II - Primeiros passos como cadete

off: oi Henri \o/ vou te narrar até o Ayzen voltar

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Com um novo ovo pokemon sob seus cuidados e novas ideias para tentar esclarecer as inúmeras dúvidas que surgiam durante sua primeira investigação, Henri tirava seu animado Growlithe da pokeball para acompanhá-lo no caminho até a casa da segunda vítima. A entrada estava bloqueada com várias fitas amarelas e pretas, para que ninguém contaminasse a cena do crime, mas não a casa não era o objetivo do cadete, que logo foi para a casa ao lado tentar conseguir algumas informações sobre a ruiva.

Tinha uma campainha, que Henri precisou tocar algumas vezes e esperar por vários minutos até que alguém finalmente chegasse e começasse a destrancar as portas. Quando a porta finalmente se abriu, Henri foi atendido por uma senhora de idade avançada, que tinha seu cabelo já branco preso em um coque e usava um pequeno óculos com armação rosa.

- Bom dia meu jovem. Posso fazer algo por você ou por seu fofo amiguinho? - Perguntou a senhora sorrindo gentilmente para Henri e Sherlock, que ficou animado com algum cheiro que sentiu vindo de dentro da casa, que logo o cadete também pode sentir, e era o de biscoitos caseiros sendo assados....

off: Oie Moon \o/ bem-vinda de volta de volta XD

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off:  vamos tentar terminar essa missão \o/

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Entendendo um pouco o motivo na demora em atender as várias vezes que havia apertado a campainha, Henri era recebido por uma gentil senhora, que parecia ficar encantada ao ver o pequeno Growlithe ao lado do detetive. Sherlock estava animado para entrar e ir farejando, provavelmente atrás dos biscoitos, mas ficou sentado ao lado de Henri, enquanto ele questionava a senhora sobre a sua vizinha.

- A Susan? Pobre coitada, ela era tão gentil.... - Comentou a senhora ao saber de parte da tragédia que tinha acontecido na casa vizinha. - Eu não conversava muito com ela, só quando nos encontrávamos por acaso no mercado ou na rua. Faz mais ou menos quatro anos que ela e o marido baderneiro se mudaram para essa casa. Eu lembro bem, desde que eles se mudaram tem sido um caos sempre que ele volta pra casa...... Vocês já avisaram ele sobre o que aconteceu? - Perguntou a senhora, parecendo não gostar nem um pouco desse tal marido, que Henri achava estranho não ter visto grandes pistas de sua presença na casa....

Off: Precisamos... faz tanto tempo que tô nesta missão XD
Off²: Essa velhinha foi ótima o.o já tenho umas luzes...

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off: a gente consegue \o/
off²: nada como uma vizinha fofoqueira pra conseguir informações XD

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Animado e surpreso com a quantidade de informações que conseguia com aquela senhora, que deixava claro o quanto não gostava do marido da vitima, Henri pedia por mais informações sobre o marido, o que pareceu não agradar muito a senhora. Depois de olhar de novo para casa, provavelmente não conseguindo acreditar no que tinha acontecido tão próximo da sua casa.

- Não, esse é um amigo da Susan, mas ela não falava dele, principalmente quando o marido estava por perto. - Comentou a senhora depois de olhar por alguns segundos para a foto que o detetive estava mostrando. - O Matt tem cabelos ruivos, é alto e tem algumas cicatrizes no braço por causa das batalhas que ele entrava. Era um desses gladiador irresponsáveis, vive viajando para perder nas arenas e sempre deixa a coitada da Susan sozinha por semanas... - Falou a senhora parecendo contar tudo o que se lembrava dele para Henri, que tinha conseguido muito mais informações com essa conversa do que tinha imaginado quando decidiu questionar os vizinhos...

Off: Buuuu Voltei o/

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off: oi o/

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Percebendo o quanto aquelas informações simples iriam ajudar em sua investigação, agora dando uma nova direção para os seus esforços, Henri agradecia muito a senhora, que respondia dizendo que ele poderia voltar a qualquer hora e precisasse de mais alguma coisa, o detetive se afastou, voltando para a casa da vitima. Fazendo apenas uma breve pausa em frente a faixas dos cadetes antes de as contornar para entrar na casa.

Com Sherlock ao seu lado, mas ainda parecendo um pouco sonhador com o cheiro de biscoitos, Henry foi até o quarto trancado e com apenas um golpe de seu pokemon, a porta era quebrada em vários pedaços. Henri e seu pokemon entraram no que parecia ser um quarto de hóspedes, com uma cama de casal simples, um armário e um espelho, mas o que mais chamava a atenção eram os "troféus" espalhados pela cama, como e tivessem sido colocados ali as pressas a pouco tempo.

