A cidade das águas: Desastre iminente!

Kyoichi sentia na pele como seria sua vida se ele não tivesse se aliado aos armagedons. Pontos escondidos nas cidades. Batalhas levadas ao extremo. Nenhum dos dois lados queria perder e por isso o moreno teria que ter cuidado. O gladiador era poderoso, mesmo assim, ele tinha suas fraquezas. Lotad estava cansado, afinal, não era um Pokémon tão forte quanto o Mike, o Mega Blastoise. Por conta disso, o Pokémon só estava mesmo por conta do suporte. Kirlia era pega pelos braços poderosos do mega Pokémon, que afogava a guerreira psíquica aos poucos. Skarmory estava no alto voando. A chuva caia e a névoa se dissipava.

Os cabelos do moreno escorriam em água e assim com o fim da névoa, ele via a tortura da Pokémon no fundo. Mas foi só o Blastoise abrir a boca para deferir a mordida que Kirlia sumia, fazendo o Pokémon morder um espaço na água. Kirlia aparecia tossindo em cima da ave, que sentia o peso no corpo. Sua velocidade era aumentada e por conta disso se sentia bem mais veloz que antes. Lotad aparecia parcialmente fora da água. Sua velocidade estava boa e assim usava um Hydro Bomb, que era formado a partir do Nature Power. O jato poderoso de água era disparado, mas Skarmory conseguia desviar com sua velocidade máxima.

Kirlia, com toda raiva, erguia seus braços e a partir deles eram disparadas várias estrelas amareladas, que iam em direção de todos em campo. Blastoise mostrava a sua cabeça em campo e recebia o golpe, enquanto Lotad se defendia destruindo as estrelas com Ice Beam. Zoe, vendo Blastoise, ia voando em alta velocidade contra o Pokémon Mega evoluído. Os canhões deste estavam pronto e quando o bico perfurou a cabeça do Pokémon, Flash Cannon foi disparado e Skarmory e Kirlia voltava para a água, enquanto um sangue percorria a cabeça do Pokémon canhão, que nem se importava tanto com isso.

Kyoichi sentia na pele o que era ser um gladiador. Batalha ao extremo! Por conta dessa habilidade, cadetes usavam de seu poder para forçarem gladiadores a batalharem de tempos em tempos contra os gangsteres e por conta disso os armagedons demoravam mais em conseguir o domínio de Shinki. Mas deixando seus pensamentos de lado, o armagedon tinha uma missão para cumprir e por conta disso ele tinha um Lotad para levar para Amu. Enquanto a batalha ocorria, Nancy comia pipoca mais Muffin, super tensa ao ver as coisas acontecerem daquele jeito.

- Vamos lá, defendam-se com Nature Power e Bubble Beam. Em seguida, Dragon Pulse e Astonish. Usem para defesa e ataque. Conto com você!

O Mega Blastoise dava um grito em campo, mostrando que um sangramento em sua cabeça não o abalaria em nada. Enquanto isso acontecia, Zoe batia asas e depois começava a voar usando Swift, enquanto Kirlia reaparecia em sua cabeça. Os canhões de Mike eram apontados para as estrelas e assim um choque de bolhas e estrelas douradas causavam várias explosões em campo. Lotad destruía as estrelas que chegavam até ele com um Hydro Pump. Mas logo em seguida, as coisas mudavam!

Mega Blastoise começava a gritar, enquanto tentava segurar sua cabeça. Os olhos da Kirlia pareciam fitados no Pokémon e brilhavam roxo. A veloz Zoe conseguia deferir o forte ataque de novo na testa do Pokémon water, mas dessa vez, a ave metálica ficou enganchada, enquanto os canhões do Pokémon emitiam um brilho verde. Uma explosão ao redor de Blastoise mandava Kirlia de volta para a água, enquanto o Pokémon perdia grande energia e voltava a ser um Blastoise comum, que começava afundar no ambiente inundado, assim como Zoe.

Kirlia boiava sobre a água e cuspia água para fora, enquanto a Skarmory afundava no rio, sumindo de vista junto de Blastoise. Nenhuns dos gladiadores sabiam onde estavam o Pokémon mega evoluído e a ave neurótica. Mas isso não significava que a batalha havia acabado! Com Astonish, Kirlia sofria dano do rápido Lotad, que via as nuvens se dissiparem no ar e deixando a chuva ir embora...

