Nova cidade e novos pokemon. Finalmente em New Nyender!

Jasmine mantinha Zorua distraído em seu colo, porém o negro logo percebia que algo estaria para acontecer. Não ser o causador da confusão era de certa forma frustrante para o Dark, porém ser coçado estava bom demais para ele reclamar, então o Pokémon só desfrutava do momento enquanto analisava a situação.


- Isso é tudo? - O homem começava após alguns instantes de silêncio enquanto mirava a loira com completo desgosto. Não era preciso conhecer muito o oficial para saber que ele desaprovava cada passo dado por Jasmine. - Não acha que poderia fazer melhor? - Ele a desafiava deixando claro que não esperava que ela conseguisse.

A Arruaceira se via forçada a respirar fundo para se controlar. Queria obter informações e saber até onde seu pai sabia do caminho que escolhera, bem como queria aproveitar a oportunidade para obter informações sobre sua irmã. Ingrid teria conseguido? Estaria feliz com o caminho seguido?

Jasmine sentia os dedos formigarem e não era por causa do movimento repetitivo. Sua vontade era de derrubar Geodude nos pés de seu pai, deixar claro para ele o caminho seguido e desfrutar da reação, porém haviam muitas perguntas das quais necessitava de resposta.

O homem soltava uma pequena e curta risada que não carregava nada de graça. O olhar era tão familiar que despertava as piores lembranças para a loira, aumentando o formigamento de sua mão. As fugas, os castigos, os xingamentos, as exigências... Eram tantas e tão negativas, que as emoções borbulhavam no interior da Arruaceira.

- Tem fé o suficiente para acreditar que fantasmas irão lhe responder? - Ele diz perto demais e Jasmine sabia que era só uma referência ao tratamento frio do passado. Por anos agira como se ele estivesse morto, porém sabia que isso era um sonho distante. A presença dele esta forte demais, bem como o cheiro, a voz... Era tudo real demais para se iludir com a esperança de que fosse só um sonho ruim ou realmente um fantasma.

A falta de palavras diretas não era algo típico dele e ele estava conseguindo irritar mais que o normal a loira. O autocontrole estava no limite e Jasmine começava a acreditar que nada obteria de seu pai. Nenhuma informação útil que justificasse o tempo perdido com ele.

- Sua mãe está bem - ele respondia repentinamente, ganhando a atenção da loira - diferentemente de sua irmã.

- Você nasceu.

A resposta do homem não fazia nenhum sentido para Jasmine e a preocupação pela irmã só cresciam em seu interior. Zorua pulava para o chão, começando a ficar preocupado, o que não era nada normal, porém a Arruaceira não percebia isso. Naquele momento, sozinha com seu pai, só tentava entender as palavras dele que em nada respondiam sua pergunta.

- Foi isso que aconteceu com sua irmã. Desde o dia em que sua mãe deu luz a duas crianças, ao invés de uma, você destruiu o futuro dela.

As palavras continuavam não fazendo nenhum sentido, mas despertavam raiva no interior da Apocalipse. Apesar da relação ruim com seu pai, ele nunca falara desse jeito com ela, embora ela soubesse que ele pensasse assim em alguns momentos.

- Afinal, ela só me disse que não te deixaria sozinha, antes de decidir ser uma espiã nos Apocalipses. Alguma ideia do motivo para ela se expor assim? - Ele perguntava e Jasmine percebia que ele sabia. Ele podia não falar abertamente, mas era óbvio que ele sabia e a culpava, afirmando que seu caminho colocara sua irmã em um caminho muito mais perigoso.

off: mil perdões pela demora x.x

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Jasmine revidava à altura as insinuações mais que diretas de seu pai. O cenário da discussão parecia estar definido e agora ela conhecia um pouco mais o caminho a ser trilhado. No entanto as palavras pareceram não surtir o efeito esperado.

- Pensamentos limitados como sempre... - A voz do homem não carregava desilusão ou algo parecido. Era como se ele já esperasse esse comportamento. - Será que você entendeu algo do que eu realmente disse ou só está mais preocupada com seu próprio nariz? Me diga, o que acontecerá a Ingrid quando sua querida chefa descobrir quem ela realmente é e para quem ela realmente trabalha?