No começo parecia apenas um monte de objetos aleatórios para, mas conforme foi vendo, Henri percebeu que eram fotos de um homem com vários pokemon, provavelmente o marido e seus pokemon, já que havia um Monferno nas fotos e logo Susan, parecendo feliz com todos eles. Outros pokemon que apareciam era um Staravia, um Zigzagoon, um Corsola e alguns outros comuns para um gladiador, mas os que realmente chamaram a atenção foi um pequeno Poochyena e um Venipede.

Os outros itens eram bem aleatórios, uma pokeball branca quebrada, uma potion vazia, um colar, um medalhão, algumas pedras de mega evolução (todas de pokemon extintos) e várias outras coisas sem sentido. Era óbvio que alguém tinha tentado esconder tudo aquilo, alguém com as chaves do quarto, mas quem poderia ter feito aquilo e porque eram as novas duvidas que surgiam para o detetive Sollari.

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Com tantas coisas, possíveis pistas que poderiam ajudar a resolver aquele caso, Henri ficava animado e logo começava a analisar tudo o que estava jogado naquela cama, dando atenção especial para as fotos, com vários pokemon, a vitima e o possível marido gladiador. Depois de ver a maior parte das fotos e guardar uma consigo para ter alguma pista do gladiador, o detetive se concentrou nos outros itens, em especial na pokeball branca, simbolo oficial de pokemon adotado do orfanato em Grung city.

A pokeball quebrada parecia autêntica e passou nos testes rápidos que Henri pode fazer, em que a tinta saiu depois de muito esforço, mas revelou apenas metal por baixo sem nenhum indicio que tinham pintado por cima. Depois de verificar isso e confirmar que pelo meno um daqueles dois pokemon era adotado, o cadete também pegou uma foto, para ter uma ideia de quem estava procurando e logo em seguida o medalhão.

Não era muito grande, mas parecia antigo, de prata todo decorado e com o que parecia um Jirachi gravado no centro, algo que parecia uma herança de família em vez de um presente comprado em alguma joalheria. Torcendo para ter o cheiro do marido de Susan, Henri deu o medalhão para que Sherlock seguisse o cheiro e depois de ficar cheirando o medalhão por alguns segundos, o pokemon de fogo saiu correndo farejando, obrigando Henri a correr para não ficar para trás.

Por sorte seu pokemon fazia algumas breves pausas em sua corrida farejando a trilha, se não Henri o teria perdido de vista várias vezes durante o caminho confuso que levou eles até a estação de trem. Isso não era um bom sinal, já que isso podia dizer que o marido de Susan tinha ido embora de trem, mas o detetive continuou seguindo seu pokemon para ter certeza.

Passando por várias pessoas e tendo que se desculpar várias vezes, Henri já estava perdendo as esperanças quando finalmente encontrou Sherlock sentado ao lado de um homem que era exatamente o mesmo da foto, que estava na fila para retirar ou enviar coisas pela estação trem. O homem estava ignorando por completo a presença do pokemon de fire ao seu lado enquanto parecia perdido em pensamentos.

Off: Adoro pegar meu distintivo e "esfregar" na cara do povo XD

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off: sinta o podeeerrrrr @w@

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Tendo dificuldade para conseguir acompanhar seu pokemon e não perdê-lo de vista no meio de tantas pessoas que estavam indo as pressas para uma das cidades em que quase todos com licença estavam sendo convocados, Henri finalmente encontra o homem da foto. Com Sherlock ainda acompanhando cada minimo movimento que o homem fazia, Henri se aproximou e logo foi direto ao assunto, mostrando seu distintivo, além de já deixar claro o que queria.

Parecendo estar confuso e até um pouco perdido com aquela abordagem repentina, o homem simplesmente seguiu Henri até um dos bancos da estação, onde eles teriam um pouco mais de tranquilidade para o interrogatório. Sherlock os acompanhou de perto e assim que todos se sentaram, o pokemon deitou ao pés de Henri.

- Susan esta morta? Isso não é possível, não pode ser. Tem certeza disso, será que vocês não a confundiram com alguém? Tem que ser isso.... - Falou o homem parecendo começar a ficar desesperado com a ideia, que ele logo começou a rejeitar, querendo acreditar que tudo aquilo era apenas um grande engano.

Não sabendo dizer se aquela reação era um sinal da inocência ou da culpa daquele homem, Henri logo começa a fazer as perguntas, se achando um pouco frio por estar sendo tão direto com alguém que podia estar acabando de descobrir que a esposa estava morta, mesmo isso sendo seu trabalho. Ainda parecendo abalado, o homem logo pega a foto, a deixando cair assim que viu a foto de Susan, confirmando seus temores.

- Não, eu não quero ver ela em um necrotério, não quero carregar essa imagem comigo. - Falou o homem depois de ficar um tempo se recuperando da noticia. - Meu nome é Mathew Redrat, sou o marido da Susan. Sou um gladiador, então sempre viajo para tentar enfrentar as arenas. A ultima vez que falei com a Su foi a uma semana, quando ela me trouxe aqui pra se despedir, fiquei fora esse tempo treinando em Raganarok. Nunca ouvi falar nesse tal de Scott, porque? - Respondeu o gladiador um pouco trêmulo e no fim confuso sobre Scott, parecendo realmente nunca ter visto ou ouvido falar desse nome...

