Uma nova cidade, um novo problema

Sem pensar duas vezes por já estar quase morrendo de preocupação por sua querida pokemon, Brian ora a máscara das pequenas mãos de Bashee e pega sua estranha e peculiar mascara humanoide e coloca na sua face. Algo em seu íntimo sabia que isto seria uma experiência no mínimo estranha, mas se era para salvar Tormenta então que se dane.

"Tormenta minha querida, não se preocupe, logo eu irei busca-la!" - ele pensa enquanto tenta clarear sua mete para poder entender as memórias de Bashee.

Não aguentando mais ficar nem um minuto sem saber o que tinha acontecido com sua adorada pokemon, Brian pegou as máscara de Bashee e observou por um momento antes de colocá-la, como se fosse uma simples máscara de alguma fantasia. No começo não aconteceu nada e Brian só via a escuridão, preferindo nem imaginar como deveria estar para qualquer um que passasse ali, mas logo o apocalipse sentiu algo estranho e antes que pudesse entender, começou a ver imagens em sua mente.

No começo Brian viu a igreja onde Bashee morava, mas essa visão durou apenas alguns instantes e logo foi substituída pela imagem do apocalipse pedindo que Bashee ajudasse a encontrar Tormenta. Era estranho ver o interior da máscara e ao mesmo tempo ver a imagens que Bashee queria mostrar, mas Brian se concentrou no que sua pokemon queria mostrar e começou a ver ela seguindo o túnel pequeno feito por Tormenta, tudo parecendo normal e sem qualquer sinal de problemas.

Apenas quando Brian já estava mais acostumado com ver o mundo com os olhos de Bashee que eles chegaram em um ponto em que o túnel simplesmente dobrava, quase triplicava de tamanho, como se algo ou alguém muito maior que Tormenta tivesse cavado. Por um momento Bashee ficou apenas observando, mas logo avançou mais para o fundo do túnel e viu uma silhueta enorme carregando alguma coisa com suas longas garras. Antes que Bashee ou Brian pudessem ver mais do ser estranho, um ataque foi lançado na direção da pokemon fantasma, que só teve tempo de fugir para fora do túnel e voltar para junto de Brian.

Nesse momento as imagens sumiram e Brian pode tirar a máscara sem problemas, encontrando Bashee flutuando na sua frente, com um sorriso no rosto, mas sem fôlego e parecendo bem cansada, como se mostrar tudo aquilo para Brian tivesse exigido muito da pequena fantasma. Enquanto pensava sobre o que tinha acabado de ver, Brian também notou alguns cadetes saindo da delegacia, procurando por alguma coisa ou alguém...

"Maldito excadrill!" - Brian pensa o logo depois retira a mascara fantasma da face, olhando agora com ódio para os cadetes que estão saindo da delegacia, pois agora é mais do que óbvio que seu plano foi descoberto e da pior maneira possível.

- Bashee, obrigado e pode descansar agora! - ele recolhe sua pokemon para a pokebola e depois procura um lugar para se esconder e poder observar os cadetes.

"Miseráveis! Então tem uma defesa sobre a terra não é? Muito bem, se querem conhecer o inferno de verdade eu irei mostrar a vocês! - ele pensa enquanto fica esperando os cadetes se separarem para ele então poder ir atrás de um sozinho (procurando um que possua tamanho semelhante ao seu) pois ele já tem um novo plano, ainda mais arriscado que o primeiro, mas que pode salvar sua querida pokemon.

Devolvendo a máscara de Bashee e a retornando para descansar um pouco em sua pokeball, Brian amaldiçoava o pokemon que havia levado Tormenta e os cadetes que o haviam enviado para proteger a delegacia de ataques como o que o apocalipse tentou. Brian não podia estar mais furioso e agora teria que descobrir um jeito de resgatar sua pokemon das mãos dos cadetes, que enviaram alguns homens para procurar quem havia mandado a pokemon para o ataque.

