E Aqui Estamos Mais Uma Vez...

Escuto Saki conversando com a amiga dela, parecendo combinar um dia para assistir uma apresentação, com o cabeça de fósforo apoiando. Estranho um pouco... Pensei que ela fosse gangster, já que estava no hotel... Preguiça de pensar sobre isso, e nem poderia se quisesse...

É dificil prestar atenção em alguma coisa com Amore, toda suja de iogurte e mamão, no peito e tentando me sacudir, por mais que ela só consiga mexer um pouco a minha camiseta, visto que Pachirisus não são exatamente seres muito fortes. Miro o cabeça de fósforo, ele acha que vai se divertir com isso? Pego minha pestinha rosada, pegando a última colherada de sorvete e aproveitando ao máximo bem na frente do foguinho, antes de voltar a minha atenção pra essa diabinha.

-Calma. Você vai poder tomar um banho daqui a pouquinho.

Comento para ela, tentando acalmá-la. Miro os outros pestinhas que me fazem companhia. Bom, Hellhound está relativamente rosa e Haunter não está em melhor situação... Chantilly parece já estar satisfeita, após algumas fatias de tortas. Aishi parece ter terminado de comer, e agora eu preciso trocar de roupa, já que Amore fez o favor de me sujar de iogurte...

-Bom, acho que o pessoal já terminou, então vamos indo, antes que ela surte mais ainda... - Digo distraída, olhando para Amore, que parece surtar a cada novo segundo que fica sem banho. - Saki, Boa sorte cuidando do seu... - Paro e olho para Ethan, em seguida para Sakura. - Não namorado... Amigo de jornada... Candidato a namorado de mentirinha... Ou seja lá o que forem. Foguinho, valeu pelo almoço. Se quiser me dar algum dinheiro pro táxi, não vou reclamar. Talvez um extra de presente de aniversário alguns meses adiantado?

Agradeço e pelo, mantendo um sorriso que, possivelmente, não saiu fofo como eu gostaria... Provavelmente saiu um sorriso mais arteiro, mas ele já pagou o almoço, então vá que role uma graninha pro táxi também? Ele não está bem, então isso aumenta as chances, não é? Talvez eu realize alguns cursos após o banho, enquanto espero a hora da festa da Natasha. Aishi utilizava suas fitas para conseguir acalmar um pouco Amore, o que era bom.

Ethan pagava o almoço e mirava Kate sem acreditar na folga da outra em ainda pedir dinheiro para o táxi e mais um bônus de aniversário bem adiantado. Enquanto isso, Sakura combinava de encontrar Soraya em alguns dias, garantindo alguns dias para bolar sua apresentação e começar a investir em sua carreira de Stylist.

- Posso te dar uma carona até o hotel Kate, mas não espere mais presente de aniversário. - Ethan dizia, já sinalizando para um táxi.

Sakura, nesse momento, se aproximou e percebeu uma pequena mancha de sangue na lateral do corpo do ruivo, sinal de que pelo menos um dos pontos havia arrebentado. Apesar de ter se alimentado bem, graças a Natasha que não o deixara comer o que queria, o ruivo ainda estava claramente fraco e debilitado. A morena não duvidava que ele cairia na cama o mais rápido possível.

- E dependendo de quando você estiver comparando, até que estou bem lindinha... - Ele respondia para Sakura, porém ela sabia que era mentira.

Kate não perdia tempo em entrar no táxi quando este estacionou em frente ao restaurante Kiga. Amore, em seu colo, já dava indícios de que começaria a chorar em breve. A esquila tremia e soluçava, ansiosa demais por um banho. No celular de Sakura, o aviso de que havia ganho um Egg de Amaura com o quiz, pokémon este que a morena não tinha a menor ideia de como seria.

Após se despedir de Soraya, Sakura aceitou a carona no táxi até a estação de trem, que ficava no caminho para o Kazumi Hotel, enquanto pensava mais sobre o que fazer em seguida. Kate planejava alguns cursos segundo o que falara durante a viagem, Ethan possivelmente dormiria mais um pouco e ela?

Ao pararem em frente à Estação de Trem, o trio pode ver John em frente da entrada, ainda aos gritos com Kaylene e Patrícia. Ethan perguntou se Sakura realmente queria pegar o Egg do tal Amaura naquele instante, ou se não preferia ir até o hotel descansar um pouco e esperar a poeira do trio baixar. Com todos os pokémons nas pokébolas, exceto os de Kate que ela não recolhia nunca e Serena, a morena voltava a refletir sobre o que fazer.

Kate passava as mãos nas costas de Amore, ainda tentando a acalmar e pedindo para Sakura se decidir logo, visto que ela tinha muitos monstrinhos para banhar naquele dia. Ethan por fim se decidia e pedia para seguirem para o hotel, dizendo para Sakura que algumas horas de descanso só a livrariam de mais dor de cabeça. No hotel, o trio descia para os dois quartos que ocupavam anteriormente. Kate foi para seu banho, prometendo reencontrar a dupla em alguns minutos ou algumas horas, dependendo de Amore. Ethan adormeceu em poucos minutos, Zorua saiu de sua pokébola e começou a ver uma revista de mulher que encontrara na pilha de tralhas de Meowth (pilha que misteriosamente a faxineira deixará lá, mesmo após ter limpado todo o resto do quarto).

