Seguros em Erobring? Hora de curtir o festival!

off: se eu tivesse uma bolinha vermelha tudo ia ser tão fácil..... XD

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Não importava o quanto eu ficasse imaginando ou cogitando o que poderia estar nos observando por tanto tempo, com certeza eu nunca imaginaria que daria de cara com um verdadeiro fóssil vivo. Um pokemon que não era visto desde antes da queda de Arceus, bem em cima de nós era muito além do que eu conseguia acreditar, então decidi seguir como se não tivesse visto ele. Talvez isso fizesse revelar que ele era um ditto ou um Zorua diferentes, talvez até um simples enfeite, fruto da minha mente ou talvez só ilusão de algum ataque psíquico.

Andar em volta do quarteirão foi muito estranho e desconfortável com aquele "pokemon" olhando tudo o que a gente fazia, então logo paramos, sem conseguir ver muita coisa que fosse nos ajudar. Talvez tentar invadir daquele jeito, no meio do dia fosse arriscado, mesmo que sair a noite no meio do toque de recolher também fosse, mas naquele momento era impossível ficar pensando nisso com um par de olhos vermelhos vendo até o ritmo da nossa respiração.

- Hey amigo, você sabe mesmo ser discreto, ein? - Comentei quando ele começou a girar a cabeça, ainda nos analisando como se fossemos um programa interessante na televisão. Tentando ver se ele era realmente real e não uma máquina ou algo da minha cabeça, além de tentar evitar que ele nos atacasse, ofereci minha Cheri berry, por lembrar vagamente que alguém disse que Pidgeys gostam muito delas e como na teoria ele também era um pássaro, valia a pena tentar.....

Off:

Quase que instantaneamente a coruja descia e se aproximava de Lucia, tudo pela berry. O sabor picante da cheri berry, parecia estimular o paladar da ave. Assim que terminava de saborear seu presente, se virava para a dupla e começa a piar com uma expressão amistosa em sua face.

Agora com a possível nova amizade, Lucia percebia que a sensação de estar sendo vigiada permanecia, presumindo que não era a grande coruja tagarela, que era mais uma curiosa do que um vigia. Após a volta no quarteirão, Lucia podia deduzir que não teria dificuldades para invadir o local. Pois o menos não parecia apresentar algum sistema de segurança. Pelo menos não exterior. Possivelmente os muros não possuíam nenhum tipo de cerca elétrica para segurança do Noctowl, que seria de um valor inestimável.

Parecia que era só uma questão de tempo para que a dupla pudesse começar a nova missão.

off: no problems ^^ , o meu tbm ta curto
off¹: to sem ideias do que fazer nessa rota =p

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Ver aquele "Noctowl" ou o que quer que fosse descer tão rápido com certeza me assustou, quase me fazendo derrubar a frutinha antes que ele pegasse com um precisão que me impressionava e não me deixava com a menor vontade de ver como ele era quando atacava. Mesmo no chão o pokemon era realmente impressionante e bem curioso, ou talvez só quisesse mais berrys, o importante era que ele não parecia mais tão incomodado com a a gente ali.

- Você é muito legal. - Falei não conseguindo deixar de achar ele um pokemon muito lindo, mas não esquecendo que a gente não tinha ido ali fazer amizades ou ficar brincando com pokemon, tentei pensar em um jeito de entrar. Se não fosse muito alto, provavelmente o melhor jeito seria tentar saltar o muro, mas caso isso não desse, teríamos que arriscar ir pelos portões.

Sua missão agora era invadir a casa e roubar o pokémon de Camila. Saltar pelo muro lateral parecia uma solução mais simples. Entretanto a coruja se mantinha ali, amistosamente, tagarelando. Isso custava um tempo precioso das garotas. Ao ouvir um assovio, a ave parecia apreensiva, mas se mantinha no mesmo lugar, provavelmente esperando outra berry. Um segundo assovia fazia-o acenar com a cabeça e levantar voo, voltando para a residência dos Havelle.