- Lotad, acabe com ela, congelando-a com Ice Beam! Em seguida, use Nature Power.

Com Morgana na água, junto com Lotad, que apesar de pequeno e ser o mais fraco, era o mais rápido. A chuva continuava caindo naquele ambiente, embora ainda fraca. Lotad nadava como ninguém e Zoe afogava na água, enquanto Blastoise sumia do meio de tanta água. Kyoichi se preocupava com o que acontecia e por isso ele resolvia resgatar sua ave, que não respirava debaixo da água.

Logo os olhos da fada brilhavam roxo e assim uma luz cobria o corpo da ave metálica, que era retirada de dentro da água. A chuva cessava, enquanto Lotad dava um salto e usava de um poderoso Ice Beam para congelar a água ao redor de Kirlia, prendendo a psíquica dos ombros para baixo. Mas mesmo assim, Kirlia conseguia usar o seu golpe e com força e poder usava um Confusion direto no Lotad, fazendo-o sofrer o dano do golpe Psychic e se atirado na parte de gelo do campo.

Lotad vinha a nocaute quase que automaticamente, mas mesmo assim Morgana não parava de fazer com que o Pokémon se chocasse diversas vezes no gelo. Como uma sombra, Muffin aparecia abocanhando o Pokémon e fazendo com que o seu corpo repelisse o golpe de Morgana.

- Vamos! – gritava Nancy do outro lado do campo, enquanto o gladiador protestava, sem saber que o seu inicial já estava morto.

Os movimentos foram rápidos. Parecia que agora seria um roubo. A batalha foi tão emocionante, que as pessoas na arquibancada mal perceberam a real intenção do falso Gladiador, até Muffin aparecer em campo, abocanhando o nocauteado Lotad e fazendo com que Morgana sentisse mais raiva do dark. Mesmo assim, a batalha foi interrompida pelo grito do gladiador que parecia revoltado, e não só ele, mas todos os outros que assistiam. No alto, o locutor advertia que isso era um comportamento inadequado para a arena, mas Kyoichi não quis nem saber.

Mightyena saia saltando entre as pilastras e entregava Lotad para sua parceira. Feliz, a ruiva batia na cabeça de Muffin com carinho e entregava um doce rosado para ele, recolhendo-o. Kyoichi, e um movimento rápido, recolhia sua Pokémon que saia do gelo e aparecia logo em seguida em seu ombro, já esperando um “puxão de orelha”, mas o moreno estava mais interessado em sair dali. Vários flashs eram vistos em campo e vários Pokémons aquáticos e voadores surgiam, todos invocados ali para castigar o casal.

Quando um Dragon Rage azulado, lançado por um Gyarados, ia na direção do moreno, o mesmo sumia de última hora e reaparecia na pilastra de Nancy, fazendo com que ambos se desequilibrassem e terem que se abraçar para ficar no mesmo espaço. Um Staravia ia na direção da dupla com Quick Attack, mas antes que a ave pudesse tocar no casal de arruaceiro, os dois (que ainda estavam abraçados) desapareciam no ar.

Kyoichi sentia que tinha um lugar plano para poder pisar, embora ainda molhado. Eles estavam, Kyoichi e Nancy, diante do Kazumi Hotel, abraçados como um verdadeiro casal, enquanto os olhos de Amu pareciam brilhar ao ver a cena romântica, que era cortada apenas pela presença macabra de Morgana, enquanto o Espeon da Flor do Deserto sorria da cena.

Com a dupla surgindo de forma abraçada e nada profissional, Amu parecia pensar besteiras da dupla armagedon, em que Nancy só empurrava o seu parceiro, enquanto Lotad permanecia nos braços dela. O moreno percebia sua parceira corar, mas nada relevante, enquanto Amu ainda suspirava diante da “história de amor” que ela reparava. Mas agora a missão havia sido concluída, embora não fosse da melhor maneira possível. O rapaz havia arranjado alguns inimigos gladiadores e possivelmente sua cabeça no cartaz iria aumentar.

