Re: Cap. 12 - A volta e a Despedida

por **Ayzen** Dom 08 Nov 2015, 13:07

A névoa percorria o terraço do grande hospital de Nyender. A capital parecia cair, enquanto tudo o que acontecia ao redor era imagens distorcidas e abstratas de uma fantasma. Dria enxergava Lírio, mas atrás do garoto, um prédio em chamas. Dria não sentia o calor, então era possível supor que era uma ilusão. Ao redor, gangorras enferrujadas, balanças quebrados, escorregadores de crianças em péssimos estados apareciam e sumiam, como imagens de um filme de terror.

A morena manteve a sua ordem para a sua voadora, e embora não vesse nada, sentia um forte vento, assim como o barulho da técnica que Pidgeotto portava. Infelizmente, não pode saber se deu certo ou não, apenas ficar ali parada, estática, com a esfera na mão. Mismagius era hábil na ilusão e aquilo dificultava não só Dria, mas também o processo de liberação dos reféns. Para a sorte de Lírio, sua mãe já deveria estar nas ruas, perto de um oficial e bem protegida, em quanto o cadete poderia se concentrar no auxílio.

- Taillow?!

De alguma forma, a ave pousava baixinho ao redor de Lírio, o que forçava uma surpresa. Taillow gritava, informando sua posição, e não demorava para que uma forte explosão provocada por um Dark Pulse, que não se sabia de onde via, lançasse Dria e Lírio no chão. A cadete tinha a cabeça pesada e quando percebeu, não sabia onde estava as Pokébolas. Na verdade, Dria não sentia nenhuma parte do seu corpo, e quando deu por si, estava imersa em uma areia movediça. Ao seu lado, Lírio segurava com todo o seu braço a ponta do prédio, tentando não despencar em uma altura de quase dez andares.

Taillow voava ferozmente ao redor de Mismagius, tentando afugentar a Pokémon, mas a bruxa apenas permanecia imóvel, como se Taillow não a assustasse. A confiança da fantasma era comovente, mas o pior de tudo era que Dria não sabia como Jonas estava agindo e muito menos sabia como ajudar Lírio. A fantasma estava concentrando toda a sua capacidade ilusória na morena, talvez por vingança por ter denunciado o plano apocalipse.

por **Dria Galfin** Qua 11 Nov 2015, 10:43

O vento feito pelas asas de Garuda não pareceu surtir efeito na ilusão da fantasma, na verdade Dria já não tinha mais ideia do que aconteceria dali pra frente.

A explosão negra que atingiu a Cadete terminou por sugar todas as ultimas forças da morena. Uma luta interna entre o desespero e a inconsciência fazia com que a garota se agarra-se a ilusão criada pela bruxa, erguendo o braço na direção de Lírio a jovem tentou se mover.

Os grãos de areias da ilusão pareciam pesados demais enquanto sua mente era tomada pela velha cantiga de sua infância.

"Quando as lanças das estrelas
cortaram os céus, ao vê-las,
quem as fez sorriu talvez?
Quem fez a ovelha te fez?

Tygre! Tygre! Brilho, brasa
que a furna noturna abrasa,
que olho ou mão armaria
tua feroz symmetrya?"

Velhas imagens de Eren e o orfanato passaram pela mente da Cadete que se agarrava com todas as forças as coisas boas de seu passado, inconsciente do ato Dria murmurava as palavras na cadencia do poema, instintivamente o conscientemente a jovem tentava atrair o foco da fantasma para si, a clara evidencia de que havia sido ela a criar a falha do plano dos Gangster deveria ser o suficiente para irritar a fantasma.

Entregando-se a cadencia do poema Dria teria que confiar em seus companheiros mais do que nunca, já que as forças da morena já haviam abandonado o corpo ferido e sujo da garota.

por **Ayzen** Sex 13 Nov 2015, 10:43

Ao redor, uma massa cinzenta do prédio hospitalar se destransfigurava aos poucos na tentativa de virar uma areia movediça e sugar a garota para o nada. Apesar da morena saber que era uma ilusão, era tão real que mal poderia pensar que tudo estivesse acabando. Mas uma coisa não era ilusão: Lírio se apoiava no terraço com só um braço e aos poucos seu corpo fraquejava, sendo puxado pela gravidade para a rua a vários metros... Mismagius gostava da situação e ao ver Dria tentando ajudar seu ex-pupilo, a bruxa Pokémon acreditava que seria muito melhor cuidar de Lírio na frente de Dria, do que simplesmente torturar a cadete...

A Pokémon passava por Dria e chegava perto do recém cadete. Tão novo! A fantasma parecia enxergar nos olhos do garoto que no começo só acreditava em apresentações fofas com sua Lola e via que apesar de tudo havia um potencial cadete (potencial esse despertado por Dria). A fantasma sorria. Lírio mantinha-se corajoso, ignorando o fato de seu algoz estar na sua frente e continuava tentando recuperar o espaço e ficar de pé. Mas sua tentativa foi em vão. Com um simples brilho no olhar e um Dark Pulse sendo conjurado na sua frente, Mismagius lançava o seu poder no garoto. A explosão causada lançava Lírio para longe, que começava a despencar no prédio.

Dria assistia... Seus olhos viam o menino cair metros e mais metros de altura. O calor envolvia seus olhos. Ao redor, a névoa branca impedia que visse mais alguma coisa, a não ser a fantasma sorrindo para a cadete, como se dissesse que ela era a próxima. Os gritos de Lírio cessavam na queda. Dria poderia imaginar o corpo do cadete caído, a mais de 10 metros de altura... Mas foi ai que um brilho azul envolvia todo o terraço. Por onde aquela onda azulada passava, toda névoa ia desaparecendo, Dria sentia que a areia movediça havia sumido, assim como sua visão limpa. Taillow e Garuda voavam lado a lado, enquanto Lucario de Jonas usava seu Foresight para limpar toda imagem ilusória de Mismagius.