Loki.

A resposta era tão simples... Loki ou um de seus caçadores. Ingrid nas mãos de algum deles era algo que Jasmine não poderia aceitar. Apesar de tudo, sua irmã era uma das poucas pessoas que lhe importava.

- Ingrid nunca deveria ter te escolhido. Ela deveria ter virado Stylist e ter sido feliz, seguindo os passos da mãe. Mas não... Ela quer te proteger, pois sabe que os Apocalipses cairão em breve. E você só se preocupando em destruir outras famílias para demonstrar uma rebeldia infantil.

Jasmine

Jasmine tinha dificuldade em compreender o que seu pai lhe jogava sem nenhuma misericórdia. Poucas palavras pareciam fazer sentido e era nelas que a Arruaceira se agarrava. O chão sob seus pés parecia faltar e até o pensamento de deixar Geodude cair sobre os pés de seu pai parecia distante.

- Ir para Nyender, fazer o teste, ser uma Stylist e ser uma luz sobre Shinki como sua mãe é. Era isso o que Ingrid deveria ter feito.

Aquela frase fazia sentido e parecia capaz de levar a atenção da Apocalipse para seu pai. Um pouco de esperança preenchia seu coração, que temia pela irmã, uma das únicas pessoas que realmente importavam para Jasmine.

- Mas não foi isso o que ela fez. - E o tiro final derrubava sua esperança. - Demorei para descobrir o motivo de sua irmã ter mudado de caminho, mas no final ela me revelou a verdade. Ela me contou que você decidiu virar Apocalipse e, para lhe achar e lhe proteger nessa guerra, ela decidiu virar Cadete. Não sou nem capaz de sentir orgulho dela por ter seguido meus passos no lugar dos de sua mãe, pois ela o fez pelos motivos errados. Ela virou uma espiã na sua gangue de vândalos. Ela está te procurando, fingindo ser uma de vocês, para lhe proteger dos cadetes. Afinal, todos nós gostamos de acabar com um da sua raça.

E Jasmine agora sabia que não eram todos os cadetes.


Com muitos "elogios" e um humor capaz de iluminar os campos, Jonathan adentrava o hotel mais uma vez, ganhando a atenção de todos por quem passava. O gerente o mirava com desgosto e desaprovação, claramente insatisfeito pela presença do ruivo no estabelecimento, denegrindo a imagem do lugar.

Demorou apenas alguns segundos para o gerente perceber a origem da Ekans e relacionar o grupo à Apocalipse. Se eles sabiam da verdade e se ela ainda estava solta, ele não via problema em fazer o depósito. Caso estivesse enganado, a organização ganharia um Pokémon a mais. Nada muito drástico e nada que não conseguisse ocultar dos cadetes.

O homem pegava a Pokébola de Ekans sem fazer qualquer comentário, dizendo somente a direção em que vira Jasmine seguir, acompanhada de um cadete e com Zorua no colo. A presença de um cadete ao lado da loira intrigava a dupla.

Jasmine tentava esconder o quanto as informações que lhe eram lançadas lhe fragilizaram, porém suas mãos começavam a tremer. Os punhos fechados ocultariam esse fato para qualquer um, mas seu pai era muito bem treinado e percebera esse fato rapidamente. Ele não exigia nenhum sorriso orgulhoso ou superior. Sua expressão era de desgosto, como se a culpa de Ingrid estar correndo perigo fosse de Jasmine.

Ele não comentou nada após a afirmativa de Jasmine, que tentava a todo custo acreditar que eram mentiras. Contudo seu pai não era de mentir... Não havia nada que ele fosse ganhar com essa revelação, a não ser que ele quisesse que Jasmine encontrasse Ingrid antes e a protegesse de sua própria gangue. Isso faria sentido, mas a Arruaceira estava perdida em um turbilhão de pensamentos, ocupada demais tentando aceitar o que seu pai dizia para se dedicar ao que ele poderia pretender.

