Trazendo Caos para um novo lugar!

off: faço ideia XD
off2: ficha atualizada e egg ganhou mais uma rota o/ lembra de ir no batizado na igreja em construção ^^

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O sol ameaçava se aproximar do horizonte quando o navio finalmente chegava no porto. No entanto isso não fazia muita diferença, visto que as nuvens ainda pesadas não permitiam vislumbrar a esfera reluzente com precisão para determinar a hora.

Alex ajudava Marri a caminhar e percebia o quanto a menina fora ferida pelo bandido que decapitara. Ao mexer no celular, o Apocalipse percebia que não havia mais sinal e, ao longe, ele podia vislumbrar uma torre sendo construída. O celular se resumira a um despertador... Como avisaria Mina de suas conquistas?

Enquanto refletia sobre as novas questões, o Arruaceiro recebia no porto local duas esferas muito preciosas, guardando-as na mochila antes de voltar a andar pela cidade. A esperança de encontrar alguém que não fosse cadete para lhe dar informações era frustrada a cada cinco segundos, tempo para um novo cadete cruzar seu caminho.

Quando avistava alguém que parecia ser um civil, logo descobria que era parente de cadete... A cidade era tomada por oficiais... O que não representava um bom começo.

Marri mirou Alex quando ele lhe questionou sobre Flareon e, sorrindo, a garota gritou Carvão, sendo respondida imediatamente pelo Fire que chegava a oscilar da cintura para cima, enquanto as patas estavam coladas no chão ao lado da menina. Uma ordem simples de fareje era o suficiente para ele sumir farejando cada canto da cidade. Alguns segundos depois, a menina olhava para o Arruaceiro, lembrando-se que não sabia o que era para Flareon farejar e, sem ordenar, o fire estava farejando a cidade inteira provavelmente.

Alex só podia suspirar enquanto voltava a andar pela cidade em construção, pensando onde o Kazumi poderia ter decidido iniciar suas obras. Enquanto caminhava, o Apocalipse percebeu um padre vistoriando a construção do que possivelmente seria a igreja. Na frente da obra uma placa avisando os fiéis da missa de batismo dos Eggs em comemoração ao dia das mães na manhã seguinte.

- Olá meu filho. - O padre cumprimentava logo fazendo um sinal de cruz na testa de Alex com dedos úmidos. - O batismo ocorre durante a manhã, logo após a missa das 8h. Por que não retorna amanhã cedo para ouvir a palavra do Senhor?

Marri claramente tentou segurar a risada, mas o som do riso esganado foi ouvido pelos dois pouco antes da menina gargalhar alto, chamando a atenção para si.

- Sério que vai ouvir ele, tio? Lá na ilha gente assim só servia pra ser roubado. Os novatos caíam depois do primeiro copo. O ruim é que nunca carregavam muito dinheiro e quando não bebiam ficavam de discurso chato.

- Pelo que vejo, essa menina foi retirada da ilha do pecado. Você fez bem irmão. Espero que consiga levar um pouco da luz de Arceus para essa alma tão jovem e tão desvirtuada. Tenho esperança de que um dia levaremos a palavra de forma plena àquele lugar sem amor ao próximo.

- Mas eu amo o próximo vovô, principalmente a carteira do próximo. Olha só - a menina dizia erguendo a carteira de Alex.

O Arruaceiro guardava o ovo misterioso, percebendo que teria de voltar no dia seguinte muito cedo para conseguir seu batismo. Ao mesmo tempo, optava por afastar a menina daquela conversa nada produtiva antes que o padre começasse a discursar sobre respeito e consideração.

Antes de partir, contudo, o Apocalipse questionava o padre sobre a localização do Kazumi Hotel, recebendo a informação de que não ficava muito longe do porto. Ao mesmo tempo, o homem era avisado que o PEVOAK, apesar da placa de que não haviam quartos disponíveis, sempre abrigava quem não tinha onde ficar. O padre encerrava avisando que também era possível conversar com os cadetes, vários que já possuíam casa construída abrigavam os recém chegados até que pudessem erguer sua própria moradia.

