A Felicidade de Éris: caçando um Beedrill!

Érica apertava com força o braço de Éris enquanto Hiromi sumia no solo em busca de Ariel. Ambas constantemente miravam o fundo do penhasco atrás de si, em busca de que nada dera errado até aquele momento. Os demais Pokémon estavam por perto, igualmente atentos.

Quando Ariel surgiu atrás de Hiromi, Érica o abraçou com força, sendo correspondida pelo felino. Éris abraçava Hiromi, a elogiando pelo serviço bem feito. Pouco depois o abraço incorporava também Hideko e Midori, que lutaram bravamente. No mesmo sentido, Érica envolvia Cornélia em seus braços, porém não falava nada, chorando e soluçando em um misto de tristeza, felicidade, medo e alívio.

- Precisamos voltar para Erobring... Encontrar a família dela...

A voz de Éris se emocionava novamente e o choro parecia querer retornar à loira enquanto mirava a escuridão. Midori e Hiromi eram recolhidos, enquanto Hideko lhe lambia o rosto entristecido. Érica recolhia Ariel, lhe dando algum descanso, e pegava Cornélia (que ainda usava Flash) no colo.

- É... Acho melhor voltarmos...

As gêmeas ainda sentiam o peso da perda, mas também sabiam que não podiam ficar lamentando. O melhor que podiam fazer era informar a família da criança, cujo nome permaneceu desconhecido, do infeliz acontecimento.

Érica andava com a felina nos braços, mirando os arredores com atenção. Éris ao seu lado, com a canina ao lado. Nenhuma palavra era trocada, o grupo permanecia no silencio e sentia-se particularmente perturbado, culpa das sombras que pareciam ganhar vida. Os arbustos se movendo fez o grupo parar, mirando o local com temor. A canção semelhante a da criança não ajudava em nada a acalmar Éris, que estava mais branca que papel enquanto imaginava o espírito da garotinha voltando e tentando arrastá-la para o inferno, ou Érica, que se tornava ainda mais deprimida e já tinha os olhos marejados.

Quando o Pokémon se revelou, Érica franziu a testa e mirou com desgosto, enquanto os olhos de Éris brilhavam com alegria.

-Que fofa!
-Ta brincando com a minha cara, não é?
-Como seria brincadeira? Olha para ela!
-Por isso mesmo que perguntei se era brincadeira... Essa nariguda estava pregando uma peça de péssimo gosto na gente!
-Não chama ela de nariguda!
-Mas ela é!
-Não é!
-É sim!
-Não é não! E ela vai ajudar muito nas missões! Vamos lá Hideko e pega essa coisa fofa pra mim!
-Não me diga que você vai capturar essa nariguda.
-Sim, e ela não é nariguda!
-É sim!
-Não é!

As gêmeas, se esquecendo totalmente do drama anterior, agora discutiam mais uma vez, mas a discussão era breve e Éris optava por ignorar (por enquanto) os comentários de Érica, se focando na Pokémon. Tinha o objetivo de capturá-la e não pretendia a deixar escapar.

O ataque de pinhas fazia Érica protestar, erguendo os braços para proteger a cabeça. Éris ria encantada, enquanto afirmava que a grass era muito espirituosa. Os ataque só cessavam quando Hideko se posicionava para o combate, chamando a atenção da Pinocchia.

- Vamos pegar ela Hideko! Comece com Sunny Day para facilitar a batalha, depois use o Flamethrower no galho em que ela está! Tente evadir de qualquer ataque ela mande ou revide com fogo!
- Você vai colocar fogo na floresta por causa de uma nariguda?
- Ela não é nariguda!
- É sim. - Érica afirmava antes de se virar para a Nuzleaf e gritar repetidas vezes "nariguda", se escondendo logo depois atrás de Éris para que essa recebe as pinhas.
- Quer parar de me usar de escudo?
- Tá com medo do quê? Ela é ruim de mira!
- Então por que tá se escondendo?
- Precaução. - A de olhos castanhos dizia com um sorriso simpático que irritava sua irmã gêmea.

Após a pequena briga entre a Cadete de olhos castanhos e a Pokémon Grass, o combate finalmente começava. Éris praguejava ao ver o golpe falhando, enquanto Érica parecia mais pensativa por alguns instantes.