Um grito, mas de surpresa, aparecia. Lírio surgia voando, guiado pelo Psychic do Pokémon do cadete. Lucario era um Pokémon bem eficiente e com uma variedade de movimentos. Umi saia correndo junto de Lola, até chegar perto de Lírio e dá um abraço. A Pokébola de Dria era colocada na mão dela, por Garuda, enquanto Taillow ainda desafiava Mismagius, mas não sozinha, com toda a equipe. É fato que a Pokémon bruxa não ficou muito satisfeita, até porque Seviper não estava ali para ajuda-la. Umi era a primeira a partir para o ataque, usando várias bolhas azuladas contra Mismagius. As asas de Taillow sacudiam-se sem parar, até um tornado formar e partir contra a fantasma. Da garganta de Lola saiam várias sementes verdes, que se explodiam ao toque. Mismagius teve dificuldades e se não fosse o seu Protect teria recebido grandes danos. Sua resposta foi usar um Double Team, que recebia todo os golpes e assim destruía os clones e quando todos olhavam, nenhuma Pokémon fantasma sobrava. A pokémon simplesmente desaparecia...

Ao lado, Lírio com aquele olhar de que a culpa não foi dele, ao lado de Jonas e Lucario. Garuda ao lado da cadete e o prédio todo em silêncio. Não demorou para surgir um helicóptero com o brasão dos cadetes, usando uma forte luz para verificar o paradeiro dos gangsteres que haviam desaparecido misteriosamente.

por **Dria Galfin** Seg 16 Nov 2015, 10:02

O cansaço afetava a mente da Cadete com força, mesmo as velhas rimas não eram capazes de combater a ilusão criada pela fantasma, piorando ainda mais a situação a Misdreavus parecia querer torturar Dria com todos os meio possíveis.

Tentando se arrastar na direção de Lirio a morena se desesperou ao perceber o que estava acontecendo, lutando com todas as forças que lhe restavam Dria ressistia a areia que insistia em tragar seu corpo, mas o ataque dark e a queda do aprendiz fizeram com que lagrimas e um grito seco escapassem da garota.

Uma onda de ódio se apossou da Cadete e uma dor maior ainda se agarrava ao que lhe restava de consciência naquele momento, o silencio que se seguiu depois foi ainda mais devastador do que o olhar maligno do fantasma, antes de qualquer jura de vingança ou reação da jovem a onda azulada do Lucario se apossou da ilusão revelando a verdade, com rapidez a fantasma conseguiu escapar deixando para atras uma abalada Dria.

Mesmo tentando a Cadete não conseguia conter as lagrimas ao ver que na verdade deu Aprendiz estava bem, ainda deitada no chão a garota sentia todo o corpo estremecer e ficou agradecida quando Garuda pousou ao seu lado. O fisico e mental da morena estavam desgastados o suficiente para que esta precisa-se apoiar na ave afim de se sentar, a onde de vento que bateu sobre a cena quase fez com que Dria se deitasse de novo, mas por fim o pesadelo havia terminado.

por **Ayzen** Ter 17 Nov 2015, 19:52

Apesar da ilusão de Mismagius ter sido cruel, despontava na morena um sentimento da qual a cadete não estava preparada para receber (e talvez nunca estivesse). Diante disso, a menina de cabelos negros, roupas de rebeldes e uma ave do lado, sentia toda dor e cansaço daquele dia estressante. Não sabia contabilizar o dano daquela missão, mas sabia que se não tivesse feito nada, seria um valor muito maior. Lírio corria na direção da sua mestra, era hora dele cuidar da cadete. Jonas e Lucario percebiam o quão abalada Dria ficara por uma quase perda, mas o sentimento agora era de alívio.

O helicóptero rodeava o hospital. Vários Taillows e Swellows invadiam o prédio atrás dos gangsteres. Poderia serem pegos ainda e os cadetes poderiam agir livremente, uma vez que os civis estavam salvos, graças a estratégia de Dria, Jonas e o recém-ingresso recruta. Lírio descia as escadas do prédio até o elevador. Garuda era recolhida pelo cadete, assim como os demais Pokémons do rapaz, deixando apenas Taillow em seu ombro.

Ao sair do hospital, uma multidão corria para falar com o trio de heróis. Jornalistas, curiosos, pessoas agradecidas, e uma figura baixinha, anã, cabelos rosados e uma pose de rebelde aparecia. Pokénews parecia ansiosa por uma cobertura naquele local, ao lado de seu repórter estagiário fiel.

- Aqui é Miss Pokénews, ao vivo no maior atentado de Nyender dos últimos anos. Senhor Henner, soubemos que o senhor coordenou essa missão no hospital. Pode nos dá mais informações qual o objetivo dos gangsteres em querer cometerem um atentado desse nível aqui na capital? Teria alguma ligação com a recente guerra em Mengun? E as explosões nos diversos bairros dessa cidade, é verdade que eles não foram acidentes e sim um meio de despistar o foco dos cadetes?

As perguntas caiam em cima de Jonas e seu Lucario. Dria, ainda apoiada por Lírio, era levada pelo cadete para a viatura mais perto. Um cadete parava Pokénews, dizendo que o comandante em exercício iria se pronunciar oficialmente. A rosada protestava seriamente e dizia que nada de verdade poderia sair da boca dele, mas teve que sair correndo antes de ser presa por difamação, calúnia e insubordinação à autoridade.

No carro a caminho da academia da cidade, o corpo de Dria tremia. Depois de enfrentar o líder daquela missão, a cadete sentia cada arranhão em seu corpo. Engolia em seco e tentava pensar em tudo o que aconteceu. Talvez o trauma tenha sido mais psicologicamente do que fisicamente.