Assim que a dupla invadia o local, finalmente tinha um pouco de sorte. Os arbustos próximos a parede ocultavam as garotas e davam-lhes tempo para analisar o local. De onde elas estavam podiam ver O engawa que contornava toda a casa e realçava o shoji, que a propósito se encontravam abertos. Logo acima do shoji, ranma feitas de madeiras bem ornamentadas. O que se podia ver além da porta era a tokonomo que aparentava ser ampla, decorada com alguns shodo em sua parede e um okimono de um Arcanine ao fundo. O chão da tokonomo era composto por tatami e no centro um kotatsu, supostamente pelo inverno de Shinki, e ao seu redor alguns zabuton.

Lucia já não sentia mais o desconforto de estar sendo vigiada e a invasão a casa parecia algo promissor, mas todo cuidado era pouco. Um deslize e as autoridades não hesitariam em atender ao chamado de uma família tão respeitada, como os Havelle.

Ainda com aquele pokemon animado ao nosso lado, parecendo ansioso para receber mais frutinhas, o que me fazia pensar um pouco no que fazer caso ele resolvesse procurar por mais na minha mochila, percebemos que não tinha jeito melhor de entrar na casa do que pulando o muro lateral. Enquanto eu ainda estava pensando em um jeito de fazer isso sem que o pokemon tentasse nos impedir, um assobio baixo fez com que ele fosse embora, nos dando a chance perfeita para finalmente começar aquela missão.

Pular o muro com o ombro ainda não totalmente cicatrizado foi um pouco complicado, mas com a ajuda de Ângela, nos logo já estávamos nos escondendo nos arbustos que tinha naquele quintal. Era uma casa realmente bonita e só me fazia imaginar o que mais encontraríamos ali, incluindo a tal flor que precisávamos encontrar. Devia ser algo ainda mais inacreditável ou raro que o Noctowl que nos encontrou na entrada para Katarina querer tanto.

Sentindo menos pressão agora que não me sentia mais vigiada, talvez por estar escondida naquele canto do quintal cercado por muros, fiquei atenta a "porta" aberta e aos sons que vinham dela. Se não ouvisse ou visse nada que indicasse que tinha alguém por perto, eu liberaria Minun para ir na frente para entrarmos na casa e começarmos a procurar pela flor, tentando sempre ir por cômodos sem ninguém.

Ao não ouvirem nada suspeito, Lucia liberava sua companheira roedora. Ela então tomava a dianteira entrando no recinto e após poucos instantes, a roedora apontava a cabeça na porta e gesticulava com a patinha.

Já no cômodo, Ângela deslizava o shoji suavemente para que pudessem prosseguir. Ao abrir um espaço o suficiente, Minun novamente se adiantava e ia vasculhar a casa dos Havelle. Ângela observava o corredor e sinalizava apontando para ela e para a esquerda e em seguida apontava para Lucia e Minum e para a direita.

Lucia podia ver que o caminho a direita ao seu fim, dividia-se em dois. No final do corredor, Minun apontava para a esquerda e corria. Ambos os lados pareciam iguais e quase no fim do trajeto, Lucia começava a ouvir vozes.

- Realmente é um bela presente, minha jovem.

- Sim, senhora!

Cuidadosamente Lucia espiava por uma pequena abertura deixada no shoji. Era um grupo de senhoras da alta sociedade que estavam ali para bajular a pequena noiva. Infelizmente a criança estava de costas para a exilada, e isso evitava-a de ver o tal presente.

Com Minun indo na frente, para garantir que não acabaríamos dando de cara com algum dos moradores ou talvez até um dos empregados que trabalhavam ali, entramos rápido na casa e seguimos com todo o cuidado possível. Não gostei muita de ideia de nos dividirmos, mas como aquele era o jeito mais rápido de explorar mais para encontrar a flor, acabei concordando e segui com Minun para o outro lado do corredor, tomando cuidado com cada passo que dava para não fazer barulho.

Ir com Minun me dava a vantagem de poder contar com a audição forte dela, além dela ser um pokemon nativo daquela cidade, o que tornaria bem menos chamativo se por algum acaso alguém acabasse vendo só ela andando pela casa. Não sabia se era assim em Erobring, mas em Nyender não era difícil ter que tirar um Purloin ou uma Skitty de dentro de casa, então eu contava com isso ao mandar minha doce pokemon na frente.