-Pelo jeito ela não é um desastre completo...
-Ela não é um desastre!
-Ela aparentemente tem bom gosto para ataques.
-Prefiro não responder isso... Hideko, aproveite que ela está mais próxima agora e use Sludge Bomb direto! Desvie de qualquer ataque e aguarde o melhor momento para usar Flamethrower!
-Isso! Coloca fogo na floresta! Queime todos os insetos ercs que vivem nela!
-Não me faça sentir remorso!

As gêmeas começavam a debater, mas o combate era mais importante para a loira de olhos verdes, voltando a se concentrar e torcer para que os golpes fossem certeiros.

- ELA É TÃO FOFA E CORAJOSA!!!

Éris gritava nos ouvidos de Érica enquanto sacudia sua gêmea pela gola do blazer. A de olhos castanhos custava para conseguir se soltar do agarre da de olhos verdes e obviamente discordava de tudo que era dito.

-Hideko, derruba ela com o Flamethrower! Mas pega leve... Só o suficiente para derrubar ela. - Éris dizia, ignorando sua irmã que alinhava sua farda novamente.
- Obrigada, Éris. Agora tenho dois novos motivos para vomitar.
- Nem te sacudi tão forte assim.
- To falando do fofa e corajosa. Fala sério. Nariz de Pinóquio não é fofo e jogar pinhas não é nada corajoso. Sem falar que joga sujo.
- É estratégia de guerra e você precisa de óculos.
- Menos do que você precisa. E estratégia é usar golpes como Double Team e Protect.
- Isso sim é golpe baixo. - Éris afirmava já erguendo uma Pokébola e pronta para lançar na Nuzleaf quando possível e contando que Hideko seria mais rápida que a oponente.

A canina, por sua vez, ignorava os gritos atrás si, focando-se no comando recebido e mantendo os olhos atentos em sua adversária. Era hora de colocar fim a mais um combate em pouco tempo. Intimamente, a canina se questionava se faltava muito para chegar em Erobring... Precisava descansar.

A batalha finalmente encerrava, com Éris lançando uma esfera vazia na Grass e assistindo atentamente, aguardando o sinal de captura. Quando a Pokébola sumiu, indo ao storage, a loira novamente gritou animada e abraçou a canina.

-Mandou bem Hideko!
-É... Claro... Podemos seguir caminho agora? Quero voltar para a civilização.
-Mas agora que está ficando bom?
-Talvez possamos encontrar um fantasma de verdade e-
-Me convenceu.

Éris interrompia a irmã, que começava a se animar com a ideia de encontrar fantasmas. Fazia mais um carinho na canina, antes de retornar a mesma para a Pokébola e dar a ela um merecido descanso. Cornélia nos braços da cadete de olhos castanhos, iluminando o caminho. Era hora de seguir caminho e tentar voltar para Erobring.

A caminhada seguia, com a temperatura parecendo cair. Érica não se incomodava, até apreciando o frio, enquanto Éris começava a esfregar os braços em busca de mais calor. A possibilidade de estarem perto da cidade animava a dupla um pouco, pelo menos até um aroma muito agradável ser sentido.

Ao encontrar o acampamento, as gêmeas olharam aos arredores, tentando encontrar o responsável.

-Quem seria o maluco que iria querer acampar aqui?
-Acampamento é uma atividade realmente divertida.
-Se dormir no chão, não ter banheiros, sem chuveiros, estar rodeado por mato e ser devorado vivo por mosquitos, além de altas chances de cair numa moita de urtigas é divertido, então sim, é muito divertido.
-É melhor que ficar sendo sacudida de um lado pro outro num barco!

Após uma breve discussão, as duas voltaram a procurar alguma pista de quem estava lá. Érica chamava alto, tentando obter respostas. Éris vasculhava o chão, em busca de pegadas. Podia ser alguém perdido, não podiam deixar um civil sozinho e desprotegido.

Off: só confirma se depois dos itens Hiromi, Cornélia e Ariel estarão 100% de novo? =) Hypno e pai vai exigir muitos itens das gêmeas XD

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As gêmeas ficavam apreensivas ao primeiro barulho. Seus Pokémon estavam cansados e necessitavam de mais tempo para repouso. Desde o dia anterior vinham lutando sem trégua na floresta sombria. Contudo respiravam aliviadas ao perceberem que era somente um Weedle. O sossego, no entanto, durou pouco tempo, uma vez que logo elas foram envolvidas pelo abraço de seu genitor.