Percebendo que logo seria interrogado por algum dos cadetes por simplesmente estar parado perto da delegacia no momento em que Tormenta foi pega, Brian resolveu se afastar da maneira mais natural que conseguiu e ficou de olho nos cadetes, esperando sua chance de agir. No começo o apocalipse ficou decepcionado, já que todos os cadetes eram menores que eles e os que eram da sua altura eram magros demais, mas depois de um tempo, em que Brian teve que se afastar mais um pouco e fingir que estava indo para o mercado que ficava próximo, um cadete alto e um pouco mais musculoso que o Brian saiu da delegacia e começou a procurar também, passando exatamente atrás de Brian antes de voltar e começar a ir sozinho para perto do Kazumi hotel.

Não querendo perder essa chance, Brian começou a seguir de forma discreta o cadete que por um tempo andou com um outro, rindo um pouco enquanto comentavam sobre quem deveria ter sido o "gênio" que havia mandado aquela Trapinch cavar bem embaixo da delegacia. Enquanto rangia os dentes para se controlar e não atacar dois cadetes naquela rua movimentada, Brian viu o cadete mais jovem ir em direção ao teatro, enquanto o que Brian seguia entrou em um beco ao lado do hotel Kazumi.

Depois de alguns minutos de "perseguição" e de raiva contida em cada fibra dos seus músculos, o irritado Brian segue o cadete musculoso até um beco atras do Kazumi hotel. O local até parece bom para desovar o futuro morto, mas do mesmo jeito que eles entraram ali qualquer outra pessoa pode avista-los e Brian não pode correr muitos riscos se quiser sua querida pokemon de volta e com vida.

- Hey, cadete! Venha rápido, eu vi um cara cara encapuzado andando ao redor da delegacia desde de manhã, eu não sei o que ele quer mas não quero ser assaltado por alguém como ele. Venha comigo que eu mostro o local que vi ele pela ultima vez! - Brian mente com paciência e frieza, algo bem comum para alguém que passou mais de uma década nas ruas. Sua ideia é levar o homem para um local um pouco mais reservado, próximo da arena que estava vazia, para que a primeira parte do seu plano seja executada.

Quase não aguentando mais de raiva por ficar ouvindo os cadetes falarem de forma tão debochada dele e de sua pokemon, Brian ficou animado quando seu alvo finalmente se afastou do outro cadete. Parando apenas um momento para respirar fundo e parecer mais verdadeiro, Brian correu um pouco para alcançar o cadete e deu inicio ao seu plano, fingindo ter visto alguém suspeito e informando isso para o cadete.

- Certo, vamos logo então. - Falou o cadete parecendo um pouco descrente, mas logo seguindo Brian assim que este começou a correr em direção ao teatro, passando por uma rua pouco movimentada e que o outro cadete ainda estava longe de começar a verificar. Como sempre o teatro estava barulhento e era incômodo de se passar, mas os dois continuaram avançando em direção ao teatro. Quando chegaram ao local, não tinha ninguém, como Brian esperava, mas o cadete ficou confuso.

- Tem certeza que é aqui? Me mostre exatamente onde ele estava, assim posso mandar meus pokemon rastrearem para onde ele foi. - Falou o cadete observando os arredores, procurando o suspeito ou qualquer pista que indicasse onde ele esteve e a direção que seguiu.

Ao finalmente ficar sozinho com o famigerado cadete, Brian coloca a mão direita sobre o estômago e depois começa a tossir copiosamente, de forma a fingir estar passando mal enquanto se aproxima calmante do cadete, afinal este tem um porte mais atlético que os demais, colocando a mão sobre o ombro direito dele como se pedisse por ajuda. Então, ele sussurra algumas palavras para só o policial ouvir.

- Cadete... Você já dançou com o demônio em um teatro!? - ele fala de maneira cínica e fria para então subitamente enfiar com violência a mão esquerda dentro da boca do cadete, quase como um soco , enquanto ele fica sem reação perante a estranha pergunta feita pelo arruaceiro. O grande gangster usa toda sua raiva e força para enfiar a mão e logo depois o braço no interior da garganta do homem para sufoca-lo enquanto usa o peso do seu corpo para cair em cima dele de forma a deixá-lo sem reação e proporcionar a ele uma morte dolorosa e agonizante. Sim, este cadete é forte e provavelmente seu punho esquerdo será rasgado pelos dentes dele, mas com Tormenta em perigo nem mesmo o maior dos flagelos irá impedir Brian de resgata-la com vida.

