalmente tinha perdido completamente o juízo? Não, não podia ser apenas coisa da minha cabeça, pois até Snivy estava com medo e se agarrava na barra da minha calça.

O medo que estava sentindo era tão grande que as minhas pernas pareciam ser feitas de pedras ou simplesmente tinham congelado no lugar. Meu coração batia forte no peito e por um momento pensei que ele pularia para fora e sairia correndo para algum lugar menos perigoso que aquele corpo amaldiçoado a sempre ser ameaçado por algo ou alguém.

Não que eu acreditasse muito em maldições, mas considerando a minha sorte qualquer coisa parecia plausível. Mas aquela não era a melhor hora para entrar em pânico como um pequeno Sentret diante a uma Ekans, esperando aterrorizado o momento que a cobra daria o bote e acabaria com sua vida. Era exatamente isso que eu estava fazendo, mas não queria morrer agora e não iria!

Respirei fundo por um tempo e consegui me controlar o bastante para parar de tremer e diminuir as batidas do meu coração. Já era um bom avanço agora precisava me acalmar mais um pouco para conseguir sair do lugar. ”Será que é assim que um pokemon afetado pela paralisia se sentia?” Pensei voltando meus pensamentos para outra coisa que não fosse a rota e isso funcionou muito bem, pois logo estava um pouco menos apavorada e Snivy também sentiu isso. Se acalmando um pouco, mas não largou a barra da minha calça.

Mais calma e com o pensamento mais focado voltei a olhar os arredores e avistei algo que o medo não me deixou ver antes. Uma área completamente destruída, com arvores queimadas e despedaçadas. O chão estava escuro como depois de um incêndio, mas incêndios não causavam aquele tipo de danos. Não, aquilo parecia muito com o um campo de batalha. Um campo de uma batalha muito terrível, mas não dava para dizer muito dele observando apenas a distância. Seria seguro ir até lá?

Era óbvio que não seria, porém minha curiosidade tinha sido atiçada por tudo o que estava acontecendo e como tinha usado um bom tempo para me acalmar não iria deixar o medo me impedir de explorar a área. Mas Snivy não queria ir para lá e mostrando isso ele agarrou minha perna com uma de suas vinhas e com a outra ele abraçou uma árvore, deixando muito claro que não queria nem chegar perto de lá. E também não iria me deixar ir para lá.

”Ele ainda esta com tanto medo assim? Ou será que ele sentia algo que era imperceptível para mim e que deixava claro que ir para lá era uma má ideia?” Pensei olhando para ele tentando entender o que o estava assustando tanto, mas algo ainda mais forte me chamava para explorar aquilo e por mais que adorasse meu pokemon não o deixaria me atrapalhar e iria para aquele local. Quer ele queira ou não.

- Me desculpe Erick, mas eu vou ver o que tem lá e se você esta com medo acho melhor você voltar para a sua pokeball. – Falei triste por ter que ir sozinha, mas logo peguei a esfera e disparei o feixe de luz escarlate contra Snivy, que para a minha surpresa saltou para o lado e não foi atingido pelo feixe. E para isso ele teve que recolher suas vinhas então agora eu não tinha nada que me segurasse ou impedisse de ir para aquela área devastada.

Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa Erick abaixou a cabeça e correu para ficar em seu lugar favorito. Pendurado em meu pescoço como um cachecol vivo e de lá parecia um pequeno falcão, olhando para todos os lados pronto para reagir a qualquer coisa que acontecesse. Aquilo me animou, pois não teria que andar sozinha e isso me dava um pouco mais de coragem para seguir em frente.

- Obrigado. – Falei acariciando um pouco a cabeça de meu pokemon e depois de respirar fundo, comecei a ir para aquele possível campo de batalha onde não tinha ideia do que poderia encontrar e isso me aumentou ainda mais a minha curiosidade.

Seja lá o que tinha acontecido ali de uma coisa eu tinha certeza, um pokemon de fogo estava presente no momento e com certeza tinha participado de tudo aquilo. Para o bem de Erick torci para ele não estar mais presente no local e continuei andando, olhando para todos os lados para que nada me passasse despercebido.
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Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... Empty Re: Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não......

Mensagem por Ayzen Qua 08 maio 2013, 21:47

Lucia mal acreditava o quão suja ela se encontrava. Depois da brincadeira com Snivy, ela se encontrava em uma estado lamentável de pura sujeira. Ela e Erick! Pelo menos agora o Pokémon Grass já tinha quase que esquecido da brincadeira sem graça que a sua mestra tinha feito.

Erick odiava que lhe chamassem de fêmea, ou qualquer coisa que remetesse a isso. O Pokémon saia do sério e isso já tinha provocados sérios problemas, não só para o Pokémon Grass, mas para a própria Lucia. Vale lembrar que ela se tornou exilada por conta disso. Agora, em todas as cidades, o rosto dela estava estampado, mostrando abaixo, uma grande recompensa.

Lucia sentia os destroços da rota em torno da lama que se fixava no corpo dela. Eram pedrinhas, galhos e era melhor ela não saber o que mais tinha naquela massa amarronzada. O mais engraçado era que, além de Lucia, Erick se encontrava do mesmo jeito, porém estava muito mais desgostoso que a sua mestra.

Erick, de verde estava marrom e não se agradava muito com isso. Era natural que Pokémons Grass se sintam atraídos por limpeza, para poder mostrar o seu vivo verde onde armazenava clorofila, um pigmento verde fundamental para captar a energia luminosa do Sol e converter em energia para o corpo.

Após alguns abalos o Pokémon Grass mostrava, no meio da massa marrom, alguns traços verdes, deixando-o como se fosse um mosaico verde e marrom. Mas Lucia sabia que apenas água e sabão eram necessários para poder se livrar dessa sujeito, que por sinal, ela mesma provocou. A exilada tentava se limpar, pelo menos as suas mãos e a sua roupa, mas no meio do processo, partes da sujeira eram lançadas em Snivy, que não ficava nem um pouco satisfeito com isso.

Lucia começou a andar, assobiando, como se nada tivesse acontecido. Mas ela conhecia o seu Pokémon. Orgulho como ele só, pegava um pouco da lama de seu corpo e lançava nas costas da garota, deixando-a mais suja ainda, apesar de um pouco a mais ou um pouco a menos não iria fazer diferença nenhuma.

Mas não demorava muito e exilada e Pokémon começaram a sentir um peso diferente no corpo. Não era dor, era uma sensação mais espiritual, que deixava-os cabisbaixos e com um pouco de angústia no coração.

Não demorava nem mais um pouco e um medo encobria os seres da rota, Lucia e Erick. Parecia que um anjo da morte tinha vagado pelo meio deles e assim deixado uma sensação terrível no coração dos desbravadores da rota. Era visível isso, mas, o mais importante, o que era aquilo?

O medo envolvia Lucia, que se sentia pior do que quando Angélica estava atrás de um amigo dela nas ruas de Nyender City. Era uma sensação bastante desagradável, que deixava a jovem bem mais abalada. O medo faziam as penas de Lucia pesarem mais e assim ela parava, pouco a pouco.

Ela respirava e pensava se era assim que um Pokémon se sentia quando estava sobre o efeito do status negativo conhecido como Paralized. Isso a ajudou a desviar a atenção do pânico de mal agouro que se formou e assim voltou a sua atenção para a rota.

Erick, que estava na mesma situação, logo reagia com a sua mestra. Era evidente que o ditado Pokémon antigo era válido: “O que o treinador sente, o Pokémon também sente!”.

Agora, depois de reagir contra as forças da rota, a exilada dava conta com o que tinha acontecido na rota. A grama verde e viva era substituída por um chão queimado e cinza. As grandes e vistosas árvores eram trocadas por árvores queimadas e caindo aos pedaços.

Era grande a diferença de poucos metros atrás para aquele local. Parecia que ali era palco de uma batalha feroz, com direito a presença de um Pokémon Fire, o que era uma má ideia para com Lucia, já que o único Pokémon que ela possui era um Snivy, tipo Grass, que perderia fácil se fosse defender a sua mestra contra esse Pokémon.

Mas nem tudo é o que parece ser e um Pokémon fraco e tempestuoso poderia surpreender muito se as suas ligação com a sua mestra fosse forte o bastante. Apesar desse pensamento fosse da era pré apocalipse, poderia ser usado nos tempos de Shinki?

Lucia via aquela destruição com grande horror e logo tentava criar teorias para desvendar a verdadeira causa do que aconteceu ali. Era uma missão difícil, já que tudo que ela tinha era um campo destruído.

Mas umas coisa ainda impulsionava a garota: a sua curiosidade! Mesmo perante o mal agouro e um campo destruído, sem contar a situação temerosa que Erick passava, Lucia queria prosseguir explorando a rota de tal forma que poderia até descobrir o que foi que causou. Mas a natureza do local gritava para poder esconder o que ali estava guardado e continuava a gritar para que a garota retrocedesse e se livrasse do mal, e para isso usava ventos fortes contra a garota.

Quando Lucia mal pode notar, estava presa! Snivy tinha grudado na sua perna e com uma vinha, amarrava-se em uma árvore parcialmente queimada, mas que era forte suficientemente para aguentar o Pokémon Grass tentar impedir a sua mestra de progredir.

Lucia olhava para o Pokémon Grass e via a vontade dele de não deixa-la progredir. Mas a curiosidade dela estava ultrapassando os limites e foi o suficiente para faze-la pegar a Pokéball e puxar Erick para dentro.

Era verdade que dentro da Pokéball, Erick ficaria seguro e não precisava temer o que a rota aguardava. Agora, a moça tentava recolher o seu Pokémon, mas esse não permitiu, desviando sorrateiramente do encontro com o raio que iria puxa-lo para dentro da esfera.

Mesmo com medo e temendo o pior, Erick não queria deixar o campo. Jamais ele iria deixar Lucia só, para enfrentar seja lá o que a aguardava. Ele iria ficar ali, ao lado dela, onde era o seu lugar.

Lucia aceitava isso e assim o Pokémon avançava pelo corpo lamacento de sua mestra e se alojava no pescoço, frustrado por não ter conseguido fazer a exilada mudar de ideia. Mas ali, ele estava em uma posição estratégica, já que poderia muito bem fitar todos que estavam por perto.

Prosseguia, a jovem, pela rota. Mais um rota onde as aparências não indicavam uma viajem tranquila. Mesmo assim, Lucia não deixava as suas últimas experiências vencerem a curiosidade de descobrir o novo.

Ao andar mais um pouco pela rota, a jovem reparava que as nuvens continuavam em constante briga para poderem se assumirem no céu, e assim foi. O céu era coberto totalmente pelas nimbus e fora isso, o vento soprava forte, indicando mais do que tudo que iria chover e não seria fraco.

Snivy logo encontrava algo! Ele cutucava o pescoço da exilada, chamando a atenção para o que estava ali. Eram duas coisas no chão, não muito distante da garota. Era duas frutinhas, no meio do nada!

Uma era alaranjada e parecia muito suculenta. A outra era pequena e avermelhada. Era Cheri Berry e Pecha Berry.


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Mensagem por Moon_fire Dom 12 maio 2013, 16:10

Era realmente desagradável andar por ali. Aquele cenário poderia ter sido lindo, ou simplesmente poderia ter sido exatamente como o resto da rota, mas agora estava completamente destruído. De tudo o que ele algum dia poderia ter sido agora literalmente restavam apenas as cinzas.

Parecia que uma grande e provavelmente violenta batalha tinha acontecido ali entre forças muito poderosas. Para todos os lados que olhava só via mais e mais sinas que uma luta era a responsável por marcar tanto aquela parte da rota. Árvores em pedaços, arbustos completamente destruídos, grama totalmente queimada que esfarelava ao menor toque. Não tinha outra explicação, uma luta tinha acontecido naquele local e ao menos um poderoso pokemon de fogo tinha participado.

Magmortor, Infenape, Charizard, não sabia dizer qual, mas tinha quase certeza que a luta tinha envolvido um poderoso pokemon de fogo, provavelmente em seu ultimo estágio evolutivo ou que conhecia um ataque muito poderoso. Aquela destruição não poderia ter sido causada por algo como um simples Cyndaquil, não. Os responsáveis por aquela batalha com certeza tinham pokemon muito poderosos e já deveriam estar treinando e vagando pelas rotas a muito mais tempo que eu e Snivy.

Enquanto caminhava e olhava toda aquela destruição vi na expressão de Snivy que estávamos pensando a mesma coisa. Não seria nada bom encontrar o responsável por aquilo de mau humor. Um encontro como esse poderia praticamente significar morte certa para nos dois. Não só por causa da desvantagem de Erick a pokemon de fogo, isso poderia ser resolvido facilmente com uma boa estratégia. O que realmente me preocupava era o fato de que para causar todos aqueles danos o pokemon estaria num nível muito elevado e isso combinado com a vantagem do tipo exigiria que um verdadeiro milagre acontecesse para que Snivy saísse vitorioso ou simplesmente saísse vivo.

Esse pensamento me fez engolir seco de nervosismo e me deu arrepios apenas de imaginar estar na presença de um pokemon tão poderoso como o Magmortor, que por alguma razão foi o primeiro a surgir na minha mente quando pensava no possível responsável. Seria ele o responsável? De acordo com o que já li ele não teria problemas em criar aquela destruição com aquele “braço-canhão” que ele possuía.

Olhando para todas aquelas árvores destruídas comecei a pensar se algum pokemon selvagem tinha sido atingido durante o confronto e apesar de isso parecer ser óbvio tive certeza que assim que a batalha começou a destruir toda aquela região os pokemon selvagens com certeza teriam percebido e fugido a tempo e como não vi nenhum deles ferido ou até mesmo morto pelas redondezas tive certeza que eles tinham escapado a tempo.

Andando por ali comecei a imaginar se tinha sido algo assim que os sobreviventes da grande guerra tinham visto quando a luta teve seu fim definido pelo sacrifício dos lendários. Um cenário completamente destruído, com aspecto que desanimaria qualquer um e é claro, ao contrário do cenário que eu estava vendo deveriam ter vários corpos espalhados para todos os lados que se olhasse. Nada agradável.

“Nada melhor para melhorar o clima do que compara-lo a outras destruições.” Pensei balançando a cabeça numa tentativa de voltar a me concentrar apenas nos meus arredores. Mas era muito difícil, já que tudo aguçava minha imaginação para tentar descobrir o que tinha acontecido para causar tanta destruição. Nesse momento a presença de Snivy realmente se mostrou ótima para me manter calma, pois enquanto eu me distraía facilmente ele continuava atento a tudo o que acontecia e mesmo não gostando nem um pouco do que estava vendo ele se mantinha calmo e me usava como uma plataforma para enxergar muito mais longe do que conseguiria se estivesse no chão.

E isso se mostrou muito útil, pois enquanto estava mais uma vez distraída, dessa vez olhando para as nuvens, imaginado se a chuva seria o bastante para nos lavar de toda aquela sujeira que nos cobria e se demoraria muito para a chuva começar, Erick encontrou algo que realmente ninguém imaginaria encontrar em um lugar tão destruído quanto aquele.

Duas pequenas frutas que com suas cores vibrantes pareciam brilhar naquele ambiente escuro e sombrio como duas pequenas luzes no fim do túnel. Para muitos elas poderiam ter uma grande valor simbólico, mostrando que apesar de toda aquela destruição a vegetação logo voltaria a crescer e que a natureza estava sempre pronta para se recuperar de situações como aquela e bla, bla, bla. Mas pra mim elas apenas eram duas ótimas frutas que poderiam me ajudar muito em um futuro próximo e logo fui até elas para guardá-las em minha mochila.

Não que eu não me importasse com o meio ambiente, muito pelo contrário eu tinha esperança que aquela chuva lavasse toda aquela destruição e que em breve as plantas voltariam a crescer, mas no momento a minha prioridade era sobreviver e aquelas frutas com certeza ajudariam muito. Sem perder tempo fui até onde elas estavam e me agachei para pega-las enquanto Snivy ficava responsável por vigiar e me avisar caso algo estivesse chegando.

“Será que esse poderia ser um sinal que minha sorte estava melhorando?” Pensei enquanto pegava as frutas e as guardava em minha mochila.
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Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... Empty Re: Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não......

Mensagem por Ayzen Dom 12 maio 2013, 18:08

A rota realmente inspirava uma cena cinza. Não só o chão, mas as árvores do local estavam emanando destruição em massa e tudo, derivado de fogo. Era notável que uma batalha se estendeu por aqueles arredores e não era de se imaginar o poder que foi empregado para quase que pulverizar metade de uma rota.

A exilada e o seu Pokémon insistiam em continuar naquele pedaço de terra, mesmo contra a vontade da natureza, que continuava a alerta sobre os perigos que ali abrigavam. Poucos conseguiam ouvir voz da natureza, Erick era um deles, mas Lúcia, poderia até ouvir, mas ignorava completamente o surgimento de algo, ou, realmente queria conhecer o que causou aquilo.

A proporção da destruição se estendia por todo horizonte. Não era sensato permanecer ali e ver no que ia dá. Mas a curiosidade humana instigava o coração mais medroso a ver descoberta onde o inferno reinava. Seria inteligente pular no inferno apenas para saber o que havia lá?

Lúcia não importava com o que a natureza, e nem muito menos Erick, dizia. Era uma busca por informações. Informações que poderia apenas salientar o desejo de conhecer o novo. O desejo de espelhar pureza atrás de um mero caos.

Se ao menos tivesse ido por mera ignorância, o mal poderia justificar a inocência. Mas Lúcia sabia bem por onde andava. Sabia que era perigoso, e mesmo se não tivesse uma ideologia formada, sabia que alguma coisa não estava no seu lugar.

Mas mesmo assim, ela prosseguiu. As nuvens baixas se acomodavam na derrota de ter que alerta a jovem. Parecia que o céu iria chorar pela tentativa frustrada de alerta alguém. Era como se fosse um rastro de desilusão e agora, bem, agora dor e caos se misturariam no bailar de uma chuva.

Raios e trovões começavam a abrir o palco para a dramatização que se seguia. Era como se fosse um mar de atuações. Desde de Ângela até o assassinato nesses dias. Ao menos, uma chuva seria o necessário, ou quase dependendo de sua intensidade, para lavar o passado da jovem, que se expressava em forma de uma grossa camada de lama, acobertando o sangue no corpo da jovem.