- Será que nem mesmo de como sua irmã era você se lembra? - Ele menosprezava após muito tempo em silêncio.

Jasmine seguia tão perdida em seus pensamentos, que a pergunta de seu pai parecia ecoar em sua mente. A loira ficava tão absorta, que nem reparava na aproximação de Jonathan e Lucy, até que eles estivessem ao seu lado. Zorua logo pulava para o colo de Lucy, voltando a ser coçado e a encontrar o alivio para as terríveis pulgas. Jonathan, por sua vez, mirava o homem muito parecido com sua companheira de viagem. Em troca, recebia um olhar de desprezo.

off: eu to fazendo no serviço xD sorry qualquer erro tb

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Uma pergunta era formalizada por Jasmine, embora muitas outras sondassem sua mente que ainda não queria aceitar a situação de Ingrid e ainda teimava em lhe mostrar o rosto de Loki e uma lâmina ensanguentada. A Arruaceira sabia que a Sombra do Demônio nunca hesitaria. Quando (e sem nenhum se antes) ele descobrisse, seria só uma questão de tempo.

Perante a pergunta de Jasmine, seu pai exibiu um sorriso que nada tinha de afetuoso, amoroso ou paternal. Ele não parecia nem ao menos tentar fingir, o que era bom, já que isso deixava Jasmine livre para ser sincera também.

- Você me será útil pela primeira vez na vida. - Ele começava a expor sem responder à pergunta. - Pretendo fazer o treinamento que investi em você valer a pena e usá-la para distrair Loki, enquanto retiro sua irmã dessa loucura.

Ele explicava sendo sincero até demais. Para colocá-la na mira de Loki, ela teria de ser uma exilada. Trair os Apocalipses para ganhar tempo para seu pai salvar Ingrid, esse era o plano. Ela seria a isca. Uma ótima isca. Filha de cadete, conhecendo segredos Apocalipses. Loki iria pessoalmente atrás dela, mas para isso ele teria de deixar Shinki e viajar até a ilha misteriosa. Não era um plano ruim. Realmente não havia afeto, ele só queria usá-la pela conveniência e viajara até lá por não confiar em cartas que poderiam se extraviar. Ela seria a melhor isca e uma que não faria falta se algo desse errado e ela não conseguisse fugir.

- Mas, para isso, precisarei verificar suas condições físicas e de seus Pokémon. Você não será útil se Loki não tiver qualquer dificuldade em caçá-la. - Ele seguia, nem ao menos se importando com a expressão chocada de Lucy ou de nojo de Jonathan. - Portando, se tiver algo a buscar onde quer que esteja instalada, pode ir buscar. Tenho uma cabana improvisada mais afastada que nos permitira certa privacidade. Se quiser, posso ir levando essa mochila na frente. Ah, e providencie algo para as pulgas desse seu Pokémon. Não aceitarei que ele pise em minha casa enquanto isso não for resolvido.

O pai de Jasmine sorria perante a clara desconfiança da loira em si. Era o sorriso mais sincero que a Arruaceira recebera até aquele momento, mas ainda não tinha qualquer vestígio de afeto nele. Era mais como se a loira o tivesse divertido de alguma forma.

- E por que acha que eu precisaria de algo tão baixo para me livrar de você? Já tenho provas de que é uma Apocalipse, além de sua própria confissão. Poderia simplesmente derrubá-la e levá-la presa, onde poderia passar o resto dos seus dias pensando em como desonrou sua família e em como desobedecer seu pai só criou dor e tristeza para todos. Aliás, pretendo fazer isso assim que colocar Ingrid em segurança. De certa forma, estarei te protegendo de Loki também.

A sinceridade novamente era comovente e Jasmine fechava o punho com as unhas encravadas no interior, se controlando para permitir que ele terminasse de falar.

- De qualquer forma, te explodir com uma reles bomba oculta na mochila não me é útil em nada. Esqueceu que preciso de você viva, sã e em plena forma para que meu plano funcione? Também não irei roubar seus itens, pois, ao contrário de você, eu tenho princípios.