Conseguindo o que queria, que era ficar sozinho com o cadete, em um lugar que dificilmente alguém os notariam, Brian começou a passar mal, o que deixou o cadete preocupado e fez com que ele não pensasse duas vezes antes de dar apoio para o apocalipse, perguntando qual era o problema. O tempo que o cadete demorou para perceber o que o apocalipse havia dito foi mais do que o suficiente para que Brian se jogar em cima dele e da maneia mais lenta e dolorosa que conseguiu, o estrangular.

Foi quase uma morte silenciosa, ainda mais com os sons do teatro que só pareciam crescer, mas Brian continuou segurando a garganta do oficial até quase toda a sua raiva passar e ele ter certeza absoluta que aquele homem estava morto. Quando se levantou, Brian se surpreendeu ao notar arranhões e até algumas marcas no seu braço e barriga. As ultimas tentativas do cadete de salvar sua vida, que não foram percebidas pelo apocalipse em seu quase "ataque cego de raiva".

Off: Moon, pode me dizer o nome do cadete que peguei o documento em Kalled? Ele não consta na minha ficha :P


Cansado mas com uma grande satisfação por eliminado mais um daqueles ratos, Brian se levanta satisfeito e praticamente nem liga para os pequenos ferimentos que recebeu durante seu breve embate. Então, não querendo perder tempo e nem a oportunidade, Brian pega todos os pertences do cadete como pokemons, itens, dinheiro e documentos para enfim ir retirando a roupa dele para poder vesti-la. Ele tenta fazer tudo o mais rápido que pode pois cada minuto perdido é um risco para a pequena Tormeta.

Assim que ele acabar de se vestir, o grande gangster vai pegar algum objeto cortante próximo para poder fazer um corte não muito grave no seu ante-braço esquerdo, de forma que ele possa chegar na delegacia aparentando estar ferido e assim poder encaminhar os cadetes para um local distante. Feito isto, Brian usa sua força para jogar o presunto num local mais isolado e depois vai o mais rápido possível para a delegacia e quando ficar na porta ela ele vai começar a fingir que seu ferimento foi mais grave, de forma a dar credibilidade ao seu pseudo plano de infiltração.

off:

itens obtidos:

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Um pouco cansado, mas feliz por livrar o mundo de outro cadete, Brian parava apenas um instante para avaliar os pequenos machucados que tinha em seus braços antes de começar a pegar tudo o que podia do cadete, incluindo roupas e qualquer coisa que pudesse ajudá-lo a se disfarçar como um cadete. Antes que o outro cadete chegasse naquela área para verificar se encontrava algo suspeito, Brian terminava de se vestir e começava a nova parte do seu plano, se ferindo com um pedaço de vidro que havia jogado perto da arena e escondendo bem o corpo antes de ir correndo para a delegacia.

Com o braço escorrendo sangue com o corte não muito profundo, mas ainda assim incomodo e bem doloroso, Brian correu o mais rápido que pode, se preparando para se passar por um cadete ferido precisando de ajuda. A vontade de salvar Tormenta o fazia ir mais rápido e assim que entrou na delegacia, chamou a atenção de todos os cadetes. Alguns ficaram observando e esperando que Brian falasse algo, enquanto outros perguntavam o que tinha acontecido e onde ele tinha conseguido se machucar daquele jeito.

Off 1: Moon, faltou colocar na ficha os 800 pokedollars
Off 2: Coitado daquele que comprar esses iniciais da Katarina :P


Depois de uma corrida apressada e cheia de ansiedade, Brian agora se vê agora no interior da delegacia sendo fitado por vários cadetes, alguns curiosos e outros visivelmente preocupados com o que aconteceu com seu "colega". Então, aproveitando a grande atenção que já chamou Brian se aproxima lentamente da bancada da recepção da delegacia, fingindo estar pior do que já está para poder não comprometer o seu disfarce.