Enquanto o jovem olhava para Amu, percebia que a mesma o chamava para dentro. Nancy com certeza queria dormir em seu quarto e deixar tudo como estava, mesmo assim, seguiu a mais experiente até o subsolo mais uma vez. A dupla descia a escada em caracol, com Morgana já centro da Pokébola. A ruiva magra parecia bocejar a cada novo quarto que passavam e ao entrar no quarto de Amu, a dupla se deparava com o grande Blaziken da rosada segurando um homem diante do mesmo cara, que a dupla sabia que era o Zoroark da Flor do Deserto. O dark em forma ilusória esmurrava o homem, fazendo-o sangrar e parecer irreconhecível, enquanto o homem, que era o Zoroark, estava bem.

Nancy deixava o Pokémon na cama da Amu e fazia careta de nojo ao ver a situação do possível gangster que vendeu o Lotad. Enquanto a dupla se sentia enjoado pela situação do homem, Amu e sua Espeon pareciam nem reparar no que estava acontecendo em seu quarto. A rosada tirava a recompensa de detrás do travesseiro e entregava aos dois, sorrindo feliz.

- Vocês não sabem o bem que fizeram me ajudando. Espero que vocês saibam gastar dinheiro, crianças. Agora, vocês podem namorar em paz!

Kyoichi estava diante da flor do deserto e seu comentário nada agradável. Nancy corava de novo, esquecendo-se do sono queria desfrutar. Mesmo assim, Kyoichi mudava de assunto pedindo o número da Abolicionista. A menina entregava tudo para o rapaz e assim o mesmo só teve que esperar seu celular ligar e desligar várias vezes até estabilizar. O moreno anotava o número e salvava, tempo suficiente para que o aparelho vibrasse, desse um choque e desligasse.

Amu despedia-se com um sorriso e dizendo que estava feliz em ajudar os dois, enquanto Espeon, com seu sorriso traquina, jogava algum líquido nas feridas do gangster que vendeu o lotad, causando uma visível dor agoniante. O grupo deixava o quarto da armagedon de alto nível, enquanto seguiam pelos corredores do subsolo.

- Credo! Ela é gente boa, e tal, mas parece não saber como é sentir dor .... –comentava a ruiva.

No meio do caminho, os dois encontravam  o enfermeiro de roupas azuis claro, que andava pelos corredor dali com sua cara de sono e nada simpática. Quando Kyoichi informou que ele tinha Pokémon para serem curados, o mesmo fez cara de desdém e suspirou ofegante diante da possibilidade de ter que trabalhar. Kirlia e Zoe eram liberadas e embora a psychic fosse cuidada rapidamente com alguns produtos, Zoe parecia não estar bem. Suas asas estavam enferrujadas e aparentemente com dificuldade de se mexer.

- A Pokémon vai ficar bem, mas você vai ter que passar esse óleo todo dia nela. Talvez ela volte ao normal...

Comentava o enfermeiro entregando um óleo para ferrugem ao moreno e em seguida sumindo de vista. Kyoichi retornava para o quarto, onde Nancy liberava seu canino e ambos se atiravam na cama e começavam a cochilar, enquanto o rapaz pedia alguma coisa pelo interfone ali. O rapaz se estava pronto para deixar o resto do dia só para si, enquanto degustava de um bom jantar.

Demorou cerca de uma hora, ou duas, momento em que só aumentou a fome do rapaz, mas o que ele havia pedido chegou. Kyoichi e Nancy comeram com prazer e com isso pareciam satisfeitos. Seus Pokémons também participavam do jantar. Muffin e Tochi sempre comentavam sobre tudo, enquanto Kirlia levitava-se no canto, sempre encarando a dupla. Helena saia correndo pelo quarto, tentando fazer Zoe e movimentar, mas tudo o que ela recebeu foi um berro no ouvido, o que fez assustar a gatinha rosada, que foi para debaixo da cama.

- E agora, Kyoichi? Temos nossos Pokémons... Você já pensou no que poderíamos fazer depois? Fora dormir e comer, claro! Isso é fundamental!