E Jasmine não pode deixar de pensar nos belos princípios de seu pais, tais como: usar inescrupulosamente a filha desobediente em um plano suicida para resgatar a filha obediente. Porém, mais uma vez, ele era lógico. Não havia razões para ele querer lhe fazer mal e lhe prender era muito mais do feitio dele do que uma bomba oculta na mochila.

- Não precisa ter medo de mim. Até Ingrid estar a salvo, irei cuidar bem de você também. Pode deixar que levo a mochila até minha casa. Fica pouco depois da construção do albergue e de um navio encalhado. Você busca o que mais tiver para buscar, providencia remédio para seus pulguentos e me encontra lá. Não há como errar. É a única casa habitada na região.

off: to tendo sucesso com esses roubos XD acho q meus papais são bem convincentes XD

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- Aquele gato é mais digno que qualquer coisa que você tenha pego nessas suas viagens sem sentido. - O pai de Jasmine dizia, enquanto colocava a mochila atrás do ombro.

Logo o oficial virava as costas para a Arruaceira, assim como ela. Ambos seguiam em sentidos contrários, mas com a certeza de se encontrarem depois. Tudo parecia certo, até Jasmine pedir que Jonathan e Lucy acompanhassem seu pai. Na mesma hora, o oficial parou e mirou os outros dois.

- Quem são esses? - Ele interrogou, claramente desgostoso em ter a companhia da dupla. A expressão era retribuída por Jonathan, enquanto Lucy parecia se sentir acuada pelo olhar intimidante.

off: gracias ^^
off2: sorry o post curto =x mas fiquei com medo de alongar e perder a essência dele ^^

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- Não vou levá-los comigo.

O pai de Jasmine afirmara convicto de que não queria a presença dos amigos de Jasmine consigo. Jonathan se preparava para soltar seu vocabulário exemplar, porém Lucy lhe tocava o braço, tentando segurar um pouco o impetuoso Gladiador. A mais nova claramente tinha medo de ser presa, uma vez que portava Pokémon sem licença e na companhia de uma Apocalipse.

- Já é difícil precisar de você, não serei forçado a aturar seus amiguinhos por perto. Se você não é digna de confiança, imagina eles? Teria de ser um idiota para ter mais pessoas sabendo dos detalhes pequenos do meu plano.

off: sorry a demora =x

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- Não demore!

Jasmine ainda ouviu seu pai exigir que fosse rápida enquanto se afastava com Lucy e Jonathan. O trio ainda andava de mãos dadas, com Lucy sendo puxada pelo pulso e puxando Jonathan pela mão. A loira tinha dificuldade em conter a raiva que seu pai facilmente despertava e seus amigos pareciam compreender a loira e permaneciam em silêncio para deixá-la com suas reflexões. Porém Jonathan sentia necessidade de falar também.

- Que censurado de pai você tem, hein. Tem certeza de que ele não vai colocar uma bomba na sua mochila ou revirá-la para implantar provas e te prender?

off: sorry a demora =x

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Jasmine precisava de tempo para organizar sua mente e isso era o que seus amigos decidiram lhe proporcionar. Nenhum dos dois ainda era puxado pela mão, mas ainda a seguiam em busca do PEVOAK local para fornecer o tratamento para Zorua e Espeon. Assim como a loira, nenhum dos dois confiava no pai dela, porém por alguma razão pareciam precisar dele.

Muito tempo depois, mais do que o necessário, o grupo se via na frente do PEVOAK, no exato momento em que uma outra mulher saia do lugar. Jasmine reconheceu a participante do evento dos 50 anos, Fleur Delacour, porém a Gladiadora partira conduzindo uma carroça que era puxada por um Tauros e não a havia visto.

No interior, o grupo foi recebido por um casal. A mulher se apresentou como Alana, dona do estabelecimento, o homem era Isshin, um ajudante para cuidados médicos. As prateleiras possuíam itens de todas as lojas do continente e inúmeras caixas eram vistas com aquilo que não cabia nas prateleiras.