- Pai?
- O que o senhor está fazendo aqui?
- Essa floresta é perigosa para civis, papai!

As gêmeas ficavam perdidas entre felizes pelo rosto que tanto lhes fazia bem e apreensivas pelos perigos que ele correu ao entrar sozinho na floresta. E se o Hypno o tivesse pego? A vontade que sentiam era de rir e chorar ao mesmo tempo, ainda mais considerando o conflito de emoções que vinham sentindo nas últimas horas: a perda da garotinha, o medo de perder um Pokémon, a sensação de incompetência por ter falhado e a alegria de finalmente encontrar um rosto amigo e que lhes fazia recordar bons momentos. A oferta de biscoito muito colaborava e só naquele momento as gêmeas percebiam que estavam sem comer desde que entraram na floresta no dia anterior. Mais do que prontamente aceitaram os biscoitos, chamando o homem para se sentar no chão ao redor da fogueira.

Aproveitando o sossego, Éris liberou Hiromi, enquanto Érica liberou Ariel, mantendo Cornélia em seus braços. O trio estava cansado e, com seu pai em campo, elas precisavam garantir ainda mais a segurança dele. O primeiro passo a ser tomado era recuperar o trio cansado. Hiromi logo recebia os sprays de um Potion, bem como ganhava uma Oran Berry para comer. Ariel recebia o mesmo tratamento de Érica e logo se distraia com a fruta recebida. Cornélia, muito mais cansada que os dois, ganhava um Super Potion de Éris, além de um Potion e uma Oran Berry de Érica. A última felina era a que mais sentia os efeitos da cura. Éris mirava as esferas de Midori e Hideko e a quantidade de itens que possuía, optando por esperar um pouco mais antes de recuperar a dupla e deixá-las dormir descansadamente enquanto isso.

- Não se preocupe pai, com esses três estaremos bem protegidos.
- É mesmo. – Éris concordava e mordia a língua para não implicar com a irmã sobre o tipo de Ariel e como ele fora controlado pelo inimigo, mais porque o felino ainda parecia sentido com isso do que em respeito pela própria irmã, além de querer tentar evitar uma briga na frente do pai. Seria importante ele achar que as duas estavam em paz e em sincronia, do contrário tentaria levá-las para casa.
- Mas então, papai, o que está fazendo em um lugar desses?

Spoiler:

off: )o) dar uma folga pra Hideko XD
off.2: o NPC cozinha tão bem quanto papai? '-' se não, elas vão estranhar o gosto, né? XD

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- Oun, papai...

As gêmeas deixavam os três felinos farejando os arredores, se certificando da inexistência de perigos, enquanto as loiras abraçavam seu pai, emotivas com a declaração do mesmo e a demonstração de preocupação.

- Não precisa se preocupar conosco papai, somos fortes.
- E estamos bem equipadas e bem treinadas.
- Sem falar que temos ainda Hideko e Midori para qualquer emergência.
- Além disso, como o senhor mesmo disse, é só uma hora de caminhada até a cidade.
- E eu sei acampar, me orientar por estrelas, plantas curativas, montar barracas...
- E Cornélia tem Flash, que ilumina muito bem a floresta.
- Sem falar nas dúzias de coisas que ganhamos no festival.
- Voltaríamos sã e salvar pra você e pra mamãe.

As gêmeas tentavam acalmar o coração preocupado de seu pai, elencando diversos fatores positivos e se mostrando uma ótima dupla. Quando a comida foi servida, elas deixaram seu genitor livre e se sentaram comportadas, oferecendo um pouco de comida para os Pokémon. Estavam confiantes e se sentiam bem na presença do homem, sem falar que a comida de seu pai sempre fora boa demais para ser rejeitada, embora preferissem seguir caminhada até a cidade.

As irmãs sorriam docemente para o mais velho, sabendo que não poderiam dizer nada para livrar o homem da preocupação. Afinal, era pai, e não importa qual fosse a situação, mães e pais sempre se preocupavam.