Parando apenas por um breve momento quando nos deparamos com uma bifurcação, logo Minun escolheu ir para a esquerda, me obrigando a ir rápido para conseguir acompanhar ela, parando apenas quando começamos a ouvir uma conversa. Andando com cuidado para perto da "porta", pudemos escutar e ver um pouco da conversa, mas nada que comprovasse com certeza absoluta que aquilo nas mãos da criança.

Uma ideia simples seria mandar Minun entrar, pegar a flor e correr comigo, já que não parecia que tinham pokemon ali com elas, mas não saber se aquela era a tal flor e a lembrança daquele grande ágil Noctowl na entrada me fizeram exitar em seguir essa ideia. Em vez de me arriscar com isso, deixaria Minun atenta com o corredor e continuaria espionando a conversa, esperando para confirmar o que era aquilo que a garota estava segurando e esperando uma chance um pouco melhor de fazer esse roubo sem chamar tanta atenção.

A conversa e os mimos das senhoras sobre a criança se arrastavam por longos minutos. Algo que causava desconforto a garota e até mesmo em qualquer um de fora. Curiosa e já sem paciência, Minun começava a ficar agitada e abria um pouco mais o shoji. Com as patinhas media o espaço e o seu tamanho e ao ver que ainda não passava, abria o shoji um pouco mais e repetia tudo de novo.

Mesmo com as ações de Minun, o tal presente de casamento causava tanto fascínio que ninguém ao menos percebeu as ações da pequena roedora. Foi em um momento em que Minun causava a distração de Lucia que a garota se levantou e pela primeira vez Lucia podia ver claramente a flor que Lady Katarina tanto queria.

Era um pequeno ser delicado branco com detalhes em rosa, parecendo usar marias-chiquinhas e carregando uma flor negra e vermelha.
Assim que Lucia percebia, Minun recuava e ela podia ver uma das senhoras se aproximando e ainda distraída apenas fechava o shoji completamente. Evitando que a garota espiasse e frustrando a pequena Minun que estava quase conseguindo passar pela abertura.

off: *Q* essa é a única floette que eu gosto *^*

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Ficar ali só ouvindo toda aquela conversa era bem entediante, ainda mais quando elas não faziam nenhum sinal que me indicasse que elas virariam para um lado que eu conseguisse ver esse tal presente. Minun também estava ficando impaciente, mas como eu estava concentrada na conversa e no que acontecia no outro quarto, só fui notar isso quando ela começou a tentar abrir um pouco mais a porta para entrar e talvez ver o que estava acontecendo de tão interessante lá.

No começo ninguém pareceu da atenção, mas quando Minun estava começando a passar, acabou fazendo barulho empurrando mais a porta, o que chamou um pouco a atenção e nos fez recuar um pouco. Antes que pudessem fechar a porta consegui ver bem a tal flor que a Katarina tanto queria, mas mesmo depois de tê-la visto com meus próprios olhos, ainda era um pouco difícil acreditar no que eu tinha que roubar.

Com certeza parecia uma flor, escura e bem interessante, mas acima de tudo, parecendo demais ser algum tipo de pokemon que eu nunca tinha visto ou ouvido falar em toda a minha vida. Vê-la ali me fez lembrar de rumores sobre a ilha nova com pokemon desconhecidos, mas aquilo teria que ficar para depois, já que ainda teríamos que achar um jeito de tirá-la do grupo e sair da mansão.

Por mais que eu quisesse fazer de um jeito que mal notassem a nossa presença, estava começando a ficar sem escolhas e correndo muito risco de alguém se encontrar direto comigo naquele corredor, logo pedi para Minun ir para um cômodo mais afastado, de preferência uma cozinha e começasse a fazer muita bagunça para chamar a atenção de todos, usando depois double team para confundir e conseguir fugir, de preferência indo até a Ângela, eu ou na pior das hipóteses, até o Anthony na loja em que ele tinha ficado.

Eu me manteria afastada, esperando que a confusão fizesse com que todos fossem ver o que estava acontecendo, me dando a oportunidade perfeita para ir pegar a flor e sair dali logo.