Henri não sabia o que pensar da reação do homem, que até a poucos minutos era seu principal suspeito e agora estava completamente arrasado, como se realmente não quisesse acreditar na noticia que tinha acabado de receber. Fazendo suas anotações, Henri logo seguia com suas perguntas, determinado a conseguir tudo o que pudesse do marido e que isso fizesse o caso avançar.

- Eu nunca vi esse tal de Scott e como assim minha relação com a Susan não era amistosa? Nós nos amávamos muito e ela me apoiava com todo o coração para seguir como gladiador. Nós tínhamos algumas brigas, mas que casal não tem? Eu não entendo como podem dizer isso..... - Comentou o marido ainda parecendo muito abalado, deixando Henri ainda mais confuso, não sabendo ao certo quem tinha dito a verdade. - Como disse acabei de chegar na cidade, então estava vendo se tinham deixado algo para mim, já que a Susan sempre se esquece de pegar as coisas que compra online ou as trocas que eu faço por ai. - Respondeu ele, fazendo uma pausa para pensar um pouco se lembrava se alguém já tinha ameaçado ou parecer ter rancor de Susan.

Enquanto o homem pensava e fazia comentários bem vagos, como de sua mãe ser um pouco contra o casamento e que os pais da garota também nunca gostaram dele, mas nada que levasse a um homicídio, uma nova mensagem chegou no celular do detetive, desviando um pouco sua atenção.

Descobri um pouco mais sobre a mulher.
Alguns dos golpes que ela recebeu já são bem antigos e as radiografias confirmaram minhas suspeitas sobre esses machucados. Ela tem várias fraturas antigas, que eu só vejo em casos de violência doméstica. A coitada já sofria a vários anos antes de vir parar na minha mesa.

Espero que isso ajude com seu caso.

off: colocando relógio pra não esquecer das analises \o\

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A primeira vista Matt parecia cada vez mais inocente e até uma vitima de fofoca, que perdeu a esposa enquanto estava fora seguindo seu sonho, deixando Henri por um momento perdido e sem mais suspeito, mas foi preciso apenas uma mensagem do legista para que isso mudasse. As novas informações fizeram com que o detetive começasse a ver Matt não só como um suspeito, mas também como um manipulador por toda a aparente mentira sobre o relacionamento lindo e amoroso com Susan.

A principio Matt pareceu ficar confuso com a mudança de perguntas, ainda mais quando questionado sobre seus pokemon no meio da investigação de assassinato.

- Eu nunca sequer levantei a mão para ela, eu a amava, mas ela sempre foi muito descuidada. Se machucava e caía a toda, por isso que eu deixava o meu Poochyena para cuidar que ela ficasse bem enquanto eu viajo. Eu adotei o a Venipede enquanto um amigo adotou o Poochyena, que nós apostamos em uma batalha que eu ganhei. Porque isso tudo é importante? Por acaso vocês tem alguma ideia de quem matou Susan ou esta ocupado demais me incomodando com essas perguntas? - Comentou Matt, logo ficando na defensiva quando o assunto dos machucados de Susan surgiu, além de perguntas sobre seus pokemon, que deviam ser bem frequentes, já que eles eram ligados automaticamente aos gangsters, com poucos se lembrando que era possível adotar esses espécimes no orfanato de grung city.

off: reloginho \o/

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off: )o)

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Mesmo com Mathew dando explicações e até tentando mudar de assunto, tentando fazer Henri achar que estava perdendo tempo precioso o questionando sobre pokemon e os machucados de Susan, Henri agora estava convicto que aquele cara estava longe da imagem que ele estava tentando passar antes. Sherlock se mantinha atento a conversa, parecendo incomodado com alguma coisa em Matt que Henri não estava vendo, ocupado demais querendo a verdade daquele homem.

- Claro que estão, já que ele fica lá o tempo todo. - Resmungou o gladiador enquanto mostrava sua tatuagem no braço esquerdo, perto do ombro e depois já entregava não só sua licença, como o certificado de adoção da Venipede, que pareciam autênticos aos olhos do detetive. - Eu já disse, nunca bateria na Susan. Ela é que era desastrada. Sempre tropeçando ou deixando as coisas caírem nela. Um exemplo é quando ela quebrou o braço na rota 3 durante nosso passeio, ela quase caiu e o braço acabou quebrando quando eu a segurei. Já acabamos? Eu preciso avisar minha família o que aconteceu... - Respondeu ele, parecendo tentar mudar de assunto mais uma vez depois de explicar um dos diversos machucados que o legista havia encontrado no corpo da mulher.