Erick mantinha-se imóvel no pescoço da jovem. Era esperto, ele, e não deixaria nada acontecer com a sua mestra, mesmo sendo orgulhoso, ele não deixaria nada acontecer com ela. O seu olhar de abutre penetrava no fundo da rota, querendo procurar o que tanto a natureza escondia.

Mas aquilo que Erick parecia procurar estava oculto no meio de tanta cinza no local. Era como se fosse um manto escondendo o que o mundo guardava. Lúcia perseguia o além na busca do novo, enquanto ser perdia nos seus pensamentos.

Era curiosa, sem dúvida! A jovem tentava imaginar uma guerra no local, parecia com a Grande Guerra, porém aquela deixou um rastro de muitos corpos no caminho, coisa que ali não tinha. Além disso, a exilada tentava desvendar que grande ser estava por trás de uma barbaridade como aquela. Poderia ser um Pokémon, de certo, era a sugestão mais cabível, desde que seja um poderoso, assim como o seus ataques, refletindo-se em um alto nível.

Mesmo diante de perguntas e deduções que até agora não se manifestaram em uma resposta coerente, a jovem prosseguia na rota, apenas para tentar olhar o que estava acontecendo. Daí, um brilho de cor em um papel cinzento surgia.

Duas frutinhas, berries, estavam posicionadas uma do lado da outra, como se fossem justamente colocadas ali para atrair a atenção de quem passa-se por ali. Se um seguidor visse aquela cena, diria que era a luz no fim do caminho cinzento. Erick parecia pensar o mesmo, até se aliviava por ter duas gosta de cor naquela tela de morte.

O efeito dark era cortado apenas pela incredulidade da jovem, que pegou as frutinhas e as colocaram na sua bolsa, renegando quase que por completo o significado místico que isso guardava.

Era realmente inacreditável o quanto duas frutinhas puderam sobreviver a uma tempestade de fogo que aconteceu ali. Eram duas frutinhas!

Nada de mais. Poderia ter sido o acaso, forças de ação e reação, coisas normais, que moviam o mundo dos céticos. Mas mesmo assim, algo que um velho ancião admiraria com certeza, mas não Lúcia.

A jovem tinha passado por muita coisa nesses últimos dias, mais do que passou por toda a sua vida. Ela tinha sido renegada pela anarquia vigente e agora não poderia simplesmente parar no meio de uma rota e filosofar o porquê que duas frutinhas sobreviveram a chacina que houve contra a natureza ali.

Snivy logo se manifestada novamente. Agora, o Pokémon Grass saltava do pescoço de Lúcia de súbito. Dava alguns passos para frente como se tivesse deparado com um fantasma, ou algo do tipo.

Se não era um fantasma que Erick via, era algo semelhante. O parceiro da exilada apontava para um caminho se sangue, manchas pelo campo que levava até uma árvore, que como as demais, estava queimada e exalava uma cor negra em seu tronco, se estendendo por todo grande caule e deixava apenas uma folha, apenas uma folha verde, no alto do grande túmulo negro.

Mas o que chamava atenção do ser lamacento não era o que se alojava no alto e sim, na base. Era uma pessoa. Era um homem, com um sobretudo vermelho-alaranjado, com uns detalhes de fogo branco nas bordas. Tinha, o que parecia, uma calça negra, parcialmente queimada e de longe se sentia o cheiro das cinzas.

Snivy se aproximava, aterrorizado. A cena era marcante, nauseante, mas ainda, intrigante. Da cintura para baixo, o rapaz loiro, rosto atraente e bastante chamativo, estava queimado, tanto, que parte da calça, não era o que parecia. Não usava calças e sim, um manto de carne queimada.

O jovem mantinha-se intacto da cintura para cima, podendo-se julgar que estava apenas descansando debaixo da árvore. Da cintura para baixo, as pernas estavam queimadas, apenas via-se um manto negro que cobria os membros inferiores e o cheio de carne queimada recendia no ar.

Trovões começavam a ser mais frequentes, de forma que deixava aquela cena mais assustadora. Mas seria isso que a natureza guardava ali? Seria isso que trouxe Lúcia até aquele pedaço de gente que poderia até ter um futuro promissor na área escolhida? Palavras, que somadas, formam perguntas. Perguntas que juntas, deixam um mistério. Mistério que não se forma em torno de uma rota, mas em torno de uma natureza.

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Mensagem por Moon_fire Seg 13 maio 2013, 14:03

Não podia negar que aquelas duas pequenas frutinhas poderiam ter um grande significado naquele local totalmente destruído. O fato de elas terem sobrevivido intactas a toda a destruição e caos que tinham passado por aquela parte da rota era impressionante e com certeza muitos estudiosos e até mesmo algumas pessoas que seguiam o caminho da fé conseguiriam escrever livros e mais livros falando sobre isso. Provavelmente os conhecidos Seguidores de Arceus veriam aquilo como uma espécie de sinal de Arceus e talvez até criassem um templo para elas, enquanto os estudiosos provavelmente criariam teorias sobre como elas aguentaram o fogo sem serem danificadas.

Mas nada daquilo me interessava. Elas eram frutas e o fato delas estarem ali no meio de tanta destruição só significava que aquele poderia ser o primeiro sinal de que minha sorte estava mudando. Enquanto as guardava também pensei na possibilidade delas serem uma isca que atrairia algumas vitimas para uma armadilha terrível. Talvez pudessem ser uma isca de um caçador atrás de algum pokemon ou simplesmente terem sido esquecidas por um dos lutadores que causaram toda aquela destruição.

Seja lá de onde elas vieram ou do significado delas simplesmente as guardei em minha mochila e fiquei parada por alguns segundos esperando para ver se algo iria ser acionado. Esses segundos foram tão longos que mais pareciam horas intermináveis enquanto eu esperava por algum tipo de reação. Talvez uma grande jaula ou rede caindo em cima de mim, ou um simples dardo com veneno ser disparado, mas nada aconteceu. As frutas haviam sido retiradas de seu local e nada tinha acontecido, mostrando que como eu havia imaginado inicialmente elas eram apenas frutas que por algum acaso haviam sobrevivido a toda aquela destruição.

“Tanto suspense pra nada.” Pensei me levantando e olhando para o local onde as frutas estavam anteriormente e percebi a falta que elas faziam ali. Agora aquela área era apenas mais um pedaço cinzento que cobria tudo ali e sem as cores das frutas o ambiente voltava a ser apenas frio e tenebroso, como se a retirada das frutas tivessem tirado o único resquício de vida daquele monte de destroços e cinzas que se espalhavam ao meu redor.

Sem querer continuar olhando para toda aquela destruição estava quase me virando para voltar a caminhar em direção a praia quando algo chamou a atenção de Erick. Sem perder tempo ele salta de meu ombro e vai até uma árvore que ainda mantinha em seus galhos queimados uma única folha verde, mas observando Erick logo notei que não era isso o que tinha chamado sua atenção.

O caminho até a árvore estava marcado por gotas e mais gotas de sangue, que já indicava que seja lá o que estava no fim dessa trilha estava com um ferimento no mínimo grave. Será que era um dos participantes da luta? Se fosse seria ele o vencedor ou o derrotado? Ou seria apenas algum pokemon selvagem ou mesmo um simples espectador ferido durante o confronto? Não sabia dizer e nunca descobriria se não seguisse a trilha até o seu fim.

Seguindo Snivy chegamos mais perto da árvore e logo descobrimos de quem era aquele sangue. Deitado em baixo da árvore estava um homem com cabelos loiros que a primeira vista não conseguia dizer se estava inconsciente ou morto. Ele usava um sobretudo vermelho que ironicamente tinha uns detalhes de chamas nas mangas e nas barras e usava uma estranha calça preta de um tecido que eu não conseguia identificar o tecido.

Após observar com mais atenção meu estômago se revirou por completo e tive uma forte ânsia de vômito quando descobri o que realmente era aquela calça. Não era um tecido, eram as pernas dele que estavam totalmente queimas e em “carne viva”. Da cintura para baixo ele estava com queimaduras tão graves que eu tinha receio até mesmo de olhar e só de imaginar o quão grave estava o estado dele me arrepiei por completo.

Erick tinha parado ao lado do homem estático. O pokemon de planta não mexia nem um músculo enquanto olhava incrédulo para o homem. Não era uma cena para corações fracos e até mesmo os mais experientes médicos que estariam acostumados a tratar ferimentos graves se chocariam com aquela cena.

Vendo meu pokemon em choque decidi ir até o homem e mesmo com o cheiro de carne queimada embrulhando mais ainda o meu estômago que a própria visão daquela cena, me aproximei cuidadosamente dele e me agachei próxima a sua cabeça. Tentando ignorar o estado grave de suas pernas fiquei observando para ver se ele ainda estava respirando e com as mãos tremulas fui checar se ele ainda tinha pulso.

Seria um verdadeiro milagre se ele estivesse vivo, mas se estivesse o que eu poderia fazer para ajudar? Leva-lo até Jorvet seria a melhor opção, mas será que eu teria forças e estômago para carregá-lo até o vilarejo. E se tivesse será que conseguiria chegar a um hospital a tempo de salva-lo? Não tinha certeza de nada, mas por alguma razão decidi tentar ajudar ele.

Não sabia por que. Nunca tinha visto ele e nem sequer sabia se ele não seria capaz de me atacar quando estivesse ajudando-o, mas ainda sim queria ajudá-lo. Queria conseguir leva-lo a tempo para um hospital e queria saber o que tinha acontecido ali. Seria aquilo um exemplo do que muitos dizem ser o destino? Será que tinha sido isso que me fez andar até ali no meio de tanta destruição? Poderia mesmo existir alguma força que guiava as pessoas por caminhos já pré-determinados? Não tinha a menor ideia e com certeza aquele não era nem o melhor lugar e muito menos a melhor hora para ficar pensando nisso. Se eu quisesse dar a esse homem uma chance de viver tinha que agir logo.

Enquanto tentava descobrir se ainda tinha vida naquele corpo jogado no meio de tanta destruição não consegui evitar em pensar no que poderia ter causado aquilo. Era óbvio que tinha sido o fogo, mas será que foi ferido em um incêndio acidental causado pela luta ou teria sido atingido pelo golpe do pokemon de fogo? E se foi mesmo um ataque de algum pokemon, por que o mestre desse pokemon havia deixado esse homem aqui.

Esse ferimento não causaria uma morte instantânea, então por que ele foi deixado aqui para morrer? Onde estaria agora o segundo participante dessa luta? Ele poderia estar caído em algum outro lugar ou estaria longe, carregando essa morte em sua consciência? Eram tantas perguntas, tantas coisas em minha mente que nem ao menso conseguia organizar direito os meus pensamentos, queria apenas descobrir se o homem estava vivo ou morto e se poderia fazer algo para ajudá-lo.

Erick continuava parado onde estava, mas agora prestava atenção em todos os meus movimentos, como se tivesse a mesma curiosidade de descobrir se ele ainda estava vivo. Nesse momento ele fez algo que nunca faria. Ele parou de prestar atenção em tudo apenas para prestar atenção no homem para saber se ele ainda estava vivo. Snivy não gostava nem um pouco de ser pego desprevenido e sempre se mantinha atento a todos os sons ao seu redor, mas a situação do homem era tão grave e chocante que ele não conseguia desviar os olhos dele.
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Mensagem por Ayzen Seg 13 maio 2013, 20:55

A garota recolhia as frutinhas para si. Ela estava interessada com que as frutinhas poderiam significar filosoficamente, nem o fato delas terem sobrevivido a um grande incêndio naquela rota chamou muito a atenção da exilada. Mas algo ela pensava. Ela deduzia que as frutinhas eram sinais de boa sorte, afinal, depois de tudo que ela passou, qualquer coisa boa que acontecesse com ela, seria muito bem-vindo.

Mas duas frutinhas, uma do lado da outra, no meio de mar de cinza que era aquele campo, deixava uma suspeita no ar. O que estaria fazendo aquilo ali? A garota imaginava o que poderia significar, talvez poderia ser um caçador atrás de algum Pokémon e usou as frutinhas como isca. Ou poderia ser para atrair viajantes mesmo.

Seja lá o que fosse, a jovem pegava a frutinha e ensacava, podendo assim pender-se em uma espera agonizante, esperando alguma rede, ou algo que deduzisse a uma armadilha de alguém.

O céu trovejava em relâmpagos e a garota permaneceu ali, onde logo percebeu que nada iria acontecer com ela.

Mas algo acontecia, sem deixar aviso. O salto de Erick para o solo demonstrou que a jovem estava perto do que a natureza escondia, ou quase isso. Em uma grande árvore queimada, como as outras, um rapaz estava.

Acordado? Não se sabe, apenas que estava ali, deitado no meio das cinzas e com uma jaqueta vermelha e com detalhes de chamas brancas. Talvez irônico, mas ainda intrigante.

Snivy se aproximava do rapaz e lá mesmo ele tentava ajudar, atraindo Lúcia para mais perto do rapaz, deixando-a horrorizada. O rapaz estava totalmente queimado da cintura para baixo e quase que intacto da cintura para cima.

As suas pernas estavam atrofiadas pelo trabalho das chamas e eram tão escuras que a noite poderia engolir no meio de tanta negritude. Snivy entrava em choque ao se deparar com aquilo. Era muita coisa para o Pokémon Grass.

Lúcia estava tão chocada quanto o seu Pokémon, mas ainda conseguia se mover livremente para poder se aproximar do homem. Um homem, bonito, mas, possivelmente, agora seria paralítico. Isso se ainda estivesse vivo.

Era triste a cena. Era aterrorizante e era capaz de provocar nausear na exilada. Era de total precedente que o rapaz estivesse vivo e, por uma razão desconhecida, a jovem queria ajudá-lo a se recuperar e a levar para um local onde poderia se recuperar.

Mas onde? Voltaria, ela, para Nyender City, onde os cartazes com a face dela poderiam estar por todo canto, sem contar que Angélica poderia estar farejando a jovem por lá. Seria necessário muita cautela se escolhesse essa opção.

Mas ainda tinha como prosseguir. Apesar de estar senda abafada pelos trovões, o barulho do mar indicava que tinha uma chance de haver alguém para poder ajudar a metros dali, talvez em Jorvet Village.

Diz os boatos que em uma casa de produtos naturais, uma garota ajudava a todos, não se importando se era gangster ou exilado, ela nem via os cartazes. Mas até se fosse essa opção que Lúcia escolhesse, seria difícil, afinal, o rapaz era grande, por volta dos seus um metro e oitenta e aparentemente, pesava mais ou menos setenta e cinco quilos, deixando o transporte muito abstruso.

Uma coisa Lúcia sabia, queria ajudar! Mas para ela, outra questão invadia a sua mente. Quem poderia ter cometido tal atrocidade? Era uma cena lamentável e quem quer que estivesse por trás, poderia considerasse um sem coração.

Voltava a pensar nos possíveis culpados, lembrando-se da hipótese de ser um Pokémon poderoso do tipo Fire, mesmo que queimou toda a rota e deixou traços de luta por todo o canto.

Mas antes de mais nada, a jovem teria que verificar era se estava vivo. Ao se aproximar do jovem, começava a tentar sentir o pulso, além de tentar ver se estava respirando.

O pulso? Sim! Batia, fraco, mas batia. Mal respirava. Deveria estar muito desidratado e apenas a umidade do ar estava mantendo-o vivo ali, debaixo da única folha verde que sobrou por toda a rota.

Mas um trovão soou, acordando todos ali. Esse último foi forte e Snivy apenas virou de costa para o homem e vendo o que tinha atrás. Um barulho abafado surgia com o trovão e continuava com a força do vento.

Erick dava um passo para frente, abrindo os seus pequenos bracinhos em sinal de proteção. Lúcia olhava, por instinto, e via o que era o barulho. Era um sorriso abafado, se deparava com uma pessoa. Talvez fosse uma pessoa.

Ela, já que era uma mulher, estava a poucos metros de distância dali. Tinha cabelos ruivos, em um penteado um tanto troncho. Mas nada era tão esquisito como os seus olhos arregalados e o seu sorriso “la coringa”. As suas roupas eram um tanto desengonçadas.

No pé da mulher, um Pokémon alaranjado. Tinha mais de um cauda e ficavam todas juntinhas, parecendo ser um só. Esse, se escondia atrás da maníaca mulher que se apresentava no campo, junto com os trovões. Do pescoço do ser psicótico, algo estava enrolado. Era roxo e se movia, descendo do corpo dela e indo para mais à frente. Ekans!

Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... 1350771820822scrapeenet

- Eu matei o Stylist, eu matei o stylist...

Repetia a mulher em voz doce, perfeita para poder cantar uma música de ninar. Ela erguia os dedos indicadores para o alto e mexia-os como se estivesse regendo uma orquestra. Era tenebroso vê-la, e a rota com os seus trovões e ventos uivantes não ajudavam nem um pouco.

O sorriso dela era o pior. Penetrante e com sede de sangue. Seria ela e Vulpix que tinha causado aquilo na rota? Seria ela que tinha matado o stylist? Ou melhor, tentado, pois ele ainda estava vivo, bastante ferido, mas ainda vivo!

Ao reparar melhor a cena, Vulpix estava todo surrado, como se tivesse sido pego em uma batalha selvagem. Ele estava ferido, aparentemente, mas esbanjava um ar de que estava tudo bem. O que Lúcia fará? A garota fugirá e deixará o rapaz ali, para terminar de morrer? Ou tentará ajuda-lo e tentar as poucas chances que ele tinha de sobreviver? Uma coisa era certa: a sorte de Lúcia continuava longe...

- Vamos brincar?!


Ayzen
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Mensagem por Moon_fire Qua 15 maio 2013, 16:32

Aquelas nuvens escuras estavam começando a me deixar preocupada. Raios e trovões iluminavam o interior daquelas nuvens e seriam belíssimos de se observar se fosse em um outra hora e em um local diferente daquele, mas quando você esta no meio de tantas árvores com alguém que precisava de cuidados médicos urgentes aquelas nuvens não eram um bom sinal. O mais seguro a se fazer no momento seria sair do meios de tantas árvores que cedo ou tarde atrairiam aqueles raios e buscar um lugar se seguro para se abrigar, mas eu não podia sair dali. Não agora.