Presente de aniversário não rolou... Ora, são só uns três meses adiantados, não é tanto assim! Mas pelo menos, rolo uma carona até o hotel, então resolvo não reclamar. Escuto Saki conversando com o cabeça de fósforo e com ele respondendo.

-Não esquenta Saki, ele ta consciente, ta andando com as próprias pernas, não ta deixando um rastro de sangue por onde passa, vai sobreviver.

Comento, dando tapinhas de leve na cabeça de Ethan, entrando no táxi assim que motorista parou. Amore está realmente deprimida e quase chorava, o que era novidade. Nunca vi ela assim... Aishi ajudava a consolar e eu tentava distrair ela, falando de alguns cursos que pretendia fazer, mas me distrai ao ver a confusão na estação.

-Perto deles, sou a mulher invisível...

Comento mais para mim mesma, Hellhound e Chantilly concordando comigo enquanto observavam a confusão. Não tive muito tempo para prestar atenção no barraco, mas quem teria com Amore em crise? Até pedi para a Saki se apressar em decidir, mas logo chegamos no hotel.

Chegar lá com a roupa levemente suja de iogurte e Amore espalhando iogurte e mamão onde passava, provavelmente, não deixou o Zé muito feliz... Mas quem se importa? Sou forçada a apressar o passo quando Amore praticamente dispara e vai para o quarto tomar um banho. E ainda tenho que dar banho num Hellhound cor-de-rosa... E numa Spearow que ta um pouco suja de torta... E Aishi já até separou uma toalha para si... É, todo mundo pro banho. Isso pode demorar algum tempinho...

O pequeno grupo avançava de maneira rápida pelo saguão do hotel, porém não rápido o suficiente para o gerente mirar Kate com claro desgosto e para Sakura reparar na inimizade claramente existente. Ethan parecia não se importar com isso, não escondendo muito bem sua vontade de cair mais uma vez na cama. No subsolo, onde Sakura balançou a cabeça ao imaginar que os outros poderiam considerá-la uma gangster já, o grupo se separava. Kate acenava enquanto corria atrás de Amore e de Aishi, esta que inclusive já carregava sua própria toalha.


Kate não conseguia evitar o sorriso que surgia em sua face ao recordar a expressão do gerente "carinhosamente" apelidado de Zé. Ele provavelmente estava surtado e importunando alguma faxineira para que limpasse o saguão do hotel, claramente sujo de iogurte e mamão. Enquanto isso e sem nenhum remorso, a adolescente se jogava na cama, não se importando com a sujeira que espalhava sobre os lençóis recém trocados.

O som de chuveiro era ouvido e o cheiro de shampoo invadia o quarto. Percebendo que o tempo de Amore no banho começava a se prolongar demais e que Aishi fazia acampamento do lado da porta, garantindo que seria a segunda, Kate bateu na porta pedindo para que a esquila se apressasse. Poochyena seguia sentado ao lado da porta, mirando a madeira com olhar ainda apaixonado.

Demorou ainda alguns bons minutos para Amore sair do banho, com a toalha de rosto enrolada abaixo dos ombros. A pose da esquila era algo único e Kate ficou a encarando por alguns segundos, até que Amore apertasse a toalha e falasse algo que a adolescente imaginava ser um "tarada", porém não tinha certeza já que não entendia linguagem pokémon.

Aishi demorou no banho tanto quanto Amore e, quando finalmente chegou a vez de Kate tomar banho, o lugar parecia uma grande lagoa. Apesar de ter um box, todo o chão estava encharcado e a poça de água começava a escapar por debaixo da porta. Kate sabia que teria de ser rápida para cair fora do hotel novamente, antes que o gerente a fizesse limpar essa bagunça. Para a sorte da adolescente, dar banho em um Poochyena apaixonado e na Spearow foi bem mais rápido do que imaginara. Pouco tempo depois, o grupo já de volta às ruas de Chermont, atravessa a rua em frente do teatro local. Antes, no entanto, de entrar no prédio e se dirigir a área de cursos, uma Buneary rosada surgia andando pela rua, como se não tivesse medo. Ao seu redor, dois Rattatas e um Spearow voando por cima. A coelha, ao ver Amore, parou e a analisou melhor, logo a chamando para conversar e, aparentemente, ignorando Kate (que era usada de transporte por Amore).

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rotas separadas temporariamente ^^
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Ver a expressão do Zé foi realmente divertido, não sorrir é algo impossível quando lembro disso. Me jogo na cama, sem nem ao menos trocar de roupa, mas não tenho vontade de sentir remorso. Tenho coisas mais divertidas para pensar, como a expressão do Zé. Infelizmente, Amore começou a demorar demais... Tento apressá-la um pouco, junto com Hellhound ainda apaixonado, mas ainda levou uns bons minutos para ela sair.