- Eu vi... Foi um massacre... Vários gangsters usando scolipides e gravelers nos atacaram do nada... Edward conseguiu segurar eles por algum segundos para eu conseguir chamar reforços. Eu não fiquei por muito tempo mais creio que havia mais de seis deles. Por favor... Levem reforços para e façam um perímetro ao redor do teatro! Rápido... Edward não vai agüentar muito tempo... E não se preocupem comigo, minha saúde não é prioridade agora!

Sua frieza com suas ações são apenas equiparáveis a sua vilania. De fato Brian do sabia o que era um perímetro policial porque gosta muito de séries de televisão. Mas, sua vida nas ruas o deixaram perito em enganar os outros e agora ele espera que seu plano funcione para que assim possa salvar Tormenta antes que seja tarde demais.

off: adicionado o7
off²: coitado mesmo XD
off³: toma cuidado com essas pokeballs, você não vai querer esses dois soltos enquanto você ta ai ou no Kazumi Hotel XD

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O plano de Brian seguia bem, com todos os cadetes achando que ele era apenas um dos que tinha ido com o grupo de busca vasculhar os arredores da delegacia, então o apocalipse logo deu sequencia, fingindo estar muito mais machucado e cansado do que aparentava e principalmente, do que se sentia. Os outros cadetes logo se organizaram, com a maior parte já indo com as pokeballs em mãos para fora, enquanto dois ficavam ali, apenas esperando para o caso de precisarem chamar reforços de outros cadetes que não estavam na delegacia naquele momento.

- Você precisa de ajuda. Sente aqui, eu vou buscar um abra, assim você chega em segurança até o hospital. Seus pokemon também estão feridos? - Perguntou a cadete, que era um pouco menor que Brian, mas se oferecia para que o apocalipse apoiasse em seus ombros para ela o levasse em um lugar onde pudesse se sentar, enquanto a cadete fosse buscar o pokemon psíquico.

- Por Arceus, será que tudo isso é por causa daquela bagunça que Zuzu criou por causa daquela receita idiota? - Comentou o outro cadete olhando preocupado para fora, enquanto ficava dividido entre ele mesmo ir buscar o abra para auxiliar Brian, ou ficar em seu posto, aguardando para chamar reforços caso fosse necessário.

Off: Não se preocupe moon, estou só esperando a Katarina postar para eu saber se ela gostou da oferta e logo eu despacho os inicias cadetes ^^


O plano parece correr melhor do que o esperado para o maligno Brian, que usando de subterfúgios e pura enganação conseguir se livrar de quase todo o contingente de cadetes que estavam na delegacia, restando agora apenas dois.

Felizmente, esses dois cadetes remanescentes podem ser úteis a ele, principalmente o rapaz que por alguma razão envolvendo algo ou alguém chamado Zuzu parece estar bem mais estressado e preocupado, mesmo perante a atual situação.

- Não! Este não é o momento para isto. - Brian fala se dirigindo a cadete que tentou ajudá-lo. - Meu corte não é profundo e eu logo ficarei bem. Mas se você quer me ajudar me leve até aquela estúpida pokemon que tentou invadir a delegacia, um dos gangsters que me atacacaram estava gritando por sua pokemon desaparecida então nós podemos usar ela contra ele! - Brian então tenta se apoiar nos ombros da jovem enquanto espera que ela o leve até Tormenta. - Você pode ficar de vigia aqui enquanto entramos e chame reforços caso seja necessário! - agora se refire ao cadete preocupado. - Vamos logo, cada minuto que perdemos aumenta o risco dos outros cadetes serem massacrados pelos gangsters!

off: ok XD mas eu não consigo deixar de imaginar esses dois fugindo no Kazumi Hotel e o Brian correndo atrás XD

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Feliz por seu plano estar indo muito bem, Brian continuava com o fingimento, aceitando a ajuda da cadete enquanto se preparava para usar aqueles dois cadetes para encontrar Tormenta mais rápido do que se estivesse procurando sozinho. Ouvindo o que Brian tinha a dizer, os cadetes pararam por um breve momento para pensar e apesar de ainda acharem que seria melhor mandar Brian para o hospital, eles decidiram não discutir.

