Capítulo 1

Seth deixava o Templo de Giratina e caminhava rumo ao lado de fora de Ragnarok. Voltaria para Sekisetsu onde se despediria de vez de sua avó e começaria sua jornada de verdade. Colocou a mão sobre a pokébola de Sableye. A prova de que ele agora era um Giratinista. Ainda não tinha pensado em como explicaria o fantasma, que obviamente não era uma opção de inicial dos seguidores de Arceus, para sua avó. Resolveu tirar o ser sombrio de dentro da prisão esférica e interagir um pouco com ele:

-Olá. Meu nome é Seth e a partir de agora serei seu mestre. Espero que você pense duas vezes antes de me desobedecer e que seja sempre leal a mim. No mais, que tal realizarmos alguns sacrifícios para Giratina?

A criatura apenas fitava Seth com os grandes olhos vermelhos e brilhantes. Não parecia interessado em desobedecer e quando o jovem falava algo sobre sacrifícios sua feição logo tomava um ar maléfico.

off: voltei \o serei sua narradora, espero que se divirta ^^

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Com a adaga recém usada guardada em sua mochila e a pokeball de seu inicial em mãos, ambos provas de que agora era oficialmente um seguidor de giratina, Seth caminhava lentamente por ragnarok, perdido em seus pensamentos sobre voltar para o vilarejo de onde tinha vindo e encontrar sua avó. Ainda sem saber bem como conseguiria passar um Sableye como inicial de seguidor de Arceus, Seth decidiu se concentrar no momento presente e conhecer seu pokemon.

Sableye pareceu ouvir atentamente cada palavra que o jovem giratinista disse e logo começou a procurar por alvos ao lado de Seth, que não conseguia ver qualquer sinal de que o pokemon gostava dele ou se algum dia o trairia. Ambos andaram por um tempo pela cidade coberta de neve e apesar de verem várias pessoas e alguns rastros de pokemon, por causa do frio, parecia que nenhum pokemon estava muito ativo naquela parte da cidade, ou talvez fosse normal eles ficarem afastados das redondezas do templo de Giratina....

OFF:

Sableye era um pokémon misterioso, a face risonha impedia Seth de saber o que a criaturinha pensava. Entretanto como pretendia criar vínculos com o pequeno, decidia-se por dar um voto de confiança, afinal o fantasma estava prontificado a procurar por alvos, como fazia, sem sucesso, naquele exato momento. Realmente, o Templo de Giratina não parecia o melhor dos lugares para se procurar por pokémon.

-Mudanças de planos, Sableye. Vamos procurar mais perto da saída da cidade, se for o jeito, começamos os sacrifícios dentro da rota 27...

Decidindo confiar no pequeno pokemon que ao menos se mostrava disposto a ajudar Seth a procurar por algum sacrifício nas ruas de Ragnarok, mas como parecia que não teriam muita sorte procurando pelas redondezas do templo de giratina, Seth decidiu rumar mais próximo da rota 27. Sableye seguiu sem protestar, mas ele não parecia estar gostando muito de andar na neve e assim que percebeu que o lugar em que eles estavam indo tinha ainda mais neve, isso pareceu desanimar um pouco o pokemon ghost.

Pegando um caminho um pouco mais longo, na esperança de encontrar algum pokemon ou alguma chance de fazer um sacrifício, Seth e seu pokemon estavam passando em frente a uma casa um pouco distante do hospital quando um celular passou a poucos centímetros do rosto do giratinista. Parando surpreso, Seth e seu pokemon viram o dono do celular sair para pegar o aparelho, parecendo estra pronto para jogar o celular em Twister de tão furioso que estava.

- SIM, eu joguei o ******* celular! Não venha me dizer para ficar calmo, eu não quero mais saber de vocês e das suas mentiras! Eu segui tudo, acreditei do fundo do meu coração e falei todas as suas baboseiras só para ouvir que a doença da minha mulher PIOROU como um teste da MINHA FÉ? Vão pro INFERNO!!!! - Gritou o homem no meio da rua, antes de se virar para a sua casa e jogar se celular para longe de novo, dessa vez acertando em cheio uma das paredes, fazendo com que o pequeno aparelho se despedaçasse enquanto o homem ficava parado ainda furioso, tentando respirar o fôlego e a calma.

Parecia que Giratina colocava para Seth sua primeira provação: a falta de sacrifícios para o mesmo. Sableye não parecia muito feliz em caminhar sobre a neve, mas o iniciado não ligava:

-Ora vamos, se você serve a mim, você também serve a Giratina. Que tipo de servo de Giratina é você que se incomoda com um pouco de neve. Ainda teremos muitas provas a superar para trazer a esse mundo o que ele merece.