-Obrigada papai. Vamos sempre ter cuidado.
- Assim não vamos preocupar você e mamãe.

A refeição seguia tranquila, quando foi levantada a questão de o que foram fazer lá. Ambas se miraram, um pouco incertas. Não queriam preocupar o mais velho, revelando a morte de uma criança e o ataque do Hypno. Num acordo silencioso, resolveram cortar os detalhes mais perigosos.

-Queríamos economizar o máximo de dinheiro possível.
-Sem falar que a Kuroi Mori não é tão ruim assim.

Érica pegava alegremente um biscoito, colocando um pedaço na boca.

-Está cheia de insetos lindos!

E Érica virou o rosto, cuspindo o biscoito que estava na boca e mirando a irmã com descrença.

-Eu não diria “lindos”...
-Consegui capturar uma Beedrill incrível!
-...
-E uma Nuzleaf shiny muito corajosa!
-Eu diria folgada e abusada...
-Ela é linda.
-Ela jogou pinhas na minha cabeça!
-Você que não tem senso de humor.
-Sei... Mas realmente a floresta pode ser muito legal.
-Eu não disse?
-É fácil assustar a Éris com histórias de fantasmas aqui.
-Hey! Fantasmas não são legais!
-Claro que são! Eles atravessam paredes, flutuam e, tecnicamente, já estão mortos, tem coisa melhor?
-Eu não confio em coisas sobrenaturais!

As gêmeas se sentiam tontas, pesadas e com fortes vertigem, o que não era nada agradável. Entre as duas, Érica parecia pior, visto que comera mais biscoitos que sua irmã que prefere comidas apimentadas. Os Pokémon, no entanto, estavam muito bem para proteger suas donas e já rosnavam para o estranho, com pelos eriçados e prontos para o ataque.

- Quem... - Érica começava a perguntar, antes de pressionar a cabeça devido a forte tontura por tentar levantar rápido demais.
- Quem é você? - Éris dizia após engolir em seco e tentar manter o corpo atento inutilmente.
- Beheeyem? - Érica dizia ao colocar o psíquico em foco, tentando entender o que significava aquilo. - Foi uma ilusão...
- Odeio psíquicos...

Cornélia, Hiromi e Ariel se colocavam entre os Pokémon liberados e as meninas. Elas tentavam dizer algum comando, mas um enjoo forte as impedia. Érica mal conseguia focar no que acontecia ao seu redor, enquanto Éris tentava forçar algum vômito para liberar o corpo da substância tóxica. Sem comandos, os Pokémon estavam por sua conta para proteger as Recrutas. Entre miados e rosnados, Cornélia decidia usar um Swift para afastar os oponentes, enquanto Ariel envolveria as estrelas com seu Thunder Wave para paralisar todos ao mesmo tempo. Hiromi se focaria em escavar um túnel com Dig, sem sair da terra por enquanto. No subsolo e sendo seguida por Cornélia, a felina com orelhas de cores diferentes usaria Hone Claws, enquanto a outra usaria Double Team. Para Ariel restava usar Protect e proteger suas donas de algum eventual ataque, já que elas estavam inutilizadas momentaneamente.

Todos ali haviam sido enganados pelo estranho homem e seu Beheeyem. Os pokémon se mantinha à frente das gêmeas criando um muro improvisado contra a ameaça à frente. As loiras não estavam em suas melhores condições de saúde depois de terem sido intoxicadas pelos biscoitos oferecidos pelo impostor. Porém, das duas, Érica fora a mais afetada devido ao fato de ter comido mais. Éris, em um estado melhor que a irmã, tentava retirar de seu corpo a toxina.

― Meus anjinhos, o que foi? Algo lhes fez mal? ― A voz cínica do homem ecoava e era seguida por uma risada um tanto psicótica. De certo, uma pessoa que se espreita por Kuroi Mori e brinca com suas vítimas através de jogos mentais não pode estar muito bem de seu juízo. ― Eu já falei pra vocês não exagerarem na sobremesa. Malcriadas!!! ― Outra risada. Ele parecia se deleitar com o pequeno estrago que havia causado apesar de indicar que queria mais. Repentinamente os risos cessaram e uma expressão concentrada surgiu. ― Vamos acabar com isso, não!? Sylveon, comece levando sua tela de luz e siga com Dazzling Gleam. Garbodor, libere seu toxic e use seu psychic para atingir o máximo possível desses pulguentos. Se por acaso atingir minhas filhinhas, não irei me importar. Ledian, fique próxima a mim. Use reflexo e tailwind.