- Certo, mas no caminho eu vou pegar o Abra, só por garantia. Carlos fique atento e qualquer me mande uma mensagem, estou com um mal pressentimento sobre isso..... - Comentou a cadete enquanto levava Brian por um longo corredor e logo começava a passar por algumas portas, levando o apocalipse por um caminho confuso e difícil de se decorar.

- Chegamos. Haunter já deve ter acabado, mas você sabe como ele é, não se esqueça de mostrar a licença antes de pegar a pokemon. Eu vou pegar o Abra aqui perto e te espero aqui. - Falou a cadete antes de deixar Brian em frente a uma porta que parecia ser bem mais resistente que as outras, com uma plaquinha que informava para só entrarem pessoas autorizadas. Assim que entrou, Brian viu Tormenta parada ao lado de um Haunter, mas apenas o fantasma reagiu, indo para perto do apocalipse com um sorriso travesso, querendo saber o que ele queria naquela sala.

Off: Eu realmente espero que isto não aconteça :P


Depois de um longo trajeto por um corredor estranho, Brian finalmente chega na sala onde sua querida pokemon está. Porém, algo de muito errado parece ter acontecido, pois sua pokemon parece nem mesmo ter notado sua presença, sem falar na ultima frase da cadete envolvendo aquele estranho haunter, fazendo Brian temer pelo pior.

"Tormenta... Não... O que esses bastardos fizeram com você!?" - Brian se corrói por dentro enquanto vê sua pokemon estática a sua frente. Será que ela sofreu lavagem cerebral pelo haunter e não o conhece mais? Isto ele ainda não sabe dizer, mas uma coisa é certa, ele jamais vai desistir de sua querida amiga e companheira.

Então, Brian tenta se aproximar de Tormenta o máximo possível e ao fcar próximo dela ele mostra a licença pokemon do cadete morto, tendo o cuidado de colocar seu dedo indicado em cima da foto do cadete que deve estar na licença e não a mostrando por muito tempo.

- Você não deve saber, mas vários gangsters nos atacaram nas ruas do teatro e um dele disse que quer sua pokemon de volta. Então, eu vou leva-la comigo pois ela pode ser uma arma muito útil para enganar aqueles criminosos idiotas! - Brian se dirige ao Haunter enquanto pega Tormenta nos braços, com todo o cuidado e carinho possível.

off: XD

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Não conseguindo deixar de notar o comentário da cadete sobre o Haunter, Brian entrava na sala e ficava surpreso com o que via, temendo o que poderiam ter feito com sua amada pokemon no tempo em que ela havia ficado presa ali. Ver sua pokemon o olhar com um olhar vazio, como se fosse apenas um estranho, alguém com quem não se importava só aumentava o temor que Brian estava sentindo, mas logo foi obrigado a voltar sua atenção para o pokemon fantasma.

Assim que o apocalipse mostrou "sua" licença, escondendo de propósito a pequena foto, o sorriso de Haunter aumentou, mas a única outra reação do pokemon foi prestar atenção em Brian, então ele parecia ter acreditado que estava diante de um cadete. Quando Brian informou o que estava acontecendo e assim que contou seu plano, fez o pokemon gargalhar de satisfação antes de afastar Brian de Tormenta e parecer passar alguma instrução para a pokemon antes de se afastar.

Por um momento nada aconteceu, além do Haunter ficar encarando Brian e Tormenta com muita ansiedade no olhar, mas assim que o apocalipse se aproximou para pegar Tormenta, teve que usar toda a sua agilidade para desviar para o lado, vendo de muito perto as mandíbulas poderosas da pokemon quase arrancarem sua mão. Quando Brian se virou para a pokemon, a viu se preparando para atacá-lo de novo, enquanto Haunter ria com muita satisfação do que estava prestes a ver.

"Não... Isto não pode ser verdade!" - o olhar perplexo do gangster é visível até mesmo para um cego. Tormenta, sua primeira e mais fiel amiga quase devorou sua mão por inteira, só não sendo bem sucedida por causa da grande agilidade do gangster.