Ver um Pachirisu com uma toalha de rosto enrolada era peculiar, não sendo algo que se imagina ver, então fiquei encarando alguns segundos. Acho que fui chamada de tarada, mas não falo a língua dos Pokémon mesmo... E ela nem usa roupa, então não sei qual a diferença... E também já me troquei na frente do Poochyena da Natasha, então vergonha em relação a Pokémon é algo que não tenho mesmo.

Imagino se tem alguma competição pra ver quem demora mais no banho, ou se tem algum outro motivo para Aishi demorar tanto... Tá, Amore foi atingida por iogurte e mamão, ficando histérica, mas Aishi não foi atingida por nada, oras. Fico feliz quando ela sai para, logo em seguida, ficar em choque. Se algum dia eu tiver casa própria, nunca deixar essas duas tomarem banho lá. Vou precisar de uma canoa para atravessar esse banheiro e, sem conseguir evitar, imagino a cara do Zé.

Sem querer perder tempo, ou correr o risco do Zé me colocar para limpar isso tudo, dou banho em Hellhound e Chantilly, além de tomar o meu próprio banho. Foi bem rápido e não ligo do meu cabelo ainda estar molhado. Na saída, aceno para Zé com um sorrisinho inocente de quem diz "Eu não fiz nada", antes de me mandar de vez para as ruas e atravessar a rua.

Observo o teatro, estou um pouco curiosa. Geralmente não tenho dinheiro o suficiente para gastar em cursos, mas graças a Amore, pela primeira vez em anos, não tenho que ficar roubando carteiras. É até estranho na verdade... Já estou sóbria a muito tempo e quero algo para me distrair. Me peguei cantarolando uma música que mamãe costumava dançar com certa frequência no banho e ficar divagando nas lembranças é algo que não quero. No entanto, antes de entrar, Amore puxava um pouco meu cabelo e pedia tempo, só então reparo numa Buneary rosada que parecia querer conversar com ela. Observo o hotel do outro lado da rua, imaginando se o Zé sairia dali para me arrastar de volta e forçar a limpar tudo. Não é divertido.

-Amore, Aishi, preciso ter uma conversinha rápida com vocês. - Comento, atraindo a atenção das duas e vejo Amore pedindo um instante para a Buneary. - Vocês me ajudam, e eu ajudo vocês. Vocês sabem que podem fazer o que querem, quando e como querem, desde que não me traga problemas, certo? - Vejo elas assentirem. - E por mais que eu adore irritar o Zé e a cara dele me divirta muito, a julgar pela bagunça que vocês fizeram no banheiro, nós deveríamos estar escondidas ou bem longe, então... Amore, escolhe: ou fica aqui e espera provavelmente algumas horas, conversando com a Buneary; ou que Buneary te espere algumas horas, tempo que vamos nos ocupar fazendo alguns cursos que podem ser divertidos e aguardamos a raiva do Zé passar; ou você e ela conversam lá dentro do teatro; ou arriscamos, correndo o risco do Zé sair do hotel, nos arrastar de volta e nos forçar a limpar a bagunça de vocês duas, rezando para que alguns escravos possam ajudar, mas correndo o risco de ter que limpar na marra e sem direito a escravos. - Vejo Aishi perder a cor, enquanto Amore olha as patinhas e parecia aterrorizada com a ideia de limpar alguma sujeira ela mesma. - Só vê se escolhe rápido...

Comento mais uma vez, mirando um pouco nervosa para o hotel e imaginando se ele já viu a "pequena" bagunça que foi feita no banheiro.

Após as opções apresentadas por Kate e uma breve explicação da relação do grupo, Amore e Aishi miraram o hotel, concordando que não queriam ter de fazer faxina em lugar nenhum. Sendo assim a esquila acenou para a coelha, convidando-a a conversar no interior do teatro.

Na parte interna e longe dos olhares do gerente, Kate mirava o longo corredor. À esquerda um imenso arco com cortinas conduzia ao picadeiro de apresentações, onde os shows ocorriam e diversos Stylists se apresentavam para mostrar suas habilidades e conquistar os símbolos de vitória. À direita, algumas portas menores. Uma delas, a julgar pela placa, levava para a área de cursos e Kate a seguiu, se deparando com um ginásio muito bem equipado para ensinar as artes circenses.

O professor logo saltava de um trapézio, caindo em um trampolim e perdendo altitude, para finalmente descer em frente de Kate e a cumprimentando. O trapézio fazia os olhos da adolescente brilharem, assim como muitos outros cursos que a lista apresentava. Amore, por sua vez, sentava-se em uma cadeira para esperar, junto com Aishi e a coelha rosa. Os outros três acompanhantes da coelha ficavam mais atrás, aguardando o resultado da conversa, enquanto a Spearow de Kate bocejava, Poochyena ficava sentado de forma comportada, só aguardando e Haunter revirava a mochila em busca de bebida.