- Que Arceus o acompanhe irmão e que ele ilumine seu caminho até a alma dessa criança.

O padre se despedia e a dupla finalmente se afastava na direção correta. Marri protestava perante a bronca recebida, dando a entender que não deixaria de ser ela mesma como o padre gostaria ou como Alex gostaria.

Durante a caminhada, o Arruaceiro procurava por Flareon, encontrando o fire ao ouvir gritos em um prédio em construção e constatar que o Pokémon estava pendurado em um guindaste, andando sobre uma barra de ferro que era erguida. Como ele parara lá em cima não era do interesse do Arruaceiro e o Alex optava por nem ao menos chamar o fire para não chamar a atenção dos responsáveis pela construção que não estavam satisfeitos com a interferência.

Ao final da estrada, o Apocalipse mirava uma cabana mal identificada, entendendo o motivo de ter passado pelo lugar sem perceber. O atendente logo direcionava os dois para um quarto que era ocupado por outras duas pessoas que Alex não conhecia. Ao questionar se não haveria um quarto privativo vago, o Arruaceiro descobria que o lugar estava lotado com os últimos que chegaram do continente e, para piorar, a previsão é de que chegariam mais dois barcos com trabalhadores sem ter onde morar.

New Nyender precisava de mão de obra para se erguer e esses acabavam compartilhando mais do que desejariam para avançar na construção da cidade. Pelo menos, dali Alex sabia o caminho para a igreja e na manhã seguinte só teria de aguentar uma missa cansativa para que o egg fosse batizado.

O gerente mirava Marri e Alex, informando que o hospital e a farmácia ainda demorariam para ficar prontos. O homem (milagrosamente sem terno) sugeria à dupla procurar o PEVOAK, pois talvez a atendente conseguisse algum medicamento a base de plantas naturais.

- Rum também serve para aliviar essa dorzinha chata. - Marri dizia deitava.

Flareon saia de trás do gerente, deitando-se sobre a cama de Marri e sem apertar a menina. Como o fire os achara e como saíra de cima do guindaste era um mistério.

Sem muito a fazer, Alex descansava e colocava o sono em dia. Na manhã seguinte, o Arruaceiro acordava muito cedo para não perder o batismo dos Eggs que aconteceria na missa. Na cama ao lado, Marri dormia, de ponta cabeça, com Flareon sobre seu travesseiro e a perna engessada sobre o fire. O celular indicava que era muito cedo e que, se quisesse, ainda poderia ir na missa.

Krabby perdeu 400 de Exp e reduziu um level.

Sem acordar Marri, Alex se retirava do projeto de hotel e retornava à igreja, assistindo a um sermão incrivelmente entediante. O Arruaceiro tinha a sensação de que Castiel estaria se remexendo no túmulo com seus pensamentos, porém o Seguidor teria de o desculpar, mas não nascera para ouvir sermão todos os dias...

Ao final da missa, o padre tocava cada Egg que lhe era estendido, um a um e com ambas as mãos, rezando baixinho a cada novo ovo. Quando finalmente chegou sua vez, Alex jurava que sentira a casca aquecer-se sobre suas mãos, porém quando o padre retirara as mãos, a temperatura voltou ao normal.

Sem querer perder mais tempo na igreja e ciente de que já eram mais de 10h, o Arruaceiro rumou para o PEVOAK, encontrando a atendente do local já brigando com a atendente do mercado, que ficava ao lado. Ambas varriam ferozmente a frente de seus estabelecimentos, empurrando a areia para o estabelecimento da outra. Um Typhlosion espirrava ali perto, claramente irritado com o excesso de pó, enquanto um Alakazam dormitava embaixo de uma árvore, sobre a qual três crianças ruivas brincavam.

Ambas as atendentes pareciam demorar um pouco para perceber a chegada de Alex, muito distraídas com sua briga em varrer o pó para o estabelecimento da outra. O fire que estava ali perto parecia cada vez mais irritado, mas não abandonava o posto e, quando sua irritação chegou ao extremo, ele queimou as duas vassouras.