- Tá tudo bem, Dria? – perguntava o menino, sério.

por **Dria Galfin** Sex 20 Nov 2015, 13:25

Ainda abalada Dria ignorou o bando interminável de jornalistas interessados no caso, lagrimas silenciosas ainda escorriam pelo rosto da garota quando esta se sentou em uma das ambulâncias a espera de que o Hospital fosse liberado.

Era visível o cansaço e mais ainda o abalo da morena, a preocupação de Lirio porem a fez sorrir. Momentos antes era Dria que estava preocupada com o rapaz, rindo de sua própria fragilidade a morena liberou Andrômeda pedindo um jato de água nas mãos.

Usando a água para lavar o rosto a Cadete deixou o corpo relaxar ao dizer de forma calma:

- Estou bem... Foi apenas um momento de stress para o qual eu não estava preparada!

E como se quisesse mostrar que estava falando a verdade a Cadete não perdeu tempo em bagunçar a cabeleira do aprendiz.

por **Ayzen** Sáb 21 Nov 2015, 12:03

Andrômeda era liberada e com um esguicho de água na cara de sua mestra, Dria se recuperava aos poucos, embora nos dias seguintes sentiria algumas dores em seu corpo. A cadete parecia notar a troca de papel que aconteceu e para aliviar o momento, bagunçava o cabelo do aprendiz para fortificar a sua afirmação. Apesar de aparentar melhor, o coração da menina batia forte. Lírio conduzia a sua mestre para uma viatura. Parecia que não haveria atendimento ali.

Em poucos minutos o grupo estava no dormitório cadete. O corpo da menina parecia relaxar e com isso a dose de adrenalina e noradrenalina era substituída e por outro composto hormonal e a dor latente no corpo da menina surgia. Respirando melhor, só que com dor, a jovem era conduzida até um local onde poderia descansar. Jonas, que acompanhou todo o processo até o local, seguia sério, mandando algumas mensagens e atendendo outras ligações.

Ao deitar na cama, Jonas pediu para que a morena desse seus Pokémons para Lírio cuidar. Logo o hospital seria reabilitado e os cadetes teriam prioridade no serviço básico. Além disso, Lírio se prontificou em levar os Pokémons para a cura, deixando Dria e Jonas ali sozinhos. Naquele momento, a morena sabia que tudo aquilo não passou de uma oportunidade de Jonas ficar a sós com a jovem.

- Você passou por maus bocados, hein? – sorriu o superior. – Houveram poucas mortes, mais feridos no bairro. No hospital, só um ferido. Os gangsteres da estação foram todos presos, mas parece que o líder fugiu. A gangue do hospital está sendo perseguida pelos esgotos... Espero que eles consigam pegar, mas aquela mismagius promete dá um trabalho...- dizia ele bem calmo, direto, mas a razão da conversa começava ali – O que você sentiu, Dria? Ao quase ver aquele cadete quase morrer?

por **Dria Galfin** Seg 23 Nov 2015, 00:10

De volta ao dormitório cadete, Dria tentou sorrir ao ver que havia espalhado suas coisas pelo quarto, um pouco envergonhada a jovem ficou satisfeita em tomar uma ducha rápida e leve, porem ao relaxar as dores escondidas pela adrenalina no corpo logo foram sentidas.

Sentando-se em sua cama a jovem entregou suas pokebolas para Lirio, uma parte da morena realmente nao queria que o rapaz saísse do quarto e assim poderia evitar a eminente conversa com Jonas, mas a outra se preocupava com seus companheiros feridos.

Vendo Lirio sair e ouvindo a pergunta Dria jogou os cabelos molhados para trás, realmente aquela noite havia sido a mais difícil de sua carreira, e os resultados apesar do despreparo para a situação haviam sidos bons.

- Você ficou perto demais do local de reunião. O Hypno sentiu sua presença e por um minuto eu pensei que havia sido descoberta! Quanto ao Líder deles... Aquele desgraçado tentou me explodir, escapei por pouco dessa.

Dizia a Cadete jogando de volta a pokebola do Bannete para o Superior, um leve sorriso se apossou dos labios de Dria quando esta voltou a falar:

- Eu fui criada em um orfanato, la se aprende rápido a não se apegar a ninguém e muito menos ter esperanças. Nao que não eramos tratados bem, mas as crianças de la aprendem cedo o significado de perda e vazio... Antes de treinar Lirio eu ainda era uma criança de la, fria o suficiente para não me importar com os outros. Isso não me fazia bem e de alguma forma o Recruta me fez mudar...

Uma lagrima silenciosa escorreu pelo rosto de Dria, esta não fez questão de enxuga-la ou se dar ao trabalho disso enquanto comentava de forma seria e calma:

- Mas tenha certeza Capitão, que se aquele garoto tivesse morrido hoje. Teria morrido cumprindo seu dever o melhor que pode! E que principalmente agora eu teria um novo chapéu para o Dia das Bruxas como você tem um novo chaveiro com aquele pendulo.

por **Ayzen** Ter 24 Nov 2015, 20:08

A conversa começava alheia de qualquer assunto, mas a preocupação de Jonas era Dria e sua quase perda. O capitão era bem eficiente e experiente. Enquanto Dria se abria com o moreno, ele parecia encarar o relato de Dria como uma questão que ele já ouviu falar antes. Mesmo assim, parecia que tudo estava um pouco mais claro agora. Dria cumpriu sua missão, poucos prejuízos do que realmente seria se ela falhasse. Banette era devolvido. O capitão sentava-se na poltrona do quarto, enquanto Dria mantinha-se na cama. Apesar da agonia em esperar Lírio, ela sabia que não poderia fazer nada, afinal, rapaz já havia crescido o bastante com ela.