- Então, tem interesse em algum curso em particular? - O professor perguntava, apresentando a lista e os preços dos cursos.

Amore não demorou para se decidir e chamou a coelha pra dentro, o que é bom, assim evitamos chamar mais atenção do que o necessário. Entro mais que satisfeita no teatro e miro o corredor com alguma curiosidade, mas também, é a primeira vez que entro aqui. Não tenho muito tempo de ficar vendo apresentações ou procurar por cursos, sabe? É a primeira vez que tenho dinheiro sobrando pra isso.

Passando pela porta que levava a área de cursos, observo o local muito bem equipado, mas logo me distraio olhando um cara saltar do trapézio, cair no trampolim e parar na minha frente. Isso foi legal.

Nem vejo quando Amore começa a conversar com a Buneary, ou no que os outros aprontavam. Meus olhos estavam fixos na lista de cursos que o lugar oferecia. Não sei o quão úteis eles serão, mas acho que posso me dar esse presente...

-Tenho interesse em Equilibrismo, Ginástica Artística, Slackline e Trapézio. Todos até o nível máximo.

Respondo, após alguns minutos pensando. Sair comendo e cuspindo fogo não parece exatamente algo divertido... Trampolim parece interessante, mas não tanto assim... Ilusionismo e malabarismo também não me interessam. O trapézio e equilibrismo foram os que mais me interessaram, mas aprender alguma coisa de contorcionismo pode ser interessante... E quero saber o que é Slackline. Entrego a quantidade de dinheiro, sentindo um aperto no coração, mas vamos nessa...

Dentro do teatro, Kate se despedia de uma quantia generosa em dinheiro, solicitando alguns cursos para o instrutor. Nas cadeiras, Amore e Buneary pareciam duas mafiosas em negociação, uma sentada de frente para outra e cada uma com seu reforço atrás. Enquanto a coelha tinha os três selvagens que a acompanhavam, Amore tinha Aishi, um apaixonado Poochyena e uma Spearow chantageada com doces.

A tarde transcorreu com gosto para Kate. Slackline não se mostrou um desafio após descobrir o que era, mesmo aumentando a distância e a altura da fita conforme o nível de dificuldade aumentava. Da mesma forma, o equilibrismo fora tranquilo para a garota que crescera escalando árvores, por mais que muitas vezes não conseguisse descer.

A ginástica artística, por sua vez, deixou Kate mais do que dolorida. Nunca tentara forçar seus músculos em ângulos tão desconfortáveis, porém ela não reclamara, pelo menos até chegar o nível 5 e o instrutor a forçar a abrir um espacate. As pernas doíam e as coxas mais ainda. O trapézio também não se mostrou tão fácil quanto imaginara e mais de uma vez os braços cansados de Kate a fizeram cair na rede de segurança. Contudo, quando começava a anoitecer, Kate já dava belas piruetas no ar antes de pegar a próxima barra do trapézio. O prazer era tanto que foi com relutância que a adolescente desceu e retornou ao chão, encerrando seu dia de cursos. A essa hora, Amore e Buneary ainda pareciam discutir sobre algumas divergências de seus planos.

Ai, meu bolso! Tanto dinheiro gasto de uma vez, sem ser em bebidas, dói! Mas não posso dizer foi ruim, ao contrário, os cursos foram bem prazerosos. Foi uma tarde cansativa, mas divertida. Slackline foi bem fácil, mesmo nos níveis mais avançados, equilibrismo também foi fácil. Talvez tenha sido por minha mania de escalar... O apelido Kitty não é por nada, sabe?

Como se quisesse compensar a facilidade dos dois primeiros, a ginástica conseguiu fazer cada centímetro do meu corpo dizer "Estou vivo!". Sabe, no começo deu pra aguentar, só era desconfortável ficar me dobrando tanto, mas acabei torcendo pras pulgas do Hellhound atacarem esse professor infeliz quando ele me fez dar um espacato. Preciso de pernas novas depois dessa...

Bom, não tive trégua e logo fui pro trapézio, e posso dizer: ô coisinha difícil! Santificado seja o criador da rede de segurança, porque nem sei quantas vezes cai nela! Mas quando peguei o jeito, gostei da brincadeira. Fiquei umas boas horas balançando no ar, antes de chegar no probleminha que sempre me deu dor de cabeça: como descer? Mas até que foi fácil, nada como mergulhar na rede de segurança e o professor que me pegue do caminho da rede até o chão.

Depois de uma ducha revigorante e com cada músculo dolorido e cansado, verifico a hora. A festa da Natasha não vai demorar pra começar, então melhor me apressar, mas quando olho, Amore ainda está conversando com Buneary. Pareciam duas mafiosas...