Alex aproveitou a interrupção violenta do Pokémon para se fazer notar. Ambas as atendentes pareciam ter decidido falar ao mesmo tempo, oferecendo diversos produtos. A dona do PEVOAK falava sobre suas Berrys com propriedades curativas, enquanto a atendente do Mercado falava sobre Potions e Antidotes. Todos os itens destinados a Pokémon.

Quando o Arruaceiro esclareceu que era para uma pessoa, a atendente do PEVOAK mostrou a língua para a do Mercado, dizendo que ela possuía os produtos das farmácias até que o Shopping ficasse pronto, guiando o Apocalipse para o interior da loja.

O fire estava deitado na frente da porta e rosnou para Alex quando ele se aproximou, deixando claro que não era amistoso e sua teimosia ao não sair da porta. Porém ele não atacou quando atendente e Apocalipse pularam por cima dele para o interior do estabelecimento, onde dúzias de caixas estavam empilhadas por todos os cantos. Cheiro de queimado saía da cozinha, mas a atendente parecia não estar preocupada.

- Tenho analgésico em comprimidos e tenho um xarope que é analgésico feito com Berrys. Qual você prefere?

A atendente colocava o xarope em um pequeno saco de papel, informando o valor de 30Pk$ para Alex. Enquanto o Apocalipse pagava pelo item, questionava sobre a estranha ilha, chamando a atenção da atendente.

- Extintos não, desconhecidos. - A mulher começava enquanto recebia o dinheiro e o colocava em uma caixa registradora antiga. - Também acreditávamos que eram extintos quando chegamos, mas não vimos nenhum Farfetch'd ou Volbeat, por exemplo. Nada dos antigos lendários ou dratinis... Só encontramos inúmeros Pokémon nunca antes vistos e ninguém descobriu ainda como uma ilha dessas se formou em tão pouco tempo.

Alex ouvia fascinado. As chances de encontrar algum dos Pokémon existentes nos livros se extinguia momentaneamente. Mas agora haviam Pokémon nunca antes registrados.

- Tenho uma Gladiadora trabalhando meio período aqui comigo que nomeou as duas primeiras rotas vistas até agora. Logo ao sair da cidade você entrará na Route A e, se seguir reto, estará na Floresta Delacour. Depois disso ninguém visitou ainda. Ouvi dizer que há outro Gladiador na cidade que também já visitou essas duas rotas, mas não sei onde ele está hospedado. Sobre o xarope, tome uma colher de chá quando tiver dor, mas nunca tome em intervalos de menos de 6 horas.

Alex caminhava em direção ao Kazumi Hotel mais uma vez, com a intenção de depositar dois de seus monstrinhos no Storage antes de tentar fazer Marri tomar o remédio. As lembranças da Route Y lhe preocupavam a cerca dos novos Pokémon que existiam na ilha misteriosa. A única certeza do Arruaceiro era que, encontrando algum perigo real, Marri seria a primeira a sumir. Além desses pensamentos, Alex imaginava qual seria a reação dos cadetes ao terem alguma construção derrubada, tendo de recomeçar o trabalho...

Antes que o Apocalipse pudesse chegar ao projeto de Kazumi Hotel, o arruaceiro sentiu sua perna ser puxada repentinamente, o que fez se desequilibrar e cair no chão. Surpreso, demorou alguns segundos para perceber mãos revirando seus bolsos. Em um instinto rápido, pegou uma das mãos, determinado a fazer o ladrão pagar por isso. A surpresa, no entanto, foi maior, ao se deparar com olhos lhe mirando e uma segunda mão o acertando no rosto, na esperança de libertar a primeira. Ao pegar a primeira, percebeu que o estranho Pokémon não tinha cabeça, mas dois rostos, um em cada mão e ambos com expressão contrariada.

O estranho Pokémon acertava mais um tapa em Alex, gastando um pouco sua calça próximo ao joelho e se afastava pulando. Simpatia não era algo que podia ser digo daquele Pokémon (ou daquele exemplar pelo menos).