Aquele homem precisava de ajuda se quisesse sobreviver e não tinha mais ninguém ali que poderia ajudá-lo. Espera! Antes de pensar em ajudá-lo era melhor ter certeza se ainda tinha alguma coisa para salvar, então fui verificar os sinais vitais dele. Com muito cuidado fiz um movimento que aprendi durante meu treinamento para me tornar uma cadete, com o indicador toquei levemente o pescoço dele e procurei por algum sinal de que seu coração ainda batia. Aquele era o local mais fácil para se fazer isso e se não sentisse nada naquela área tão próxima ao coração provavelmente ele estaria morto.

Para a minha surpresa senti o pulso dele e apesar de estar fraco, ele ainda estava lá! Indicando que o Homem, seja lá quem fosse ele, ainda estava vivo e o leve movimento em seu peito apenas confirmava isso. Sorri espantada com aquilo, pois já estava quase considerando ele como morto, mas mesmo estando a poucos passos de "seguir em frente" ele ainda se agarrava a vida com todas as suas forças. Aquilo era surpreendente e com isso em mente decidi que não poderia deixar de ajudá-lo, pois se ele tinha tanta força interior para se manter vivo naquelas condições com certeza valeria a pena tentar ajudá-lo.

Sabendo que ele ainda poderia viver se eu agisse logo voltei a tentar achar uma maneira de levá-lo até o hospital ou para qualquer lugar em que pudessem tratar seus ferimentos. Ir até o vilarejo não era uma opção, pois se eu fosse até lá para buscar ajuda dificilmente encontraria alguém disposto a voltar para ajudá-lo e quando encontrasse provavelmente seria tarde demais. Isso se eles não me entregassem para os cadetes assim que colocasse os pés dentro de algum hospital.

Carregá-lo até Jorvet também estava completamente fora de cogitação. Além de apenas a ideia das pernas dele irem arrastando o caminho todo pelo chão me darem náusea e arrepios, eu não sabia nem se teria forças de tirá-lo do chão, imagina se teria forças para carregá-lo por todo o caminho que ainda faltava para chegar em Jorvet? Não, eu teria que achar uma outra solução, pois sozinha eu nunca tria forças para isso.

"Uma ajuda, uma ajuda, preciso de alguém para me ajudar a levá-lo para a vila ou de algum médico que pudesse cuidar dele ali. Será que seu ligasse para o Kyoichi daria tempo para ele chegar até aqui no meio da rota 2? Espera, ligar? É isso!" Pensei quase pulando quando finalmente percebi que poderia ter a solução para tudo no bolso de minha mochila. Meu celular! Com ele eu poderia pedir ajuda do hospital de Nyender sem ser presa! Por que eu não pensei nisso antes?

Ao som de mais e mais trovões me virei para pegar meu celular que vivia esquecido em minha bolsa, mas assim que me virei para trás a postura de Erick me fez parar imediatamente. Ele estava de costas para mim com seus braços esticados, como se estivesse me protegendo de algo ou tentando amedrontar algo que eu ainda não tinha visto por estar de costas. Curiosa e com o medo do desconhecido me fazendo tremer um pouco me virei para ver o que Snivy estava olhando e quase cai em cima do homem atrás de mim de susto.

Parada a uns poucos metros estava uma mulher muito estranha. Ela me fazia lembrar uma Stylyst por causa das suas roubas chamativas, mas algo nela era tão sombrio que me fez tirar por completo a ideia de que ela era uma Stylist. Suas roupas estavam gastas em um pontos que a tornavam muito assustadora e sombria, mas o que mais me espantava era o seu rosto.

Seu cabelo estava tão mal feito quanto sua maquiagem e seus olhos eram estranhamente vazios, de uma maneira que eu não conseguia entender, muito menos explicar. Seu sorriso psicótico fazia um contraste ainda mais estranho com seus olhos, como se aquele sorriso fosse apenas um enfeite que não refletia realmente o que ela estava sentindo. Se é que ela sentisse alguma coisa.

Enquanto a olhava Snivy ficou tenso e logo vi o motivo. Aos pés dela estava o possível responsável por toda aquela destruição e realmente não era nem um pouco parecido com o que esperava do responsável por tudo aquilo. Era um Vulpix. Um pequeno e fofo Vulpix. Um pokemon de fogo que até onde eu sabia era muito procurado por sua beleza e até mesmo por seu pelo macio e fofo, perfeito para fazer roupas caras. Não era o que eu esperava, mas seus estado e machucados indicavam que ele tinha participado de uma batalha recente e como pokemon de fogo ele era muito bem capaz de ter causado o incêndio. Vendo toda aquela destruição eu já sabia que ele tinha um ataque muito forte e mesmo estando ferido resolvi sempre ficar atento aos seus movimentos.

Erick também se manteve atento a ele por um tempo, mas logo outro pokemon também chamou nossa atenção e me fez ver que estávamos em uma situação muito complicada. Pois pendurada no pescoço de sua mestra estava uma Ekans, que nos observava ao mesmo tempo em que descia em nossa direção. Por instinto me levantei em um salto enquanto observava o pokemon venenoso. Fogo e Veneno, duas fraquezas dos tipo planta. É aquilo não era nada bom e a cara de fome que a pokemon cobra fazia só me faziam sentir mais e mais nervosa.

Enquanto temia ter entrado em uma confusão maior do que seria capaz de aguentar a Mulher falou algo que apenas confirmou minhas suspeitas. Foi ela que tinha lutado contra o Homem que aparentemente era um Stylist, e também tinha sido ela que tinha causado aqueles ferimentos nele. Foi proposital, ela tinha tentado matar ele e só não conseguiu por pouco, mas isso não era o que mais me espantava e sim o fato dela estar cantarolando isso! Como se se orgulhasse do que tinha feito!

Como ela podia se orgulhar de ter matado alguém? Como alguém poderia ficar feliz por ter feito algo tão terrível a outra pessoa, que provavelmente nem conhecia? Não, ela com certeza não era normal. Devia ser alguma louca que fugiu de algum hospício, se é que algum dia ela tinha entrado em algum hospício.

Parada ali observando a "Maluca" cada nervo, cada célula do meu corpo gritavam a mesma coisa : "Corra!" Apenas isso, tudo me dizia que o melhor a fazer para sair viva daquela situação seria correr para o mais longe que pudesse e isso me parecia uma ótima ideia até que me lembrei do Stylist atrás de mim. Se eu fugisse dali estaria condenando ele a morte. Se eu saísse dali não seria melhor que todas as pessoas que passariam por ali sem nem ao menos tentar ajudá-lo. Não seria melhor que a Angélica que com certeza nem se importaria com ele, chegando até a comemorar por ter menos um "palhaço" vagando pelo continente.

Mas mais do que isso, não estaria honrando Ângela que numa situação semelhante a aquela tinha se sacrificado para que eu e Kyoichi vivêssemos. Se eu fugisse agora nunca conseguiria me perdoar e carregaria isso para o resto da minha vida. Mais um "fantasma" para me perseguir, mais uma morte em minha consciência. Não, dessa vez eu tinha a chance de ajudar, tinha a chance de impedir a morte de um inocente e faria isso nem que custasse a minha vida.

Mesmo estando apavorada e sentindo que morreria naquela luta eu não me movi, continuei ali encarando ela tentando engolir todo o meu medo. Mas assim que ela confirmou minhas suspeitas sobre quem seria sua próxima vitima minhas mãos começaram a tremer descontroladamente. Comecei a sentir o suor escorrendo pelo meus pescoço e tinha certeza que meu rosto deveria estar mais branco do que nunca, mas mesmo assim não me movi e continuei determinada. Não tinha morrido quando Angélica soltou seus pokemon para me caçar, não morri quando enfrentei aquele maluco do Mazaaki e não morreria ali!

- Vamos, mas eu sempre preferi brincar sozinha. - Falei tentando parecer séria e apesar da minha voz estar meio tremula só o fato de ter conseguido falar já me alegrava. Em seguida decidi dar algumas instruções para Erick se preparar para o inesperado, pois contra alguém como ela eu não tinha a menor ideia do que fazer. - Erick fique atento para se defender. Não se preocupe comigo, eu sei me virar e caso ela ataque pule para o lado e use suas vinhas para se defender. Entendeu? - Perguntei olhando um pouco para o meu pokemon.

Ele não parecia estar gostando nem um pouco de se ver sozinho contra dois pokemon claramente mais fortes e que tinham uma certa vantagem por causa do tipo, mas assim que ouviu as minhas instruções ele parecia mais incomodado ainda. Olhando o estado do Stylist ele temia o que poderia acontecer comigo e não parecia disposto a sair do caminho, mas assim que viu meu olhar ele percebeu que não teria escolha. Mesmo não gostando muito do que poderia acontecer ele teria que confiar em mim, o que não deveria ser muito difícil. Afinal, quando foi que algum plano meu deu errado? Melhor não pensar muito nisso.
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Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... Empty Re: Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não......

Mensagem por Ayzen Qua 15 maio 2013, 21:10

A orquestra no céu continuava a dançar pelo encontro da exilada com o semi-morto. Erick sabia, desde o começo, que persistir naquela rota não era uma sábia escolha e a natureza tentou alertar, mas nem sempre estamos aptos para ouvir conselhos, pois nem sempre são bons.

Apesar de estar em uma enrascada, e poderia levar tempo para sair dessa, Lúcia tentava-se calma, mas estar diante de um cenário cinza e de um homem parcialmente deteriorado por chamas que a moça não sabia de onde vinha, não era bem o melhor local para meditar.

As árvores se chacoalhavam cada vez mais com a presença de fortes ventos que pareciam abalar o local de uma forma aterrorizante. Como se não bastasse os clarões repentinos dos relâmpagos, os trovões insistiam em mostrar medo na rota que já passava por uma cena de terror, na batalha flamejante que se estendeu.

Apesar de ter estudado para ser cadete, Lúcia tinha renegado a vida como capacho de Angélica e não queria viver sobre a anarquia vigente. Mas todo conhecimento é bem-vindo e a exilada pode perceber que poderia ainda salvar a vida do homem, que desacordado, lutava para manter-se vivo ainda.

Mas como ajudar alguém que estar a tocar o braço seco da morte? Certamente se fosse buscar ajuda, poderia não encontrar ou tardar em encontrar, resultando no óbito do loiro. A garota, embora fosse dura na queda, não dispusera de força suficiente para levar o forte rapaz, que pesava muito mais que ela aguentava.

Mas, e então, o que fazer? Seria possível ela sair dessa situação com vida? Seria possível ela poder apreciar a vitória em salvar a vida de alguém? Poderia ser difícil, mas para alguém que era cercado de ótimas ideia e planos muito bons, não poderia tardar até achar uma solução...

Como uma flecha que acerta de súbito o seu alvo, Lúcia lembrava de um equipamento que ela tinha, que poderia ser muito útil: o celular!

Com o aparelho, a morena poderia muito bem poder ligar para o Hospital de Nyender City e assim poderia salvar a vida do rapaz, que agora estava no leito de morte.

Era uma ideia boa e poderia funcionar, salvando a vida de uma pessoa e fazendo Lúcia uma pessoa sem peso na consciência. Já não bastava todas as mortes que ela tinha que carregar consigo em cada rota, cada passo, cada pensamento.

A lama no corpo da moça secava mais rápido, talvez por conta das fortes massas de ventos uivantes que a rota lançava contra ela, como se fosse o golpe Gust. Ficando cada vez mais pesada, a jovem retirava o celular de onde estava, pronta para executar o seu plano perfeito.

Mas essa rota não seria uma rota de sorte. Não foi nas ruas de Nyender City e nem a pouco tempo, na presença de Mazaaki. Ao tentar começar a execução, Lúcia se deparava com o seu Pokémon Grass, na tentativa de defender algo e era ela.

Na frente, uma ruiva, louca, com certeza, estava apreciando a sede de sangue que emanava de seus olhos sem emoção, com a comicidade de seu sorriso espantalho. A situação era um tanto estranho e os raios e trovões saldavam a entrada da maluca em cena.

O grande caminho se estendia até a exilada e ali perguntas e mais perguntas começaram a golpear a jovem. Deduzia de primeira que ela era uma stylist, talvez pelas suas roupas espalhafatosas, mas logo a ideia se erradicava. Era uma louca, sem dúvida era, afinal, ela mesmo tinha afirmado ter matado o stylist, que com certeza era o jovem caído ali.

Agora a jovem sabia o que aconteceu ali! Uma batalha entre o Stylist e a louca resultou na carbonização do corpo do perdedor e o causador disso era nada menos que um Pokémon que se escondia, aparentemente, detrás das pernas de sua mestra: Vulpix.

Agora as peças começavam a se encaixar no amplo quebra-cabeça que se formou na cabeça de Lúcia. Era como se tudo ali fizesse sentido ali e agora, mas a louca parecia querer mais.

A garota se intrigava pela capacidade que a ruiva tinha de comemorar a morte que ela mesmo causou. Lúcia passou a saber que ela era realmente uma louca e nada mais mudaria isso. Parecia que a pobre alma não tinha tratamento nem nada poderia salva-la.

Agora, o medo tomava os corpos da dupla que estavam abismados com o que tinha ocorrido ali e o que estava ocorrendo. Fugir dali, seguir o conselho da rota, seria o primeiro passo para poder viver. Era a melhor opção, que englobava nada mais do que uma alternativa em que noventa e oito por cento das pessoas sensatas escolheriam.

Mas Lúcia fazia parte dos dois por cento que queriam ficar e procurar briga. Ela não poderia deixar o loiro ali, caído, a mercê de uma louca que poderia terminar o serviço que ela começou.

Ela devia isso a todas as mortes que passaram por ela. Todas as mortes que mantinham a sua presença constante sobre a vida da jovem exilada. Era uma questão de retribuição e honrar aqueles que já se foram. De certo modo, a garota estava certa, mas poderia, ela, honrar sendo mortar?

Em campo estava, além de Snivy e Vulpix, uma Ekans, que parecia faminta e olhava de Erick para Lúcia como se fosse o prato principal ali. Estaria um Pokémon Fire e um Poison, ambos levavam vantagem contra Erick, que tremia em pensar em enfrentar qualquer um dos dois.

Mas estava decidida, Lúcia iria enfrentar a louca: - Vamos, mas eu sempre preferi brincar sozinha. - A garota era irônica, e com certeza sentia-se menos tensa por conseguir falar pelo menos.

- Gosta de brincar sozinha?! Isso não é legal. Ele também gostava.


A louca dizia com cara de birra, como se não gostasse daquilo, chegando até a ser engraçado. Mas ela apontava na árvore. Lá, uma corda estava amarrada em um dos galhos e na outra ponta, um Oshawott, enforcado. Poderia ser este o Pokémon do Stylist, que bruscamente foi morto.

Uma vida tinha ido embora e a do stylist estava a caminho. O caminho parecia cada vez mais curto e só Lúcia poderia provocar uma avalanche para poder soterrar a chegada.

A ruiva louco começava a bater palmas com uma alegria imensa.

- Fofinha, hora do jantar!


Um raio soou no meio do campo e assim Ekans começava a se rastejar. Gostas d’água começavam a despencar com força no campo, formando o começo da chuva. Ekans ia de boca aberta para cima do morto. Seria que Ekans iria...

Snivy não queria nem pensar em deixar Ekans se aproximar e ignorou completamente o que Lúcia havia dito e saltou na frente da cobra, que logo se recolheu com raiva de ter alguém atrapalhando a janta dela e erguia o seu chocalho e começava a toca-lo na mesma frequência da queda da chuva, que agora já estava bem mais grossa.

- Ount, cobra verde não pode fazer isso. Fofinha está com fome e precisa se alimentar. Mas você é muito verde, Fofinha precisa de mais gordura. Vou deixar você servir de salada para a minha querida Bailarina.

Dizia a louca, que abria os braços para o alto enquanto os trovões, raios e relâmpagos surgiam no fundo, fazendo a cena ficar macabra cada vez mais. Entre Erick e “Fofinha”, uma luz multicolorida surgia e logo se dissipava, mostrando a “Bailarina”, Kirlia.
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Mensagem por Moon_fire Qui 16 maio 2013, 17:28

O celular estava em minha mão. Bastava apenas teclar os números, falar com a atendente informando tudo o que ela precisava e aguardar a ajuda chegar, uma coisa bem simples que talvez não demorasse mais do que alguns minutos. Mas com aquela mulher ali será que eu conseguiria ao menos digitar os números? Duvido muito, não só por causa das minhas mãos que não paravam de tremer, mas também por que ela parecia querer ver mais sangue e duvido muito que ela deixaria que alguém a atrapalhasse.

Mesmo se eu conseguisse ligar e alguém chegasse ali provavelmente seria atacado por um dos dois pokemon dela, isso se ela não tivesse mais nenhum escondido em algum canto dessa rota destruída. Por um breve momento acabei me distraindo imaginando como seria legal se a Angélica aparecesse agora, pois ela provavelmente seria atacada pela louca e começaria uma batalha, me dando a chance perfeita de fugir dali e ainda teria garantias de os outros cadetes que provavelmente estariam com a comandante iriam socorrer o Stylist ferido. Seria quase perfeito, pois me livraria das duas, o homem receberia cuidados médicos e eu sairia dali sem problemas, talvez com um ou dois cadetes no meu pé, mas nada tão grave quanto a situação em que me encontrava agora.

Aquela primeira e provavelmente única vez que eu ficaria feliz em ver a Angélica aparecer na minha frente, mas considerando a minha boa sorte era capaz dela aparecer apenas no pior momento, talvez quando eu já não aguentasse mais fugir ou no meio de uma grande batalha em que eu já não tivesse nenhum pokemon para lutar e nenhum meio de fugir. É, eu não poderia contar com nenhuma ajuda agora além do meu amado Snivy e já que isso tinha nos mantido vivos até agora, não tinha porque agora falhar. Pelo menos era com isso que eu contava.

Era difícil dizer o que mais me enchia de medo naquela situação. Vulpix e seu poderoso, porém desconhecido ataque de fogo já era algo bem ruim, somado com uma mestra sedenta por sangue e que se divertia com o sofrimento alheio duplicava a encrenca. Como que para fechar tudo em grande estilo ainda tinha aquela, que seria bela e digna de se observar em qualquer outra situação, Ekans, que parecia estar faminta e pronta para jantar. E o prato do dia era um Stylist bem passado, Snivy de entrada e Exilada de sobremesa. Bom para a pokemon venenosa, péssimo para nos.