Com as gêmeas um pouco ocupadas, os felinos estavam por si para agirem e defenderem suas mestras. Enquanto os miados definiam a estratégia que usariam, Ledian era a primeira a agir. Uma barreira surgia na frente do inseto assim como de seus aliados. Logo em seguida, Ledian agitou rapidamente suas asas e um pequeno redemoinho entrou em campo e envolveu seus companheiros. Por fim, com um sorriso no rosto de como desafiasse os pokémon das gêmeas, permaneceu ao lado do homem. Hiromi correu um pouco à frente e rapidamente criou um buraco sumindo dentro dele onde aproveitou para melhora seu ataque e sua evasiva afiando suas garras. Cornélia ainda esperaria por Ariel para fazer seu ataque combinado.

Com as velocidades melhoradas, Sylveon e Garbodor continuavam a atuação da companheira. Sylveon se concentrou onde estava e logo fez surgir telas de tons amarelados que envolveram todo o grupo. Com uma certa delicadeza, correu em direção aos adversários parando próximo à fogueira e emitiu seu dazzling gleam. Ariel e as gêmeas não eram afetados pois logo a proteção verde se exibia. Porém, Cornélia acabou recebendo o ataque do pokémon fada. De seu braço esquerdo, Garbodor expeliu uma gosma roxa e, com os olhos ganhando um aspecto rosado, controlou o veneno através do psychic contra os pokémon das loiras. Mais uma vez a proteção defendia o elétrico e suas mestras, mas o veneno atingia a felina que se mantinha na superfície. A tentativa de conduzir o toxic para dentro do buraco falhou devido ao cansaço por manter o prolongamento do golpe e o restante do toxic acabou caindo no chão.

A proteção verde se desfez e o elétrico mirou sua companheira felina que se mantinha firme após os danos. Cornélia saltou e liberou suas diversas estrelas. Rapidamente Ariel emitiu sua onda de trovão que se impregnou em cada uma das estrelas. Os projeteis atingiram o campo à frente e, com isso, os pokémon do pai impostor. O próprio homem precisou pular para trás para não ser atingido pelo golpe. A corrente elétrica que envolvia as estrelas passou para os pokémon e os deixaram sob efeito de paralisia. Com seu trabalho em equipe concluído, Cornélia correu para o buraco e se ocultou juntamente com sua companheira e com suas novas cópias recém-criadas.

Info:

― Filhinhas, papai tem mais biscoitinho para vocês, mas não podem tentar paralisar o papai. Sylveon, use Protect e seu Draining Kiss no luxio. Garbodor, espere uma das felinas sair e use seu attract seguido por seu body slam. Ledian, use seu supersonic e seu vento de prata no luxio.

Éris mirava o estranho com desgosto, irritada e frustrada por ter sido enganada. Érica ainda tentava focar as coisas ao seu redor. Os movimentos dos Pokémon e ataques mais pareciam um borrão, deixando as gêmeas ainda mais tontas. Hiromi e Ariel estavam bem, mas o veneno podia apresentar um grande problema para Cornélia.

A cadete de olhos castanhos vasculhou sua mochila, pegando um Antidote. Teria feito algum comentário de como o golpe era baixo, se não fosse a situação e mal-estar. Aproveitou e pegou a TM Iron Tail, ensinando para o leão que estava na sua frente.

-Você não é...
-Papai...

As duas falavam. As duas felinas, dentro do buraco, conversavam entre si mais uma vez. A paralisia dos oponentes poderia ajudá-las, mas Cornélia queria devolver o favor de ser envenenada. Acabaram por decidir usar as cópias da felina para interceptar os ataques de Garbodor e Ledian. Cornélia sairia do buraco próximo das gêmeas e atacaria os inimigos com Swift mais uma vez, distraindo-os tempo suficiente para Hiromi usar Dig em Garbodor e usar Toxic em Ledian, para depois se esconder no buraco mais uma vez. Enquanto a outra felina agia, Cornélia usaria Double Team mais uma vez, deixando-os espalhados e seria curada do veneno pelas Recrutas.