Off:

A preocupação e a tensão faziam a exilada usar sua companheira roedora como uma distração para que pudesse se apoderar da flor especial que Katy desejava e deixar o local o mais rápido possível.

Minun ouvia atentamente, corria até uma porta adiante e então parecia ouvir e logo adentrava o local. Depois de alguns instantes ela retornava e apontava para Lucia e para a sala. Mantinha-se focada em Lucia até a mesma adentrar a sala para então correr para o fim do corredor, abrir um dos shoji e começar o quebra-quebra.

Todos saiam apreensivos e cuidadosamente iam até onde acontecia toda a algazarra, logo gritos eram ouvidos e inúmeras roedoras corriam por todos os lados. Isso gerava a distração necessária para Lucia. Porém, quando ela adentrava para pegar a pequena fada, deparava-se não só com a Floette, mas também com a jovem Camila. A garota levava um susto com a entrada da exilada, mantendo um olhar atento e fixo sobre a invasora.

off: da mesmo @w@

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Fora de vista em uma sala próxima, fiquei apenas observando e depois só ouvindo Minun e afastando e se preparando para começar a causar um pouco de confusão naquela casa. Não demorou muito para que ele conseguisse chamar bastante atenção, fazendo o quarto em que a Floette estava esvaziar bem rápido, antes que a gritaria começasse e Minuns começassem a correrem para todos os lados, causando ainda mais confusão.

Até aquele momento o plano estava funcionando muito bem, mas assim que entrei no quarto, fechando a porta atrás de mim, acabei dando de cara com a garotinha e sua pokemon, ambas parecendo confusas e desconfiadas com a minha entrada ali. Por um momento só ficamos nos observando, mas felizmente, ficar olhando para aquele "pokemon" ou seja lá o que fosse, me ajudou a ter uma ideia para leva-la sem chamar atenção e sem parecer tão suspeito eu ter aparecido daquele jeito.

- Escuta, me desculpe assustar vocês assim, mas eu vi pokemon aqui e achei melhor avisar. Tem cadetes vindo até aqui e eles estão prendendo todos que tem pokemon. Eu estou tentando ajudar todos que tem pokemon de estimação, só precisa me emprestar eles que eu os mantenho seguros até poderem voltar para as casas, mas tem que ser rápido. Um Minun selvagem decidiu vir aqui brincar e isso vai acabar chamando a atenção dos cadetes. - Falei, tentando aproveitar a bagunça que Minun estava fazendo para dar um pouco de credibilidade no que estava falando e se isso não fosse suficiente, mostraria meu Charmander shiny, falando que ele foi um dos pokemon que estavam sob o meu cuidado.

Off:

Lucia adentrava a sala e ficava de frente com Camila e a pequena Floette Eternal. A garota imediatamente carregava a fadinha e se afastava. Após alguns instantes de pleno silencio, Lucia usava da situação imposta por Cornélios a toda a Shinki. Fazia então, os cadetes parecerem os vilões e isso parecia gerar certo desconforto na garota. Ter uma parente próxima com problemas com a justiça pode ter influenciado a pobre menina.

- Tu-tudo bem. - Respondia ela em voz baixa, ainda assustada. - Floette, você vai com ela até tudo se resolver. - Ela então abraçava a pequena fada. - Logo poderemos brincar sem nenhum cadete para nos atrapalhar. - Ela dava um beijo na Floette e a retornava para pokébola. - Por favor, cuide bem dela. - Dizia a menina com lágrimas nos olhos para Lucia.

Além da gritaria causada pela Minun ao fundo Lucia podia ouvir um homem vindo gritando dizendo que eles tinham problemas. Tudo indicava que Ângela havia sido descoberta. A garota com medo da historia da exilada e ao meio de toda aquela confusão apontava assustada para a porta de trás. Ao sair pela porta de trás, Lucia podia ver uma porta maior, possivelmente a saída.

off: não me julgue  , a ideia do Brian era sair no soco.....

