Cap. 7 - Batalhas em Chermont

Com a massa de cães na casa em torno de Cruela, Dria de forma zombada sentava-se no sofá da sala e começava a ligar para a polícia, enquanto Cruela passava por ela uma ou duas vezes, tentando fugir com os cães. Andrômeda aparecia ao lado da morena e se sentou ao lado dos pés da garota, mostrando-se que estava satisfeita pelo reencontro com a sua dona. Cruela, por sua vez, tentava e livrar dos cachorros e logo caia no chão e gritava para que eles saíssem de cima dela. Roger e Anita ficaram boquiabertos na presença dos cães e de Dria ali, até porque há algumas horas, a jovem estava dopada.

- Vizinha? – a voz de Anita tremia. – Er... não sei o que dizer. – Roger segurava no ombro da mulher e tentava tranquilizar a mulher.

Pongo surgia e tentava brincar com o seu dono, mostrando-se feliz por ter todos os filhotes de volta. O canino tentava brincar com o seu dono, que estava sério demais para poder dá atenção ao seu cão.

- Por que não nos denunciou? – perguntava Anita – Nós vigiamos você, cuidamos para manter Cruela informada sobre os seus filhotes. Te dopamos e ainda assim avisa que fomos coagidos? – a voz a mulher era trêmula.

- Mas a megera nos ameaçou... – dizia Roger, colocando as patas de Pongo no chão.

- Estou te ouvindo, Roger... Ainda posso tirar a sua casa de você – dizia Cruela debaixo da massa de cachorros...

Sentada tranquila no sofá, Dria observava Cruela tentar se livrar dos filhotes. Embora fossem pequenos e até fracos, a quantidade superava a força e Pongo apenas observava os seus filhos lutarem para poder deter a mulher que outrora queria um casaco de pelo deles. Os olhos do casal percorriam o local e pareciam se sentirem culpados, enquanto a morena dizia que já havia entendido tudo. Dria pegava um filhote, que a lambia sem parar, enquanto sua Pokémon ficava nos pés. A aliança de Andrômeda e de Galfin só crescia depois desse episódio.

- Mas... Nossa! Perdoe-nos pelo o ocorrido... N-não sabíamos o que fazer quando Cruela foi até nós. – Roger tentava explicar entre latidos e gemidos da rica dona da mansão.

- Será que podemos fazer alguma coisa para compensar tudo o que fizemos contra você, vizinha? – Anita falava um pouco sem graça.

Os filhotes se acumulavam na sala e depois que os oficiais chegarem ali, levaria a mulher, mas ainda deixariam os pequenos caninos, que iriam para onde?

Anita abria a boca para dizer algo em resposta à pergunta da oficial. Mas se calava em seguinte e olhava para o seu marido, que acenava positivamente com a cabeça. A decisão teria que ser de ambos e não só de um dos casais. Com a cadela filhote nas mãos, a mulher elevava até o seu rosto, recebendo algumas lambidas e sorrindo para a pequena, de modo que a fizesse tão feliz quanto qualquer outra mulher do planeta.

- Adoraríamos tê-los de volta.

A voz de Anita foi suave e com paixão. Os cães pareciam animados, principalmente Pongo e Andrômeda e não demorou muito para poder ouvir a campainha tocar e assim Roger atendia. Os polícias entravam no local em busca de Cruela. A mulher não pensou duas vezes e voou nos braços do policial e pedia para ser presa.

- Me levem. Me levem. Deixe-me longe desses pestinhas pintados.

Depois de ser atacada pelos cães, a mulher queria apenas sair do local e ser levada para longe dali, onde estaria livre dos cães.

- Precisamos de alguém para depor e provas. – dizia o policial.

- Nós podemos ir. – Roger dizia junto com Anita. – Querita, que tal ligar para Nana arrumar um jeito de vim buscar os dálmatas? – Anita já saia para o telefone, procurando um meio de passar entre tantos cãezinhos.

Cria sorriu com a resposta e pela primeira vez a jovem conseguiu relaxar sentindo mais do que rapidamente o cansaço tomar-lhe o corpo.

Reencostando no sofá esta apenas disse:

- Eu fico enquanto Nana não chegar!

Afundando ainda mais no sofá semi destruido a jovem pegou no sono enquanto Andrômeda posava sua cabeça na perna da Cadete.