Ariel aproveitaria que Sylveon estaria se aproximando e se protegeria com Protect, para depois usar a pouca distancia e usar o Iron Tail e jogar o Pokémon Fairy longe mais uma vez.

As duas jovens ainda tentavam se recuperar do “seja lá o que tinha nos biscoitos” apesar de Érika ser a mais afetada. As gêmeas contavam com a inteligência de seus pokémon já que não estavam muito dispostas, mas, mesmo assim, elas procuravam ajudar já separando alguns itens para ajudar os monstrinhos. Com uma TM em mãos, a loira dos olhos castanhos tocou no elétrico fazendo-o aprender um novo golpe que poderia ajudar na batalha.

O plano de usarem os clones para atrapalharem os golpes de Ledian saía frustrado. Devido ao tailwind, todos os pokémon inimigos estavam muito mais velozes do que as cópias das gatas. Com a velocidade aumentada, Ledian encabeçava o turno com grande vantagem. O bug agitou as asas rapidamente e produziu ondas sonoras em direção ao leão, mas acabou errando seu alvo. Usando as asas novamente, mas desta vez fazendo-as ganhar um tom prateado, um vento surgiu em direção a Ariel. Antes que pudesse atingi-lo, o vento de prata se chocou contra a proteção verde que surgia.

Sylveon não se moveu ao ver que seu ataque contra o elétrico seria interceptado. Garbodor também não se moveu já que precisaria esperar uma das gatas sair do buraco para seguir suas ordens.

Seis Cornélias saíram correndo de dentro do buraco e se espalharam em campo. Assim que viu, Garbodor piscou um dos olhos de forma atraente e diversos corações surgiram. Uma das Cornélias correu e se jogou contra os corações para anular o feitiço de amor. Enquanto isso, as outras restantes saltaram e lançaram no campo suas estrelas conseguindo atingir todos os adversários que estavam agrupados, sendo que o poison acabou levando dano crítico. Mal se recuperara do dano anterior e garbodor era pego de surpresa por um golpe que vinha debaixo da terra. O dano físico acabou ativando sua habilidade que diminuiu sua defesa, mas aumentou sua velocidade. O poison tentou contra-atacar, mas acabou ficando imobilizado pela paralisia. Essa foi a deixa para que as felinas continuassem com o plano. Cornélia se dividiu em novos clones que se espalharam em campo enquanto a verdadeira recebia o tratamento pelo antidote. Hiromi aproveitou a distração causada pelas novas cópias que surgiam em campo e cuspiu seu veneno em ledian e logo se escondeu novamente no buraco.

Ariel precisou mudar os planos já que sylveon não se aproximaria mais. Desfazendo a proteção, o elétrico correu contra o fada com sua cada em um tom metálico e saltou para ganhar força. Para infortúnio do luxio, ele se chocava com uma proteção verde enquanto o sylveon ria do outro lado. Sem conseguir o efeito que queria, Ariel retomou seu posto para proteger as gêmeas.

- Você não é papai! - As gêmeas gritavam em uníssono perante a voz do estranho. O grito, no entanto, parecia exigir muito das poucas forças que elas possuíam. As sensações de fraqueza e falha se irradiavam pelo corpo das loiras, lhe despertando revolta.

- Hiromi, saia com o Dig mais uma vez no Garbodor e use Taunt nele!
- Cornélia, use seus clones para neutralizar qualquer ataque que eles tentem!

Érica começava a comandar seu Pokémon, mas logo parava devido a vontade de vomitar e ao enjoo que sentia. Com dificuldade, a Recruta erguia a cabeça e mais uma vez seguia suas ordens, apesar de claramente pálida e fraca.

- Cornélia, Ariel, avancem com Iron Tail em Sylveon! Se ele cair, ataquem com Thunder e Swift o Ledian, se não cair, repitam os Iron Tail!

As orelhas dos Pokémon oscilavam muito rapidamente, captando as ordens e o som dos engasgos das cadetes. A pressa em terminar a batalha os dominava. Os três se esforçavam e davam tudo de si em cada ataque, desejando vencer rapidamente a luta e poder levar suas mestras de volta a Erobring e em direção ao hospital.