- Como vai minha mafiosa rosa favorita? - Pergunto, apoiando os braços no encosto da cadeira de Amore, apoiando o rosto depois nos braços e mirando a dupla. - Vai demorar muito? Vocês duas estão nessa conversa já faz algumas horas e a festa da Natasha não vai demorar.

Pergunto, mirando as duas e imaginando o que seria o assunto. Chantilly pousava em cima da minha mochila, se acomodando para dormir aparentemente. Haunter começava a rondar as duas, provavelmente querendo ir beber logo. Eu já espero mais paciente, pegando outra cadeira pra mim e descansando um pouco o corpo, mas quando o horário começar a encurtar, vou pedir pra ela se apressar.

Ao ouvir Kate, Amore levantou as patas pedindo um pouco mais de tempo e voltou a mirar Buenary. As duas seguiam conversando, como se a negociação fosse muito importante. Poochyena mantinha-se sentado ao lado de Amore, com o peito estufado e simulando o perfeito cão de guarda apaixonado.

Kate sentou-se em uma cadeira ao lado, descansando o corpo dolorido. O banho quente, infelizmente, não afastara a dor e as pernas da adolescente ainda protestavam pelo esforço exigido. O cabelo ainda molhado pingava água tanto na roupa quanto no chão, porém isso era ignorado. Difícil era ignorar a capacidade de Haunter de monitorar a conversa enquanto pedia para que Amore e a coelha fosse rápidas para que ele pudesse ir beber.

Buneary: Sei não... Até simpatizei com sua cor. Gosto de rosa. Mas não sei se quero tanto uma aliança ao ponto de pertencer a um humano.

Amore: Mas Kate é boazinha. - Amore dizia subindo em sua cadeira e dando tapinhas na cabeça da adolescente como se mostrasse como a garota era dócil.

Amore: Além do mais, é bom poder dormir em uma cama quentinha, banho quente e comida o tempo todo. Sem falar do conforto de ser carregada no colo.

Buneary: E como vou saber que ela não vai simplesmente me usar para conquistar os objetivos dela?

Aishi: E você acha que nós estaríamos aqui se fossemos tratadas como objetos? Por favor né.

Amore: Aishi está certa. As Pink Ladies possuem uma reputação a manter.

Buneary: Mas imagino que eu não integraria esse grupo de elite imediatamente, não é?

Amore: Você é exigente. Aishi, me alcança a TM aquela.

Aishi: Aquela?

Amore: Sim, aquela.

Aishi: Ok...

Kate mirava ainda tentando entender o debate quando percebe Aishi mexendo em sua bolsa e pegando a Attract, alcançando o disco para Amore. A morena analisava seus pokémons, quase pensando que ela era a usada naquele momento e começando a suspeitar que os tapinhas na cabeça eram para demonstrar o quanto ela era uma boa moeda de troca.

Amore: Essa é a Attract. Você já é rosa o suficiente. Então, assim que aprender esse golpe, poderá se tornar uma Pink Lady. Mas nós temos orgulho!

Aishi: Não queremos dormir no chão e gostamos de um certo luxo.

Buneary: E o que preciso fazer para ser a líder desse grupo?

Amore: Daí você está pedindo demais. Eu sou a primeira, é óbvio que eu sou a líder.

Buneary: Não sei se concordo com isso...

Amore: Posso te oferecer o privilégio de usar Attract no Poochyena e controlar ele também.

Aishi: Não sei se gosto disso....

Amore: Se preocupa não Aishi, seguiremos a hierarquia. Ele é meu em primeiro lugar, depois seu e depois da Buneary.

Buneary: E o que eu ganho com isso? Selvagem tenho esses três que atendem minhas vontades. Com vocês serei a última na hierarquia para controlar só 1? Não me parece lucrativo.

Amore: Pode trazer esses três também e eles são seu em primeiro lugar. Além disso, você vai ganhar banho quente, doces a hora que quiser e poderá exigir que Kate lhe carregue no colo. Acha mesmo que tá perdendo algo?

Fico olhando a dupla rosa conversando, só imaginando o que debatiam tanto. Parecia ser importante, mas de certa forma, sentia como se tivesse juntado uma pequena máfia Pokémon e que, no momento, conversavam com outra pequena máfia. Era peculiar e fico um pouco curiosa, mas resolvo aproveitar o tempo para descansar.

Ainda me sinto muito dolorida, refletindo por alguns momentos. Talvez o curso na farmácia fosse bom fazer, afinal Primeiros Socorros sempre podem ser úteis. Será que demoraria muito? No entanto, logo miro Amore e estranho ela me dar tapinhas na cabeça, como se dissesse que sou uma boa garota.

O debate delas voltava a ter minha atenção. Assisto curiosa, enquanto Aishi pega a TM originalmente de Susan. Arqueio uma das sobrancelhas, enquanto observo mais um pouco da conversa, só imaginando o que era o assunto, antes de suspirar.

-Meninas, podem continuar a conversa no táxi. Quero passar em mais um lugar ou dois, certo?