A refeição no quarto era aproveitada por todos. O moreno pensava seriamente em como prosseguir depois que conseguiu Tochi e Muffin de volta, mas o rapaz ainda não sabia para onde seguir. Ficar na cidade era arriscado, ainda mais agora que o ex-gladiador fizera vários novos inimigos gladiadores, o que era melhor do que fazer inimigos gangsteres. Nancy comia e parecia apenas prestar atenção nas palavras principais, assim como o lobo das sombras só prestava atenção nas palavras principais do seu parceiro gramíneo e terrestre.

O celular do moreno dava mais um de seus problemas, mas antes disso, Kyoichi percebia que estava com ele e ficaria assim por muito tempo, o que fez pensar em possibilidades de comprar um novo, mas o dinheiro e o trabalho de transferir contatos foi tamanha, que o jovem optava em levar a uma eletrônica mais próxima, que na realidade, não era tão próxima assim.

Os jovens comiam, Nancy dava uma lida no guia de bolso, que tinha algumas páginas rasgadas. Zoe estava tão cansada, que dormiu e nem sentiu a presença do papel. Na verdade, a ave não estava dando mais um dos seus ataques desde que teve suas articulações enferrujadas, mas o moreno sabia que era questão de tempo para a velha Zoe voltar. Morgana mantinha-se distante de todos, olhando sempre com olhos meio tortos para a dupla de iniciais armagedons. Tochi reparava, mas decidia ignorar...

- Pois bem... Eu vou dormir aqui por um bom tempo, até porque, não sei se percebeu, mas eu mal dormia até achar Muffin.

A ruiva acariciava o pelo do dark, que abanava a cauda e fez Kyoichi lembrar-se de que Nancy havia dormido profundamente, roncado e até babado em seu ombro na viagem de trem para a cidade dos rios. O moreno decidia ignorar esse detalhe e assim cada um dormia em seu canto. Helena preferiu as folhas das costas do gigante de grama, enquanto Nancy e Muffin ocupavam a cama. Morgana ameaçou atacar o moreno caso a tirassem do sofá, enquanto Zoe usou alguns lenções para fazer o seu ninho. Kyoichi encontrou um colchonete debaixo da cama, que não era muito confortável, mas era melhor do que a poltrona da noite anterior...

O moreno dormiu rápido, apenas deixando de ouvir alguns gritos da tortura de Amu. No meio da noite, parava, não sabendo dizer se o traidor encontrou o fim, ou apenas fora transferido. Kyoichi dormia bem, até que seis e meia da manhã, Zoe despertava todos do quarto e mais alguns armagedons do quarto ao lado com seus gritos ensurdecedores. A velha ave metálica voltou. Algumas batidas na porta apareciam de forma bruta. Se Kyoichi não soubesse onde estava, acreditaria que alguns cadetes estariam ali para prendessem-no. O barulho da porta, com os gritos de Zoe, deixavam a ruiva chateada, assim como seu cão das sombras...

Com os gritos ensurdecedores de Zoe e as batidas brutas na porta, Kyoichi parecia decidido em dá um jeito naquilo. Os gritos de Zoe eram tão altos que possivelmente poderia ultrapassar o subsolo e chegar até os andares da superfície. Querendo evitar confusão, o moreno já ia com o oléo de Zoe em mãos para poder passar nela, mas primeiro, teria que atender a porta, possivelmente algum colega gangster que estava ali para perguntar que zorra era aquela.

- Kyoichi, faça essa maluca parar.

Nancy colocava um travesseiro ao redor da cabeça, tentando o volume, sendo imitada por Muffin. Helena já balançava a sua cauda constantemente sobre o corpo do Pokémon terra, que se sentia incomodado. Morgana apenas colocava alguns fones de ouvidos negro em seus ouvidos, com caveiras brancas ao lado, sabe-se lá onde ela conseguiu, mas resolvia o caso dela, já que ela voltava a dormir. Ao abrir a porta, Kyoichi recebia um escorão do outro lado e assim a porta batia bem no nariz dele.

