Andando pelas sombras...

A dupla se afastava do pokémon planta, continuando a busca pelo Pansage. Os ferimentos de Death e Albert as vezes ardiam. Ambos estavam cansados. A caminhada seguia silenciosa, quando Albert passava por uma árvore que possuía uma berry, aparentemente madura.

Albert conseguia uma Oran Berry, restaurando 10% da energia da Duskull, que devorou apressada a fruta. A pokémon flutuava, um pouco melhor de suas feridas. Os arbustos se remexeram de leve, chamando a atenção de gangster e pokémon. Um par de olhos observava a dupla cuidadosamente.

O pokémon misterioso surgia do arbusto, sendo mais um pequeno pokémon semente. Outro sunkern aparecia no caminho do gangster, que o olhou com curiosidade, mas também com petulância. Parecia se achar forte demais para qualquer um.

O gangster passava pelo pokémon semente, que não gostou muito de ser ignorado. Ele rapidamente se colocou na frente do treinador, possuindo uma expressão enfezada. Pulava um pouco, seu corpo ficou com um estranho brilho, provavelmente era um dos ataques que ele sabia.

O gangster chutava o pokémon semente para longe, que batia num arbusto, dando para ouvir um rosnado no local onde ele havia batido. Um persian surgia das sombras, pokémon assinatura dos cadetes. Como se comprovasse isso, um rapaz saia das sombras, olhando para Albert, tendo um olhar interrogatório.

-Quem é você?

Peguntou autoritário. Desconfiado.

-Tem licença por acaso? É um gladiador?

O que o Gangster faria?

O gangster não havia desistido de encontrar o pokémon macaco, mas não se sentia disposto em entrar em mais uma batalha naquele momento. Respirava profundamente, mantendo a calma.

-O motivo pelo qual eu faço as perguntas não lhe interessa. Me mostre a licença.

O cadete ordenou, não parecia disposto a negociar, e não parecia de muito bom humor para conversar. O movimento nas árvores era perceptível. Um pequeno Pansage saltava para o ombro do cadete, com uma flor vermelha em mãos. Sorrindo alegremente, olhando as pétalas que possuíam uma tonalidade rubra, quase que com admiração.

O gangster tentava ser esperto. Não queria lutar naquele momento, mas não queria deixar o pokémon grama para trás. Lembrava-se de que ainda possuía a pedra vermelha que antes era de Pansage. Aquele pequeno macaco realmente adorava qualquer coisa que fosse vermelha.

Albert tentou convencer o cadete de que o sunkern havia engolido sua licença, mas o homem não parecia estar convencido da história. Persian se botava no sunkern, que ainda estava tonto. O pokémon felino se mostrava realmente violento, parecia ter orgulho de mostrar do que suas guarras eram capazes. Pegou o sunkern, agora ferido, com os dentes, levando-o até o gangster. Seu olhar não era amigável. Parecia não estar satisfeito em ter que parar de "brincar" com sunkern. A cauda para cima revelava que ao menor comando, atacaria.

O cadete ainda desconfiava do rapaz.

-Esse sunkern que você chutou faz pouco? Sua história é estranha, como gladiador, você é obrigado a tatuar o brasão, pode me mostrar?

A situação do gangster não estava muito boa. Sentia como se estivesse com seu próprio coração na mão. A pokémon fantasma saiu de sua pokébola, isso alertou o cadete. Persian largou o pobre sunkern, o olhar indicava intenções nada amistosas que o pokémon felino possuía para com Albert. O encarava como se fosse um grande brinquedo para afiar suas presas e garras.

Albert pegou a pedra vermelha, pansage olhou com um brilho no olhar. Sua fascinação pela cor vermelha era bizarra. O pokemon macaco pulou para o gangster, querendo o objeto, impressionando o rapaz. Death usou seu golpe no chão, levantando uma cortina de fumaça, cegando o cadete e seu pokémon.

O gangster corria apressado, tentando ganhar distancia. Pansage se segurava no ombro do rapaz, admirando a pedra vermelha. Death flutuava ao lado dele. Albert encontrou uma árvore, escalando-a e se escondendo em meio as folhas. O pokémon macaco parecia não ter o menor conhecimento de que um cadete e um gangster não podiam se encontrar.

O homem tentava encontrar o gangster, persian o seguia, parecia se divertir com aquilo.

-Você acha que consegue roubar meu pokémon fácil assim?