A coelha me mira por alguns instantes, antes de olhar Amore pelo canto do olho. Imagino o que ela está pensando e o que Amore está incentivando, mas logo ela pula no meu colo e me escala, ocupando um dos ombros. Amore faz o mesmo, mas fica no outro ombro. O Spearow selvagem também fica pousado na mochila, começando uma pequena briga com Chantilly. Que "divertido"... E os dois ratos estão me olhando com cara de vitima.

-Nem pensar! Servir de poleiro pra tantos assim já é demais! E as duas galinhas, se aquietam!

Não sei como, mas quando chamei o táxi, ainda estava servindo de transporte para a Buneary, Amore, Chantilly, Spearow e os dois Rattatas... Não estou feliz e espero que a conversa termine logo... Mas bem, quando chegarmos na farmácia, vou solicitar o curso de Primeiros Socorros até o nível 5, depois vamos caminhando até o apartamento da Natasha. Quem sabe não tenha algo na Estação pra mim, ou um "presente" da Susan?

Kate tentava entender como haviia parado dentro do táxi com quase todos os pokémons em cima de si, mas aparentemente esse fato dera outro clima para as duas rosadas. Aishi, a pedido de Amore, ensinava o golpe Attract para a Buneary e, sobre os ombros da adolescente, coelha e esquila pareciam ainda debater alguns detalhes sobre a aparente parceria.

Quando chegaram na farmácia, Kate deixou todos sobre um banco e foi fazer o curso de primeiros socorros. Ataduras, pomadas, remédios, febre, pressão... Conceitos, aplicação de medicamentos, talas improvisadas. O curso exigia muita concentração, o que era difícil para o corpo cansado da morena, porém ela se esforçava, fazendo anotações daquilo que saberia que se esqueceria em breve. Foi uma surpresa ao perceber que havia anotado quase tudo o que a professora falava.

Após o curso e após, com muita relutância, pagar mais 750Pk$, a garota pegou outro táxi. Não queria gastar, porém já eram mais de 21h e a festa de Natasha deveria começar a qualquer momento. Contudo, a tentação de espiar rapidinho se havia algo na estação para Susan foi mais forte e, para sua surpresa, teria algo para comemorar durante a festa. Amore, Buneary, os dois spearow e os dois Rattatas ainda estavam em seu colo, todos mirando a caixa com 2 eggs pokémons e 3 pokébolas. Buneary parecia curiosa, perguntando quem era a tal de Susan, história que Amore resumiu em dois outros "pacha pacha".

-750Pk$
+Curso de Primeiros Socorros: certificado 5

-30Pk$ táxis

Servir de poleiro para Pokémon que nem são meus já não é divertido, ver Aishi ensinando uma das "minhas" TMs para Buneary também não é divertido, embora seja curioso. O que elas pretendem exatamente? Amore e Buneary continuavam conversando e, pra mim, só restava imaginar o que os vários "pacha pacha" e "bun bun" significavam.

Bom, seja qual fosse o assunto, deixei elas conversando em um banco enquanto fazia o curso. Meu pai, eita coisa difícil! Isso daqui exige muita concentração mesmo! E é muita coisa pra decorar... Ai meu santinho... Será que eles dão alguma apostila? Vou perguntar no final da aula, porque senão, vou esquecer tudo dia seguinte.

Foi mais demorado do que pensei, e após me despedir de mais uma quantia em dinheiro, tive que pegar um táxi. Que foi? Não quero gastar, mas antes um gasto pequeno do que perder a festa da Natasha! No entanto, uma passadinha na estação não machuca.

-Eggs?

Digo, olhando contrariada os dois seres que ainda estão pra nascer. Me conhecendo, eles não vão demorar pra virar omelete. Dá muito trabalho cuidar deles, demora, podem ser roubados, quebrar...

Sinto um sorrisinho em forma 3 surgindo no meu rosto, enquanto envio os dois Eggs para Albino Montez. Imagino o quanto ele vai sofrer com dois bebês chorando ao seu redor... As pokébolas são guardadas na bolsa e atravesso alegremente. Finalmente vou beber! Beber até cair! Não digo que esse é o momento mais feliz da minha vida, visto que ele se repete com frequência, mas é muito bom beber com a Natasha!

Ciente de que os Eggs não durariam muito em suas mãos e pensando em como seria engraçado ver um conhecido Apocalipse sofrendo com os filhotes recém-nascidos, Kate enviava a dupla para Albino e guardava as três pokébolas. A quantia era paga e a morena ria internamente, querendo ver a cena do nascimento dos bebês e o careca correndo atrás de duas crianças travessas.

Com as novas esferas no bolso e com toda a trupe de pokémons ainda lhe usando de carregador, Kate caminhou as poucas quadras que a separavam da festa de Natasha. As quadras foram vencidas aos saltos devido a felicidade e ansiedade que a morena sentia.