A jovem cadete havia terminado a sua missão por sucesso. Cruela estava sendo escoltada para a delegacia, na companhia dos policiais e de Anita e Roger. O casal, arrependido por ter trabalhado com Cruela para obter os filhotes da morena, agora estavam dispostos a cuidarem da ninhada toda, afinal, eles eram os donos legítimos. Pongo latia feliz enquanto os seus donos deixavam a mansão e assim já pegava um filhote para lamber, enquanto a cachorrada toda começava a mexer. Depois disso tudo, teria que contar diversas vezes para saber se os 101 dálmatas estavam ali mesmo, já que os sete de Dria se rodeavam no sofá, junto com a dona.

Andrômeda estava tão feliz com o reencontro com sua dona, que não continha o sorriso em sua cara. Olhava bobamente para o nada, enquanto os filhotes aprontavam na casa toda. Dria, seja por efeito retardado do chá, seja pelo seu próprio cansado, escorava-se lentamente até deitar no acolchoado móvel e nem percebeu quando começou a dormir e alguns filhotes puxavam um cobertor (sabe-se lá onde conseguiram) para cobrir a menina.


As batidas na porta do dormitório foram pesadas, embora ainda guardassem um pouco da ferocidade. Dria erguia-se da cama após o estranho sonho e olhava para os lados, demorando para perceber que foi realmente tudo fruto dos seus pensamentos. Ainda boba e meio embriagada de sono, abria a porta surpreendendo-se com a presença de Doumeki. Sério, para variar, e muito bem educado, o cadete estendia as suas mãos com as esferas pequenas, sendo entregues para a morena.

-Bom dia, recruta. Espero que tenha descansado e feito o relatório. – o patrulheiro parecia bem revigorado e Dria, ainda com sono, erguia o papel para o homem, que retribuía com a recompensa. – Uma pergunta: você teria coragem de colocar a sua vaporeon em risco para o bem de uma missão? – a pergunta parecia insana, no entanto era bem séria. Depois do que houve no sonho, Dria estaria sendo escalada, pelo o que parecia, para mais uma missão...

2000 exp dividido entre os seus Pokémon + 1500 Pk$

400 de exp para Luxio
Foi para o nível 13
Aprendeu Spark

520 de exp para Meowth
Foi para o nível 13

400 de exp para Nidorino

400 de exp para Fennekin
Foi para o nível 10

400 de exp para Vaporeon
Foi para o nível 15

::Ficha Atualizada::

- Que ótimo! – a resposta da cadete arrancou um sorriso de Doumeki, o que era raro de se ver e por isso bem prazeroso. – Uma gangue local sequestrou uma criança em um bairro aqui da cidade. Está sendo negociado o resgate então pensamos em usar o seu Vaporeon, por conta das cores bem interessantes dele. Mas é óbvio que iremos prender esses malfeitores, mas existe o risco de perder o Pokémon. Os pais estão bem assustados. – dizia o patrulheiro.

Dria deixava o seu dormitório, sendo seguida por Léo. O leão elétrico seguia a sua líder pelos corredores da estalagem e logo dava espaço entre os persians e Meowths, fazendo a jovem lembrar-se do grande gato do patrulheiro, que anteriormente se sacrificou em uma batalha séria. Os passos do patrulheiro seguiam para a garagem e lá duas viaturas estavam já postas para sair. Dentre os cadetes ali, todos já conhecidos e inclusive Lírio estava no meio, parecendo se alongar para sair, sendo olhado estranhamente por Ryan e Emmanuel, enquanto Bruna ria do novato.

- Atenção, pessoal! Essa vida depende muito da vida da criança e a oficial Galfin decidiu disponibilizar o seu Pokémon como moeda de troca. Todos estão cientes de sua parte, não é? Então vamos para as negociações. – dizia o homem abrindo a porta da frente da viatura para que Dria pudesse entrar.

Dria mal tivera tempo de se vestir e menos ainda de comer alguma coisa, por mais rapida que fosse a jovem so conseguiu roubar uma fruta e uma torrada do refeitorio antes de seguir Doumeki pela academia.

A missao que havia sido designada era importante demais e perigosa, por isso a garota se limitou a sorrir para Lirio enquanto a porta da viatura se abria, suspirando fundo a Cadete retornou Leo para sua pokebola sentando-se no lugar devido.