- Para ser sincero, o jeito daquele recruta é um pouco... Diferente dos demais cadetes... Tenho que admitir que não esperava tudo isso dele. – dizia Jonas, referindo-se ao aprendiz de Dria – Mas algo nele é diferente... Ele tem uma coisa sua... Sua coragem! Nunca vi alguém tratar uma missão desse nível com tanta naturalidade como você, Dria Galfin. Agora entendo porque Angélica, antes da sua licença, deixou uma lista de possíveis cadetes para essa missão e você era a única recruta lá.

A fala de Jonas era uma surpresa. Aparentemente, Angélica Tompson, antes de sair de licença, havia deixado uma lista de experientes cadetes e Dria era a única recruta ali no meio. O que Angélica via na morena era o que Jonas passava a ver agora.

- Mas a perda nesse ramo é inevitável. Eu sei disso, por conta própria. – dizia o homem, de cabeça baixa, enquanto colocava um envelope na mesa ao lado – Não quero que você sofra o que eu sofri, Dria. E como seu superior no momento, eu irei conduzi-la para algumas sessões com a doutora Malia Hale. Ela é psicóloga dos cadetes e espero que você possa conversar com ela. Ela ajuda muitos de nós... – dizia o rapaz – Não estou dizendo que você não está apta para realizar missões e nem irei força-la... Mas espero que você compareça amanhã na sala dela. Você vai ter uns bons descansos até a próxima missão, não é?

O capitão parecia querer que Dria fosse a uma conversa com uma psicóloga. Embora a idéia não fosse ruim, por parte de Jonas, poderia ser estranho para a cadete. Mas depois de tudo o que ela passou, talvez conversar mais seria bom. Em cima da mesa, o envelope semi-aberto deixava o dinheiro da missão a mostra. Jonas se despedia da morena e assim deixava Dria descansar...

+Pk$5,000

2000 de EXP para Luxray
Foi para o nível 33

2600 de EXP para Persian
Foi para o nível 31

2000 de EXP para Vaporeon
Foi para o nível 23

2600 de EXP para Garuda
Foi para o nível 22
Pode aprender Twister, mas já possui o limite máximo de movimentos. Deseja substituir algum?

2000 de EXP para Braixen
Foi para o nível 23
Pode aprender Fire Spin, mas já possui o limite máximo de movimentos. Deseja substituir algum?

:: Ficha atualizada

por **Dria Galfin** Qua 25 Nov 2015, 10:46

O assunto delicado que no começo preocupava Dria acabou por deixar a jovem mais calma, era estranho saber que seu superior se preocupava com a saúde emocional de seus comandados, a jovem chegou a se perguntar se Lirio teria a mesma sorte agora que cada um deveria seguir seu caminho, mas as palavras de Jonas sobre a escolha de Angelica fez com que a morena olhasse o Capitão com cara de surpresa.

Dria não imaginava que seu nome estaria em uma missão tao importante mas também nunca lhe passaria na cabeça que Angelica tivera alguma coisa haver com a escolha ou indicação. Se despedindo de forma educada a Recruta esperou que Jonas saísse do quarto antes de se levantar e ir guardar o dinheiro.

Sentindo todo o corpo protestar pelo dia cansativo e sem folgas Dria achou melhor ir dormir, a jovem queria esperar pelos seus companheiros mas tinha certeza de que estes estavam em segurança e bem, por fim deixando a porta do quarto apenas encostada Dria se deitou na cama procurando a melhor posição para dormir.

Off: Tirar o Tackle da Garuda no lugar do Twister.
Manter os movimentos do Natsume

por **Ayzen** Qua 25 Nov 2015, 12:49

Off: Movimentos editados o7

O cansaço era o primeiro a nocautear Dria de verdade. Depois de um dia cheio, uma noite ateada de emoções e um forte sentimento de trauma deixado para trás, a cadete dormia profundamente, enquanto se sentia muito melhor por se abrir com Jonas. O dia foi fiel ao seu encontro com a missão e agora só restava o descanso para Dria. Deixou a porta encostada. Estava segura ali e nenhum mal poderia acontecer... Mas e com Lírio? Agora que estavam separados, ela não era mais responsável pelo cadete. No momento, ela era responsável só por si, mas o apego com ele foi grande. A chuva já não caia mais. O clima confortável acomodou Dria em sua cama.

Apesar do sono pesado, Dria acordava bem cedo, tendo como última lembrança o ataque do Dark Pulse de Mismagius atingindo Lírio em seus sonhos. A cadete acordava suada e eufórica, mas tudo isso mudou ao ver um jarro com rosas ao lado, com dois cartões e ao redor as esferas de Dria.

Cartão1 escreveu:Bom dia, Dria...
Cheguei e você e já estava dormindo. Deixei as esferas ali, junto com o presente do seu ~~namorado~~ amigo. Jonas conversou comigo e eu acho que você deveria mesmo ir vê Dr. Hale. Minha mãe insistiu que eu ficasse com ela, sabe como são as mães, mas eu te espero para o almoço, não falte.
Endereço: Segunda Avenida, nº1001 – Casa
Com carinhos,
Lírio, Rosa, Lola e Umi

Cartão2 escreveu:Ficou famosa, não é?!
Fico feliz que tenha se saído bem nessa missão, Dria. Não sei qual foi, afinal, foi bem secreta, mas saiba que Nyender ficou melhor com você.
Não me esqueci do meu pudim... Que tal eu cozinhar para você no meu apt. hoje a noite?!
Espero que você venha. Sem pressão! Doumeki Yokko
P.S.: Espero que goste de rosas..
Endereço: Avenida Rocket, Prédio Residencial Canto de Sunflora, Apt. 203.