Um sorriso um tanto sádico acompanhava as palavras de Seth, quando sentiu o vento deslocar-se muito próximo ao seu rosto, tomando um leve susto, mas logo se recompondo. Pôde ver melhor o objeto que quase o atingira: um celular. Um homem vinha atrás dele, provavelmente o dono do aparelho. E ele não parecia nenhum pouco feliz, e o pobre telefone sofria com isso, espatifando-se com violência ao ser atirado contra uma parede. Seth e Sableye se aproximava. O jovem fazia questão de deixar o fantasma bem a mostra:

-Algum problema, meu bom homem?

Com Seth conseguindo apenas que Sableye suspirasse, como se concordasse com ele, mas ainda assim não conseguia ver utilidade ou qualquer coisa de positivo nos dois ficarem se arrastando pela neve, ainda mais depois de ouvir uma conversa vinda de uma das casas falando sobre como era muito mais quente e agradável em Twister, os dois continuaram andando por ragnarok até ver uma cena bem curiosa. O pokemon ghost ficou apenas observando toda a cena, assim como Seth que assim que julgou que o homem não lhe daria um soco simplesmente por se aproximar, foi perguntar o que estava incomodando tanto aquele homem.

- Ah, maravilha. Você é giratinista, né? - Exclamou o homem assim que ouviu Seth e viu Sableye parado ao lado do giratinista, tentando ouvir toda a conversa sem chamar toda a atenção para si. - Você vai adorar ouvir isso, fui um seguidor de arceus até hoje, fazendo de tudo como eles diziam, espalhando a palavra de Arceus e bla, bla, bla. Fiz o meu melhor de corpo e alma, pra que? Só pra ouvir que eles não podem fazer nada para ajudar minha mulher que esta morrendo no hospital e que ainda por cima isso era um teste para a minha fé. Eu nunca mais vou querer saber de igrejas e lendários, isso tudo é uma mentira. - Falou o homem, quase gritando de tanta raiva e frustração que estava sentindo, dando um forte chute em um monte de neve assim que terminou de falar.

Giratina parecia mesmo escrever certo por linhas tortas, não que Seth desconhecesse essa parte da natureza de sua divindade. Explicando, se por um lado o giratinista falhava em encontrar sacrifícios para seu mestre, por outro o destino colocava à sua frente um homem desiludido com sua atual religião. Possivelmente o primeiro convertido em sua jornada, caso ele soubesse explorar as fraquezas do homem, e ele o faria, enquanto ouvia sua história.

-Sim, eu sou - ele respondia enquanto o homem continuava com suas lamúrias, para em seguida responder com um olhar compreensível: - Você deve entender que embora os Arceístas não estejam totalmente errado, o modo que eles enxergam as coisas é complacente demais. Você espera mesmo que as coisas melhorem só por que um ser todo-poderoso assim deseja? Somente o fato de crer em tal ser já é motivo suficiente para que ele o ajude com tudo o que precisar? A resposta é bem simples, não é? Você não deve perguntar o que seu deus pode fazer por você, e sim o que você deve fazer ppr ele, para que ele possa lhe ajudar...

Com Sableye ao seu lado, Seth percebeu uma oportunidade quase tão boa quanto achar um bom sacrifício para giratina, a chance de converter alguém de seguidor de Arceus para seguir o caminho certo e servir giratina. Tendo em mente que ele teria que ser muito cuidadoso, já que o homem já estava furioso com uma crença, o que fazia ser ainda mais fácil simplesmente descontar sua raiva contra os giratinistas também, Seth ouviu atentamente tudo o que ele tinha a dizer antes de falar alguma coisa.

- "O que eu devo fazer por ele?" Eu me dediquei a vida inteira a fazer tudo por Arceus! Só faltou eu me tornar xamã, eu já viajei por toda shinki? O que mais eu posso fazer? Ou melhor, de que adianta eu fazer alguma coisa? O que um pokemon extinto pode fazer para salvar a vida da minha amada Ângela? - Disse o homem tentando controlar um pouco a raiva, talvez percebendo que não seria justo descontar o que estava sentindo em Seth, que parecia estar interessado em ajudar em vez de só ficar falando que senti muito por tudo o que ele estava passando.

OFF: :

Mesmo desiludido com a Igreja de Arcues, nada indicava que trazer aquele homem para o lado de Giratina seria uma coisa fácil, por isso, Seth utilizava de sua paciência para realizar tal feito.

-Eu entendo o que você está tentando dizer meu caro. Mas você nunca perguntou se o que você aprendeu com o arceísmo era realmente o jeito certo de se fazer as coisas? Você espera que o mundo se torne um lugar melhor sem alguns sacrifícios? Se você estivesse do nosso lado, o lado certo, desde o início, poderia ter realizado vários sacrifícios para evitar o de sua mulher.

Bloqueada devido a crise.

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Rota desbloqueada.
Não há mais doubles bloqueadas.