Com algum cuidado a jovem retirou o celular fazendo uma pequena compra escutando as palavras do capitão.

- 1 Cachecol azul ( Twister loja de roupas)

Os cadetes adentravam na viatura, enquanto Dria tomava o seu “café-da-manhã”. Certamente a gangue não permitiria a recruta tomar algo melhor tendo a vida do garoto sobre a posse deles. Dria, por sua vez, seguia no banco da frente, enquanto alguns cadetes, com Lírio, iam à parte de trás da viatura e o restante na outra viatura. A equipe que a morena já conhecia parecia inseparável depois das últimas missões. Léo já estava na Pokéball e a cadete nem teve tempo de ver os demais Pokémon que estavam no hospital.

Saindo do Dormitório cadete, as viaturas seguiam pelas ruas de Chermont, sem sirene ligada, para não chamar atenção. Enquanto seguia pelas ruas da cidade de pedra, a morena fazia uma ligação pedindo um cachecol. No meio do caminho, algumas lombadas faziam o carro balançar e Lírio erguia os olhos para a rua, observando a paisagem da cidade mal-humorada.

- Dria Galfin, certo? A senhorita gostaria que a entrega fosse onde mesmo? – perguntava a atendente.

No caminho pela cidade, as viaturas passavam por Sonatha. O bairro estava um caos e alguns funcionários públicos começavam a tentar retirar os destroços dali. A situação ainda era bem diferente do que se acostumava ser antes do ataque. Tudo isso por um capricho de um ministro...

- Certo, senhora. Estará na estação de trem até amanhã nesse mesmo horário. Agradecemos a preferencia, tenha um bom dia.

Com a compra, Dria desligava o celular e em seguida observava o seu cachecol no pescoço do seu aprendiz. A jovem sorria para si, mas Lírio nem percebeu, estava com os olhos fixos na paisagem nova daquele bairro, assim como os demais cadetes. O único que evitar olhar para o que tinha restado era Doumeki, que no fundo sentia pelo seu Persian que estava no hospital ainda. Não demorava mais do que um minuto mais e o grupo chegava a uma casa grande, embora fosse visivelmente arrumada, revelava ser de uma família de classe média alta.

O grupo descia da viatura e em silêncio entravam na casa. Em silêncio, mais ou menos, pois Lírio comentava como era bonita a casa. Entravam sem bater, possivelmente Doumeki esteve ali nas últimas horas. Lá dentro, o recruta Felipe estava sentado em uma cadeira, com o seu Taillow no ombro. No sofá, um casal muito jovem, ambos loiros e olhos cor-de-mel. Muito parecidos um com o outro, diferenciando apenas a tonalidade do cabelo. O marido estava sério enquanto abraçava por trás a sua esposa, que com os olhos desolados parecia faltar algo bem óbvio em sua vida. Ao vê o grupo, o homem se separava da esposa e ia até o patrulheiro, pegando na mão.

- E então? Vocês conseguiram alguma estratégia? – perguntava sério, mas no fundo estava se fazendo de forte.

- Sim. Trouxe a minha equipe. Essa é a cadete Dria Galfin. Ela possui um Vaporeon de cor verde-água. Os gangsteres não vão negar. Iremos apenas esperar que eles liguem, ok? – explicava Doumeki.


:: Casal ::

A preocupação do casal era fixa na cara de ambos. A mulher, mais abalada, parecia até um pouco distante da sua realidade, assemelhando-se muito com um altista. Mas Dria procurou tranquilizar o casal, liberando naquele cômodo a Pokémon Water. Andrômeda surgia no meio da sala e comportadamente sentou-se no chão, olhando para o loiro. Doumeki sorriu para a Pokémon e em seguida repassou o plano para o casal e para o grupo.

- Iremos marcar um encontro com essa gangue. Quem irá será os dois senhores e Dria irá como governanta do local. Há uma roupa lhe esperando no banheiro. Os Pokémon voadores cercarão a área de longe, enquanto nos aproximaremos. Não poderemos fazer nada até o momento da troca, então Dria ficará encarregada de informar o que está acontecendo. Qualquer coisa, diga que Dria é sua empregada. – dizia para o loiro – Atenção, cadetes! Só poderemos agir depois da criança permanecer com os pais. Para fins de troca, Vaporeon e a Pokéball deverá permanecer com o casal, tudo bem, Dria? – Doumeki passava tudo.