No fim de cada leitura, Dria parecia ter um dia bem cheio. Eram apenas sete da manhã, a cadete estava sem sono, com alguns flashs de Mismagius e no fim ela apenas tinha um almoço com Lírio e sua mãe (no qual não poderia fazer feio) e de noite tinha um jantar com Doumeki, que estava na cidade. Fora isso, ela poderia ir de manhã até a consulta com Dr. Hale, que ficava na rua das flores, prédio Dra. Joy.

por **Dria Galfin** Qua 25 Nov 2015, 16:02

Assustada com a ultima cena de seus sonos Dria despertou sentindo o suor escorrer pelo corpo, seus olhos vasculharam o quarto com rapidez parando apenas no vaso e nas esferas ao lado deste, estranhando as rosas a jovem se levantou se aproximando da mesa.

Se aproximando a jovem notou os dois cartões, curiosa Dria os recolheu lendo cada um com cuidado, um sorriso veio aos lábios da jovem quando percebeu a letra de Lirio, porem a pequena indireta ao outro cartão a fez ficar confusa.

Um leve rubor tomou conta do rosto da morena quando no final do segundo cartão esta leu o nome de Doumeki, mentalmente Dria quis matar Lirio ao reler a palavra riscada no bilhete do jovem. Respirando fundo a garota preferiu se preocupar com coisas mais praticas, ainda suada esta se voltou para o banheiro afim de tomar um bom banho dessa vez um bem demorado e quente, depois a jovem pensaria no cafe da manha e na visita a Dr. Hale.

por **Ayzen** Sex 27 Nov 2015, 22:03

Os cartões despertavam emoções em Dria. Alívio, vergonha, ravia... Tudo era uma bomba para a cadete, que depois de tudo o que passou, parecia estar pronta para seguir mais um dia. A morena, suada e ainda com flashs de lembranças, pensava no que Jonas dissera para ela, assim como o que aconteceu na noite passada. A cadete estaria pronta para viver em grupo, apegar-se a pessoas e receber perdas? Esse último quesito era negativo para a morena. Mesmo assim, era uma situação que só no futuro saberia.

Dria despiu-se e foi ao banheiro. A água quente caia sobre o corpo, relaxando o corpo, que pelo sonho ficava em modo de defesa. O perfume das rosas logo inundava o quarto e no fim ela ficava mais calma com tudo. Saia molhada. Trocava-se, com roupas mais de civis do que de cadete e descia para um café-da-manhã reforçado. O dormitório estava cheio, afinal, era Nyender, a capital, onde todos os cadetes iniciavam. Meowths e Persians desfilavam pelo local, assim como inicias secundários. Pela janela, um sol forte de fim de primavera brilhava, erguendo um dia bonito que parecia indicar que nenhuma catástrofe havia acontecido no dia anterior.

No amplo refeitório, uma TV ao alto relembrava a noite anterior. Tiros e “acidentes” em bairros diversos em Nyender. A estação de trem parou por algumas horas para poder realizar uma manutenção. Hospital atacado por terroristas apocalipses. Pelo menos a última notícia era verdadeira e não teve como as influências do governo mascarar-se a fim de ter menos alarme. Dria sabia a verdade de tudo aquilo e se por um lado ela conseguiu deter desastres maiores, por outro ganhou três estranhos, poderosos e imprevisíveis inimigos, que a essa hora estariam bem longe dali.

por **Dria Galfin** Dom 29 Nov 2015, 22:49

Inúmeras questões surgiam a mente da Cadete, mas o alivio trazido com o toque da agua quente no corpo da morena a fez relaxar e esquecer as dificuldades da noite anterior. Pronta para um novo dia Dria desceu para encarar um novo dia.

No refeitório a jovem liberou seus companheiros cuidando de servir cada membro de sua equipe antes de ir comer, na fila a recruta se dispersou um pouco olhando para a tela da TV ligada, as imagens da noite anterior a fizeram suspirar.

O trabalho havia sido cumprido mas não em sua totalidade, os principais cabeças do ataque haviam fugido e a jovem sabia que o risco de uma vingança era grande, afastando esses pensamentos com um leve balançar de cabeça a jovem terminou de se servir preferindo escolher o belo omelete com queijo e uma grande caneca de cafe com leite.

Se sentando perto de seus pokemons Dria sorriu ao ver que Natsume se arriscava a pegar uma bandeja e ir ser servir por conta própria, o raposo ainda carregava o graveto na boca e preso por suas orelhas estava o quepe da Cadete.

Comendo com calma a jovem fez uma leve programação de seu dia, primeiramente pegaria Mei do deposito e então rumaria para a consulta com a Dr.Hale, depois disso se preocuparia com o almoço na casa de Lirio e o mais importante o preparo do pudim para Doumeki, este ultimo item fez com que a morena sorrisse de leve enquanto mastigava mais uma garfada de omelete.

por **Ayzen** Qua 02 Dez 2015, 20:07

No refeitório, a massa de cadetes deixava Dria alheia. A morena seguia com sua trupe até o refeitório, onde a massa de Pokémons se dispersava. Natsume pegava a sua refeição sozinho e até ajudava Dria a servi os demais. Auros permanecia sempre ao lado da cadete e Luxray já estava correndo com Natsume. Dria deliciava com o omelete, até terminar de fazer seus planos, que a indicava para um dia cheio de compromissos.

Sem delongas, a morena terminou sua refeição e deixava o dormitório cadete, seguindo para a delegacia. Aquela área, e também o centro da Capital, era bem protegida. Com pessoas indo de um lado para o outro, a praça Sakura parecia mais bela do que nunca. O sol de Nyender estava forte, mostrando que o período chuvoso de pouco tempo atrás ficou no passado. Depois disso, a jovem seguiu caminhando, vendo um casal de Glameows namorando em um muro. Ao longe, estudantes e um relance do hospital, que devolveu para a cadete as velhas imagens.