Contudo, ver aquilo fez Brian demonstrar uma face terrível, um misto de ódio e tristeza enquanto seus olhos fitam aquele terrível Haunter, que parece nunca ter acreditado no seu disfarce de cadete.

A vontade do Boundurant neste momento é sacar sua pokebola e chamar Inferno para trucidar este maldito pokemon fantasma. Porém, e se ele fizer a mesma coisa com seu dragão preguiçoso, ou pior, se usasse seu dragão para matar Tormenta na sua frente por puro sadismo? Não, ele já perdeu demais por um dia e se alguém merece ser punido é ele e não seus fies pokemons, cujo único pecado foi estarem e seguirem ele.

Então, respirando fundo, Brian levanta a mão direita e logo retira o quepe de cadete da cabeça e o joga no chão, deixando seu rosto completamente a mostra para que Tormenta pudesse vê-lo e em seguida, mesmo sabendo que ela planeja ataca-lo ele anda mais alguns passos para frente e levanta os braços, como se fosse dar um abraço, enquanto que algumas gotas de sangue, algo que sempre animou Tormenta, respingam no chão, o melando razoavelmente.

- Eu prometo sempre te proteger e espero o mesmo de você! Eu fiz esta promessa para você e depois de todo este tempo... Eu finalmente vou cumprir a minha parte, tormenta! - ele sabe que Tormenta pode arrancar um braço de sua perna, assim como também sabe que o Haunter provavelmente vai se deliciar com a visão de um gangster ser morto por sua própria pokemon. Contudo, Brian acredita na sua pokemon e está disposto até mesmo a morrer se for necessário para te-la em seus braços uma última vez.

Brian ficava perplexo com o que via. Ver sua adorada pokemon o atacar com a mesma ferocidade que tinha quando atacava algum oponente, seguindo as ordens de Brian. Ouvir o Haunter se divertir com tudo aquilo não ajudava em nada com o humor de Brian, que se focava mais em sua pokemon e assim notou que o olhar de Tormenta estava estranho. Era como se ela o estivesse vendo, mas ao mesmo tempo não o enxergasse. Seu olhar estava um pouco vago, mas seus ataques precisos.

O primeiro instinto de Brian foi pegar a pokeball de Inferno e fazer com que o dragão acabasse com aquele fantasma, o que com sorte também acabaria com o controle que ele tinha sobre Tormenta, mas bastou apenas alguns segundos para que o apocalipse percebesse que isso poderia acabar com uma luta entre seus pokemon ou pior, com Inferno também sob o controle de Haunter.

Sem mais opções e não aguentando a ideia de lutar contra a sua própria pokemon, Brian decidiu não reagir, apenas jogando o quepe de cadete no chão, estendo os braços para mostrar para a pokemon que ele não reagiria e tentando alcançar seu coração com a promessa que havia feito no dia em que se conheceram.

Por um momento nada aconteceu, como se ao menos parte da pokemon estivesse escutando, mas logo Tormenta começou a avançar para atacar o apocalipse, sem dó. Em um momento a pokemon foi envolta por uma energia azul, que a fez levitar e ser praticamente jogada contra Brian, que só percebeu que era Haunter quando a pokemon quase o derrubou pendurada em sua mão, que fez Brian quase gritar de dor, antes de olhar para a sua mão coberta de sangue e com três dedos a menos (mindinho, anelar e médio).

A boca da pokemon estava toda suja de sangue e isso parecia incentivá-la ainda mais ao ataque, mas no momento em que ela estava prestes a avançar de novo, dessa vez contra o pescoço de Brian, uma explosão um pouco distante chamou a atenção de todos, principalmente de Haunter, que parou de rir. Nesse momento, Brian pode ver Tormenta tremendo muito, enquanto o olhar dela alternava de vazio para tristeza enquanto a pokemon tentava se libertar. Haunter teve o impulso de usar seu Hypnosis novamente, mas assim que ouviu sons de batalhas e alguns gritos sobre um tal ataque armagedon, ele simplesmente saiu da sala, parecendo bem desanimado.