Quando chegou na rua certa, logo apertou o botão do interfone e Natasha liberou a entrada. Kate subiu até o andar certo de elevador e Natasha só pode franzir a testa ao mirar a quantidade de monstrinhos que a adolescente carregava. Porém ela não questionou, liberando espaço para a amiga. No interior, Amore e Bunneary sentaram-se no sofá, ainda nas negociações. O Poochyena de Kate e o Poochyena de Natasha se encararam após ouvir a conversa e ambos se afastaram antes que fossem usados de escravos.

Na cozinha, Kate ajudava Natasha a preparar uma batida mais elabora, enquanto uma música agradável tocava ao fundo.

- Então, qual a história de você chegar com tantos pokémons em cima de você e andando toda torta?

-120Pk$
Ficha atualizada

Dado lançado

Com os ovos enviados e prontos para dar muito trabalho para alguém, pokébolas guardadas e tudo pago (sniff), fico rindo internamente ao imaginar o caos que as criaturinhas iriam causar. No entanto, isso não é o mais importante. Importante agora é que vou beber! Me sinto tão feliz! Chego a ficar saltitando enquanto me dirijo até o apartamento da Natasha.

Chego até o apartamento certo com um sorriso no rosto, lembrando que ainda era usada como poleiro por muita gente quando Natasha franziu a testa. Carreguei eles e tinha até esquecido... Devo estar mais ansiosa do que imaginei... Bom, não importa, eles logo me liberaram e as mafiosas continuavam conversando, enquanto eu ajudava a Natasha na cozinha.

-Cursos no teatro. Aquele professor masoquista fez com que eu me dobrasse em cada ângulo desagradável, que já até imaginei minhas pernas caindo... - Respondo parte da pergunta, fazendo uma careta. - Mas os trapézios foram divertidos depois que peguei o jeito! Único problema é descer... - Continuo falando, sorrindo com a lembrança e depois ficando pensativa. "Pra baixo todo santo ajuda" não se aplica a mim. - Os Pokémon, sendo sincera, não faço a menor ideia. Buneary começou a conversar com Amore antes de eu começar os cursos e, quando vi, queriam vir junto. Aishi até ensino uma das minhas TMs pra coelha... Isso por acaso é comum?

Perguntei, observando Natasha e a espera de uma resposta. Sei algumas coisas sobre Pokémon, itens e rotas, mas também, depois de tanto tempo viajando... Mas parecia que, depois de se ter o primeiro, os outros simplesmente chegavam e não iam mais. Era estranho...

- Sem dúvidas Kate, nada do que acontece com você é comum...

Natasha comentava rindo do relato da adolescente e Kate voltava a mirar o grupo sobre o sofá. Amore parecia acariciar o tecido do sofá, falando algo para Buneary e, em seguida, a coelha também acariciava o sofá, como se avaliasse a maciez do tecido. Kate viu um dos Rattatas com a parte da frente escondida atrás do mesmo sofá e a julgar pelo movimento que o rabo e as patas traseiras faziam, ele estava fazendo algo que não devia...

Sem alertar Natasha disso naquele momento, a adolescente voltou para a cozinha ansiosa pelo começo da tal festa. A morena nem ao menos sabia se havia algum outro convidado, ou se Sakura e Ethan apareceriam... Porém isso não fazia muito diferença e tudo passou a ser esquecido quando a ruiva lhe entregou o primeiro copo da batida. Kate ergueu o copo como se fizesse um brinde silencioso e provou o líquido esbranquiçado. Para sua surpresa ele era doce como leite condensado, com um fundo de canela, porém a ardência ao passar pela garganta e o calor que subiu em seguida deixavam claro que não era nada infantil a bebida. Quando o som do interfone soou, Kate já estava torcendo para que fosse engano e que a festa se resumisse às duas.

Descobri que ser seguida por vários Pokémon, sem razão aparente, não é comum. Mas como tudo comigo é um pouco as avessas, então pra mim, é normal. Simples, não? Penso nisso enquanto observo o estranho grupo, com Amore ainda falando algo para Buneary e não sei o que pode ser... Sobre como sofás são confortáveis? O rato aprontava algo, mas não dá pra saber sem olhar de perto, e como não quero deixar a bebida esperando, depois aviso.

Meus olhos brilham quando ganho o primeiro copo. Era doce, mas logo noto que aquela bebida não era para crianças. Agora me sinto no céu! Aproveito cada gota muito feliz! O interfone tocava e, por um lado, fico curiosa sobre quem seria, mas também triste por ter que dividir a bebida. Né... Nem tudo é perfeito... Continuo aproveitando a bebida e o Zé que me aguente depois.

Kate desfrutava de sua batida adocicada ignorando o rato que claramente aprontava algo. Depois contaria para Natasha que havia um encrenqueiro no grupo. No entanto até mesmo o rato perdeu espaço na mente da adolescente ao ouvir o interfone. A morena não sabia se ficava triste ou feliz com a chegada de mais pessoas, mas logo a indecisão se resolveu: triste com certeza, por ter de dividir a bebida.