Dria entrou na delegacia rápida. Parecia que a ordem havia se instaurado em Nyender de novo. Parecia que a série de atentados da noite passada já era página virada da corajosa população da cidade rosada. Ali, Kibato parecia ocupado. Cheio de telefonemas, burocracia e muito e muito estresse. Buck Kibato parecia não estar muito bem hoje, tanto que seu Mienshao aparecia carregando uma xícara de chá e insistia para que seu mestre tomasse e se acalmasse.

por **Dria Galfin** Sex 04 Dez 2015, 09:43

Andar pela cidade ainda inteira de Nyender foi tranquilizador, muitas das pessoas que ali transitavam não tinham ideia do que a morena havia passado a noite anterior e muito menos o risco que haviam passado.

Essa estranha situação fazia com que a garota se perguntasse sobre seu futuro como Cadete, Dria havia lutada com garra para estar ali e os resultados de seus atos pareciam transparentes se comparados aos seus esforços, as marcas ainda estavam claras no corpo da garota e ainda mais vivas na mente desta.

O simples olhar de relance para o prédio do Hospital já deixava claro que Dria ainda precisava melhorar, as lembranças da noite anterior invadiram a mente da garota fazendo com que esta praticamente corresse para dentro da Delegacia.

Dentro da Delegacia a jovem respirou fundo encarando o olhar preocupado de Auros. O felino observava em silencio sua mestra o que fazia com que Dria sorrisse, entre os dois não era preciso palavras para saber que Auros estava preocupado, isso foi o suficiente para que a morena lembrasse do primeiro dia como Cadete.

O dia em que Auros havia perdido as duas patas, a cicatriz esta ali bem a mostra assim como as patas amputadas pela Giratinista que tentara sacrifica-lo, milagrosamente o felino havia recebido seus membros de volta e Dria não havia sido expulsa de seu cargo. Um sorriso calmo tomou o rosto da morena, sem usar palavras a jovem apenas acariciou a cabeça de Auros, para Dria o grande felino era sua fonte de esperança, justamente porque no pior momento este nao a abandonou ou deixou de acreditar nela:

- Vou cumprir minha promessa grandão!

Murmurou a garota para o companheiro que ronronava satisfeito, recompondo-se a jovem respirou fundo pronta para encarar seus temores, na noite anterior havia cumprido seu dever e isso deveria ser o suficiente para com o Coorporação e as pessoas a sua volta, já com Auros a morena nao podia decepcionar e aquele momento de fraqueza e medo deveriam ser superados.

Dentro da Delegacia a jovem cumprimentou com um leve aceno Kibato, era evidente que o Capitão não estava nada bem mas insistia no trabalho, aumento a preocupação de seu inicial lutador. Deixando para trás os corredores movimentados do saguão Dria se dirigiu ao Storage, lá esta apresentou a licença dizendo:

- Bom dia eu vim retirar um pokemon.

por **Ayzen** Sex 04 Dez 2015, 20:06

Um Persian ao lado de uma cadete sempre era sinal de respeito. Diferente de quando Auros era um Meowth, agora todos olhavam para Dria com diferença. Parecia que agora a jovem era de um rank maior, embora ainda fosse uma recruta, na verdade. Apesar das vestimentas de civis, Dria deixava qualquer Cadete orgulho de ver um Persian com sinais de batalha tão marcantes. A evolução não escondia em nada a aparência do gato, muito pelo contrário, deixava mais a mostra. O transplante parecia seguir o felino eternamente.

O movimento da delegacia era agitado. Não era difícil de deduzir que os responsáveis principais pela desordem da última noite na capital não estavam presos, preocupação o bastante para uma retaliação “a La apocalipse”. Dria se dirigia para o deposito. Auros sempre atento a sua mestra, deixando claro que estava fazendo o seu melhor. O cadete parecia reconhecer Dria, afinal, além de ter um Persian do lado, seu rosto foi a mostra em rede nacional como uma das forças principais que evitaram a tragédia no hospital. Se por um lado era bom, por outro lado, a gangue de Mina tinha alvos com rostos e isso se estendia a Lírio.

A retirada foi feita com sucesso, sem muitas delongas. O cadete, um jovem recruta, parecia ter seus olhos brilhando ao ver o Persian da morena. Seu Meowth ao lado ficava com a mesma expressão, de quem precisa de um herói para se espelhar. No fim, Mei estava de volta ao time da Dria.

por **Dria Galfin** Qui 10 Dez 2015, 09:38

Dria ficou surpresa com o tamanho do respeito recebido por alguns colegas de profissão, era claro que a figura altiva de Auros era um dos principais motivos e suas cicatrizes sustentadas com orgulho ajudavam em muito para essa pequena conquista no ponto de vista da Cadete.

Sorrindo de leve a jovem agradeceu ao serviço do Recruta responsável pelo Storage, com certo cuidado a garota acariciou as orelhas negras do Meowth encantado por Auros, o grande felino por sua vez se esfregava de leve nas pernas de Dria demonstrando sempre estar ao seu lado, o ronronar baixo deste poderia muito facilmente se transformar em um rosnado mais grosso, embora o felino guardasse isso apenas para os perigos enfrentados pela dupla.

A cadete se despediu do Storage indo direto para as ruas, queria visitar logo a Médica e garantir que superaria seus próprios temores.

Off: desculpa ando meio Blhe ultimamente.

por **Ayzen** Ter 15 Dez 2015, 20:16

Off: Fim de ano... Correria... Provas...