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Por sorte não tive que usar o Charmander como garantia que outros confiavam em mim, já que eu não sabia bem como o shiny reagiria a tudo aquilo, mas essa foi a única boa noticia, já que por mais que tivesse que fazer aquilo, não conseguia ficar feliz em conseguir a pokemon. Pegando a pokemon, a tal Floette, prometi que cuidaria dela, ao mesmo tempo que prometia silenciosamente que assim que tivesse uma chance, tentaria trazer a Floette de volta.

Quando a confusão começou a ficar maior do que estava esperando me dando um calafrio de preocupação com a ideia de que Ângela poderia ter sido vista no meio de toda aquela confusão, mas como não tinha muito o que fazer, segui pela saída indicada pela garota, torcendo muito para que tudo acabasse bem.

- Vamos, não podemos perder tempo. - Falei para a pokemon antes de começar a seguir o caminho, indo para a próxima porta, torcendo para não termos nenhuma problema até estarmos bem longe da cara. Se tudo fosse tranquilo pelo caminho, aproveitaria para mandar uma mensagem para Katarina, perguntando para onde ir agora que estava com a flor.

Lucia conseguia deixar a residência em segurança e sem ser notada. Entretanto, após poucos passos ela se deparava mais uma vez com o loiro caçador de recompensas. Agora com o nariz tratado a grosso modo, com uma espécie de bandagem.

- Foi bom te esperar... Me pergunto se te levo para as autoridades ou se te capturo e espero uma recompensa melhor? Considerando a família com a qual você mexeu... Talvez sua recompensa até mesmo dobre.

Ele pegava uma pokébola, mas antes que pudesse executar qualquer ação, parecia ser atropelado por um boi vermelho. O loiro era lançado para longe e já estava desacordado antes mesmo de tocar o chão. No lugar onde ele estava, Anthony de pé chacoalhando a mão.

- Que cabeça dura ele tem. - Ele parecia sério. - Ângela esta nos esperando na Escola de Beleza. Ela foi vista na casa e teve que sair mais cedo de lá. Rápido, vamos!

Anthony corria na frente e ao passar em frente a uma das casas, Lucia sentia seu braço ser agarrado e logo era puxada com força para dentro.

- Foi por pouco! - Um homem dizia apontando para cima. Assim que Lucia voltava sua atenção aos céus, via aquela grande coruja de mais cedo patrulhando os arredores. - Então foi para isso que eu te criei? - O tom de voz estava mais serio. Ao olhar para o rosto daquele homem, Lucia podia ver algo familiar. Estava um pouco mais velho, mas com certeza era seu pai. De alguma forma ele estava mais uma vez entre os vivos.

off: a Floette da dentro de uma pokeball ou ta comigo?

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Com a floette comigo, fui seguindo o caminho até finalmente sair daquela casa, mas infelizmente não consegui ir muito longe, já que logo acabei dando de cara de novo com o loiro que se intitulava "caçador de recompensas". Sem a Minun comigo e querendo muito mais fugir para conseguir mandar logo a mensagem para Katarina, avisando que o trabalho tinha sido feito, não estava nem um pouco a fim de batalhar, mas antes que eu pudesse responder qualquer coisa, Anthony apareceu, parecendo um Tauros, quase me fazendo cair de susto.

O quanto ele sabia de tudo o que tínhamos feito eu não sabia, mas agradecia por ele ter se livrado daquele chato e comecei a ir atrás dele, de preferência para descobrir tudo o que tinha acontecido com Ângela e com a Minun. No meio do caminho, alguma coisa me puxou pelo braço para dentro de uma das casas, me livrando de ser vista por aquela coruja curiosa, mas assim que me virei para agradecer e ver quem era, fiquei sem reação.

Meu rosto ficou completamente pálido enquanto eu via na minha frente meu pai, ao mesmo tempo em que lembrava com clareza da imagem do dia em que o encontrei na sala, frio e morto em cima de uma poça do seu próprio sangue. Por um tempo só consegui ficar olhando pra ele, ainda sem conseguir acreditar no que estava vendo, chegando até a tocar de novo no braço dele e esfregar meus olhos para ver se estava vendo direito.

- Como é possível? Eu te vi morto, em casa! - Falei, dando um passo para trás sem perceber, enquanto colocava as duas mãos sobre a boca, tentando entender como era possível, mas a minha mente era uma confusão só.