Isso me fez lembrar de algo que nem tinha pensado ainda, mas era algo que estava faltando naquela equação. Onde estava o pokemon do Stylist? Ele deveria estar aqui em algum lugar perto de seu mestre, mas eu não o via em parte alguma e pela expressão da Ekans ele ainda não tinha virado jantar. Será que ele tinha sido retornado para a segurança da pokeball? E se fosse isso, será que ele estava vivo? Eu não tinha a menor ideia, mas se ele estivesse próximo talvez fosse uma boa ideia usar minha potion nele para quem sabe convence-lo a nos ajudar. Afinal a louca tinha três pokemon e eu só um, qualquer ajuda seria muito bem vinda.

Nesse momento a Mulher respondeu meu comentário de uma forma que só me deixou ainda mais confusa. "Ele? Será que ela esta falando do Stylist?" Pensei imaginando que ela poderia estar falando do possível fato de que na hora "H" o homem poderia ter retornado seu pokemon para que não se machucasse tanto. Uma coisa que ela poderia ter entendido como ele querendo brincar sozinho, sem incluir seu pokemon. Mas ela estava apontando para o lado errado. Na direção em que ela estava apontando só tinham mais árvores queimadas e...... espera, tinha algo pendurado em uma das árvores. Mas o que era aquilo?

Era difícil dizer olhando daquela distância, mas conforme eu prestava mais atenção conseguia ver mais e mais detalhes do objeto pendurado na árvore. Num primeiro momento parecia um pequeno boneco azul amarrado por uma corda no galho, mas isso não fazia o menor sentido. Nem ela perderia seu tempo fazendo algo tão estranho quanto isso, ou perderia? Não, por alguma razão aquilo não parecia um boneco. Eu já tinha visto muitos bonecos na loja de brinquedos em Nyender e nem mesmo os da coleção particular do dono eram tão detalhados como aquele.

Minha mente parecia não querer encarar a realidade, mas depois de olhar bem para o "boneco" e pensando no que a Louca tinha acabado de dizer meu rosto finalmente perdeu o resto de cor que ainda tinha, ficando tão branco quanto giz. Aquilo não era um boneco. Era um Oshawott de verdade! Aquele era o pokemon do Stylist e pelo modo que balançava inerte pendurado por aquela corda estava claro que ele já estava morto. Sua pequena e preciosa concha que todos os pokemon daquela especie valorizam tanto não estava com ele e provavelmente estava jogada em algum lugar, talvez bem abaixo dele, mas agora isso não importava. Ele não iria mais se preocupar com ela, aliás não poderia se preocupar com mais nada.

Parte de mim, a mais ingênua que provavelmente era a responsável por me meter naquela enrascada ainda tinha um pouco de esperanças e por um breve momento considerei a possibilidade de ir lá soltá-lo. Talvez ele também ainda estivesse vivo e como o seu mestre, apenas aparentasse estar morto e com sorte se alguém o tirasse de lá ele ainda teria uma chance de viver. Mas se eu fosse até ele provavelmente a Ekans aproveitaria esse momento para finalizar com o Stylist e finalmente teria o seu jantar. Naquele momento eu estava dividida entre ficar ali pelo bem do Stylist ou ir até seu pokemon que poderia estar vivo e por mais que me doesse fazer eu aquilo, eu tive que virar o rosto e deixar o pokemon ali. Entre as duas opções eu tinha que escolher aquela, pois nem tinha certeza se o pokemon aquático estava ou não vivo.

Agora que tina visto o pokemon já até conseguia ver a cena que deu origem a tudo aquilo. Provavelmente o stylist estava indo até o próximo teatro em Chermont para a sua apresentação. Só que o destino parecia não ser a favor disso e ele encontrou aquela Maluca e seu Vulpix. Como tinha um pokemon que levava vantagens o Stylist deve ter se sentido confiante o bastante para aceitar a batalha, cometendo o maior e quase ultimo erro de sua vida. Mas tinha algo que ainda me incomodava e era o fato da pokemon de fogo ter derrotado um aquático.

Não que eu nunca tivesse visto uma boa estratégia superar as fraquezas de tipo de seus pokemon, eu mesma já tinha conseguido fazer Snivy derrotar um pokemon voador e outro venenoso. Mas aquilo era diferente. Não só eu, mas na mente de muitas pessoas água sempre ganha de fogo. Isso era básico, luta entre elementos da natureza. A chuva sempre apaga o incêndio. A vela sempre é apagada pela água. Se aquela Mulher conseguiu fazer seu pokemon de fogo derrotar o Oshawott e ainda continuar naquele estado em que ela podia muito bem enfrentar Erick, nos agora que estávamos em desvantagem não teríamos a menor chance.

Seria preciso que eu tomasse muito cuidado com as minhas estratégias e que Snivy confiasse em mim e as executasse de maneira precisa, o que ele deveria fazer já que eu nunca o "deixei na mão" e ele sempre cofiou em mim. Sempre pude contar com Erick e ele sempre confiou em mim, mas parecia que isso seria testado de forma extrema hoje. Pois quando finalmente consegui parar de olhar para o pokemon pendurado na árvore e me virei para a Maluca a minha frente tive tempo de ouvir ela mandando sua pokemon atacar e de ver Ekans avançando na direção de seu jantar.

Aquilo me pegou de surpresa, me deixando sem reação e se Snivy não tivesse agido agora a pokemon venenosa estaria se banqueteando com carne fresca. Em qualquer outra situação a desobediência de Snivy teria me deixado zangada, mas agora estava quase agradecendo-o por isso. Ekans não ficou nada feliz com aquilo, se contraindo para trás ela agora estava em uma posição perfeita para atacar Snivy, que agora estava começado a voltar a ficar completamente verde conforme a chuva terminava de lavá-lo. Isso era bom, pois sem toda aquela sujeira ele lutaria mais livremente e se sentiria mais confiante, mas será que isso bastaria para nos garantir a vitória?

Enquanto eu pensava nisso a Maluca voltou a falar da maneira dela e pude entender que ela também não tinha gostado que Erick impediu sua pokemon de se alimentar, mas assim que ela falou de uma tal de "bailarina" eu me senti totalmente perdida. "Bailarina? Do que aquela louca estava falando?" Pensei enquanto a louca erguia os braços e os trovões criavam o clima como se algo fosse acontecer. E aconteceu.

Surgindo de um pequeno show de luzes apareceu uma pokemon verde e branca que realmente lembrava muito uma bailarina entre Snivy e Ekans, fazendo com que meu pokemon recuasse um pouco de susto. Não demorei muito para perceber que aquela era uma pokemon que eu tinha estudado muito por causa de sua habilidade especial. Aquela era uma Kirlia, uma pokemon psíquica que tinha a capacidade de sentir as emoções das pessoas e pokemon ao seu redor.

"Kirlia com teleport, Vulpix com um poderoso ataque de fogo e uma Ekans faminta. Três contra um. Isso não é nada bom" Concluí dando um passo para trás. Agora era tarde para fugir, pois mesmo que eu conseguisse correr o dobro da minha velocidade máxima com as minhas pernas bambas de medo, ainda sim não seria o bastante pois Kirlia nos alcançaria simplesmente se teletransportando. Agora eu não tinha escolha, teria que lutar para sair dali com vida.

Mesmo com essa certeza em mente eu estava indecisa e com medo. Não sabia em quem me focar primeiro e toda a vez que pensava em dar os comandos para Erick atacar um dos pokemon, percebia que isso o deixaria vulnerável aos outros dois e logo mudava de ideia. Não conseguia me concentrar com tantos adversários e preocupações em mente então dei um simples comando a Erick e esperei que fosse o bastante e que me desse algum tempo para conseguir me acalmar.

- Me desculpe, mas a Fofinha e a Bailarina vão ter que achar outra coisa para comer. Erick se mantenha atento e use seu Vine Whip para atacar qualquer um que se aproximar. - Falei não muito orgulhosa da minha estratégia fraca, mas era o máximo que eu conseguia fazer naquele momento., então torci para dar certo e esperei para ver o que a louca faria.
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Mensagem por Ayzen Seg 20 maio 2013, 14:22

A exilada estava em uma situação verdadeiramente difícil. Ela precisava ajudar o ainda vivo stylist, mas passar por uma louca, que achava que tirar vidas alheias não passava mais de diversão, era bastante complicado.

Como ela sairia daquela situação horrenda? Ela poderia muito bem digitar o número da ambulância de Nyender City e assim essa viria. Ou, por outro lado, seria conveniente ligar para Angélica Tompson e fazer a oficial vim naquela rota chuvosa capturar a louca? Bem, pode ser arriscado, mas pensando na possibilidade de que a oficial dos cadetes poderia dar de cara com aquela louca, era bem prazerosa para a exilada, que sofreu tanto nas mãos da megera.

A chuva caia fortemente pela rota. Raios e trovões continuavam a reger a orquestra da natureza, levando embora parte da lama do corpo da moça e mostrando apenas o sangue coagulado nas vestimentas, entre manchas amarronzadas.

Snivy estava quase totalmente verde mais uma vez. Ele nem poderia se deliciar com a chuva que limpava o seu semblante, já que estava sobre pressão da louca e dos seus poderosos Pokémons. Ekans e Vulpix seria uma barreira enorme. Como o Pokémon Grass iria passar por ele, sendo que ali, vantagem de tipo não havia, apenas uma boa estratégia poderia erguer a vitória para Erick e sua parceira.

Apesar de ser louca, a ruiva tinha total convicção do que falava e apesar das metáforas usadas, ela fazia analogia com tudo que ali havia. Questões assombravam a moça, que apesar do seus vinte e poucos anos, ainda teria muito para aprender.

Qual seria o Pokémon do stylist? A batalha não poderia ter causado tantos estragos se fosse entre humano e Pokémon. Aquela cena horrorosa só poderia se consolidar se fosse entre Pokémons. Foi ai que mais uma vez, a louca provou ser o que ela é: louca.

Na árvore, amarrado sobre um corda, uma massa se alojava na ponta da corda. Era um Oshawott, um Pokémon Water, que estava sem vida, enforcado ali. Pelo menos era o que pareceu.

Lúcia ficava mais pálida do que ela realmente era e percebia o quão horrenda era aquela cena, causando ânsia de vômito nela e também em Erick. Era uma questão mais do que indiscutível: aquela mulher teria que ser parada.

Como pode uma pessoa ter um rocha no lugar do coração? Como pode ser assim aquela esfera sem vida e sem fim? Era realmente um tanto que desonrado o que se submetia aquela situação. Uma pose de criança, uma ação de psicopata e um cabelo ruivo, que destacava perante a rota toda cinza e sem cor.

Erick se desestabilizava em campo. O Pokémon caia no chão e olhava para a árvore. O Pokémon Grass se apoiava e se levantava com os olhos mais do que arregalados. Quem diria que o forte e destemido Erick poderia temer algo! Quem diria que o a coragem do Pokémon Grass fosse abalada com aquela cena de morte, que diferente de todas as outras, trazia consigo uma aura nefasta de agonia, caos e dor.

Além daquela desestabilidade emocional, Lúcia percebia que a batalha que aconteceu em poucos momentos antes da sua chega era um tipo Fire contra o tipo Water. O stylist estava na vantagem e a louca teria problemas. Mas Vulpix, apesar de quieta, estava bem, parecendo que não tinha nenhum arranhão. Mesmo sendo forte, os golpes de Oshawott deveria ter feito pelo menos um bom dano na Pokémon Raposa, mas isso não era perceptível.

Vulpix permanecia intacta, já Oshawott, derrotada, enforcada e, mesmo que a parte ingênua de Lúcia lutasse para não aceitar, morta. Que chance teria a exilada contra a louca da rota?

Mais uma surpresa se apresentava em campo. A louca chamava mais uma convidada para a festa. Era uma personagem que acobertaria o que Ekans, a cobra faminta, estaria a fazer. Após Snivy se importar para deter a Pokémon cobra de chega perto do Stylist, um Pokémnon surgia em campo para abrir alas para a sua parceira: Kirlia.

A bailarina que a ruiva louca citou era nada mais do que a Pokémon Psychic, Kirlia, que tinha a forma de uma dançarina de balé, mais uma analogia feita pela louca e mais um Pokémon que levasse vantagem contra o destemido Erick.

A exilada temeu mais uma vez e ela tinha razão, afinal, Kirlia era mais um grande peso contra ela, uma Pokémon que poderia facilmente se teletransporta para perto da exilada, caso essa decidisse fugir. Mas na mente dela, fugir não era permitido. Salva o stylist, sim!

Agora, o céu e os ventos clamavam por uma batalha. Erick estava preparado, embora ainda sentido por ter presenciado o corpo do Pokémon Water. Lúcia agora começava a se impor contra a louca e assim comandava o Pokémon Grass.

- Heeeeeeeeee.... Dance, dance, dance, Bailarinha. Suma e volta, com mais amigas.

A louca “cantava” o que seria os comandos e ao som dos ventos e trovões, somadas a doce voz dela, parecia que o palco estava formado para a apresentação da bailarina, que logo erguia os seus braços para o alto.

Kirlia era envolta de uma luz multicolorida. Essa luz, invadia todo o corpo dela, e logo sumia no ar. Ekans continuava com o seu chocalho no meio da mata, um dos instrumentos do grande espetáculo que se sucedia. Logo, Erick via que era hora de mandar Ekans para longe e assim avançava contra ela, mas logo era impedido de prosseguir.

No meio do campo, vários Kirlia reapareceram do Teleport, fazendo o Pokémon da exilada parar de súbito. Erick olhava de um lado para o outro e via as várias Kirlia vibrando como clones. De certo era o golpe da Pokémon Psychic, Double Team.

Erick estava apreensivo, ainda mais porque a cobra, de nome Fofinha, começou a se rastejar de volta para o stylist caído ali. Seria ali que o banquete seria feito?

Erick teria que impedir a cobra de prosseguir e assim lançava de suas costas várias vinhas verdinhas. Vine Whip acertava alguns clones, desfazendo esses, mas não garrava na original. O que a exilada fará?




Hora da Batalha
Condições da batalha: campo cinzento com várias árvores queimadas, um homem jogado na árvore mais próxima e nessa, no alto, um Oshawott enforcado.
Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... 495
Snivy/Erick - Lv.09- Trait: Overgrow
75%, Status: Normal
Vs.

Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... 281
Kirlia/Bailarina - Lv.12 - Trait: Synchronize
100%, Status: +1 Evasion / 4 clones em campo, com o original
Ayzen
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Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... Empty Re: Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não......

Mensagem por Moon_fire Ter 21 maio 2013, 11:19

Com a chuva forte que caía consegui me livrar de toda a lama que cobria o meu corpo, o que era muito agradável e percebi que Snivy também estava quase totalmente limpo, mas agora não tínhamos tempo para comemorarmos esse fato. Com nossas vidas em risco e ainda tendo que proteger o Stylist poderia até começar a chover granizo que eu não sairia dali. A chuva também lavava o resto da rota, mas o que mais me chamava atenção era que quando ela caía em Oshawoot este nem sequer reagia.

Pokemon aquáticos sempre reagem quando começa a chover. Isso fazia com que se sentissem bem e até mesmo curava alguns pokemon, mas aquele continuava inerte. Ele estava morto e nada que eu fizesse poderia mudar esse fato. Observar aquele corpo pendurado era muito perturbador para mim, mas me surpreendi quando vi a reação de Erick. Esta certo que não era algo fácil para ninguém ver, mas aquilo parecia ter tirado completamente o chão de baixo de Snivy.

Ele já tinha visto mortes antes assim como eu, mas ele nunca tinha reagido daquele jeito antes. Ele geralmente se mantinha mais calmo e focado na situação e eu esperava que ele fizesse isso principalmente agora estávamos correndo risco de morrer a qualquer instante. Mas em vez disso ele parecia querer sair correndo dali, queria deixar tudo essa cena terrível para trás e esquecer que tinha visto aquilo. Não era uma reação estranha para mim, eu mesma já senti isso quando voltei para casa e..... ai. Já entendi.

Uma lembrança, um pensamento foi o bastante para entender o que Erick estava sentindo. Minha mente voltou para o dia em que tinha passado no teste. Eu estava com as costa muito doloridas por causa da mão pesada daquele tatuador e Ângela, que naquele momento ainda era uma simples cadete, me acompanhou para pegar meu inicial. Eu lembro muito bem que aquela sala estava uma verdadeira bagunça com todos os iniciais correndo e pulando por todos os lados e enquanto Ângela fui buscar a pokeball de Snivy em uma gaveta eu vi uma cena que naquela hora não parecia ter muita importância, mas que agora explicaria muita coisa.

Em um canto da sala estava o pokemon que eu tinha escolhido, um Snivy e ao lado dele tinha um Oshawoot. Eles brincavam e conversavam sozinhos em um canto afastado e assim que Ângela surgiu com a pokeball do pokemon de grama eles se despediram rapidamente antes do pokemon serpente de grama ser sugado pela luz escarlate da pokeball. Sai de la sem da dar muita importância a isso, mas pensando nisso agora era possível ver que eles eram grandes amigos e aquela despedida despedida parecia ser algo como "nos veremos em breve."

Será que aquele Oshawoot era esse que agora estava pendurado pelo pescoço na árvore? Eu não sabia dizer, mas só o fato de ser da mesma espécie e muito parecido com seu amigo já fazia com que Snivy entrasse quase em choque. Não só por isso, mas a forma dura e terrível como aquele pobre pokemon tinha morrido também parecia afetar muito meu pokemon que geralmente era mais sério e reservado. Ser enforcado. Definitivamente era uma das ultimas maneiras que eu gostaria de encontrar o meu fim. Ficar pendurado sentindo a dor da corda apertando o seu pescoço somado ao fato de não conseguir respirar e o desesperador pensamento de que sua vida esta chegando perto do fim era realmente algo terrível Acho que única coisa que superava isso era morrer afogado, mas não era hora de pensar nisso.