Ao ouvir a voz do cadete, Lírio já liberava Rosa, que alegremente voava pela casa até pousar no ombro do garoto. Dria observava o menino, enquanto Ryan e Érica liberavam os seus Taillows, o de Érica com a cor diferente dos outros dois. Doumeki liberava um raio escarlate, mostrando Riolu ali, o Pokémon aura.

- Riolu ficará na observação também, sentindo a aura dos assaltantes... – dizia o patrulheiro. – Já pode se trocar, se quiser, Dria!

Entregando a Pokéball para o homem que parecia muito mais equilibrado do que sua mulher, Dria se abaixava ensinando mais um golpe para a sua Pokémon, que apenas sorria para a sua mestra e voltava a sua atenção para a sua pelagem, procurando alguma sujeira. A cadete se retirava e logo começava a trocar de roupa com as vestimentas que encontrou no banheiro. Sua cor padrão era preto, com leves linhas brancas ao redor do corpo. Com certeza, era uma roupa de governanta ou secretária doméstica.

Dria saia do banheiro arrancando sorrisos de alguns recrutas, que logo se calaram devida a seriedade da missão. Vaporeon ficava perto do loiro, enquanto Lírio pareceu sentar-se à mesa de centro e conversar com a mulher que estava muito abalada. Doumeki aproximava-se de Dria e nesse momento a jovem avistava o homem vestido de motorista, com direito até ao famoso cap de motorista. Apesar disso, Doumeki pareceu muito bem vestido, apesar de ser melhor o uniforme cadete.

- Agora é só esperar o contato!

A amanhã passava de forma apreensiva. Aos poucos o relógio da sala movia-se de 8:22 para 11:41 e nada do telefone tocar. Os cadetes caminhavam pela sala, de um lado para o outro. Felipe permanecia na mesa, onde ao lado parecia estar todo um equipamento conectado ao notebook, que localizaria a ligação dos sequestradores. Lírio tentava dá mais esperanças para a mulher, e até que de começo deu certo, mas logo a loira caia em mais um estado de depressão. Os cadetes pareciam agoniados, enquanto Vaporeon ficava ao lado do sofá, sentado. O marido resolvia recolher a Pokémon e logo ficava segurando a esfera com força, esperando que ela não fugisse por entre os dedos.

Érica, discretamente, pegava o celular para ler mensagens, enquanto Emmanuel estava jogando. Jonnhy ficava de um lado para o outro e Doumeki estava sentado em uma poltrona, com os cotovelos sobres as coxas e dedos entrelaçados, esperando para poder começar a missão definitivamente. Ryan e Bruna conversavam baixinho, sem levantar a atenção de ninguém, enquanto Amanda auxiliava Felipe no computador. O marido saia diversas vezes da sala e retornava. A Pokéball da morena continuava em suas mãos. A única que mal se mexia era a mulher loira no sofá.


:: Roupa ::

Com cada cadete em um canto da sala, Dria resolvia sentar-se perto de Lírio e da loira que sem expressão mirava o chão da sala. Seu marido não parava quieto e a opção da cadete foi liberar o seu Pokémon raposa para que tirasse um pouco de alegria da mulher cujo filho foi roubado. Natsume foi hábil em conseguir um lugar no sofá, grudadinho com a loira. A raposa sorria para a mulher que lhe cedeu espaço e assim lambia seus dedos, arrancando sorrisinhos, embora muitos forçados.

- Ele é um amor, não? – comentava Lírio sobre o Fire.

Perto do meio dia, Érica e Emmanuel saiam sob ordens de Doumeki. Foram comprar algo para comer. O patrulheiro, ainda vestido sem o uniforme, permanecia quieto e foi só ai que o telefone tocou. De começo, todos se surpreenderam, até Felipe começar a traçar os dados no computador com Amanda. O homem loiro tentava tomar coragem para atender o telefone da casa, mas foi a mulher, em seu desespero, que atendia.