Lucia ficava estática não acreditando nos seus próprios olhos e relembrando daquele dia fatídico. Constava que ele era real ao tocar-lhe, mas ainda hesitava tentando encontrar uma explicação plausível para aquele momento.

- Eu também não sei dizer como sobrevivi. Só me lembro de acordar sendo ajudado por um velho homem. Ele era um conhecido de sua mãe. - Fazia uma pausa e ajeitava os óculos. - Depois disso, eu resolvi desaparecer e investigar. Posso não ter me tornado um cadete, mas isso não significava que eu não tinha as habilidades necessárias para o trabalho. - Ele dava uma pausa. - Infelizmente, descobri que sua mãe era uma informante dos Apocalipses e ela acabou esbarrando em Cornélios Darbas. Foi extremamente decepcionante descobrir que esse tipo de gente possa existir dentre os cadetes. Enfim, aquela tragédia foi culpa dele. - O homem parecia emocionado ao contar.

Na rua, Lucia podia ouvir um grande movimento. Ao espiar podia ver que os cadetes passavam pela rua em direção a casa dos Havelle. Parecia que a situação iria piorar muito por ali.

- Sinto muito pelo que você passou, minha filha. - Aproximava-se cautelosamente e lhe dava um abraço apertado. - Temos que dar um jeito de tirar você daqui a salvo. Temos que pensar com calma em algo.

Me sentindo ainda mais perdida e confusa do que no dia em que tinha descoberto que Ângela estava viva, porém presa, fiquei ouvindo atentamente a explicação do meu pai, não conseguindo evitar ficar procurando nas minhas memórias qualquer sinal ou pista que eu tinha deixado passar naquele dia. Era horrível ficar lembrando daquela cena, daquele dia em que cheguei em casa, mas saber que eu podia ter ajudado, que as coisas poderiam ter sido diferentes era pior ainda.

Nem percebi quando eu tinha começado a chorar, eu só queria pedir desculpas por não ter percebido antes que ele estava vivo, por tudo o que eu tinha falado ou deixado de dizer naquele dia, que ele não tinha que se desculpar por nada, mas eu só conseguia retribuir o abraço, feliz por ele estar vivo. Um monte de perguntas começaram a surgir na minha mente, sobre o que ele tinha descoberto, onde ele tinha ficado, como ele conseguiu se manter escondido tanto tempo, mais detalhes sobre essa história da minha mãe com os apocalipses, mas antes que eu pudesse perguntar, vários cadetes indo para a casa que eu tinha acabado de roubar chamou nossa atenção.

- Precisamos achar o Anthony e a Ângela antes. Eles estão comigo e estão sendo caçados só por terem tentado me ajudar. Dependendo de onde eles estiverem a gente pode tentar pegar o trem pra Pugil ou ir pra Kuroi Mori até as coisas se acalmarem. - Falei, decidindo não falar o real motivo de Anthony estar me seguindo e nem comentar sobre entregar a Floette no caminho, coisa que eu acabaria fazendo sem ele perceber assim que tivesse a primeira oportunidade.

Off:

A mente de Lucia era invadida por uma tempestade de emoções e duvidas. Porém, com a chegada dos cadetes, ela priorizava os companheiros e sua missão.

- Isso não será possível. O mais prudente seria esperarmos até as coisas se acalmarem. Afinal de contas, os cadetes não estão muito longe daqui e qualquer movimento suspeito poderia nos causar problemas e aquele Noctowl ainda pode estar patrulhando o local. - Ajeitava o óculos com uma expressão seria parecendo pensar em algo.

Após alguns minutos o homem permanecia em silencio pensativo e com uma rápida espiada, podiam ver os cadetes diante a residência dos Havelle e a pequena Camila aos prantos, possivelmente havia descoberto que tinha sido enganada pela exilada e não mais veria sua pequena fada.

Não querendo discordar dele, mas ainda assim ficando um pouco preocupada de acabarem nos encontrando ali quando começassem a procurar nos arredores, me encostei em um canto e fiquei apenas escutando e tentando observar tudo o que estava acontecendo. Assim que eu vi os cadetes na casa dos Havelle e a criança chorando muito, não consegui ficar mais olhando e me concentrei em mandar a mensagem para Katarina, avisando que estava com a flor.