Estávamos diante de três pokemon muito poderosas e como se não fosse o bastante eles ainda estavam sob o comando de uma psicopata maluca que se divertia muito vendo as pessoas e pokemon morrerem nas garras de seus pokemon. Com isso em mente morrer afogada parecia ser uma preocupação meio boba. As possibilidades de morte mais prováveis eram morrer esmagada por uma Ekans, morrer envenenada, queimada e isso sem contar que eu só conhecia um ataque da Kirlia, mas só o fato dela poder me teletransportar para sabe-se-lá aonde já era uma coisa bem ruim.

Uma batalha parecia se inciar quando a louca dava o que pareciam ser ordens, mas assim que ouvi ele dizer "volta, com mais amigas" meu sangue gelou e comecei a pedir muito que ela não voltasse com mais nenhum pokemon da louca . "Mais não, por favor três já é demais." Pensei olhando apreensiva para o local em que ela havia desaparecido, mas logo tive que parar de pesar nisso. Ainda tinha Ekans e Vulpix em campo e no momento em que me concentrava em um o outro parecia se preparar para atacar, o que não era nada bom.

Erick tentou avançar contra a pokemon venenosa, mas logo foi impedido quando Kirlia reapareceu junto de várias outras iguais a ela que agora cercavam meu pokemon de grama. Parecia que "voltar com mais amigas" queria dizer para usar o movimento Double team, um ataque muito útil e que poderia derrotar os desavisados apenas assustando-os com o repentino aumento na quantidade de adversários. Mas da mesma forma que sempre quis ter esse ataque em meus pokemon eu tinha criado uma boa maneira de lidar com ele e o ataque Vine whip de Erick seria perfeito agora.

Porem mais uma vez percebi que aquela batalha não era lugar para longos devaneios e planejamentos muito longos, pois enquanto eu observava a luta Ekans aproveitava a minha distração e a de Snivy para mais uma vez tentar chegar perto do Stylist para transformar ele em seu almoço. Um segundo pokemon seria muito útil agora, mas não tinha tempo para ficar me lamentando, tinha que proteger o Stylist então conforme a pokemon venenosa foi se aproximando eu me posicionei entre ela e o Stylist e me preparei para chutá-la bem no "nariz". Me lembrava de ter lido que esse era o ponto mais sensível de pokemon como a Ekans então esperei que isso fosse o bastante para detê-la ou ao menos fazê-la recuar.

- Erick se concentre apenas na Kirlia, ok? - Falei tentando fazer com que Snivy se preocupasse apenas com sua luta, pois se quiséssemos ter uma chance de vencer era preciso que ele se concentrasse nos movimentos da rápida e precisa pokemon psíquica. - Use seu Vine whip girando, assim você vai conseguir destruir todos os clones e ainda vai ter chance de atingir a verdadeira. Depois disso fique atento para desviar dos ataques dela pulando para os lados e a atinja com um poderoso Tackle assim que tiver uma chance. E lembre-se, se mantenha calmo e concentrado que você vai vence-la mais rápido. - Concluí tentando dar mais um motivo para Erick se manter concentrado em sua própria luta.

Porém não pude ver se ele concordou ou não com minhas ordens, pois nesse momento tinha que me preocupar com Ekans. Estava claro que ela não desistiria de conseguir seu almoço, mas se ela quisesse chegar perto do Stylist ela teria que passar por mim primeiro. O que pensando bem não seria tão difícil para ela, mas não me impedia de tentar continuar protegendo o Stylist que ainda lutava por sua vida.
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Mensagem por Ayzen Ter 21 maio 2013, 13:16

A chuva estava caindo e o barulho causado para ela seria tranquilizador, se Lúcia não tivesse na linha de fogo contra a psicótica ruiva. A garota estava apreensiva, mas pelo menos o peso da lama em seu corpo estava caindo sobre a rota, que dava o ar de mais um colorido sobre o campo.

Erick realmente estava abalado com tudo o que aconteceu. Encontra uma assassina não era uma novidade para o Pokémon Grass, muito menos para a exilada. Mas algo perturbava o Pokémon Grass fazendo Lúcia tentar imaginar o motivo.

Poderia ser vários, de certo, mas um chamava a atenção da garota. Ela lembrava da vez em que a oficial Ângela levou a moça até o local onde ela pegaria o seu primeiro Pokémon. Nesse local, Erick estava feliz ao lado de um Oshawott, amigo dele, e logo ele se despediu.

Poderia ser isso? Seria aquele Oshawott imóvel na árvore, sem emitir nenhum tipo de movimento, o Pokémon que um dia foi amigo de Snivy? Seria ele ou apenas o fato de ser um Oshawott abalava os sentimentos de Erick?

Era uma dúvida que possivelmente solucionaria esse caso. Não era do fetil de Erick emitir muitas emoções. O Pokémon era mais reservado, fiel e durão, sendo até difícil lhe dar com ele, mesmo se tratando de uma batalha tão arriscada, Erick insistia, às vezes, em realizar os seus próprios movimentos.

A batalha que estava preste a se erguer era nada menos que uma batalha de quatro contra dois; a louca, a Bailarina, Mimosa e Fofinha contra a Exilada e o gladiador verde. Ao redor do cenário de batalha, algumas manchas amarronzadas se sobressaiam da mancha cinza em campo.

Como seria aquela batalha? Lúcia imaginava como era terrível ser morta enforcada ou afogada, mas ali ela tinha a possibilidade de abraçar a morte segurando as brasas quentes do Vulpix, ou quem sabe o veneno de Ekans, ou sabe lá como Kirlia iria poder ceifar a vida da moça.

O stylist estava ali no chão, ainda respirando, se segurando para não perder o fino fio de vida que ainda sustentava-o em campo. Era terrível saber que todo aquele esforço tinha a possibilidade de ter sido em vão, apenas para sustentar o Pokémon Poison.

Ekans seguia o seu caminho até o corpo enquanto Lúcia temia que Kirlia fosse buscar mais Pokémons comandados pela psicótica. Mas logo ela percebia que se tratava de Double Team, mas nem por isso ela se aliviava.

Lutar contra a psicótica, proteger o stylist e não ser morta, parecia que se tratava de um jogo de terror, onde eram muitos objetivos em pouco tempo, com poucas armas. Era notório como ela se empenhava cada vez mais para poder vencer aquela provação.

A natureza avisou, mas se ela não tivesse sido tão teimosa, ela não teria a chance de salvar o stylist, mesmo pondo o seu pescoço na mira da ruiva.

A ruiva, em seu lado do campo, parecia dançar sobre o som. Era uma opera para ela, onde cantava os comandos e Kirlia dançava ao som da música e dos golpes. Snivy persistia atordoado e Lúcia corria e se colocava na frente de Ekans, impedindo-a de prosseguir.

Quando a Pokémon Poison percebeu que teria dificuldades de prosseguir, a Pokémon se recolheu em torno de si mesma e levantava o chocalho e assim tocava. A ruiva batia o pé no chão, fazia bico e imitava uma garota mimada.

- Não, não, nhaaaaa.... Não atrapalhe o banquete. Não é certo a sobremesa vim primeiro que o prato de entrada.

Dizia a louca com o dedo indicador balançado em reprovação. Logo em seguida, ela mostrava a língua para Lúcia e apontava para a mesma.

- Mimosa, esquente a sobremesa!


Snivy arregalava os olhos, enquanto Lúcia comandava mais uma vez os seus movimentos. Agora, Mimosa, a Vulpix, iria entrar em cena. A mesma Pokémon que detonou com o corpo do stylist. Parecia que o Pokémon Grass teria que se decidir em seguir ordens ou proteger a sua parceira, mas ai, estaria se condenando a perder da Bailarina.

- Vamos dançar com a Salada, Bailarina. Dê energia a ela e em seguida resfrie.


Dizia a psicótica ruiva, enquanto dançava como uma verdadeira bailarina. Kirlia logo seguia as suas ordens, erguendo os braços e realizando um giro delicado de balê. Mas quando Erick via todas as Bailarinas erguerem as mãos no alto e começarem a gira, logo liberava as suas vinhas verdes mais uma vez.

Erick girava mais veloz que as Bailarinas em campo e com as suas vinhas, destruía uma por uma e ainda acertava a original que estava ali. Kirlia era lançada para o canto e não conseguia concluir o seu ataque, devido a força do dano crítico.

Mimosa, a Vulpix, parte dos pés de sua mestra e usa um Quick Attack, deixando um rastro de luz branca para trás e se aproximava de frente de Lúcia e assim lançava uma chama vermelha, que seguia em forma espiral até a exilada. Era Fire Spin.

Snivy que tinha acabado de concluir o seu ataque, via ao lado Vulpix lançar o seu poderoso golpe de chamas e lançava sobre Lúcia o seu Vine Whip que amarrava a sua mestra e a puxava, lançando a garota no solo.

Uma parede de chamas se formava entre as duas Pokémons da louca e o stylist caído, mas mesmo assim, Ekans seguia o seu percurso entre as chamas que logo diminuíam devido a forte chuva em campo.

Vulpix dava alguns passos até Lúcia, que se via ao lado de Snivy, que estava sobre a mira de Kirlia, que tinha acabado de se levantar.

- Iuupeee. A mesa estar posta!





Hora da Batalha
Condições da batalha: campo cinzento com várias árvores queimadas, um homem jogado na árvore mais próxima e nessa, no alto, um Oshawott enforcado. Chuva forte.
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Mensagem por Moon_fire Ter 21 maio 2013, 17:38

Com toda aquela chuva forte agora só restavam algumas poucas manchas de sangue ressecado na minha pele e eu estava tão molhada como se tivesse acabado de sair de uma piscina. O vento continuava a passar pela rota e os raios apenas completavam o clima de filme de terror, porém nos filmes as pessoas normalmente estariam dentro de uma casa ou prédio abandonados, em vez de ficarem como eu que agora estava começando a tremer de frio. Porem era muito difícil dizer se eu estava tremendo de frio ou de medo.

Parada ali encharcada "até os ossos" fiquei observando nossos adversários e percebi que aquele não seria uma simples batalha entre nossos pokemon. Não aquela batalha acabaria envolvendo todos ali e no momento estava eu, Erick, o Stylist que poderia ser considerado como "nocauteado" e o Oshawoot... não tinha outra classificação para ele se não morto. Ele estava ali já fazia muito tempo e se tivesse tido alguma chance de salvá-lo ela já havia passado, talvez até antes da minha chegada naquele "campo de batalha".

Do outro lado tínhamos uma maluca que agora parecia ter entrado no clima de sua pokemon psíquica, dançando e cantando; Uma Vulpix com um ataque de fogo no minimo devastador, uma Ekans faminta da qual eu nem precisava saber dos ataques para temê-la e tinha a Kirlia que a cada segundo que passava eu aprendia a temer cada vez mais. Quatro contra dois, sendo que eu e Snivy estávamos em desvantagem de tipo, quantidade e nível de experiencia. Olhando a situação desse ângulo estava claro que não tínhamos a menor chance de sair vivos, mas pensando bem desde quando nos tivemos?

Correndo daquele cadete não tínhamos nenhuma experiência em batalhas e nem sequer um minimo de trabalho em equipe, mas conseguimos fugir. Contra os dois cadetes estávamos em desvantagem de tipo e ainda não tínhamos muito experiência em lutas, mas saímos vitoriosos. Contra a Angélica nossas chances eram menores ainda, pois ela tinha todos os fatores, nível, experiência, vantagem de tipo e conhecimento do terreno. Ela tinha tudo para nos capturar ou até mesmo nos matar, mas ainda sim conseguimos fugir. E o mais recente, contra Mazaaki estávamos mais uma vez na desvantagem de tipos e experiência, além do fato dele ser completamente imprevisível e quase tão louco como essa mulher, porem mais uma vez conseguimos sair da enrascada. Tínhamos passado por tanta coisa em tão pouco tempo, então por que não poderíamos sair dessa? O que essa luta tinha que as outras não tinham?

Nessa luta eu sentia minha vida e a de Erick correrem perigo de uma forma completamente diferente. Dessa vez nossa adversária não se importaria em esperar a luta terminar para nos matar, ela queria ver mais mortes agora. Mais especificamente ela queria ver sua Ekans se alimentar e eu e o Stylist estávamos no cardápio. Provavelmente Snivy seria o brinquedo, refeição ou sei lá o que a Bailarina iria fazer com ele, a única certeza que eu tinha era que se os planos da Maluca se concretizassem todos nos acabaríamos mortos apenas para diverti-la e logo ela partiria atrás de mais vitimas.

Mas se fosse depender de mim aquilo acabaria ali e assim que a pokemon venenosa começou a rastejar em direção a sua refeição me coloquei no caminho, fazendo com que a pokemon se encolhesse e agitasse sua cauda mais uma vez mostrando que estava irritada. "Então ela se irrita fácil não é? Isso pode ser um ponto positivo pra mim." Pensei enquanto observava a pokemon sibilar por mais uma vez ter seu caminho até a sua "refeição" bloqueado por alguma coisa.

Nesse momento a louca começou a se comportar como uma menina mimada, batendo o pé e dizendo mais uma de suas falas confusas, que logo entendi o significado mostrando que talvez eu também estivesse ficando louca, mas agora não tinha tempo para pensar nisso. Então eu sou a sobremesa? Interessante, então acho que isso poderia dizer que Snivy era a entrada e o Stylist era o prato principal. É agora era oficial, eu estava ficando maluca pois já estava entendendo tudo o que a louca estava dizendo.

"Mimosa esquenta O QUÊ?!!" Pensei dando mais um passo para trás. Aquilo não era nada bom mesmo. A Vulpix se aproximava com seus pequenos passinhos e apesar dela ainda ser uma pokemon bela eu sabia que o ataque de fogo dela era algo devastador e mesmo estando com muito frio eu não queria nem saber que ataque ela teria, muito menos queria sentir ele em minha pele.

- O melhor é sobremesa fria! Exclamei tentando fazer com que a Louca mudasse de ideia e deixasse sua Vulpix fora disso. Olhei rapidamente para Erick antes de voltar minha atenção para as outras pokemon da Louca e ele parecia ainda mais assustado que eu. Seus olhos estavam arregalados e eu pude ver a indecisão em seu rosto. Ele não sabia se seguia o que eu tinha falado e continuava lutando apenas contra a Kirlia ou se tentava me ajudar contra Ekans e agora a Vulpix.

Logo Kirlia o obriga a prestar atenção na batalha começando a usar um ataque que mesmo entendendo um pouco a linguagem estranha da louca eu não tinha a menor ideia de que seria, mas tinha que ser ditado antes de ser completado. Pensando como eu Snivy seguiu minhas instruções e girou ainda mais rápido que a bailarina usando suas vinhas para destruir todos os clones e ainda conseguiu impedir o ataque da pokemon psíquica a atingindo em cheio com uma chicotada.

Enquanto eu observava feliz Erick realizar os movimentos com perfeição e até um pouco de graça, Vulpix se aproximava furtivamente e quando me dei conta disso tive apenas tempo de ver as chamas se aproximando e levantei meus braços na frente do rosto pronta para receber aquele ataque. Acho que soltei um pequeno grito, mas tudo acontecia tão rápido que nem tinha mais certeza de nada. Quando achei que o golpe me atingiria senti algo se enrolar no braço como uma corda e fui puxada, caindo de cara no chão eu senti o ataque passar por cima da minha cabeça. Atingindo sabe-se-lá o que, mas o que importava é que eu não tinha virado churrasco.

Ainda no chão vi Erick recolher a vinha que tinha me salvado e sorri para ele. Estava tão em choque com o que quase aconteceu que só consegui fazer isso para gradece-lo antes de ver Ekans indo em direção ao Stylist e a Vulpix vindo em minha direção, ao mesmo tempo em que Kirlia se levantava para continuar a batalha. Eu não sabia o que fazer! Ekans precisava ser detida, Vulpix vinha na minha direção decidida a terminar de cozinhar a sobremesa de sua colega e Erick precisava de instruções para que não fosse surpreendido pelos truques da pokemon psíquica! Era tanta coisa que eu nem sabia por onde começar!

Três problemas para apenas dois resolverem! Como eu poderia resolver aquilo? Se eu me concentrasse em deter a Ekans e dar as instruções para Snivy, Vulpix me atacaria antes que eu tivesse a chance de chegar perto da pokemon poison, mas se eu me concentrasse em me livrar dela Ekans estaria livre para acabar com as ultimas chances que Stylist tinha de sair vivo daquela situação. Se surgisse mais um único problema eu mesma poupava o trabalho da Louca e me matava.

Nesse momento de desespero olhei para a minha mãos cobertas novamente de lamas e nesse momento tive uma ideia tão maluca que poderia dar certo. Aproveitando que eu não estava longe de Erick eu decidi falar meu plano em voz baixa, para que a louca não o escutasse e aumentasse a chances dele dar certo.

- Erick agora não podemos falhar e qualquer erro por menor que seja pode nos custar uma vida entendeu? Comece usando seu Vine Whip para pegar a Vulpix e tente jogá-la na Kirlia, nesse momento tome cuidado para não ser atingido pelos ataques e em seguida sinta-se livre para usar seu Vine Whip para atacar a Kirlia ou para se defender. Enquanto isso eu vou dar um jeito na Ekans com meu próprio ataque. - Falei piscando para Snivy que demorou para entender o que eu queria dizer com meu ataque, mas assim que ele viu minhas mãos cheias de lama ele pareceu entender e se virou para a Vulpix pronto para começar.

Sem querer perder mais tempo eu me sentei e com as mão cheias de lama eu comecei a jogar bolas e mais bolas de lama contra Ekas e algumas contra Vulpix, mas me concentrei em atingir os olhos e o nariz da pokemon venenosa. Isso talvez não deteria ela, mas se eu a atingi-se nesses pontos com certeza a irritaria tanto que talvez ela deixasse o Stylist em paz e se concentrasse em mim.
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Mensagem por Ayzen Ter 21 maio 2013, 21:39

A exilada continuava em seu lado do campo, tremendo de frio ou medo. Um dos dois ou os dois. Assimilava aquela situação com a possibilidade de encontrar uma casa, ou prédio abandonado, para findar logo o clima de filme de terror. Mas normalmente, os filmes de terror acabam bem, já outros, com algumas mortes. Lúcia não poderia ceder a participar de um final triste assim...