- Alô? – sua voz trémula era baixa. Ela olhava para as pessoas ali, principalmente para o patrulheiro. – E-eu... – Doumeki apoiava a mulher com um aceno de cabeça. – Eu tenho um Vaporeon de cor verde. Muito raro... Por favor, não façam mal ao meu filho! – as lágrimas já corriam no rosto da mulher e o tempo passava, enquanto Felipe tentava localizar o local de onde partia a ligação. – Certo... Alô? Alô? – com um olhar de quem perdeu tudo, a mulher colocava o telefone no lugar, indicando que haviam desligado. – Ao cair da tarde, entre os destroços de Sonatha. Ele irá querer a troca. Avisou que se nós chamamos as autoridades ele irá machucar o meu filho. – voltava a cair em choro, sendo abraçada pelo seu marido.

- Felipe? – Doumeki se levantava, passando a palavra para o recruta.

- Senhor, eu localizei a chamada até Sonatha, na verdade, foi uma área grande, mas que englobar a maior parte é Sonatha e Anjos? – explicava o oficial na mesa.

- Ryan, Bruna e Jonnhy, vão e patrulhem essa área como civis. Passei a ficar em prédios ao lado e usem tudo o que tem para poderem dá alguma cobertura para nós. – dizia o homem.

Os cadetes batiam continente e saiam da casa. Iriam patrulhar a parte em que possivelmente os bandidos estavam e iriam se encontrar com o casal. A mulher estava trêmula diante da ameaça do bandido, talvez até tenha arrependido de ter chamado o grupo, mas a boa notícia era que a ideia de ter um Vaporeon Verde-água agradou e muito os sequestradores.

Em um aceno, a loira respondia positivamente às palavras da recruta vestida de secretária doméstica. Com um olhar ainda choroso, segurando as lágrimas com tudo o que tinha, a loira se repreendia e tentava manter o equilíbrio, situação que deixou o marido dela bem mais aliviado. Doumeki se surpreendia mais uma vez com a ação da cadete, enquanto Lírio estava orgulhoso de sua professora cadete.

As horas passaram e o almoço chegou. Em uma marmita de alumínio, todos comiam, com exceção da loira, que tocava um pouco da comida, mas logo em seguida rejeitava o resto. A cadete saboreava a refeição, que estava deliciosa. Natsume aproveitou as sobras da loira, arrancando alguns sorrisos dela, enquanto Doumeki olhava pela janela da casa. Logo após, os cadetes saiam para a revista e se posicionarem estrategicamente, e lá ficava o jovem casal, Doumeki, Dria e a raposa de fogo.

Com grande tortura, as horas seguiam. Dria teve a impressão que nunca chegaria o horário e o tédio e a monotonia da residência só aumentava. Hora ou outra ela trocava algumas palavras com o patrulheiro, nada significante, apenas um pouco de orientações, já que Doumeki se sentia responsável por Andrômeda, mas do que Dria.

Ao chegar 17 horas em ponto, sob a orientação de Doumeki de não chegar em cima da hora, o grupo deixava a casa e iam para o automóvel da família lá fora. O sedan negro na garagem era bem luxuoso e Dria e o patrulheiro iam aos bancos da frente, enquanto o casal ia no fundo, com a Pokéball de Vaporeon na mão da mulher, dessa vez. No colo da cadete, Natsume repousava.

A viagem foi calma e em Sonatha, as ruínas ainda eram vistas, trazendo algumas lembras aos cadetes. Na rua de trás, a rua dos Anjos, possivelmente os cadetes estavam posicionados e assim começaria a missão. Apenas o casal saia do carro, ainda sob orientação de Doumeki. Com o celular no colo, o patrulheiro comunicava-se com os demais cadetes. A morena continuava ao lado de Doumeki, seguindo as ordens que poderia.

Não demorou e uma van prata chegava ao local de encontro. O sol ensaiava o seu pôr no horizonte e de lá, três bandidos saiam, mas sem a criança. A mulher gritava, perguntando sobre o filho, mas eles insistiam em ver primeiro o Pokémon. Em um Flash, Andrômeda saia, assim como o garoto de pouca idade, 5 ou 6 anos, saia do veículo da gangue. Os olhos deles cobiçavam o Pokémon de água, que por sua vez apenas franzia a testa.

- Atenção, cadetes. Assim que a criança estiver segura, iremos partir para cima, entendido. – Doumeki falava, mas não havia resposta do outro lado. – Alô? Alô? – o patrulheiro continuava e ao ver que não obtivia resposta, esmurrou o volante com força. – Dria, não sei o que aconteceu, mas no momento é só a gente. – alertava.

- Ainda está hospitalizado, devido à explosão contida pelo Protect. Ele sempre foi um guerreiro.