Apesar de saber que Auros era uma figura que muita a ajudava a superar muitas das frustrações da vida, Dria tinha em mente que tinha que recuperar o seu domínio próprio. Apesar das imagens do Mismagius não ter saído de sua mente, hora ou outra a cadete tinha impressão de que de alguma forma a Pokémon bruxa ainda estava na cabeça dela. Seria possível tal ligação permanecer por tanto tempo? Auros sabia que tinha algo errado, mas optava por deixar transparecer que estava tudo bem, do que fazer alarme falso. Dria conseguia as trocas e caminhava de volta para as ruas.

Mais uma vez, Nyender mostrava o seu lado bem calmo e cheio de paz. As ruas estavam cobertas de simplicidade. O calor do verão que se aproximava se fazia presente. As ruas continuavam cercadas de flores rosadas. O prédio Dra. Joy se erguia de forma imponente na rua das Flores. O hospital logo do lado era visível e o prédio muito bonito na esquina era visto. Dria entrava. Na recepção, bastou falar o nome e que era cadete que ela já estava no elevador, seguindo para o consultório de Hale.

Auros sempre ao lado farejava ao redor, como se nunca tivesse que acabar com um crime na vida. As mudanças na vida de Dria aconteceram de modo muito brusco. A cadete parecia ficar um pouco sem ar ao perceber que o elevador lembrava muito a caixa de areia que Mismagius colocou na mente dela. Ao chegar à área do consultório, a porta era aberta por um Squirtle, que sorria e convidava a menina para entrar. Dria assim fez. Uma sala bem confortável. Sofás de couro super confortável. Havia uma sala mais interna, possivelmente o consultório. Squirtle tratava de tentar deixar a menina muito bem confortável, como uma perfeita anfitriã. Biscoitos eram deixados ao lado e Auros era o primeiro a ceder sua pose de cadete e virar um gato com fome.

- Esses biscoitos são ótimos, tanto para humanos como para pokémons!

A entrada silenciosa da doutora era um mistério bem diferente do que se esperava. Tinha pele alva, muito bem vestida, cabelos longos e muito bem tratados. Sua cara esbanjava tranqüilidade e humildade.

- Sou Malia Hale. Sou formada em psicologia pela Universidade Continental de Shinki. Tenho doutorado em psique da mente, então acho que você já sabe disso... – dizia um pouco envergonhada, uma vez que não queria constranger Dria com sua gama de cursos e currículo volumoso. – Mas bem, você seria... – dava oportunidade para Dria se apresentar e estendia a mão.

por **Dria Galfin** Sex 18 Dez 2015, 09:53

De volta a cidade Dria desfrutou do caminho tranquilo e ensolarado, para a jovem aquela paz mesmo que ilusória valia mais do que qualquer coisa, o que fez com que a recruta erguesse a cabeça orgulhosa de seu dever cumprido.

Seguindo seu caminho não demorou muito para que a morena chegasse ao consultório, o esforço de se manter firme do elevador fez com que a ideia da fantasma ainda habitar sua mente percorresse o corpo da garota como um calafrio.

Tentando afastar essa ideia mesmo que remotamente a jovem sorriu ao ver a tartaruga azulada atendendo a dupla, sentindo o conforto do lugar a morena se sentou no sofá esperando pelo atendimento. Dria observava a sala enquanto a Squirtle servia os biscoitos, recusando com educação e por simplesmente ainda estar bem satisfeita com seu recente café da manha.

Por fim quando a Dra. Hale se apresentou a morena se levantou estendendo a mão com um leve sorriso e dizendo:

- Cadete Dria, acredito que o Capitão Jonas já tenha conversado com a senhora sobre os ataques sofridos ontem a noite.

por **Ayzen** Seg 21 Dez 2015, 21:21

Hale era meiga, simpática, bonita, serena... O conjunto de qualidades positivas da menina acabava sendo um conforto para qualquer um. Era inteligente também, um pouco tímida, aparentemente, para uma psicóloga, mas como era indicação de Jonas, ela deveria ser muito boa. Após a apresentação, Dria era convidada a entrar para o verdadeiro consultório, enquanto Squirtle ficava ali com Persian, afinal, não era uma terapia em grupo.

A morena seguia a doutora até a sala mais interna. Ali, uma mesa com computador, uma estante de livros, um sofá e uma poltrona egg bem confortável. Havia algumas plantas ali, o branco reinava, dando destaque aos detalhes madeira de um lado. A sala era muito bem iluminada e dava a sensação de paz. Com certeza o arquiteto que a projetou pensou nisso para as consultas. A janela enorme dava vista para a movimentada Nyender. Dria sentava-se no sofá, enquanto Malia sentava-se na poltrona egg, vermelho berrante.

- Ele me disse sim. Ficaria surpresas com o número de pacientes cadetes que eu tenho com problemas parecidos. Mas vamos começar, afinal, acredito que queria fazer algo melhor no seu descanso do que ficar presa em uma sala, sem celular, sem Pokémon ou qualquer outro tipo de comunicação externa comigo por muito tempo...

A fala mansa da doutora convidava qualquer um para desempenhar e entregar tudo para ela. A doutora tinha experiência e era uma pessoa muito boa. Em um centro, um bule de porcelana, com algumas pinturas rosadas, emanava um vapor. A doutora se levantava para poder pegar um chá para ela.

- Que tal começarmos da sua vida até se tornar cadete? Aceita chá?

por **Dria Galfin** Qui 24 Dez 2015, 11:57

Dria acompanhou Hale ate o consultório, o local iluminado e bem decorado fez com que a garota sorrisse, sentada no sofá a jovem concordou com as palavras da medica nao ficando surpresa com a indagação sobre sua vida, aceitando o chá Dria respirou fundo ao dizer:

- Nasci em Grung, minha família não tinha muito dinheiro mas nunca passamos necessidades. Minha mãe tinha uma saúde frágil que só piorou quando meu pai saiu de casa, depois disso levou um pouco mais de meio ano para ela falecer...