- Me fala mais sobre a mamãe. Como assim ela informante dos apocalipses? O que você descobriu? - Perguntei não aguentando mais ficar naquele silêncio, querendo ir logo entregar a pokemon, recuperar o Pidgeotto, ver se Minun e os outros estavam bem, mas como não podia, ao menos queria ter algumas respostas. Queria entender o que tinha acontecido naquele dia.

Rota bloqueada por inatividade.

Em caso de retorno, poste em pedidos solicitando a reabertura.

Rota desbloqueada a pedido da player.

off: oi \o bem vindo ^^ aceita um chazinho, biscoitos?
off¹: ok, vc tbm vai ter que ter paciência com a minha demora pra responder

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Ainda não conseguindo me acalmar, dividida entre a preocupação com Anthony, Minun e Ângela, e a necessidade de entender tudo o que tinha acontecido, o que minha mãe tinha feito para fazer tudo aquilo acontecer conosco, como a tentativa de matar toda a nossa família, escutei com atenção o que meu pai tinha a dizer. O tumulto do lado de fora reforçava a preocupação dele em fugirmos a noite e por mais que me incomodasse ficar ali, sem nada que impedisse os cadetes de entrarem na casa para nos procurar e a preocupação de perder o "prazo de entrega" da Katarina, que tornaria ainda mais impossível recuperar meus pokemon, não vi outra saída além de realmente esperarmos um tempo ali.

- É, acho que não temos muitas outras opções. - Comentei apoiando minhas costas na parede, antes de realmente falar o que eu tinha em mente. - Pai, eu acho que é um pouco tarde pra pensar na minha segurança. Seja lá o que for que você não quer me contar, talvez eles já suspeitem que eu saiba, porque desde o momento que eu sai da delegacia, estão me caçando e tentado me matar, então por favor, vamos aproveitar esse momento, me conte tudo. - Eu pedi, olhando ele bem nos olhos, como eu fazia quando queria que ele me leva-se a sério, esperando assim conseguir uma resposta.

Antes que eu pudesse terminar de falar, um som preocupante chamou nossa atenção e também confirmava meus temores de ficarmos escondidos naquela casa, os cadetes estavam começando a vasculhar as casas próximas a nossa procura. Nosso tempo estava acabando, mas não tínhamos para onde ir e eu não tinha ideia do que fazer, além de me preparar para ter que enfrentar os cadetes que aparecessem, para conseguirmos escapar dali de algum jeito.

O que meu pai dizia já não novidade para mim, que já tinha visto o outro lado dos cadetes e estava cansada de ser acusada de coisas que não tinha feito, mas o modo que ele falava me deixava cada vez mais curiosa e preocupada com o que ele tinha passado nesse tempo em que eu fiquei apenas fugindo.

O som dos cadetes foi ficando cada vez mais alto, indicando que eles estavam se aproximando cada vez mais, quando meu pai chamou para fugirmos, o que me deixou um pouco confusa e sem ação, imaginando como ele nos tiraria dali. Antes que eu pudesse perguntar, ele me surpreendeu mais uma vez revelando ter um pokemon com ele, que logo nos teleportou para longe da casa e talvez até mesmo de Erobring.

Quando meus olhos se acostumaram com a mudança repentina de ambiente, tive certeza que não estávamos mais em Erobring, já que aquela floresta conseguia ser ainda mais sombria que a cidade em que estávamos. Também não parecia ser Seimei, mas saber que lugar era aquele não era a minha prioridade no momento, eu queria respostas, agora mais do que nunca.

- É, acho que estamos. - Comentei me apoiando em uma árvore enquanto olhava a redor, apenas para ter certeza de que não tinha nenhum cadete por perto antes de voltar a olhar para o meu pai. Dessa vez eu apenas o encarei, esperando pelas respostas que ele sabia que estava me devendo, mas também não conseguindo deixar de olhar para o Beheeyem e imaginar onde meu pai o tinha conseguido.