Dois ruivos de roupas escolares e olhos azuis entravam no quarto, sobre protesto, mas pareciam cada um estar discutindo com o outro. A semelhança do dois era notável e um parecia provocar ou desafiar o outro. Eles discutiam sobre a origem do barulho e nada que os dois falavam faziam muito sentido, ou ao menos o jovem moreno teria que prestar muita atenção, pois eles conversavam rápido demais

- Ganhei!
- Claro, que não, eu ganhei!
- Como ganhou?! Você falou que era um Dodrio. Só tô vendo uma cabeça e é de ferro.
- Não, não, não e não. Eu falei que era Skarmory ou Pidgeot. Você disse que era um Dodrio.
- Claro que não! Eu com certeza iria lembrar se falasse algo assim, não acha?
- Não acho, já que você tem uma cabeça de vendo.
- Cabeça de vento? Quem perdeu nossa querida Miltank foi você, não eu!
- Mais uma vez colocando a responsabilidade em mim. Você tem sorte que nem nossa mãe sabe nos identificar.
- Ela sabe sim, quem não sabe é o papai.
- Ah! É mesmo...

Ainda com a mão no nariz após receber o golpe, Kyoichi reparava que outros gangsteres gritavam de seus quartos, pedindo silêncio, mas o moreno estava ocupado demais com a “invasão” para poder notar alguma coisa.

- Você é o dono do Skarmory?
- Tá acordando todo mundo.
- Faça ela parar!

Os irmãos não falavam por mal, tinham certo humor na fala e pareciam estarem mais se divertindo com a confusão do que desesperados para dormir.

- A propósito, sou Sam
- Eu me chamo Carlos.
- Não, não, eu sou Carlos.
- Não, sou eu. Lembra quando nós resolvemos trocar de nome? Eu, Carlos, você, Maikon.
- Não, tá tudo errado...
- Errado é você...

E começavam mais uma briga, mas uma coisa o moreno tinha certeza, aqueles não eram os nomes verdadeiros dos gêmeos.

Com confusão no quarto do moreno, Nancy já tinha desistido de dormir, talvez, todas as pessoas do andar subterrâneo. Em contrapartida, Morgana dormia sossegadamente no sofá e só sua respiração era sentida dali. Os ruivos ainda discutiam por pouca coisa, enquanto Kyoichi verificava se seu nariz estava no lugar. Helena saltava de cima das costas do Grotle, que se erguia ainda bocejando. A gatuna rosada rosava as pernas de um dos ruivos e assim abanava a cauda, pedindo claramente que fosse pega.

- Viu? Por que não pode ser tão sociável quanto essa gatinha?
- Eu sou sociável, você que é bicho do mato.

Os dois riam e o moreno ainda não sabia se os dois brigavam ou brincavam com frequência. Enquanto tentava passar o óleo nas articulações de Skarmory, a ave bicava a cabeça do moreno diversas vezes e continuava com os gritos. Os ruivos analisavam a gravidade o ferimento na cabeça de Kyoichi, que nem sangram, mas os ruivos juraram que ele precisava ficar internado por um bom tempo.

- Beleza, cara. Mas vê se ela fica quieta depois, afinal, vai que o gerente decide expulsá-la daqui?
- Corta essa, ele nunca faria isso...
- Como você sabe?
-Ué, eu sei...
- A propósito, com você, somos gangsteres.
- Armagedons
- Vocês não são apocalipses, não é?
- Claro que não! Olhe para eles, são legais.

Os dois pareciam ainda não chegar ao consenso. Enquanto um tinha certeza que Kyoichi e Nancy eram armagedons, o outro tinha dúvidas. A ruiva, sentada com as pernas em sentado de índio, cochava o olho com a mão esquerda e acenava para os dois, se apresentando com nome e tudo. Helena estava nos braços de um dos gangsteres, mostrando-se muito animada com eles, enquanto o outro se atirava na cama com uma cara apaixonante.

- Nossa, mas você é linda! Parece um raio de sol... Flamejante, mas ainda um raio de sol...

Enquanto um dos gangsteres “dava em cima” de Nancy descaradamente, o outro respirava ofegante, como quem já viu aquela cena diversas vezes. Sam, Carlos ou Maikon pedia para que Nancy saísse com ele uma noite na cidade apaixonante que era Pugil, enquanto o outro segurava Helena e ia até Kyoichi, que conseguia fazer Zoe relaxar e dormir.

- Olha... Dormiu! Ela tem um temperamento forte... Você não é apocalipse, não, né? Não que isso influencie... Mentira, influência sim. – dizia um ruivo sorrindo, enquanto Helena tentava lamber a cara dele.