OFF:

Finalmente Seth conseguia fazer com que o homem lhe desse a devida atenção. Parecia disposto a conhecer melhor o giratinismo, e assim salvar a vida de sua mulher. Sableye sorria, assim como seu mestre. Havia começado bem. Logo Giratina-sama teria mais um servo. Ele era realmente seu arauto.

-Que tal começarmos com um pequeno sacrifício? Não será o suficiente para salvar sua mulher, mas é um bom começo. Quanto mais almas você entregar para Giratina, mais feliz ele ficará. Não podemos garantir que sua mulher será salva, mas nosso Senhor é misericordioso com seus servos, e costuma recompensá-los muito bem. Sableye, procure por algum pokémon para que possamos sacrificar.

OFF:

Seth sorria de forma contida e compreensível. O homem estava disposto a seguir o caminho como giratinista. Era sua primeira conversão, não poderia estar mais feliz, mesmo que externamente não fosse o que demonstrasse. Sableye farejava em busca de seu alvo.

-E não se preocupe, não existem sacrifícios pequenos para Giratina-sama. Aliás, como devo lhe chamar?

O jovem era enfim interrompido pelo seu pokémon, que apontava em uma direção específica. Alvo localizado.

-Está pronto? - perguntava para o homem.

OFF:

O homem se apresentava. Joel. Ele parecia agora bem interessado na doutrina Giratinista. Era uma alma perdida, afinal, daquelas que o lendário mais gostava. Enquanto isso, Sableye procurava por uma vítima farejando por pokémons, até que finalmente os dois humanos e o pokémon se encontravam em uma rua deserta. Um Raticate maior que o normal e com um pedaço da cauda faltando procurava por comida. Seth riu, apesar de certamente considerar o pokémon grotesco demais. Giratina-sama lhe entregav um pokémon que não poderia ferir seu Sableye. Aquilo era perfeito. Resolveu que começaria atacando inadvertidamente e sem piedade, apontou para o roedor e em seguida olhou para o fantasma:

-Dois Scratches.

Hora da Batalha
Condições da batalha: Manha fria, neve no chao, beco cheio de latas de lixo, algumas vaizia outras cheias.

Sableye/Apelido ♂ - Lv.07 - Trait:Stall
100%, Status: -1 Defesa

Vs.

Raticate ♂ - Lv.08 - Trait:Guts
87%, Status: +2 Ataque, Orelha direita sangrando.

Off: eu também, te mandei um mp

Era a primeira batalha de Seth ao lado de Sableye, entretanto, o fantasma não perdia tempo, e já demonstrava uma violência e sangue frios admiráveis, como um verdadeiro seguidor de Giratina. O grande rato abaixava a defesa de Sableye e aumentava o próprio ataque. Grande coisa! Não era como se ele pudesse ferir o noturno. Seth olhou para o Joel, tentando vislumbrar algo nele, mas sua expressão era inconclusiva. O rapaz deu de ombro e prosseguiu com os comandos para o seu servo:

-Dois Scratches -repetiu a ordem.

Sableye continuava massacrando o Raticate com suas garras enquanto o pobre rato nada podia fazer. Seth ria de orelha a orelha, de forma até perturbadora. Além disso, o cheiro de sangue invadindo o ar deixava o jovem profundamente contente e animado para novas ordens:

-Dois Scratches. - a ordem era a mesma.

O que parecia ser uma primeira batalha fácil para Seth tornava-se por dar ao giratinista um pequeno obstáculo: após o ataque anterior, o roedor se escondia entre o lixo e... Desaparecia.

-O que houve? - perguntava o mestre ao seu servo - como assim sumiu? Use seu olfato, ora... Ele não pode estar longe... Além disso estava sangrando, certamente vai deixar um rastro...

E olhou para Joel, apenas para ver a reação do homem.

Sableye olhou para Seth com cara de poucos amigos, o fantasma tentou empurrar uma lata de lixo mas era claro para o religioso que o tamanho diminuto do companheiro não lhe ajudava na tarefa.

Ja Joel parecia estar em transe, o corpo grande do homem pareceu entender o que o fantasma queria e sem uma palavra este começou a afastar as latas de lixo, não demorou para que o rastro de sangue fosse visto, e este guiava diretamente para a entrada de uma toca.

Era impossível para Seth ou Joel passar pelo buraco, Sableye parecia apenas esperar a permissão do mestre para seguir o grande rato e terminar o que havia começado.

Sableye não parecia muito feliz com o desenrolar da batalha e começava a perseguir o rato por entre as latas de lixo. Após uma pequena dificuldade em remover os obstáculos, mas conseguindo fazê-lo com a ajuda de Joel, logo se deparava com uma toca. Nenhum dos dois humanos poderia adentrar o buraco, mas o fantasma poderia. Seth olhou para a criatura um tanto impaciente:

-O que está esperando?