Gritou, chamando por pansage. O pequeno macaquinho olhou na direção da voz do cadete, ele não estava longe. Tentou ir na direção do homem. Ingenuo, o macaquinho passava a impressão de que qualquer um que o chamasse de forma amigável, já ganhava a sua confiança.

O gangster falava baixo, para não ser ouvido. As palavras faziam o pequeno macaquinho ficar indeciso. Ele olhou para Albert e olhou para o cadete. Não sabia para onde ir. Olhou novamente para o gangster, vendo que atrás do mesmo havia uma flor de lindas pétalas rubras. Pansage pulou na cabeça do gangster, pegando a flor e a olhando com admiração.

O pokémon planta havia se esquecido por completo do cadete, do gangster e de sua indecisão. Sua adoração pela cor vermelha era realmente muito bizarra.

Os olhos de Pansage brilharam ao ver a pedra, pulando para a cabeça do gangster e se esticando, tentando alcançar o objeto que tanto admirava. O pequeno olhava a pedra com adoração, acenando afirmativo com a cabeça para o Gangster. Parecia gostar da companhia de ambos, mas como uma brincadeira de mal gosto do destino, outro imprevisto ocorre.

Um sentret que estava na árvore, viu o gangster, se assustando e correndo entre os galhos apressado, agitando as folhas, antes de cair do galho, indo para no chão, caindo bem na frente das patas do persian. O pokémon felino olhou o pokémon selvagem, que logo fugiu, levantando o olhar em seguida para a árvore. A cauda balançando devido a expectativa de encontrar mais um alvo para afiar suas garras. O cadete estava bem ao lado de persian, olhando também para a árvore.

Por um lado, as chances pareciam contra o gangster. Com certeza aquele cadete faria questão de reservar uma cela especial na prisão da cidade mais próxima, e com a mesma certeza, ele não aceitaria um “não” como resposta. Mas Albert possuía outros planos. Tomaria as rédeas de seu destino, a decisão era dele, de mais ninguém.

Pansage gostava do rapaz, mas ao lançar a pokébola, a mesma não surtia efeito. O pokémon planta havia sido capturado pelo cadete, o gangster teria que esperar até a ball de seu perseguidor perder o efeito, e assim realizar a captura. Tentar capturar um pokémon que já havia sido capturado por outra pessoa se mostrava trabalhoso e complicado.

Death assumiu uma expressão da mais pura fúria. Por entre as folhas, o gangster via o cadete. Estava cansado de fugir. Mudaria seu destino que tanto o assombrava por tanto tempo. Arrumava seu lenço e pegava um galho, mas ao puxar, as folhas revelavam duas frutas. Eram iguais as que haviam encontrado antes, poderia ajudar como um reforço para a pokémon fantasma, restaurando mais um pouco de sua energia.

O cadete lançava uma pokébola para o alto, liberando um pokémon. Parecia um cão negro, que rosnava furioso. Farejava o ar, para identificar seu oponente. Outro pokémon comum entre os cadetes.

-Estou de bom humor hoje, vou dar uma chance para você se render!

O cadete dizia alto, autoritário e arrogante. Persian continuava olhando as folhas, a cauda balançando. Fica caminhando ao redor da árvore, cheio de expectativas.

Terminando de talhar o bastão rapidamente eu olhei em volta e precisava sair dali rápido, afinal nós estávamos em três... E eu não iria sair dali sem que todos saíssem...

- Death, suma daqui, desapareça e fuja das chamas e me espere pois logo precisaremos lutar e eu conto com você!

Então isso eu abria minha jaqueta e dizia:

- Pansage, pule aqui rápido, ou pode sofrer as consequências dos atos do seu tão amado Cadete, não sei como ele foi capaz de fazer isso com você, tá vendo porque eu chamei você para estar comigo?! Vamos entre aqui e vamos sair desta árvore!

E quando Death desapareceu eu fechei a jaqueta com Pansage protegido lá dentro, coloquei o bastão talhado em minhas costas e num rápido movimento eu saltei da árvore, ali eu sabia que começaria e então Death já estava lá fora a minha espera... E pousando suavemente ao chão eu levantei o rosto e encarei o Cadete, estupido e improvável era uma definição bem clara para ele...

Assim, logo eu abri a jaqueta e olhando para dentro eu perguntei:

- Hey amiguinho você está bem?! Ele sorriu e me olhando acenando que sim...

- Ali está o individuo que pois fogo naquela árvore onde você estava, e ele ainda se diz seu dono! Acredita mesmo nisso Pansage?!