Nesse momento, a cadete bateu na porta e avisou que iria ajudar os outros, mas não poderia levar um cadete ferido e sugeriu que ficasse ali, onde era seguro. Brian quase não prestou atenção, já que estava olhando a sua pokemon terminando de "acordar" e quanto mais via do que tinha feito, mais horrorizada e apavorada ficava, chegando ao ponto de se afastar chorando, para depois começar a forçar o vomito quando percebeu que os dedos de Brian ainda estavam em sua boca.

Dizem que nada dói mais do que perder um grande amor, mas experimenta ter três dedos de sua mão arrancados violentamente, certamente a pessoa verá que estava bem equivocada. A dor que Brian está sentindo neste momento é terrível e chega a quase ser insuportável. Ele pensa em gritar ou mesmo rugir ainda mais, mas ao ver sua querida pokemon em prantos e incrivelmente arrependida ele coloca sua mão de dois dedos na camisa, de forma a pressionar o ferimento enquanto se aproxima de sua pokemon.

- Tormenta, minha querida... - ele fala "calmamente" enquanto se aproxima da trapinch. - Está tudo bem, tudo isto foi culpa do haunter, você não tem culpa de nada. Agora, venha comigo, precisamos sair daqui logo e você precisa descansar! - ele brinca com sua própria situação, não querendo deixar sua pokemon ainda mais aflita.

O grande gangster sabe que precisa ser rápido, pois ele provavelmente não terá outra chance boa como está de se vingar pelo que fizeram com sua pokemon e agora com ele.

Sentindo muita dor e vendo seu sangue escorrer do lugar onde deveriam estar seus três dedos, Brian fazia muita força para não gritar de dor, mas o que mais o feria era ver sua pokemon despertar naquele momento e ver tudo o que tinha acontecido. Tudo o que ela tinha feito contra a vontade. O apocalipse fazia um pouco de esforço e tentava conter o sangramento, assim como esconder o ferimento pressionando sua mão contra a camiseta, mas infelizmente isso só fazia o sangramento diminuir um pouco, não o suficiente para que o apocalipse pudesse simplesmente esquecer o ferimento e seguir com seu plano.

Ainda se mantendo no chão, onde ficaria bem mais próximo de sua pokemon, Brian se aproximava aos poucos. Tormenta se afastava sempre que Brian se aproximava, mas não deixava de ouvir o que ele tinha a dizer, parecendo se sentir pior em vez de passar toda a culpa para o pokemon fantasma. Ainda de cabeça baixa, Tormenta parava para pensar um pouco e logo corria em direção de Brian, mas em vez de pular no colo dele, como seria o esperado, a pokemon simplesmente vai direto para a sua pokeball e some em uma forte luz avermelhada.

Sozinho naquela sala, Brian conseguia ouvir o som de batalhas acontecendo fora da delegacia, assim como via uma camiseta jogada em um canto da sala. Começando a se sentir um pouco mal, talvez por causa de todo o stress, o ferimento ou alguma coisa que Brian não conseguia identificar, o apocalipse não ouvia nenhum som vindo de trás da porta, o que poderia indicar que seu caminho estava livre, mas o que ele faria?

"Como pude fazer isto? Como pude deixar Tormenta fazer tudo sozinha? Se eu tivesse ido sozinho nada teria acontecido... Me perdoe Tormenta, eu sou um merda..." - mesmo se sentindo o pior do homens, Brian sabe que este não é o momento para isto e então se levanta com dificuldade e depois pega a camisa jogada no canto da sala e amarra ela na sua mão, de forma a tentar conter o sangramento por mais um tempo.

Então, sendo alimentado pelo ódio e adrenalina que corre em suas veias Brian se encaminha para a saída da sala e em seguida vai para a sala principal da delegacia, afinal ele precisa ver como está a guerra que está acontecendo nas ruas.

Se odiando cada vez mais por tudo o que tinha acontecido, principalmente com sua adorada pokemon que agora tinha uma ferida em seu coração, auto confiança e nunca conseguiria se esquecer de tudo o que tinha feito por ter de certo modo falhado em sua missão de escavar sem ser encontrada, Brian pegava a camiseta e fazia o melhor que conseguia com sua mão direita para fazer um curativo em sua mão machucada.