Bebericando o chá Dria ainda podia sentir aquela velha dor, o tempo e os cuidados recebidos haviam feito com que ela diminuísse, mas ainda estava ali:

- Depois disso fui mandada para o orfanato, minha mãe não tinha parentes vivos e nunca conheci os do meu pai... No orfanato fui bem tratada pelas freiras, elas sempre tentaram ao máximo fazer com que toda a criança fosse bem recebida, mas algumas crianças por mais que elas tentassem não recebiam isso bem... Tive sorte de fazer dois bons amigos, depois disso as coisas ficaram mais fáceis... Quando completei 18 anos tive que sair, eu já tinha resolvido me tornar Cadete entao foi o caminho mais obvio a ser seguido.

por **Ayzen** Sex 25 Dez 2015, 20:08

Dria começava a conversar com Hale. Apesar do motivo ser bem profissional, o ambiente forçava a cadete a relaxar e a tratar aquilo com naturalidade. Após isso, Dria ficava suave. Parecia que as coisas saiam com mais leveza com aquele chá (estaria drogado?). Malia era atenciosa. Olhava a cadete nos olhos. Lembrava uma freira que cuidava com Dria e quando alguma coisa acontecia falava com a morena diretamente nos olhos.

A vida de Dria sempre foi simples. Recebera uma boca educação, apesar de várias ausências e no fim se tornou o que muitos chamariam de cidadão ativo de bem. Dria era uma policial e era a principal força que tratava das leis em Shinki. Ao lado dela, Malia parecia apreciar a história, até...

- Interessante... Na psicologia, chamamos esses casos de resilientes. Resilientes são todos aqueles que passaram por difíceis problemas e foram expostos à situações que fariam com que você perdesse o foco da vida, mas seguem para um caminho diferente, sem perder o foco.

Malia tinha uma capacidade de análise impressionante. Dria apenas contava alguns fatos de sua vida e a psicóloga, doutora, já traçava algumas teses para a cadete. O mais interessante era a forma como a mulher tratava, deixando fácil se tornar mais confiante nela.

- Normalmente pessoas que foram expostas às mesmas situações que você acabam se tornando depressivas, desenvolvem síndrome do pânico, ou tomam caminhos como do crime, tornando-se gangsteres. Devo admitir que sua história é de superação... Mas mesmo assim parece que tem algo a mais... Perdoe-me, mas começo a analisar os meus pacientes desde o começo que entram em meu consultório. Seu Persian é um Pokémon interessante, mas acredito que ele esteja preocupado com você. Isso é provado pela insistência de querer ficar sempre ao seu lado direito, onde ele pode te sentir e sentir possíveis ameaças. A reação dele quando tentei impedi-lo de entrar também foi suspeita. O Pokémon reflete muito a personalidade de seu treinador. O que aconteceu para que o Pokémon desenvolvesse tal preocupação com você?

por **Dria Galfin** Ter 05 Jan 2016, 12:26

As palavras de Hale se encaixavam bem sobre a personalidade e vida de Dria, a garota assentia concordando plenamente com a palpável rapidez de pensamentos e seriedade com o trabalho da médica.

Bebericando o chá a jovem ficou um tempo sem saber o que fazer quando as imagens de sua primeira noite como Cadete voltavam a mente, o sangue e as patas do felino fizeram com que a garota rangesse os dentes. Para Dria era quase impossível lembrar daquilo sem sentir-se culpada e com certa raiva.

Se levantando a morena andou até a janela respirando fundo enquanto dizia:

- Auros foi ferido no meio primeiro Dia como Cadete... Uma Giratinista me apagou e arrancou duas patas dele na tentativa de sacrifica-lo... Ela se matou quando eu consegui me soltar...

Coçando de leve a nuca a jovem sentia o suor frio escorrer pelo corpo como se fosse aquela fatidica noite, voltando a se sentar Dria encarou a médica enquanto terminava o relato:

- Para me manter na corporação tive que resolver um caso envolvendo um Hypno... Por sorte meu Shinx evoluiu durante a missão e facilitou as coisas... O Dr. Halts tentou uma cirurgia reparatória de risco... Por Arceus isso deu certo e desde então Auros e eu não nos separamos mais...

por **Ayzen** Qua 06 Jan 2016, 10:35

Hale traçava todo o perfil da cadete. Cada movimento, cada ação, cada palavra usada era motivo para a mulher deduzir alguma coisa nova. Dria parecia ter sido atacada bem na ferida, ao se lembrar do drama do seu primeiro dia como cadete. A doutora apenas ouvia, enquanto a morena contava seu relato olhando para a janela. As palavras amargas se misturavam com a visão do horizonte. Dali era possível vê a academia e com algum esforço o dormitório. Se Dria se esgueirasse para o lado, era possível vê o hospital.

O relato de Dria foi breve, embora rico dos principais detalhes. Hale tomava seu chá, deixando claro que estava apenas levando pelo lado pessoal. Se por um lado era fácil a doutora ler os outros, era difícil qualquer um lê-la. Ela parecia uma pessoa meiga e tímida, mas não era nada disso (apesar da primeira qualidade ser verdade). Quando Dria se virou, a doutora permanecia em sua poltrona vermelho-berrante, dessa vez, anotava algo. Aquilo deixava qualquer um preocupado.

- E sobre ontem? Sei que foi uma missão secreta, mas eu estou nessa área há alguns anos. Pode confiar que o meu sigilo não irá te denunciar. Estou aqui apenas para ajudar. Pode respirar e contar o que puder.

A facilidade da fala da mulher deixava tudo mais fácil. Talvez o chá relaxante ajudasse à morena se soltar. Uma boa estratégia como profissional.

por Conteúdo patrocinado