Lúcia finalmente aceitava a morte do Pokémon Water, pendurado de forma grotesca e morto de forma brutal. A falta de ar, elemento essencial para a vida, seria uma forma das piores de matar alguém.

A exilada observava o campo onde a batalha se erguia. Erick e ela não tinha nenhuma vantagem. Ekans e o seu veneno mortífero, Vulpix as suas chamas ardentes e Kirlia com o desconhecido oculto estava com todas as vantagens que a morena poderia imaginar, sem contar a sede de sangue que eles compartilhavam junto a sua mestra cantora.

Lúcia concluía que não tinha jeito. As vantagens naquele campo não existiam para ela. Não tinha como extrair mais de Erick do que ele poderia oferecer. Mas a exilada lembrava que nenhuma das suas últimas enrascadas ela teve vantagem. Não teve vantagem com o cadete, nem com a dupla no bueiro, muito menos com Angélica e o assassino da rota 1. Mas mesmo assim, ela sobrevivei e estar em mais outra enrascada.

Mas naquela situação, não só a vida da morena estava em risco, como uma terceira vida, que lutava para poder continuar nesse reino de tanta discórdia que Shinki formou. A ruiva queria apenas as vidas deles, em uma bandeja de prata e de preferência com uma maçã bem vermelha na boca de cada um ali. A morte para a louca não passava de um brinquedo ou refeição que poderia degustar calmamente.

Lúcia se impôs mais uma vez no caminho de Ekans até a sua refeição. Isso deixou a Pokémon mais irritada ainda, e a garota percebeu isso, concluindo que era um ponto bom. Às vezes, as pequenas as pequenas características imutáveis são uma terrível arma contra nós mesmo.

Lúcia logo começava a interpretar o que a ruiva maluca dizia. Ela entendia mais ou menos a função de cada um ali. Erick, a Salada, era o prato principal. O Stylist seria o prato principal, já a exilada... bem, era a sobremesa. A louca fazia birra como criança e chegava a ser cômico presenciar mais uma de suas interpretações no meio dos trovões.

A maluca já foi mestre-de-cerimônias, garçonete, dançarina e cantora. Agora, uma criança mimada assumia a forma de uma desmantelada mulher ruiva que perdeu a razão a muito tempo atrás e parecia que agora era incorrigível.

A garota estava diante de uma situação bastante delicada. Teria que lutar diretamente com a naja faminta, mas essa não queria isso, parecia que a fome era a única coisa que ela pensava. Lúcia teria que tomar cuidado, ainda mais porque Mimosa, a Vulpix linda e delicada, iria partir para cima dela.

Snivy se desesperou, mas logo neutralizou a Bailarina e pós a salva a sua treinadora de chamas poderosas de Vulpix. Um golpe simples, mas de poder esplendido, que queimou o Stylist e metade daquela rota. Mas o problemas não acabavam por ai.

Ekans voltava o seu caminho, passando pelo solo parcialmente queimado, limpo pela chuva grossa que caia, e Vulpix ia para cima da exilada, assim como Kirlia se erguia contra o Pokémon Grass. Três problemas e apenas dois para achar uma solução cabível naquele momento de tormento.

Seria o destino de Lúcia perecer naquela rota? Para muitos, era uma batalha impossível. Era uma questão mais do que evidente que a garota não se aproximasse de nenhum dos Pokémons ali, talvez, nem mesmo de Erick, que se tornava alvo mais provável de Kirlia.

A garota estava em uma tremenda enrascada. Pensaria ela na melhor solução para acabar com três desastre com apenas dois vetores de ação? De certo a maluca sorria feliz pelo espetáculo que assistia. Foi uma mestre-de-cerimônias, garçonete, dançarina, cantora, criança mimada e agora uma espectadora, ansiosa por sentir o cheio de carne queimada.

Ela pulava em campo e batia palmas para os protagonistas, Erick e Lúcia, e principalmente para os antagonistas, a Bailarina, a Mimosa e a Fofina, esta última já de boca aberta indo para cima do stylist.

A moça parecia ter um plano para finalizar aquele ato com um final feliz para que ela possa pelo menos salvar as vidas em canto. Partilhando-o com o Pokémon Grass, ela parecia ter conseguido a confiança do seu parceiro.

Entravam os dois juntos naquela batalha triunfal tendo como objetivo salvar a vida de uma pessoa, desconhecida, nunca ela viu. A única ligação que eles tinham com o jovem que estava inconsciente era o Oshawott que, segundo a exilada, deixava Erick abalado, nada mais. Era boa a garota e queria o bem para todos e, principalmente, guardava de uma humanidade que se perdeu nos tempos atuais.

Com o plano em mente, logo a louca se manifestava, dessa vez, nada de birra, ela estava feliz e ansiosa pelo próximo ato da cena. Era algo que parecia aguardar fervorosamente.

- Mimosa, torre nosso caldo quente, torre, torre, torre... Vamos minha Bailarina, use a sua brincadeira a seu favor. Nossa entrada é um Salada fria. Weeeeeeeeeeeeh! Fofinha, se sirva.

Ela gritava junto com os trovões e raios e parecia muito aterrorizante o falar calmo, como se aquilo fosse normal para ela. Mas só para ela.

Snivy seguia a ordem de Lúcia. Ele se colocava a postos e logo surgia as suas vinhas verdinhas. Lúcia apanhava muitas bolinhas de lama e começava a jogar contra o Pokémon Fire e Fofinha.

A “chuva” de lama que atingia Ekans tinha o efeito esperado pela gladiadora, que percebia que a cobra se virava contra ela e começava a partir para cima de Lúcia, por estar repleta de uma crosta marrom.

Vulpix que já tinha dado um salto para poder lançar a sua espiral de fogo, logo é pego com uma bola lamenta que engolia. A raposa de fogo caia no solo tossindo e expelindo pedaços de lama e terra.

Erick aproveitava isso e lançava o seu Vine Whip sobre o Pokémon Fire e o envolvia. Sem nem perceber direito, Mimosa era lançado contra Kirlia, que fazia o favor de desaparecer em campo através de uma luz multicolorida. Vulpix caia no solo e se machucava mais um pouco.

Ekans surgia mais perto de Lúcia e parecia furiosa. Vulpix se levantava e dava alguns passos para perto da exilada, parecia seria e disposta a detonar com o corpo da moça. Snivy percebia isso, e estava entre Mimosa e sua mestra. Mas e Kirlia?

Bem, a Pokémon Psychic surgia mais uma vez em campo. Ao lado de Erick, ela erguia os braços e assustava o Pokémon Grass, que revidava com chicotadas na mesma. Kirlia coloca os braços para defender, mas nada feito. O golpe de Erick foi certeiro.

Mas a Pokémon bailarina não se mexeu do seu lugar. Erguia o seu punho que logo brilhava uma aura azul-fosco. Parecia que uma chama envolvia o punho da Pokémon da louca e assim ela golpeava Erick, que logo se congelava, deixando apenas a cabeça de fora.

Mimosa saltava o “Pokémon picolé” e caminhava, pé na frente do outro para perto da exilada, assim como Ekans se rastejava pronta para mudar o seu cardápio.

- Não, não, não. Fofinha tem que comer algo que não fará mau. Vá para lá, para lá.

Ekans logo via a sua mestra reger novamente o teatro. A cobra logo mudava de direção e ia de volta atrás do stylist desacordado.



Hora da Batalha
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Mensagem por Moon_fire Qua 22 maio 2013, 12:29

Normalmente, nos bons tempos em que ficava em casa depois do treinamento eu gostava de sentar perto da janela do meu quarto e ficar observando a chuva. Para mim chuva sempre foi algo belo que eu gostava de admirar, ver ela lavar tudo sempre me acalmava, não importava o quão cansada eu estava. Mas agora era diferente.Eu estava tremendo de medo. Meu coração estava acelerado e apesar de já estar encharcada por causa da chuva eu tinha certeza que já estava começando a suar frio de nervosismo. E mesmo com toda aquela chuva que levava os sinais do incêndio embora eu não conseguia me acalmar e provavelmente só conseguiria me acalmar mesmo depois que saísse daquela rota.

Nem mesmo o mais louco dos loucos conseguiria se manter calmo e sossegado com aquela situação. Estar diante de uma maluca com três pokemon sedentos por sangue já era muito ruim, agora acrescentando o fato de que meu único pokemon levava desvantagem de todos e que eu não podia fugir só piorava tudo. Quer dizer eu até poderia tentar fugir, era só retornar Erick para a sua pokeball e depois sair correndo e rezando para que nenhuma delas me seguisse, mas eu não podia fazer isso. Se eu fizesse isso estaria condenando o Stylist a morrer e ainda a ser devorado por uma Ekans faminta.

Isso eu não poderia permitir. Sair dali e largar aquele homem que eu mal conhecia para morrer seria imperdoável, seria o que provavelmente qualquer outra pessoa faria, mas a muito eu provei que não pertencia mais aos padrões da sociedade. Tinha me tornado uma exilada por um motivo e mesmo que no inicio eu achasse que era apenas por causa de um incidente com o Cadete, agora eu percebo que mesmo se nada daquilo tivesse acontecido cedo ou tarde eu acabaria me exilando de qualquer maneira.

Mesmo se eu tivesse seguido o desejo dos meus pais e tivesse me tornado uma cadete provavelmente não teria ficado nesse posto por mais de um dia, talvez nem por mais de algumas horas. No primeiro momento em que meu dever fosse seguir alguma das ordens ridículas da Angélica, como ferir um inocente ou acobertar algo que eu sabia que era errado com certeza acabaria me voltando contra ela e feito o que eu achasse certo. Talvez até fosse melhor se eu tivesse seguido esse caminho agora eu não estivesse tão enrascada, pois teria ao meu lado dois pokemon em vez de apenas um. Porem pensar nisso não me ajudaria em nada agora então me mantive focada na situação atual que não era nada boa.

Seguindo meu plano Erick se manteve preparado enquanto eu fazia uma bela imitação do golpe Mud slap e disparava bolas e mais bolas de lama na Vulpix e na Ekans. Meus golpes tiveram mais efeitos do que eu imaginava e não só distraíram a Ekans que parou de ir em direção a sua "refeição", mas também bloquearam o golpe de fogo da Vulpix, que também se engasgou com a lama dando a chance perfeita para que Erick a pegasse com suas vinhas e a lançasse para longe.

Infelizmente Kirlia conseguiu se teletransportar a tempo para não ser atingida, mas agora eu tinha problemas maiores para me preocupar. Ekans vinha sedenta de sangue em minha direção e logo Vulpix voltava com mais vontade ainda de me transformar em churrasco. Como se a situação não estivesse ruim o bastante Kirlia retornou e apesar de Snivy tentar espantá-la com seus chicotes ela ainda conseguiu golpeá-lo com seu Ice punch, congelando o corpo do meu pokemon da cabeça para baixo. Seria realmente uma cena engraçada se não fosse aterrorizante.

Agora Vulpix simplesmente pulava Snivy que não podia fazer nada na condição em que estava e mais uma vez ia se aproximando de mim pronta para usar seu Fire spin, meu único ponto positivo que era ter tirado Ekans de cima do Stylist logo se foi quando a Louca insistiu que a pokemon venenosa devorasse o Stylist primeiro. Sendo assim Ekans voltava a ir em direção ao homem inconsciente e me deixava sozinha com aquela pokemon de fogo que parecia estar ainda mais furiosa que a pokemon venenosa.

"Sorte, por que você me odeia?" Pensei recuando um passo para trás. Eu não queria ser atingida por aquele golpe de fogo, mas também não podia deixar Erick e o Stylist ali para morrerem. Eu tinha que arranjar um jeito de chegar perto de Snivy para usar minha berry para descongelá-lo, mas para isso eu teria que chegar perto dele e tinha a Vulpix mal humorada entre nos. O que eu poderia fazer?

Ah já chega de pensar e fazer planos agora era hora de agir! Sem pensar muito tentei chutar aquela Vulpix para longe e se isso não desse certo ao menos poderia surpreende-la por tempo o bastante para que eu dessa a Aspear Berry do meu bolso para Erick. Isso solucionaria a primeira parte dos meus problemas, mas eu ainda tinha que dar os comandos para Erick e ainda tinha que salvar o Stylist.

Com isso em mente assim que Erick estivesse descongelado eu diria para ele atacar Kirlia e qualquer outro que viesse em nossa direção com seus Vine whips. Enquanto ele fizesse isso eu tentaria jogar mais lama contra Ekans e talvez mais um pouco de lama na Vulpix, apenas para atrasá-los ou distraí-los um pouco. Se meu plano não desse certo eu estaria em sérios apuros, mas eu tinha que tentar fazer alguma coisa se não acabaríamos morrendo de qualquer jeito.
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Mensagem por Ayzen Qua 22 maio 2013, 13:33

Lúcia relembrava de um passado não tão distante. Ela relembrava da chuva que caia perto dela. Como era prazeroso ouvir a chuva cair e limpar a terra toda agonia e impureza que nela havia. Era realmente muito comovente o barulho, o cheiro, o sentimento ali acumulado. Coisas que parecia que não ia voltar, afinal, aquela chuva, junto com os raios e trovões, estava apenas deixando a pele da garota macia para poder ser devorada por uma raposa de fogo.

Correr era a melhor opção naquele momento de tormento. Isso é, se esquecesse do stylist que agarrava-se a vida com toda força, enquanto o abismo da morte tentava encobre-lo e o levar para o mais só deserto: a morte.

Mas além de tudo, Lúcia era humana. Ter se tornado exilada foi algo que aconteceria cedo ou tarde. A garota era diferente dos outros seguidores da anarquia. Ela sabia que para mudar o mundo, ela teria que ser diferente dele. Ajudar o Stylist era algo que vinha da essência da moça. Era algo que ela sempre poderia fazer e poderia prejudicar ela ou ajudar o próximo...

A exilada e a ruiva. A psicótica estava perdida no mundo da ilusão, onde nem ela poderia distinguir onde estava a ponta do seu nariz. Mas as diversas faces da ruiva poderia entreter muitas crianças, tirando o fato dela torturar as pobres criar em seguida.

Erick estava congelado da cabeça para baixo. A luta contra Kirlia era um obstáculo imenso. Além de levar desvantagens com os golpes Psychic, a Bailarina ainda tinha um golpe Ice nas mangas. Era necessário maior interatividade entre estratégias na expectativa de uma remota vitória.

As chances da exilada eram escassas. Se pelo menos ela tivesse optado em se tornado cadete, ela poderia ter dois Pokémons contra aquela situação, um deles poderia ser um Houndour, que por ser do tipo Dark, tinha imunidade pelos golpes Psychic e o seu faro poderia denunciar a Pokémon verdadeira, no meio de Double Team da Bailarina. Taillow poderia voar pelo campo velozmente e essa mobilidade era uma grande vantagem.

Mas agora, ela teria que conta somente com o frágil de tipo Pokémon Grass, afinal, mesmo escolhendo seguir a anarquia, ela poderia acabar se exilado, já que teria que ter estômago para seguir as ordens de Angélica.

De certo era uma situação difícil para a moça. A chuva caia e levava consigo sangue do corpo de Lúcia. Onde a garota pisava, uma poça de água com pequeno teor de vermelhidão se formava. Era o sangue coagulado se dissociando em meio aquoso. Era como se fosse o sinal que se a morte abraçar a jovem, ela iria morrer limpa.

Agora, Lúcia ia para frente, sem um bom plano formado. Ela ia usar o seu espírito de luta dessa vez, que muitas vezes superaram estratégias brilhantes. Era hora de um pouco mais de ação e assim ela parte para acudir o seu parceiro, Erick.

Vulpix se encontrava no caminho da exilado e ele não iria deixa-la passar sem nenhum arranhão, pelo menos. Lúcia nem queria saber, chutava o Pokémon Fire que caia quicando perto de Ekans, que já se encontrava perto o bastante do stylist para dar uma bocada na sua perna queimada.

Já perto de Erick, a jovem dava a ele uma frutinha que ajudaria a sair dali: Aspear Berry. Mas quando a jovem se virava para confluir o seu plano de lançar a rajada de lama, Vulpix dava um lindo, delicado, porém macabro pulo e do alto, cinco chamas roxas-rosadas surgiam ao redor da Pokémon raposa.

- Eeeeeeeeeeeeeee.... Fogos de artificies!


Gritava a psicótica no mesmo momento em que as chamas eram formadas. As chamas de Vulpix dançavam em meio a chuva e não se apagava. Snivy começava a tremer e logo o gelo partia e libertava o Pokémon Grass, que dava um empurrão em Lúcia, mas não foi o suficiente para proteger a exilada, que caia de barriga no chão.

Will-O-Wisp de Vulpix atingia as costas da moça e abria um buraco em sua roupa, queimando uma região circular nas costas, pequena, mas dolorosa. Erick estava libre, mas não pode reagir em nada para poder ajudar a sua mestra, já que Kirlia usava Teleport e aparecia atrás do Pokémon Grass e segurava ele pelas costas.

- Hora de um show! Minha mãe dizia que é feio brincar com a comida, mas é tão divertido. Rererere. Dance e ilumine a cena.


Kirlia começava a dançar, segurando Snivy por trás, enquanto Lúcia sentia uma forte queimação por trás, sendo atingida pela gélida e grossa chuva. Vulpix caminhava devagar para perto da caída garota que não contorcia-se de dor.

Kirlia dançava com o seu boneco verde e logo o lançava para o alto. Snivy caia girando no chão e logo que teve chance, usou o seu Vine Whip e atacou fervorosamente Kirlia.

A Pokémon da louca dava alguns passos para trás em cada chicotada que o Pokémon da exilada conseguia dar. Snivy teria que ser ágil para poder vencer. Agilidade ele tinha, afinal, era mais rápido do que a Pokémon Psychic.
Ekans já estava em cima do Stylist, mas ainda não tinha começado a devora-lo. Ela mexia-se em cima dele, como se quisesse acorda-lo, e parece que tinha funcionado, já que o loiro abria os olhos e se deparava com a naja em cima dele.

Em desespero, começava a se mexer, querendo tira-la de cima de si, mas não conseguia. Abria a boca, mas não saia um grito, nem palavras, nem nada.

- Heeeeeee, você acordou na hora do jantar! Ainda bem que eu arranquei a sua língua, você gritou de mais quando estava sendo cozido.