Com a camiseta encharcada, mas conseguindo conter bem o sangramento, Brian juntava as forças que ainda tinha e saía da sala, não encontrando a cadete ou qualquer outra coisa além de um Taillow que passou por um outro corredor, saindo por uma janela pequena. Foi um pouco difícil para o apocalipse se localizar, mas lembrando de pequenos detalhes do caminho de ida, Brian conseguiu chegar de volta ao saguão em alguns minutos.

Vendo através das portas de vidro, o apocalipse só conseguia ver o que parecia ser sinais de uma batalha grande a acontecendo para o lado do teatro. Alguns raios eram vistos sendo desviados para o céu e o apocalipse teve a impressão de ver um Gliscor derrubando um Swellow, mas estava tão longe que era difícil ter certeza. O saguão estava vazio e apesar do som das batalhas, Brian conseguia ouvir o som de algum tipo de bagunça vindo de uma parte distante da delegacia, por uma porta aberta oposta a que ele havia entrado para encontrar Tormenta, mas antes que pudesse decidir, o toque de seu celular chamou sua atenção. Ao olhar, ele viu uma mensagem de texto enviada de um número restrito:

Mensagem escreveu:Destrua a Watertrowni! Não importa como, queremos Chermont sem água!

Depois de uma breve caminhada pelo interior da delegacia, Brian finalmente retorna ao saguão principal e curiosamente ele sente seu celular vibrar e ao pega-lo ele percebe que recebeu uma missão. É fato que aquela não é uma boa hora, mas ser comandado para causar o caos nesta maldita cidade conseguiu alegrar um pouco o seu dia.

"Destruir a fonte de água deste buraco? Hahahahahahahaha, finalmente Mina me mandou fazer algo que sou bom, mas antes..." - aproveitando que está com o celular na mão, Brian procura o número de Kamila e depois começa a digitar uma mensagem para ela, estando feliz por não ter perdido os dedos de sua não hábil.

[Kamila, saia logo da cama e me encontre em watertrowni daqui a dez minutos, temos trabalho a fazer!]


Com a mensagem enviada, Brian se vira para as câmeras de segurança da delegacia e levanta do dedo médio de sua mão boa e da uma dedada para ela, mostrando um sorriso cínico e maquiavélico.

- Agora, eu vou precisar de apoio lá fora! - sua fala é mais um pensamento revertido em palavras do que uma frase de fato. Então, o grande gangster procura o computador da sala e o acesse para poder saber onde fica a ala dos prisioneiros, usando como usuário o nome do cadete morto. Pois para a sorte deles Brian agora está se sentindo um verdadeiro abolicionista.

Ainda na delegacia observando as batalhas que aconteciam a distância, Brian estranhou receber uma missão naquele momento, mas não reclamou quando viu o que teria que fazer. Era uma missão perfeita para o apocalipse, mesmo chegando fora de hora ou em um momento tão ruim quanto aquele, então logo Brian mandava uma mensagem para Kamila o encontrar em watertrowni antes de voltar a se concentrar no que estava fazendo.

Mostrando todo o seu carinho para a câmera da delegacia, Brian ia até o computador, que infelizmente estava bloqueado e precisava de senha para liberar o uso. Vendo um pequeno bilhete com o que pareciam senhas anotadas, Brian foi tentando uma por uma, mas infelizmente gastou todas as suas tentativas sem descobrir a senha, o que fez o computador travar de vez. Parecia que o apocalipse teria que contar com a sorte e seu instinto para encontrar o que queria.

- Lixo digital! - furioso, Brian Segura o monitor do comutador com sua mão direita e usa sua força para arremessa-lo longe.

Então, assim que aliviou um pouco sua raiva no computador lhe ocorre uma ideia. Com todas essas explosões e destruição, certamente os prisioneiros estariam eufóricos e agitados.

Sendo assim, Brian começa a andar pela delegacia fazendo o mínimo de barulho possível, tentando ouvir qualquer barulho ou som que possam pertencer aos prisioneiros do local, de forma a conseguir achar o presídio. E obviamente, caso ele passe por alguma sala contendo armas ou suprimentos ele não vai se incomodar em pegar algumas coisas emprestadas.