Natasha liberou que os outros subissem e Kate logo percebeu que não se tratavam de Sakura e Ethan como imaginava, mas sim de outros cinco armagedons, três homens e duas mulheres que nunca vira na vida. A ruiva parecia intrigada com a presença dos cinco, tentando entender o que eles faziam ali e logo a mulher de cabelo curto avisava que havia ouvido Jack comentando da festa.

Enquanto Natasha escutava a outra, começava a fechar a porta, porém essa foi interrompida por Jack que, sem vergonha, entrava na casa com Loki o seguindo. A presença do apocalipse era sem sombra de dúvidas mais intrigante que a presença de outros seis armagedons não convidados.

- E aí gente, trouxe salgadinhos! - Jack falava alegremente levantando o braço e mostrando três sacolas estourando de tantos pacotes de salgadinhos em seu interior.

- Da pior qualidade para variar. - Loki comentava sério, se afastando em direção ao sofá e ocupando seu lugar. Amore olhou para ele contrariada pelo fato de agora ela e Bunneary terem menos espaço para sua conversa. Natasha somente suspirava perante a cena.

Ainda confusa, Kate via os outros cinco se aproximando e a cumprimentando, enquanto Natasha gritava da cozinha para que fossem educados e fizessem uma apresentação decente e que não envolvesse sangue nem gente morta no apartamento dela, pois da última vez não conseguira limpar o tapete e tivera de comprar um novo.

Curiosidade ou tristeza? Hummmmm, estou indecisa... Mas como dividir a bebida é mais triste do que vontade de conhecer alguém, então estou triste. Claro que isso muda rápido, caso algum convidado esteja trazendo mais bebidas consigo, mas como eu não sei, permaneço triste em relação ao fato de que terá mais gente querendo bebida.

Tá, ver que não era Ethan e Saki me deixou curiosa, mas ainda mais triste. Quantos convidados tinha? Não sei o que eles estão falando, continuo aproveitando meu drinque, até que todos entram, mas ver Loki entrando também surpreendeu. Mirei a bebida e mirei o Apocalipse algumas vezes.

-Essa bebida é boa...

Comentei, mais pra mim mesma. Ver ele sentar no sofá só me dava mais certeza de que a bebida era melhor do que imaginei. O que mais explicaria Loki, um Apocalipse, no apartamento de Natasha, uma Armagedon, agindo como se fosse o apartamento dele, e sem a presença do Zé pra impedir matança? E com tantos outros Armagedons agindo como se fosse algo totalmente natural?

Minha atenção era desviada para os outros, antes que pudesse buscar algum motivo para o Apocalipse estar ali e tão a vontade. Na verdade, minha atenção está mais especificamente voltada para as sacolas. Será que tem algum Cheetos? Me apresento para o grupo, ainda bebendo e já olhando uma das sacolas que Jack havia trazido. Haunter e Chantilly provavelmente estão na cozinha, pedindo mais bebida/doces para Natasha, então não me preocupo. Amore e Aishi ainda estão parecendo a máfia, falando com Buneary. Nem sei onde Hellhound se enfiou, mas ele já deve prever como vou ficar no final da festa, então deve estar em algum lugar que proteja sua audição.

Kate logo se apresentava para os recém chegados, porém sem perder muito tempo com conversa, a adolescente cedia a curiosidade e mexia nas sacolas que Jack trouxera, encontrando o que buscava: um cheetos. O único da sacola diga-se de passagem e isso se tornava motivo mais do que suficiente para mantê-lo sob sua posse, bem firme em seu braço, enquanto a outra mão mantinha o copo igualmente firme, ainda mais ao avistar Haunter se aproximando.

Chantily não demorava a aparecer também, com o bico marrom de tanto chocolate. As asas misteriosamente viradas para frente e carregando um pote de plástico com mousse de chocolate tiravam qualquer dúvida sobre o motivo da ave estar suja. Contudo uma Spearow andando com chocolate não parecia chamar tanta a atenção naquele ambiente.

Amore, Aishi e Bunneary pareciam ainda conversar, dessa vez com um potinho com nozes no meio e pegando o petisco com classe. A visão mafiosa parecia piorar quando Haunter colocava um mini cálice com vinho na pata de Amore. Como se quisesse fazer pose, a esquila colocava uma pata na cintura e com a outra levava o cálice até a boca, saboreando a bebida e logo depois cuspindo sem aprovar o gosto. O ato deixou Haunter completamente horrorizado e ele logo tomou o cálice de volta para si.

Logo a campainha soava uma vez mais e Kate reclamava mentalmente para o destino que lhe forçava a dividir a bebida com mais pessoas. Todavia, ao ver Sakura e Ethan entrando com uma garrafa de vinho de presente para si, a morena não pode evitar abraça-los com lágrimas nos olhos, se afastando logo em seguida com seu vinho e seu Cheetos, e ainda ignorando o rato que aprontava e o comentário de Ethan falando para Natasha do camundongo gigante. Poochyena completamente sumido ainda também não era algo que preocupava Kate.