A louca dizia em tom de deboche, mas longe dela ela queria brincar, estava falando sério. De sua cintura ela tirou a faca, ou melhor, um punhal. Na ponta do objeto cortante, um pedaço do que parecia ser uma língua, toda ensanguentada.

A chuva tinha aliviado um pouco da dor da jovem exilada, mas ainda doía a ferida quente. Vulpix estava com um sorrisinho no rosto e via Lúcia como o seu prato principal e não como sobremesa, como a louca intitulou.

Erick, que via que já tinha feito o máximo para deter Kirlia, lança as suas vinhas em Ekans, que agora estava com a boca aberta o suficiente para englobar toda a cabeça do desesperado stylist.

Mas as vinhas apanharam a naja bem a tempo e lançou a cobra para longe. O stylist, vendo que ainda estava vivo, começava a respirar ofegantemente e a se mexer, mas nada feito, já que não tinha mais pernas, apenas um amontoado de carne queimada.

Kirlia aproveita a pequena distração do Pokémon Grass erguia os seus braços para o alto, formando uma esfera amarela de eletricidade. Em seguida, erguia os braços para frente e a esfera lança um raio que atingia a serpente verde com força. Era Charge Beam, causando dano em Erick, que agora estava ao lado de sua mestra. Atrás do Pokémon Grass Vulpix, na frente, Kirlia e mais atrás, a louca dançando ao som da chuva.



Hora da Batalha
Condições da batalha: campo cinzento com várias árvores queimadas, um homem jogado na árvore mais próxima e nessa, no alto, um Oshawott enforcado. Chuva forte.
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Snivy/Erick - Lv.09- Trait: Overgrow
31%, Status: Normal
Vs.

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Kirlia/Bailarina - Lv.12 - Trait: Synchronize
61%, Status: +1 Evasion / +1 Special Attack
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Mensagem por Moon_fire Qui 23 maio 2013, 13:31

Snivy congelado, Vulpix pronta para me atingir com seu ataque mais poderoso e Ekans pronta para fazer do Stylist sua refeição, isso sem contar a Maluca que coordenava as três tornando-as ainda mais mortais. Nossa situação estava muito complicada e precisaria de um plano muito bem pensado para sair dessa com vida.

Um bom plano sempre solucionava a maioria dos problemas. Se bem pensado, analisado e planejado não tem como um bom plano não solucionar qualquer situação. Porem ás vezes em alguns momentos de desespero e perigo nos temos que simplesmente jogar os planos para o lado e seguir nossos instintos e era exatamente isso que eu iria fazer.

Era uma decisão arriscada que podeira trazer sérias consequências, mas no momento eu não tinha muitas opções. Eu não tinha tempo para pensar, só sabia que tinha que passar pela Vulpix, descongelar Erick e deter a Ekans não importava como, só tinha que fazer e com isso em mente comecei a correr em direção a pokemon de fogo que caminhava vagarosamente em minha direção.

Quem observasse aquela cena ficaria no minimo espantado com o rumo que a batalha tinha tomado, pois em vez de uma simples luta entre pokemon ela tinha se transformado em uma verdadeira batalha em trio. Mas infelizmente do meu lado estava apenas um pokemon, eu e o Exilado que não tinha a menor chance de se defender contra três pokemon no minimo muito mais poderosas que nos e ainda por cima sedentas de sangue. Uma verdadeira loucura.

Mas como eu já disse antes aquele não era o momento de ficar pensando e analisando a situação, então assim que cheguei perto da pokemon raposa eu nem me importei com o que ela poderia fazer, apenas dei um chute certeiro nela, mandando-a para longe. Primeira parte feita, agora eu tinha o caminho livre até Snivy e com a fruta em minha mão eu logo me agacho próxima a ele.

Com apenas a cabeça livre eu tinha que ficar segurando a fruta enquanto ele a comia para se livrar daquele gelo irritante e ainda para ajudar aquela fruta era enorme! Mesmo se Erick estivesse sem aquele gelo que atrapalhava um pouco na hora de engolir ele já demoraria um pouco para comer toda aquela berry então fiquei ali mais tempo do que considerava bom. Assim que ele terminou de comer o gelo começou a tremer e a rachar, mas não pude nem comemorar pois logo vi uma luz roxa vindo de algum lugar atrás de mim. Eu não tinha ideia do que poderia ser aquela luz, mas pela expressão de Erick e seu desespero em se livrar logo daquele gelo coisa boa não podia ser.

Com muita curiosidade virei a cabeça para trás ao mesmo tempo em que Snivy finalmente conseguia destruir aquele gelo que o prendia e apesar de belo o que vi me fez paralisar de medo. Vulpix tinha saltado e agora estava cercada por cindo pequenas chamas roxas que por alguma razão não eram afetadas pela chuva. Nesse momento Snivy me empurrou para o lado para não ser atingida pelo ataque e por um momento, enquanto estava mais uma vez de cara na lama pensei que tinha me livrado do ataque, mas logo senti ele atingir as minhas costas.

No começo apenas esquentou um pouco o que era até agradável, mas logo foi esquentando mais e mais até que se tornou insuportável. Era como quando você encosta em uma panela quente, porem mil vezes mais doloroso. Doía demais e eu não conseguia fazer nada além de me encolher de dor e rezar para que toda aquela chuva ajudasse um pouco. Tive a impressão de escutar a mulher falar alguma coisa sobre brincar com a comida, mas não entendi direito o que ela disse, apenas queria saber onde Erick estava.

Tentei me levantar para ver onde ele estava, mas assim que mexi minhas costas foi como se alguém tivesse colocado uma pedra quente nele e mais uma vez cai no chão de dor, tinha que esperar mais um pouco para me levantar, mas não tinha tempo para isso. Tinha que agir agora! Engolindo a dor, me levantei e vi Erick chicotear Kirlia com suas vinhas e também vi que a Vulpix estava ainda me observando, pronta para terminar o serviço, mas aonde estava a Ekans?

O som se alguém agitando as mão e as batendo no chão lamacento me fizera olhar para o Stylist, que parecia ter escolhido a pior hora possível para acordar. Ekans estava em cima dele pronto para começar a devorá-lo e ele estava em pânico gritando a plenos pulmões, ou melhor tentando gritar, mas por que ele não estava conseguindo gritar? Nesse momento esqueci das minhas costas e quase vomitei quando a Maluca mostrou a língua do homem espetada em uma adaga.

Aquilo não era ação de uma Louca, aquilo era doentio! Não tinha outras palavras para algo tão terrível e..... e eu não tinha palavras para aquilo. A expressão desesperada daquele homem me fazia sentir uma idiota por ter reagido daquela forma por uma queimadura que não era nem um terço do que ele deveria estar sentindo. A dor que ele deveria ter sentindo quando foi atingido pelo Fire Spin da Vulpix deve ter sido quase insuportável, mas isso não o fez desistir e eu não desistiria. Iria ajudar ele nem que isso custasse a minha vida!

Antes que a Ekans pudesse começar a engolir o Stylist Snivy a pegava com com seus chicotes e a jogavam para longe, salvando o homem, porem com isso ele acabou ficando vulnerável e a Bailarina aproveitou para atingi-lo com um poderoso ataque elétrico que foi forte o bastante para jogá-lo ao meu lado. Erick já estava demonstrando sinais que não aguentaria mais batalhar, ele já estava muito machucado e eu precisava fazer alguma coisa. Aproveitando que não estava muito longe de minha mochila eu logo pego um pequeno fraco roxo, conhecido como Potion e sem perder tempo aplico todo o conteúdo no meu pokemon de planta que logo parecia se sentir melhor.

Com meu pokemon recuperado e tentando ao máximo ignorar a dor latejante que eu sentia em minhas costas estávamos prontos para continuar a batalha. peguei um pouco de lama para fazer outra bola, mas logo percebi que aquela queimadura em minhas costas com certeza me atrapalharia muito, mas não me impediria de ao menos jogar uma bola de lama em Vulpix. Assim que joguei a pequena bola que tinha feito senti o machucado doer mais ainda e não consegui me conter e soltei uma exclamação de dor.

"Porcaria! Isso só vai me atrapalhar!" Pensei sentindo uma vontade enorme de arrancar aquele pedaço onde estava queimado para ver se doía menos e depois fazer um belo cachecol com aquela Vulpix chata, que mantinha uma expressão que apenas me irritava ainda mais. Se ela achava que isso seria o bastante para me derrotar ela estava enganada e eu iria mostrar isso. Erick olhava preocupado para as minhas costa e isso me fazia pensar que a queimadura poderia ser ainda mais séria do que eu imaginava, mas deixaria para ver isso em Jorvet ou em algum outro lugar depois dessa batalha.

- Muito bem Erick, agora é a nossa vez. Use seu Vine whip para pegar a Kirlia e jogue ela contra a Ekans depois fique atento e use Tackle ou Vine whip revidar qualquer ataque que lancem em você. - Falei engolindo a dor e me reparando para jogar mais bolas de lama na Ekans ou na Vulpix, qualquer uma que entrasse no me campo de vista levaria uma bola de lama na cara, não importa o quanto minhas costas estivessem doendo, eu me forçaria continuar até cair morta no chão.

Enquanto preparava para continuar fazendo a única coisa que podia fazer para ajudar na luta, que era jogar mais e mais lama, olhei rapidamente para o Stylist desejando poder falar alguma coisa para que ele se acamasse, mas sinceramente eu não conseguia pensar em nada que pudesse ajudar. Mas era como diziam, "ações falam mais alto que palavras", então talvez só o fato dele ver que não estava sozinho e que eu estava tentando ajudá-lo já fosse o suficiente para que ele se acalmasse um pouco.
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Mensagem por Ayzen Qui 23 maio 2013, 14:15

As condições não eram nenhum pouco favoráveis para a exilada e o seu Pokémon Grass. Era uma situação delicada, qualquer movimento em falso acarretaria na perda não só da batalha como a perda da vida de um dos três, se não dos três guerreiros: Erick, Lúcia e o Stylist.

Planejar era a saída mais eficiente para aquela situação. Planos e metas, se bem feitos, poderiam realizar grandes vantagens, que estava escarça naquela batalha acirrada, que mesmo diante de um frenético movimentos que oscilava em ser bom e ruim para Lúcia e estava levando ela a uma pressão inimaginável. Mas mesmo assim, a garota decidia seguir o seu coração, colocando a emoção na frente da razão.

Poderia muito bem sair correndo dali, deixando a naja jantar o jovem rapaz, que estava quase morto e mesmo que conseguisse sair da presença da louca com vida, poderia morrer a poucos metros. Isso era uma decisão racional, podendo alegar que iria morrer do mesmo jeito... Mas as emoções, de fazer o ser viver e tentar acabar com aquela louca era sentimentos, e como tais, era humanos. Essa era a emoção falando.

Aquele campo tinha se tornado uma verdadeira loucura. Eram pessoas correndo de um lado para o outro e movimentos eclodindo aos montes, ao som da chuva, do trovão e da voz meiga da ruiva. O loiro tinha despertado e após se livrar de uma mordida de Ekans, usava da água da chuva para se recuperar aos poucos.

O rapaz respirava ofegantemente e sem sua língua, arrancado pela temível ruiva louca, era o suficiente para deixa-lo desesperado. Mas ele tentava manter a calma, apesar de tudo. Ele estava agitado, mas em comparação de como ele realmente deveria se comportar, o loiro parecia um monge, todo zen.

Era terrível perder os movimentos de qualquer membro. As pessoas que tinha que conviver com isso enfrentavam obstáculos gigantescos que só elas tinham a dimensão de como era dificultosa a vida deles. Agora o loiro tinha perdido os movimentos das pernas, a língua e, pior, seu amigo.

Seria possível, sobrevivendo a isso, continuar a viver toda a sua vida sabendo que estava limitado e sem poder seguir o seu sonho? Seria só a vida daquele stylist que a ruiva psicótica tinha desgraçado? Ou será que ele foi uma das poucas vítimas que sobreviveram naquela rota, que agora caia em água e choro pela morte dos demais?

Realmente a rota estava de luto. Desde o começo. Desde o gêneses da entrada da garota nela, a aura obscura expressava dor e sofrimento, mas a expressão da rota não intimidava a garota e assim ela chegou até então.

Não se arrependia um momento a garota. Se tinha entrada na chuva, era para se molhar. E literalmente, ela estava encharcada.

Após sentir um calor agradável, esse partia para uma dor flamejante. O golpe do tipo Fire de Vulpix causou sérios danos na garota, que estava se contorcendo de várias formas em campo. Erick olhava preocupado e horrorizado, mas logo foi pego pelo poder de Kirlia, que parecia não estar de brincadeira.

A louca só gritava e aplaudia. Era desumano a presença dela ali. Deixar o stylist naquela estado e ainda dar de comer, vivo, para Ekans era algo doentio. A mente da ruiva realmente não tinha concerto e Erick sabia disso, tanto, que temeu desde o início a presença dela, não por ser assassina, pois já conhecia alguns, mas por ser ela mesma.

Lúcia tentava se pôr de pé, para tentar ainda golpes Vulpix com os seus golpes de lama, mas parecia que ela teria que se esforça mais, já que a queimadura nas costas dela causou dano e prejudicaria ainda mais no embate contra a raposa graciosa.

Fofinha, uma vez lançada longe, voltava com toda a fúria de uma naja, pronta para devorar o Stylist a qualquer custo. Este, por sua vez, percebia o rastejar da naja pelo campo e sem voz, nem poderia pedir ajuda, mas tinha algo que ele poderia fazer.

Atrás dele, uma grande mochila estava apoiada na árvore, quase camuflada, já que ela era da mesma textura das cinzas do pé-de-algumas-coisa. Dá mochila, ele tirava uma bolsa menor, de zíper e sem alça. Com toda a força, lançava a bolsa para a exilada que guerreava com fervor.

A bolsa estava aberta, mas caia próximo das pernas de Lúcia e dentro tinha quatro Potion e uma oran berry. Uma ajuda em tanto!

Erick, que recebia uma dose de uma poção, fechava os olhos para sentir a cura tomar conta do seu corpo verde. Não demorava muito e o Pokémon Grass estava quase que completamente curado.

- Isso é tempero?! Temperooooooo. Kirlia, ele estar temperado, agora é só mexer. Heeeeeeeeeee


A louca delirava mais uma vez. Fora uma mestre-de-cerimônias, garçonete, dançarina, cantora, criança, espectadora e agora, uma chef de cozinha.

Kirlia seguia os passos de sua mestra e rodopiava no campo, enquanto, repleta de dor, Lúcia tentava lançar mais bolas de lama em Vulpix, que desviava com sucesso. Logo em seguida, a raposa de fogo partia correndo pelo campo deixando uma rastro de luz para trás.

Usando Quick Attack em Lúcia e depois se distanciando, a raposa sorria do prato cheio que brincava. Lúcia caia no solo e percebia a presença da bolsa com codimentos de medicina, ao lado da sua cabeça.

Kirlia erguia os seus braços e agora os seus olhos brilhavam vermelho-púrpura. Era Confusion, que contornava Snivy com uma aura de mesma cor e o lançava para cima, mexendo-o de um lado para o outro, como se tivesse misturando a salada para poder pegar tempero.

Erick era lançado em seguida no solo e agora o Pokémon Grass não tardava em lançar as suas vinhas e com elas amarrava Kirlia e a lançava contra Ekans, que acabava se entrelaçando com a Pokémon Psychic.

Erick percebeu a confusão que se formou e avançou com Tackle, causando dano em Kirlia e Ekans e mandando para uma grande extremidade no campo. O Pokémon Grass retorna até a sua mestra e ajuda-a a levantar, enquanto Vulpix dava curtos passos até Lúcia.

- Não, não, não! Voltem para a mesa!


Dizia a louca, batendo os pés no chão em reprovação. Nesse momento, Kirlia sumia em campo. Ninguém a via, ninguém a sentia. Onde estava a Bailarina?




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Mensagem por Moon_fire Sex 24 maio 2013, 12:48

Erick e eu estávamos lutando lado a lado. Não que isso fosse uma novidade, mas agora eu estava literalmente lutando ao lado dele, atacando desviando e infelizmente sendo atingida por alguns ataques. Era algo realmente estranho e incomum para mim, porem considerando a situação em que estávamos e o que a Louca era capaz de fazer, provavelmente essa não era a primeira luta nesse estilo que essa rota via e se eu não conseguisse derrotar aquela mulher com certeza não seria a ultima.

Olhando para o lado vi o Stylist deitado em baixo da mesma árvore onde eu o havia encontrado, porem agora ele estava acordado e para a minha surpresa estava conseguindo se manter calmo. Mas mesmo estando melhor do que quando o encontrei ainda tinha as minhas duvidas sobre a sua recuperação. Suas pernas não tinham mais salvação isso era fato e deveriam ser removidas logo antes que começassem a afetar o resto do seu corpo. Sua língua....... bem, acho que espetada do jeito que estava na adaga da louca provavelmente não tinha mais salvação e nem a menor chance de ser reimplantada.

Isso não era bom, o futuro do homem era realmente sombrio e se considerar ainda que seu inicial estava morto a situação dele apenas piorava. Como ele conseguiria se "re-erguer" daquela situação e seguir com sua vida? Depois de tudo o que ele passou e o que eu estava passando para salvá-lo, será que ele jogaria tudo isso fora tirando a própria vida quando começasse a enfrentar os diversos desafios que teria que enfrentar diariamente pelo resto de sua vida? Eu não tinha a menor ideia, mas considerando a força que ele tinha para se manter vivo até agora e ainda conseguir se manter calmo naquela situação então provavelmente ele conseguiria. Pelo menos era isso que eu esperava.

A algum tempo tinha parado um pouco de prestar atenção no que a Louca falava, mas assim que apliquei a potion em Erick não pude deixar de rir quando ouvi o comentário dela. Por pior que fosse a minha situação, por mais que eu estivesse com ódio da mulher e quisesse derrotá-la não consegui me conter e ri um pouco. "Tempero?! Haha com certeza esse "tempero" iria dar um novo aspecto nessa batalha." Pensei observando Erick se recuperar com aquela potion e esperando que isso fosse o bastante para que ele conseguisse continuar com a batalha. Enquanto tentava jogar bolas de lama na Vulpix tive a impressão de ver algo cair perto dos meus pés, mas como eu já estava gastando toda a minha concentração em ignorar a dor para continuar atacando eu logo esqueci do objeto e continuei atacando.