Sem mais ser importunado, o Apocalipse finalmente chegava na cabana do hotel Kazumi, já escutando gritos de Marri e protestos pela falta de cerveja no lugar. Muito nova para ser uma viciada... E a situação só fazia o Arruaceiro suspirar. Uma bela parceira de viagem... Perna quebrada, reclamona, ladra e que não hesitaria em fugir perante o perigo... Apesar disso, por alguma razão desconhecida, não a deixaria para trás. Seria culpa de Castiel toda essa "moral"?

O atendente do lugar não estava presente e Alex não tinha certeza de quanto tempo levaria para ele voltar. Com sorte seria pouco. Mesmo assim, poderia pelo menos aproveitar para dar a primeira dose do remédio para Marri e verificar se ela colaboraria. Também poderia se organizar sobre o próximo passo. Haviam duas rotas nomeadas somente, nenhuma noção do tamanho da ilha misteriosa ou de quanto tempo levaria para cruzar essas duas rotas. Vira inúmeros Tauros e ouvira falar que na fazenda eles eram vendidos, além de itens como cela, carroça, rédeas, bolsas... Também precisaria listar os suprimentos a serem comprados... Trabalho era o que não faltava.

Marri tentou protestar contra o remédio apesar da dor sentida, fazendo com que Alex a imobilizasse e derramasse o remédio na boca da menina. Enquanto ela ainda resmungava comparando-o a uma mãe violenta.

Do lado de fora do quarto, o Gladiador se deparava com o gerente do hotel conversando com um cadete sobre a construção. Era estranho ver os dois homens discutindo tão pacificamente, como se nada de errado acontecesse nos hotéis. De forma sábia, o Arruaceiro esperou que o cadete fosse embora, entregando os dois monstrinhos para o gerente depositar no Storage.

Com mais uma etapa de seu cronograma cumprido e o relógio indicando já serem 11h, o Apocalipse podia se decidir entre almoçar primeiro ou ir até a fazenda Tauros, do outro lado da cidade, tentar providenciar um dos bovinos para si.

Apesar da proximidade do almoço, Alex decidia por primeiro passar pela fazenda Tauros. A parceria entre o gerente e os cadetes era intrigante, por outro lado o Arruaceiro sabia que a organização desconhecia o funcionamento do subsolo do hotel, então era compreensível. Por outro lado agora ele se perguntava como o subsolo era construído, já que não constava nas plantas originais...

Durante a caminhada, Alex tentava se recordar a quanto tempo deixou Shinki, não conseguindo se lembrar ao certo, só sabia que faziam meses. Será que completara um ano em alto mar? Acha difícil, porém não impossível...

A fazenda Tauros era mais longe do que parecia e o Apocalipse só chegou no lugar às 12:30. Uma hora de caminhada em ritmo consideravelmente rápido era exaustivo para suas pernas, porém valera a pena. No lugar, o Arruaceiro pode vislumbrar os mais variados Tauros: calmos, dorminhocos, violentos, gordos, fortes... Era possível notar as diferenças em cada um deles.

Dentro da cabana que servia como sede, o Arruaceiro foi recebido pelo fazendeiro que, voluntariamente, lhe entregou um panfleto com os preços dos diversos itens que comercializavam, questionando quais ele desejava e o convidando para caminhar entre os bovinos a escolha do seu.

Após escolher o Pokémon desejado, Alex começava a listar o que queria a mais, tentando pleitear um desconto. Contudo o vendedor só lhe sorria e dizia que não estava oferecendo descontos para ninguém, até mesmo por considerar seus Pokémon baratos até demais. Sem concorrentes, o preço realmente era generoso.

- Vai querer uma ou duas bolsas para fixar na sela?

Dentro da cabana o homem começava a falar dos preços, pedindo para que os ajudantes retirassem uma das carroças do galpão e buscassem o touro escolhido. Alex refletia se queria uma ou duas bolsas, o preço variando entre 1,750Pk$ e 1,850Pk$ por essa decisão. Uma segunda tentativa de um desconto e uma segunda negativa. Era o valor total ou correspondente aos itens que ele levaria.