Sem tirar os olhos do meio da rua, o patrulheiro explicava como Persian estava. Na verdade, não explicava bem, mas a sua expressão e sua fala dava a entender que o gatuno estava em uma pior, mas nada que no futuro se resolva. Pelo menos, Doumeki tinha fé nisso. Já Dria, no carro depois de ensinar um golpe para Iroh e dá um item para Natsume, seguia olhando para as cenas de destruição fora do automóvel. Quando os bandidos chegaram com a criança, a tensão se aumentou. Diante do que acontecia, a morena se conteve a seguir as ordens do patrulheiro.

Lá fora, os gangsteres perguntavam quem estava no carro, sendo explicado que se tratava de empregados do casal. A criança chorava e a mulher começava a chorar também. Andrômeda, dentro da esfera, era entregue para o homem que parecia negociar e assim eles empurravam a criança para o casal e saiam correndo. Os dois abraçavam o pequeno, que fisicamente estava bem, mas quem sabe psicologicamente?

Doumeki dava o sinal e ambos saiam do veículo e iam para o meio das ruas. Ambos preocupados com os seus cadetes que não tinham sinal e ao passar pelo sinal, dois flashs de luzes surgiam das mãos do moreno. Riolu e Mienfoo surgiam em campo, ambos preparados para o combate, mas os bandidos já estavam na van, seguindo para fora da rua.

- Riolu, use sua aura e procure os demais cadetes e os tragam aqui. Mienfoo, pare o veículo. – dizia para os seus Pokémon e em seguida se virava para a morena e para o casal – Saiam daqui. Agora! Dria, vamos lá.

O casal loiro já saia correndo para o seu veículo de volta para casa. As orelhas do Pokémon aura eram erguidas e o mesmo saia correndo rua abaixo tentando sentir os demais cadetes. Mienfoo erguia os seus braços e esses brilhavam, mas quando fazia um movimento no ar, saia várias estrelas douradas que ultrapassavam o veículo dos bandidos e assim retornavam atingindo os pneus, fazendo a van parar de lado, em um movimento chamado cavalo de pau.

De dentro, apenas duas mãos eram vistas segurando Pokéballs, que se abriam e saiam um Beedrill e um Koffing. O Pokémon gás saia girando e um arco de luz cobra o seu corpo, quando Gyro Ball ia à direção de Doumeki. Beedrill tomava altitude lançando espinhos roxos pelo campo, contra os cadetes. Mienfoo foi rápido e assim envolvia os dois em um escudo verde, que rebatia o Pokémon Poison e deixava o Pokémon abelha sem poder tocar no grupo.

Do alto, um Taillow aparecia dando bicadas no inseto voador. Era Rosa, que com beleza, graça e poder (principalmente poder), conseguia deferir danos no bug. Ao Lírio e Érica apareciam no fundo. Ela com seu Meowth e seu Shiny, enquanto ele vinha acompanhado de Lola. Do fogão dos bandidos, mais gente saia aos gritos e assim vários flashs invocavam mais Pokémon. Um Garbodor, o Pokémon monte de lixo, surgia na frente de Mienfoo, quase que amassando a cabeça do lutador, se não fosse a incrível agilidade dele.

- O que houve? – perguntava o patrulheiro.

- Não sei, a linha caiu! O taillow de Felipe me mandou uma mensagem escrita à mão dizendo que eles usaram algum aparelho para perturbar o sinal aqui. – a mulher respondia, já dando novos comandos, enquanto um Rattata atingia o seu felino.

Sonatha virava mais uma vez um campo de guerra. Enquanto os destroços ocupavam o caminho do ambiente, Doumeki e Dria já se posicionavam, enquanto os membros dos sequestradores saiam com os seus Pokémons. Com o aviso de que o sinal tinha sido atrapalhado pelos malfeitores, Riolu sumia no horizonte, desaparecendo e procurando os demais cadetes. Da van, alguns Pokémons e alguns homens surgiam, mas o que tinha posse de Andrômeda não saia ainda.