Mesmo me esforçando para continuar atacando da mesma maneira que antes estava claro que meus golpes estavam muito mais lentos e Vulpix não teve problemas em desviar deles deixando um rastro branco por onde passava....espera, rastro branco?! "Quick Attack!!" Só tive tempo de pensar nisso antes da pokemon raposa me atingir em cheio, me fazendo cair de costas no chão. Não tinha jeito pior para cair pois até agora eu tava ignorando bem a queimadura, mas assim que cai bem em cima dela e senti meu peso pressioná-la contra a lama quase pulei de dor. Eu sentia cada coisa que encostava na queimadura e até um único fio de cabelo já incomodava bastante. Caída no chão e sofrendo mais uma vez por causa daquela queimadura finalmente consegui ver o que tinha caído perto de mim.

Era uma pequena bolsa azul que agora estava um pouco suja de lama, mas isso não importava, importante era o que tinha dentro dela! No interior dela haviam 4 potions e uma oran berry! Não tinha nada que me ajudasse com a queimadura, mas quem se importa? Aqueles itens ajudariam muito, pois se Snivy fosse atingido novamente por muitos ataques agora eu tinha como recuperá-lo novamente. Isso era ótimo!

Sem perder tempo peguei a bolsa pronta para usar esses itens e me virei para ver como Snivy estava. e Infelizmente ele não estava muito bem, pois estava sendo agitado mais do que um Milkshake pelo Confusion da Kirlia que logo o jogou no chão. Mas isso não abalou o Erick que com as energias recuperadas pela potion logo a pegou com suas vinhas e a jogou contra Ekans, causando dano em ambas e impedindo que a pokemon venenosa continuasse indo em direção ao Stylist. Aquela tinha sido uma ótima ideia, pois a gora as duas se atrapalhavam e deram a chance perfeita para que Snivy as jogasse para longe com seu poderoso Tackle.

Com as duas pokemon fora do campo a Maluca não ficou nada feliz, mas não era isso que me preocupava no momento pois Vulpix estava mais uma vez vindo em minha direção. "Será que ela não se cansa nunca?" Pensei enquanto Erick me ajudava a me levantar para continuarmos a batalha. Nesse momento olhei rapidamente para Ekans e Kirlia, mas só vi a pokemon venenosa e por mais que procurasse não encontrei a Bailarina em lugar nenhum. Onde ela estava?

Olhei para Erick e vi que ele também estava preocupado com o desaparecimento dela, mas infelizmente não podíamos nos dar ao luxo de simplesmente ficar esperando ela reaparecer, tínhamos que continuar a batalha pois Ekans e Vulpix também não esperariam o retorno da pokemon psíquica. Porem, antes de continuar agradeci a ajuda do Stylist com um rápido aceno de cabeça e voltei minha atenção para Vulpix e Ekans.

- Erick vamos ficar atentos a Kirlia pode reaparecer a qualquer momento para nos atacar, então fique preparado. Enquanto ela não volta use seu Vine Whip para chicotear qualquer uma que se aproximar. Depois espere a Kirlia aparecer para atacá-la com um poderoso Tackle. - Falei esperando que o Tackle fosse o suficiente para deter o ataque da pokemon psíquica e mesmo ainda sentindo muita dor por causa da queimadura em minhas costas continuei me forçando a fazer mais bolas de lama e as jogaria em Vulpix e Ekans. A primeira que ameaçasse se aproximar seria meu alvo, ou era isso que eu tentaria fazer.

Porem enquanto fazia as bolas de lama para começar a atacar não conseguia parar de me preocupar com o sumiço da pokemon psíquica. Onde ela estava? O que estaria planejando fazer? Onde e quando ela reapareceria? Essas perguntas não paravam de passar em minha mente e estava tão nervosa com o sumiço da Bailarina que assim que terminei de fazer as primeiras bolas de lama que iria jogar, olhei em volta para tentar encontrar a Kirlia antes de re-começar a jogar mais lama.
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Mensagem por Ayzen Sex 24 maio 2013, 13:41

Lada a lado. Mestre e Pokémon. Não eram batalhas separadas, onde o senhor ficava de um lado do campo e o único contato que tinha era o espiritual. Ali era diferente. Eram dois por dois e que dê certo! Era Lúcia, sendo usada como um Pokémon. Uma batalha em dupla, com destinos separados.

Era realmente intrigante assistir a mestra sofrer tão quando o seu Pokémon. Agora a exilada poderia ter noção como é uma batalha Pokémon, para os Pokémons. Erick, por sua vez, sentia-se preocupado com a jovem, que nunca, ele achava, tinha recebido um golpe de nenhum Pokémon tão direto quanto aquele que Lúcia sofrera.

A exilada percebia o sofrimento do stylist, que recebeu tanto dano durante aquela jornada, onde possivelmente, só queria entrar em mais um Teatro e entreter o povo. Ser feliz e perseguir o seu sonho. Mas agora, nem falar direito ele poderia e possivelmente, quando um médico examina-lo, pediria, com certeza, para remover as pernas, ou o que sobrou delas.

A garota esperava que o jovem stylist tivesse salvação, não só da vida física, mas também, da emocional, onde ele enfrentaria obstáculos inimagináveis e tentaria pôr em paralelo a sua razão e emoção.

A batalha continuava, em tom de melancolia da chuva e um pouco de comicidade, já que, apesar de ser louca, as diversas comparações da ruiva eram engraçadas o bastante para descontrair toda tensão que a jovem estava passando em campo.

Mas depois de ter sido pega pelo o golpe flamejante da Mimosa, Lúcia sentia o efeito da queimadura nas suas costas, que impedia-a de realizar qualquer movimento corretamente e com máxima de eficácia. Isso seria um peso imenso para ela. Se fosse comparar, a jovem estava sobre efeito de Burned e para completar, o golpe da Vulpix fez com que ela caísse de costas no chão, recebendo uma enorme dor ao tocar a parte queimada no chão, mas no fim, a jovem encontrava a bolsa que o stylist tinha jogado para ela, repleto de potion e até uma berry tinha.

Não era nenhuma coisa ligada a queimaduras, mas aquilo com certeza poderia ajudar o Pokémon da exilada, que levava enorme desvantagem com qualquer que fosse os Pokémons utilizados em campo. Pegando os itens, Lúcia presenciou o desenrolar da batalha, que por sorte foi de bom grado para ela.

Mas Vulpix queria ainda o pescoço da exilada e parecia não se importar com as suas parceiras que se entrelaçavam em campo. Snivy ajudava a jovem a se levantar e presenciava o desagrado da ruiva e agora, o stylist tremia de dor. Era notório ver a expressão nele, um olho fechado com força e outro tentando ver o que acontecia em campo.

Era triste a situação dele, sem poder se mover, se defender, nem ao menos poderia gritar socorro. O que ele faria? Apenas esperar e torcer em pensamento para que Lúcia vencesse o trio loucura da Chef de Cozinha especializada em sangue.

A chuva parecia engroçar mais e por isso a exilada poderia pegar um resfriado. Mas doença era o de menos que a morena teria que se preocupar, já que agora ela estava tentando salvar vidas, onde uma dessas vidas, era desconhecida e mesmo assim ele persistia em tentar salva-la.

A ruiva dava mais um giro em campo e gritava para as nuvens, que respondia com trovões e relâmpagos. A reação da ruiva foi de mais gritos. Fora uma mestre-de-cerimônias, garçonete, dançarina, cantora, criança, espectadora, chef de cozinha e agora, uma cantora de ópera.

A mente da ruiva não estava bem mesmo. Ter multi personalidades, cada uma tão singular e ligadas entre si.

Erick temia cada vez que a louca abria a boca e tentava entonar um agudo, característico de um Jigglypuff usando Sing.

- ♫♪ Queriiidaaa, Bailaaariinaaa! Não nos deixe esperar em confusãããão. Surja e mostre o seu moontãooo! ♫♪


Ela cantava em cena. Parecia realmente o tom de Sing, adaptado para um comando camuflado que apenas os seus Pokémons entendiam. Era notória a habilidade da ruiva, parecia uma stylist, mas com caráter de gladiadora, lá no fundo.


Ekans, por sua vez, se recomponha da confusão que teve sendo entrelaçada com Kirlia. A exilada temia o sumiço da Bailarina, que poderia reaparecer fatalmente usando os seus golpes Psychic, se não, Ice.

Erick recebia ordens e logo ficava de prontidão, liberando as suas vinhas verdes. Lúcia preparava mais um amontoado de lama, e antes de jogar, observava o regresso da Pokémon Psychic.

Não demorava muito e de uma luz multicolorida, surgia Kirlia, próximo de Erick, que se surpreendeu com a chegada da Pokémon, que tinha consigo várias esferas de luz amarelas rondando o seu corpo. Confuse Ray estava pronto e Erick nada pode fazer, se não, receber o golpe, que explodia em um flash e deixava o Pokémon Grass confuso.

Lúcia lançava a esfera de lama mais uma vez em Vulpix, mas essa já estava consciente das artimanhas da jovem e erguia a sua boca, mas em vez de uma chama vermelha, uma luz verde surgia próximo do focinho da raposa ruiva e logo dava forma a Energy Ball.

A Pokémon Fire disparava o seu golpe, que ia ao encontra do “Mud-slap” de Lúcia. A esfera verde destruía a bola de lama e partia para cima de Lúcia, explodindo no estômago de jovem, que caia no chão, mais uma vez, de costas para baixo.

Erick se chicoteava-se com as suas próprias vinhas. Era o efeito da confusão que lhe deixava bem variado. Kirlia não parava por ai, dava um belo giro, mas acabava recebendo um Tackle do Pokémon da exilada, que reagia em uma brecha no meio da confusão eminente.

Kirlia não deixava isso barato e mais uma vez usava Confusion sobre Erick, lançando-o na barriga da deitada Lúcia.

- Ohhh! Não misture a salada com a calda quente. Não, misture.


Mais uma vez a louca brigava com os seus Pokémons, para que eles agissem da forma que ela queria.





Hora da Batalha
Condições da batalha: campo cinzento com várias árvores queimadas, um homem jogado na árvore mais próxima e nessa, no alto, um Oshawott enforcado. Chuva forte.
Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... 495
Snivy/Erick - Lv.09- Trait: Overgrow
50%, Status: Confused
Vs.

Rota 2, um lugar calmo e tranquilo? Acho que não...... 281
Kirlia/Bailarina - Lv.12 - Trait: Synchronize
32%, Status: +1 Evasion / +1 Special Attack


Spoiler:
Ayzen
Ayzen


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Mensagem por Moon_fire Dom 26 maio 2013, 15:43

off: eu sou um pokemon *3*

Era realmente diferente lutar daquele jeito. Normalmente quando lutamos apenas dando ordens para os pokemon achamos que estamos vendo a luta do melhor ponto de vista, onde podemos ver toda a ação e ainda observar o ambiente para ajudar em nossas estratégias, e até certo ponto é verdade, mas agora eu conseguia ver tudo de um outro ponto de vista. O ponto de vista de um pokemon.

Mesmo que eu não fosse a melhor pokemon do mundo e muito menos tivesse algum ataque lutar dessa maneira "abriu" meus olhos. Ali, lutando ao lado de Snivy eu pude ver que muitas das ideias que eu tinha sobre batalha e estratégias que eu sempre achei ótimas estavam erradas. Durante a batalha não tinha muito tempo para se pensar no melhor ponto para atacar ou para escolher que ataques era melhor naquele momento. Todas as decisões tinham que ser tomadas baseadas no instinto praticamente e isso me fez ver o quanto era importante para o pokemon ter alguém que pudesse observar tudo por ele e criar boas estratégias.

Se eu tivesse escolha provavelmente preferiria estar dando instruções e apoio para Erick, mas eu não podia fazer isso. Eu não tinha escolha se simplesmente ficasse parada dando instruções para meu pokemon, Vulpix iria adorar aproveitar isso para usar seu Fire Spin até que só sobrassem as minhas cinzas. Como se isso já não fosse "bom" o bastante ainda tinha que me preocupar em afastar a Ekans de perto do Stylist e meu único ataque já não funcionava mais na pokemon raposa. Ela já estava acostumada com ele e nem precisava se esforçar muito para desviar, mas eu não tinha muita escolha então continuei jogando bolas e mais bolas de lama da melhor forma que aquela queimadura me permitia.

Enquanto tentava me concentrar na luta e nas três pokemon, a Mulher maluca começou a cantar num tom que me lembrava um pouco uma Jigglypuff usando Sing, porem alem de me soar um pouco desafinado essa musica não me dava nem um pouco de sono. Muito pelo contrário me deixou ainda mais atenta, pois não só chamava a pokemon bailarina de volta, mas também parecia lhe dar algum comando e mesmo não fazendo a menor ideia de que comando poderia ser eu já tinha certeza que não gostaria nem um pouco.

Como uma confirmação da minha preocupação Kirlia logo ressurge ao lado de Erick que não teve tempo de revidar antes de ser atingido por várias esferas de luz amareladas que deixaram ele tonto e confuso. Logo que foi atingido os Olhos de Erick perderam um pouco o foco de antes e ele parecia completamente perdido, como se tivesse acabado de usar Rapid spin sem estar preparado e logo em seguida jogado em uma sala onde nunca tinha estado antes. Ele estava completamente confuso e como confirmação disso ele começou a se bater com seus próprios chicotes.

Isso era muito ruim, mas primeiro eu tinha que ao menos tentar me livrar da Vulpix da melhor forma que eu podia, jogando mais lama nela. Vulpix não se mexia e por um momento acreditei que a atingiria, porem ela logo concentra para formar uma esfera de energia verde no seu focinho que logo foi lançada contra mim. Era o Energy Ball! Um ataque muito poderoso do tipo grass e assim que eu vi ele passar por meu "mud-slap" como se ele nem existisse só tive tempo de cruzar os braços na frente do corpo para tentar me proteger antes de ser atingida.

Era como levar um soco só que muito mais forte e que causou uma pequena explosão quando me atingiu. Aquele ataque era forte o suficiente para destruir uma árvore então não teve problemas em me jogar a vários metros de distância. Tentei me virar para não cair de costas, mas não consegui e mais uma vez cai bem em cima da queimadura, dessa vez com ainda mais força. Senti a terra e pequenas pedras encostarem na queimadura me fazendo arquear de tanta dor. Tive que usar todas as minhas forças para não gritar de dor, mas não consegui evitar que uma pequena lágrima de dor escorresse pelo meu rosto e juto com a lama, que poderia ajudar a aliviar as dores da queimadura, elas foram rapidamente lavadas pela chuva que cada vez ficava mais e mais forte.

Se essa chuva continuasse nesse ritmo logo estaríamos nadando em uma verdadeira inundação. Mas talvez isso fosse até bom, pois com tanta água cedo ou tarde a pokemon de fogo ficaria tão fraca que não conseguiria mai me atacar, então só restaria me concentrar na Ekans enquanto Erick se concentraria na Kirlia. Era impressionante como aquele luta estava sendo tão difícil. Não importava o tipo do pokemon, não importava o que eu fizesse ela sempre conseguia fazer com que seus pokemon revidasse com mais força ainda. Mesmo tendo perdido completamente o contato com a razão a Mulher ainda tinha um espirito de gladiadora e a criatividade de uma Stylist muito experiente. Todos essas características combinadas não poderiam ser mais perigosos e fatais do que aquela maluca era.

Quando estava pronta para me levantar para tentar ajudar Erick Kirlia o pegava com seu poder psíquico e jogava para longe, eu não sabia se tinha sido proposital ou não, mas ela o jogou em cima de mim, me fazendo cair mais uma vez de costas no chão com ainda mais força. Dessa não consegui evitar. A dor da queimadura sendo pressionada no chão combinado com o forte golpe que tinha levado bem no estômago me fizeram quase gritar de dor. Snivy estava caído em cima da minha barriga confuso demais para entender o que tinha acontecido. Ele apenas olhava para os lados ainda tentando se localizar.

Snivy confuso, Ekans indo mais uma vez em direção ao Stilyst e Vulpix e Kirlia prontos para nos atacar ao primeiro comando de sua mestra. Nossa situação estava ainda mais complicada, pois antes eu podia contar com Erick para me ajudar e seguir meus comandos, mas agora que ele estava completamente confuso não tinha com saber o que ele faria. Não sabia se funcionaria ou não, mas eu tinha que tentar, se não todos nos morreríamos assim como muitos outros que já cruzaram o caminha dessa Maluca.

- Erick por favor se concentre no que eu vou falar. Use seu Vine Whip na Kirlia, tente pegá-la e jogar ela para longe. Depois use seus chicotes novamente para se proteger. Entendeu? - Falei baixo para que apenas Erick escutasse, mas seu olhar confuso não me deu muita esperança de que ele tinha entendido alguma coisa. Com isso eu teria que me virar sozinha até ele se recuperar da confusão e tentando dar ao meu pokemon mais chances de aguentar o ataque dei a Oran berry para ele, colocando quase a fruta inteira na boca do meu pokemon na esperança que a confusão não o atrapalhasse na hora de comer a fruta.

Depois de dar a fruta para Snivy me levantei colocando-o no chão. Com minha única opção de ataque a distância descartada comecei a olhar apara os lados em busca de um galho ou mesmo uma pedra que eu pudesse usar para atacar a Vulpix e ainda espantar a Ekans de perto do Stylist. Na pior das hipóteses, se eu não encontrasse nada minha única opção seria pular na Ekans ou chutá-la como eu tinha feito com a Vulpix. Era uma estrategia muito arriscada, mas eu não tinha escolha.

Tinha que proteger o Stylist e para isso não tinha outro jeito se não derrotar a maluca e esantá-la para longe do homem. Nesse momento eu poderia ligar para a ambulância que buscaria o Stylist e o levaria para o hospital, mas antes eu tinha que derrotar a Maluca e não desistiria de tentar. Por mais que a situação piorasse, por mais ferida e cansada que eu estivesse eu só desistiria dessa luta no momento em que caísse morta naquele chão lamacento.
Moon_fire
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