A morena liberava os seus Pokémons, era hora de uma verdadeira batalha de guerra. Rosa sobrevoava o campo velozmente, mostrando todo poder que um futuro Swellow, filha de um dos mais bravos Pokémons de Shinki, possuía. Beedrill não deixava barato e assim seguia com as suas foices, que por pouco não acertavam a Pokémon voadora. Iroh pairava com seu duplo chute sobre o veículo e de lá se ouvia uma explosão interna, começando a sair fumaça do motor. Ice Beam sobre o vidro foi suficiente para liberar mais membros de dentro, que com isso, lançavam os seus Pokémons.

Léo surgia já rangendo e, com isso, várias estáticas amarelas surgiam no corpo do Pokémon, que se expandia em um clarão em campo, cegando parcialmente o oponente. O poison lançava um golpe lamoso em Mienfoo, que conseguia desviar com um salto. Slugde não foi suficiente para atingir o rápido lutador. Spark era o próximo movimento do Pokémon de Dria, no qual saia correndo envolto de um campo elétrico, atingindo Garbodor, que dava alguns passos para trás.

Mais alguns flash de Pokéballs em campo e assim Koffing partia para cima de Lola. A gata de Lírio saltava em direção do Poison e com as suas duas patas, batia diretamente na frente do oponente, liberando uma onda de choque, que lançava a bola cheia de gás longe. Auros auxiliava no combate, usando o seu Charge Beam no poison, causando grandes danos. Natsume ficava perto do casal, auxiliando para que os mesmos fossem escoltados. Mais Pokémon surgia, entre eles, Spearow, Gastly e Seviper. De longe, um grupo de cadete estava chegando, sendo liderado por Riolu.

Vários golpes já eram trocados em campo, fazendo com que Dria perdesse a atenção do que acontecia ao seu redor. Para a morena, a preocupação maior era o Pokémon saco de lixo e os que estavam contra Lírio. Auros saltava para deferir mais dano em Koffing, mas no meio do ar Seviper o pegava e se enrolava no Pokémon normal. A raposa lançava várias brasas em campo, atingindo um Magnimete, que se sabe lá onde surgiu, dando oportunidade para a família voltar para o carro e sair dali. O Pokémon elétrico revidava com Sonicboom, lançando a raposa para longe.

Quando Dria fechou a porta do veículo, percebeu que a poucos metros um homem segurava a esfera de Andrômeda e comandava o seviper que torcia o corpo de Auros naquele momento. O Pokémon grande saco de lixo usava Doubleslap, dessa vez atingindo Mienfoo em cheio. Um Zangoose aproximava-se para auxiliar o Pokémon lixo.

Hora da Batalha
Condições da batalha: rua asfaltada, repleta de buracos e destroços espalhados aleatoriamente em campo. Casas ao fundo fechadas e aparentemente abandonadas. Postes de luz, alguns danificados, outros caídos.  

Garbodor ♂ Lv. 34 Trait: Stench 92%, Status: -1 accuracy

Zangoose ♂ Lv. 15 Trait: Immunity 100%, Status: Normal

Vs.

Mienfoo ♂ Lv. 31 Trait: Inner Focus 81%, Status: Normal

Luxio/Léo ♂ Lv. 13 Trait: Rivalry 100%, Status: Normal

Riolu ♂ Lv.5 Trait:Inner Focus 100%, Status: normal

Hora da Batalha
Condições da batalha: rua asfaltada, repleta de buracos e destroços espalhados aleatoriamente em campo. Casas ao fundo fechadas e aparentemente abandonadas. Postes de luz, alguns danificados, outros caídos.

Koffing  ♀ Lv. 12 Trait: Levitate 68%, Status: Normal

Seviper ♀ Lv. 12 Trait: Shed Skin 100%, Status: Normal

Beedrill ♀ Lv. 16 Trait: Swarm 78%, Status: Normal

Vs.

Meowth/Lola ♀ Lv. 11 Trait: Pickup 100%, Status: Normal

Meowth/Auros ♂ Lv.13 Trait: Pickup 86%, Status: preso por wrap

Taillow/Rosa ♀ Lv. 11 Trait: Guts 69%, Status: Normal

Hora da Batalha
Condições da batalha: rua asfaltada, repleta de buracos e destroços espalhados aleatoriamente em campo. Casas ao fundo fechadas e aparentemente abandonadas. Postes de luz, alguns danificados, outros caídos.

Magnemite ☼- Lv.13 - Trait: Sturdy
84%, Status: Normal

Vs.

Fennekin/Natsume ♂ - Lv. 10 - Trait: Blaze
93%, Status: Normal